Fanfic: O que ela é? | Tema: True Blood
Como eu fui deixar aquela puta fazer isso comigo, nunca devia ter entrado naquele bar de maluco.Agora tenho que achar algo para comer, ou melhor beber. Não posso simplesmente agarrar alguem e sugar todo o seu sangue, preciso encontrar uma pessoa que sei que vai me satisfazer.
Nunca corri tao rapido na minha vida, a sensacao era boa, diferente, era como se eu estivesse brincando, só precisava focar em uma direção e correr, ninguém podia me ver, quando passava do lado de um ser vivo dava para perceber que eles só sentiam uma espécie de ar passando. Fui direto para o Merlotte`s, nao tinha duvida, lá eu poderia encontrar uma mulher qualquer que daria tudo para ser mordida pela minha espécie. Quando abro aquela porta nojenta, consigo sentir o cheiro do sangue misturado com o odor nojento de suor e fritura de todos aqueles cidadãos. Precisava escolher a minha primeira vítima, a presa perfeita, vou passando de mesa em mesa e para minha infelicidade todos se afastavam o maximo possivel de mim, fiquei impressionado, na época que eu frequentava esse muquifo as garotas não podiam ver um vampiro que já faziam de tudo parar serem mordidas, e hoje parece que tudo mudou, mas mesmo assim não perco a minha esperança posso ver lá no final do bar uma presa que parece interessada, não sei o que está dando em mim, se eu quisesse pegava qualquer uma e furava o pescoço sem nem me importar, mas penso que já fui um deles, porque matar alguém que não esteja interessado?
Quando paro na frente da mesa da ruiva ela estava com o cabelo no rosto olhando para o cardápio, depois que ela percebeu que eu cheguei ela levantou a cabeça e olhou para os meus olhos mordendo o lábio inferior, a primeira coisa que a mortal me falou foi
- Quer sentar?
Eu nem respondi, sentei rápido e chamei a garçonete morena que estava encostada no balcão, ela veio rápido com um pouco de medo que dava para perceber pela sua espressão, eu pedi um tru blood "o" positivo, não sei porque, mas foi o pedido daquela loira quando estávamos sentados naquele bar que não me lembro o nome há dois dias atrás.
A garçonete correu para pegar o meu pedido foi então que eu disse a minha primeira palavra para aquela humana:
- Então, qual é o seu nome?
Ela deu uma risada estranha, e respondeu:
- Anna, e o seu?
Não sei porque uma pergunta tão simples me deixou apavorado, comecei a suar e a gaguejar, foi então que eu percebi que não lembrava o meu nome, porque isso estava acontecendo?Porque não lembro dos 19 anos que passei sendo humano?Será que foi aquela loira vadia que me fez esquecer tudo?Tive que improvisar, inventar um nome na hora, lembrei que a uns minutos passei por uma livraria pequena onde na vitrine estava um livro azul, o título era alguma coisa "estrelas", o nome do autor era John:
- John, John Kwanten!
- "kwanten" nome diferente.
Percebi que ela estava com uma cara de dúvida, parecia que estava pesquisando algo em sua cabeça
- O que houve? Eu disse um pouco apavorado
- Nada, só estava vendo se conhecia algum Kwanten
- Entendi, e conhece? - Precisei perguntar para ter certeza de que escolhi o nome certo
- Não, você é o primeiro
Então ela deu uma gargalhada um tanto quanto estranha, mas só para não deixa-la sem graça eu ri tambem.
Ela segurou a minha mão e perguntou:
-Você é um vampiro não é?
- Não percebeu pela minha pele quase da cor de uma parede?
Ela riu de novo e disse:
- Claro!Era só para ter certeza.
- Já conheceu algum vampiro antes?
- Sim, mas todas as minhas experiências com imortais não foram boas, espero que com você seja melhor!
Ela deu um sorriso meio falso, mas não liguei, só fiquei um pouco confuso para distinguir aquilo de uma cantada ou só mais umas palavras sem sentido, então a minha única saida foi rir da situação.
A garçonete morena veio correndo com o tru blood na bandeja e quando chegou ao meu lado colocou a bebida extremamente vermelha que me fez lembrar da cara daquela vadia loira sentada na minha mesa.
- Mil desculpas, demorei porque o micro ondas estava ruim.
Ela estava apavorada, pedindo desculpas várias vezes enquanto abria a garrafa, devia estar com medo que eu segurarasse ela e sugasse todo o seu sangue, o que não parecia uma má ideia, mas só queria que ela me deixasse a sós com a Anna.
- Não se preocupe, foi até bom, consegui descobrir o nome dela. Falei isso apontando para a Anna que estava a uns 30 centímetros de mim. A garçonete riu e saiu andando normalmente até outra mesa.
- Acho que ela pensou que eu ia mordela-lá, por ter me deixado esperar cinco minutos.
- Você não gosta de sangue puro?Prefere esse artificial?
- Pra ser sincero, só provei sangue humano uma vez, sou novo, fui transformado por uma puta loira há dois dias atrás.
