Fanfic: MANUAL DA CONQUISTA - AyA - Adaptada - FINALIZADA. | Tema: AyA
— Você é igual ao seu pai.
A mistura de emoções já conhecidas bateu na boca do estômago de Alfonso, ao ouvir aquelas palavras. Primeiro, orgulho, depois culpa. Porque quando a mãe repetia aquele discurso, que ela jogava na cara de Alfonso desde que ele era pequeno, ela não o estava elogiando.
E todas as vezes em que ela o comparava com o pai, Alfonso nunca havia conseguido usar um argumento que a satisfizesse para que deixasse de repetir aquela frase.
— Me passa a geléia? — Foi tudo o que conseguiu dizer naquela manhã de sábado, durante um brunch na casa da mãe. A família tentava se reunir todo fim de semana ou de quinze em quinze dias. Desde que Stacy, a segunda mais nova, tinha começado a trabalhar nos domingos à noite, haviam mudado o habitual jantar aos domingos para um café-da-manhã em algum outro dia da semana. Geralmente, era aos sábados.
Roberta Herrera ainda era uma mulher muito bonita, apesar de não se importar mais com sua aparência.
— Para quê? — perguntava ela, quando algum dos filhos a presenteava um estojo de maquiagem no Natal ou uma filha sugeria que passassem um dia no shopping, tomando um banho de loja. — Ninguém mais se interessa por mim. E se for esperta, também não vai querer ninguém te olhando. Homem só traz problema.
Deandra, a mais velha das três irmãs, era a mais próxima a Alfonso e também a que o defendia quando a mãe resolvia descontar toda a raiva do sexo masculino, ou melhor, do pai em cima do único filho homem.
— Ai, mãe, deixa de ser amarga.
Todas as irmãs eram muito bonitas, porém Deandra era a mais bela de todas. Os cabelos bem pretos e ondulados contrastavam com a pele alva como leite. Os olhos eram duas esmeraldas redondas e a boca vermelha como cereja. Além disso, era uma cientista brilhante. Alfonso morria de ciúme da mana preferida e morria de raiva quando via um marmanjo salivando ao vê-la passar.
— Amarga? Quantas mulheres têm um ex-marido que vai se casar pela quinta vez?
Alfonso olhou para Deandra e ela deu uma risada marota. Todos tentavam esconder da mãe os seguidos casamentos do pai.
— Como descobriu? — perguntou Alfonso, surpreso.
— Por vocês é que não foi. — A mãe fitou a todos com um olhar de repreensão.
— Mãe, não queríamos que você ficasse chateada — murmurou Stacy, uma versão mais jovem e menos fascinante de Deandra. Stacy era a única dos filhos que ainda morava com a mãe e era a mais apegada a Roberta.
— Já não me chateio. Eu sinto é pena dele. De verdade. Aposto que a próxima vítima é mais nova que você, Deandra. Vai querer filhos. Escrevam o que estou dizendo. E um homem de cinqüenta anos vai querer bebês, a essa altura do campeonato? Ele devia era aproveitar o tempo para passar com os filhos que já arrumou.
Três das ex-esposas de Henry Janson tinham tido filhos com ele. Por isso, havia meio-irmãos espalhados por toda a parte. Eles se reuniam uma vez por ano, durante o verão na chácara do pai. Por mais que tentasse, Alfonso não conseguia entender como um homem bom e centrado como o pai continuava cometendo uma sandice atrás da outra, gerando e deixando crianças confusas e carentes.
A mãe balançou a cabeça com pesar.
— Esperem até vocês casarem. — Até agora, nenhum deles estava cogitando a hipótese. Alfonso tinha a sensação que nenhum dos quatro filhos de Henry queria repetir a mesma história que eles haviam vivenciado na infância. Não que só guardassem más lembranças — a mãe fez de tudo para que não ficassem traumatizados —, mas tampouco tinham a imagem cor-de-rosa da família feliz.
Deandra se levantou e começou a limpar a mesa. Alfonso não via a hora de ir embora. Quanto mais rápido arrumassem tudo, mais rápido poderia se despedir. Amava a mãe e já havia consertado a tubulação da pia e trocado o óleo do carro para ela, antes de se sentar para o café. Mas ficar ouvindo-a resmungar sobre o mesmo assunto lhe fazia mal. Não havia nada que ele pudesse fazer para ajudá-la e quando ela o comparava com o pai, Alfonso ficava indefeso, pois a verdade é que sabia que ela estava certa.
Ele era igual ao velho pai. Amava as mulheres. E quando se cansava da parceira com quem estava, sabia que haveria outra logo ali na esquina.
Alfonso e Deandra conseguiram escapar juntos, alguns minutos depois. Antes que cada um entrasse em seu carro, ela olhou bem para o irmão.
— Mamãe não acha realmente isso, você sabe, não é? — disse ela, tocando o irmão no ombro.
— Claro que acha. — Ele pegou na mão da irmã. — E ela está certa. Mas não há nada que eu possa fazer para mudar o que o papai fez para ela — para todos nós — do mesmo jeito que não posso mudar meus genes.
— E você vai ao quinto casamento dele?
— Ainda não perdi nenhum. Ele me convidou para ser o padrinho.
Ela sorriu, divertindo-se com a notícia.
— Vocês homens são muito caras-de-pau.
— E você, vai?
— Sempre me prometo que não vou ao próximo, mas acabo indo. Sei que ele não toma jeito e que magoou a mamãe, mas... — Deandra deu um suspiro e se virou para entrar no carro. — Ele é o nosso pai e não acho que queira magoar ninguém. É como se fosse algo mais forte que ele.
Alfonso concordou.
— Vai com alguém?
— Acho que vou levar o Sid. — Sid era um cientista que trabalhava com ela. Um cara brilhante, mas nada festeiro.
Alfonso deu de ombros.
— Sempre que vejo o Sid, fico com a impressão que ele está planejando me clonar ou algo do gênero.
Deandra riu.
— Para variar, está falando como um genuíno narcisista. E você? Vai levar a sua "atual-temporária"?
— Como sabe que tenho uma "atual-temporária"?
— Sempre tem uma de reserva.
— Estou meio que saindo com alguém. Vou ver se ela quer ir. — A verdade é que nem tinha pensado nisso até então. Mas gostou da idéia de convidar Anahi. Ela era divertida e simpática e, além disso, seria ótimo chegar com uma mulher bonita do lado. Andava pensando nela mais do que gostaria desde que tinham se despedido no j estacionamento, na noite anterior.
Aquele beijo havia sido tão espontâneo quanto breve. Ele tinha sido fiel ao capítulo um, com muito sacrifício. Se tivesse prolongado um pouco mais o beijo, dado a Anahi uma prova do que ele gostaria de fazer com ela... bem, aí teria trapaceado. Por isso, o contato com os lábios dela foi o mais breve possível. Mas, como teria gostado de explorar, provocar, excitá-la mais!
Já em casa, teve uma decepção ao ler o segundo capítulo. Se seguisse o livro passo a passo, acabaria louco. Sabia de uma coisa: não agüentaria esperar um mês até fazer amor com Anahi.
— Oi? — A irmã o chamava para a realidade. — Onde você estava com a cabeça?
Ele chegou a piscar algumas vezes.
— Acho que fiz algo muito idiota.
— Desembucha.
Foi o que Alfonso fez. Deandra não era apenas irmã, mas uma de suas melhores amigas. E apesar de ter fobia a relacionamentos sérios como o resto dos irmãos, era muito sensível e afetuosa. Entendia o ser humano. Alfonso tinha a impressão de que mesmo a irmã sendo muito inteligente, teria que gastar todos os neurônios para que conseguisse ajudá-lo a sair daquela enrascada.
Ela caiu na gargalhada ao ouvir a parte em que o livro caiu no chão, na frente de Anahi. No entanto, ao narrar a parte do beijo, no estacionamento, em que disse que ligaria para Anahi, Deandra parecia ter pego uma gripe repentina, fungando e fazendo sons com a garganta.
— E, então, o que acha? — quis saber ele.
— Acho que você é um bobo. É isso o que acho.
— Você é cientista, devia entender a minha necessidade de verificar minha hipótese.
Deandra deu um tapinha no rosto do irmão. • — É mesmo muito científico você querer fazer amor com o seu objeto de estudo. Ele resmungou.
— E não quero ter que esperar quatro semanas para fazer isso.
— Liga para ela.
— Hein?
— Não disse que ia ligar para ela, ontem, depois do beijo? Então, liga. Faz dois capítulos por semana já que está tão ansioso para ficar debaixo dos lençóis com a garota.
— Deandra, alguém já te disse que você é maravilhosa?
Os olhos verdes dela brilharam como os de um gato, quando ela sorriu.
— Algumas pessoas...
Alfonso assobiava enquanto folheava seu manual. Estava no início do capítulo dois. O início falava da importância das flores no ato de conquistar uma mulher. Ele havia sido bem perspicaz ao incluir uma lista mostrando a mensagem implícita em cada flor. Deu uma olhada na lista e viu que, às vezes, o óbvio era a melhor estratégia. Rosas vermelhas era o que compraria para Anahi. Vermelho para paixão.
Era isso mesmo.
Ligou para a floricultura preferida e tentou calcular o número mais apropriado de botões. Era sempre uma decisão difícil. Uma dúzia seria um exagero para a ocasião. Uma apenas parecia mesquinharia. Acabou optando por meia dúzia.
A mensagem no cartão foi fácil de criar: "Só penso em você." E o pior era que ele falava a verdade.
Ligou a cafeteira e foi se sentar ao computador para escrever o artigo mensal da revista feminina Hey, Girl. Lá, ele dava uma perspectiva masculina sobre namoro e sexo. Andava com dificuldades para encontrar um tema e, de repente, ele apareceu: O que um homem está tentando dizer quando manda flores?
Estava quase terminando o texto, quando o telefone tocou. Viu o identificador de chamadas e sorriu. Era Anahi.
— Obrigada pelas rosas. São lindas. Não precisava. — Soava meio frustrada. Constrangida, até.
— Queria agradecer pela ajuda. — E quem sabe, assim, acelerar para o capítulo cinco. Mas ela não precisava saber desse detalhe.
— Não há de quê — respondeu ela, educadamente.
— Como está indo a maratona de exercícios? Ela resmungou.
— Estou um caco. Os pesos, a esteira estão me matando. Sem falar nos abdominais.
Alfonso riu.
— Ficar enfurnada em uma academia é pouco estimulante. Por que não vai andar de bicicleta ou dar uma corrida?
— Talvez tenha razão. Mas tem uma academia dentro da escola. E outra no nosso prédio. É bem conveniente.
Por impulso, ele conferiu a previsão do tempo na internet, para o dia seguinte. A previsão era de sol.
— Que tal se te levasse para minha caminhada preferida, amanhã? Parece que vai fazer tempo bom.
— Ah, não sei... é que... achei que a gente só fosse se encontrar na sexta.
Autor(a): ayaremember
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Ele revirou os olhos. Anahi bem que poderia cooperar.— Não estou te convidando como aluno do manual do sexo, mas como personal trainer.Ela riu.— Desde quando você é personal trainer?Desde agora.— Você devia me dar um crédito. Um teste, sem compromisso. Não vou cobrar nada. Se quiser, você leva algo para comer e ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 26
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featanahi Postado em 29/09/2013 - 13:33:11
Mds que lindo o final!! É uma pena que acabou :(( Sabia que ele ia mudar de opinião kkkk Vou sentir saudades da fic.
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lisaponny123 Postado em 28/09/2013 - 20:48:33
Final lindo amei já li todas as suas webs são lindas agora vou ler estas outras duas e bom das suas webs é que elas são histórias rapidas, e que vc posta uma atrás da outra
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steph_maria Postado em 28/09/2013 - 15:35:41
AMEIIIII a chamada das novas webs tbm, já sei que vou morrer com as duas ainda mais com a caça *--------* só é triste que Manual da conquista já vai acabar =/
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isajuje Postado em 27/09/2013 - 13:40:07
Aaai Dios, todo palpite que eu falo eu acho que erro KKKKKK já está no fim D: que coisa mais chata. Mas bem, eles vão se acertar né? O que vai acontecer? Eu não vou palpitar mais em nada, dessa vez eu fico quieta u.u K
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lyu Postado em 26/09/2013 - 19:26:56
ain q lindooo acredita nele any
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isajuje Postado em 26/09/2013 - 10:48:31
A Anahí vai para aquele casamento sem o Alfonso toda tristonha e quando ela chegar lá ele vai fazer uma surpresa, uma declaração de amor e pedir ela em casamento #CabeçaPonnyPensando KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK' enfim, vamos ver no que vai dar.
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belle_doll Postado em 25/09/2013 - 18:57:54
Estou adorando a história! Sabia que enquanto eles estivessem bem algum mal entendido aconteceria.
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flafeitoza Postado em 24/09/2013 - 01:15:22
sdushduhsiudhsiuhduishdiushudhsuihd........... DEUS que confusão ...hshshh tomara que a any entenda logo poxa ... ele nunca tinha dito eu te amo pra ngm... lindinho demais ..eee burro por n ter contadoo [ahahhahah POSTA MAIS
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lyu Postado em 22/09/2013 - 16:45:10
pq quando ta beeem legal acaba?
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featanahi Postado em 22/09/2013 - 01:46:58
Mds ela vai querer matar ele kkkkk ele tem que explicar direito! aaaah posta mais