- Então você não está gostando de ser um imortal?
- Até que estou, mas acho que a minha irritação só vai passar depois que me alimentar de um mortal
ela deu uma risada excitada e jogou a cabeça um pouco pro lado para mostrar o seu pescoço que parecia conter um sangue delicioso.
- Posso ser a sua primeira presa
- Mas você quer morrer?
Ela revirou os olhos e disse:
- Nossa, você é novo mesmo, quem disse que você precisa me matar?
- É puro raciocínio, se eu vou sugar todo o seu sangue como você quer continuar viva?Só se eu te transformar, mas mesmo assim você vai estar morta
Dei uma risada ela retrucou:
- É, se você for sugar o sangue todo da vítima é claro que ela vai morrer, mas você não precisa de 6 litros de sangue para saciar a sua fome, é só você se controlar, parar quando sentir que a presa está morrendo.
- Minha nossa, você parece saber mais sobre vampiros do que eu!
- Convivi com alguns vampiros, aprendi um pouco sobre os hábitos deles, mas depois de um tempo matei todos.
Agora eu fiquei assustado e não consegui não fazer esse medo alterar a minha espressão, ela percebeu, e disse:
- Relaxa, todos eram idiotas e se achavam, você não parece ser assim, além de mais bonito, mesmo sendo novo nesse ramo, consegue ser mais inteligentes que aqueles que conheci.
Depois que ela disse isso, minha boca contraída se transformou em um sorriso, e consegui relaxar depois desse comentário, olhei pra mesa e vi que a minha bebida estava esfriando, comecei a beber, enquanto engolia aquela coisa extremamente artificial fiquei pensando que criatura essa garota poderia ser.
- Então tudo bem, pensei que você ia enfiar uma estaca em mim daqui a pouco.
Ela deu aquela mesma gargalhada e disse:
- Não precisa ter medo, adoro vampiros, sinto que pensam de outro modo, não enfiaria uma estaca sem motivo.
Quando ela falou nós, ela estava se referindo a humanos, mas sentia que ela era algo diferente, mesmo não lembrando o jeito idiota dos mortais, podia ver por tudo que ela falava que ela não é normal. Dou uma olhada no relógio e vejo que são quatro horas da manhã, preciso encontrar algum lugar para dormir sem risco de conhecer o sol, isso aquela loira me deixou claro, não podia de jeito nenhum chegar ao sol, arriscar ser queimado.
- Preciso ir, não quero correr o risco de morrer queimado.
Ela deu um sorriso e falou:
- Posso te levar para um hotel de vampiros, onde não correria nenhum risco de ser queimado.
Achei aquilo uma grande ideia, e gentil da parte dela
- Claro, adoraria, até porque estou meio que sem casa
- Você só precisa de dinheiro
- Isso eu tenho, vou pagar essa merda que bebi e já volto.
Quando saí ela ficou me olhando com os olhos diferentes, meio bobos, ri e fui direto para o balcão falar com a simpática garçonete, dei o dinheiro pra ela e fui até a mesa buscar Anna para sairmos.
Enquanto andávamos na rua ela me contou várias histórias do tempo que passou com vampiros, algumas vezes fiquei fascinado e impressionado com o que a minha raça podia fazer, em outras fiquei entediado, mas ao mesmo tempo agradecido por ela estar fazendo isso por mim.
Chegamos na frente do hotel, o nome era estranho, parecia novo pra mim. Era um prédio bem grande, nem parecia pertencer a uma cidade tão pequena, no alto tinha uma placa escrito "Truebies Hotel" não sabia o que significava, mas com certeza não tinha dúvida de que era de um vampiro aquele hotel, era tudo muito grande e luxuoso, pelo vidro da entrada podíamos ver.
- Ok!Tenho que entrar para dormir!
Anna fez uma cara sem graça, com cara de quem queria falar mais mas foi interrompida. No momento fiquei sem reação, mas depois nao me contive e
segurei ela pela cintura e ela colocou as duas mãos em cima do meu ombro depois arrastou até cruzar o meu pescoço, puxei a cabeça dela pra perto da minha e encostei os meus lábios no dela, ela retribuiu e começamos a nos beijar, era uma sensação boa sentir a pele quente dela encostando na minha pele morta, aquele momento acabou rapidamente depois que senti os meus caninos sumindo e depoi apareceram presas pontiagudas, perei de beijar ela no mesmo momento com medo de machucar a sua boca, ela tentou me puxar mas fiz força para impedi-lá, ela pareceu ficar zangada e virou as costas e saiu andando, eu corri até ela em um segundo e pedi desculpa, ela me beijou e foi embora. Na hora fiquei sem reação mas depois fui direto para a recepção do hotel acertar as coisas para poder ir direto pro quarto.
Não demorei muito para ajeitar as coisas com o atendente, e descobri que meu nome é Stephen Wesley, nada semelhante a John Kwanten, mas John parecia mais a minha cara, então decidi e tornar John.
Comecei a seguir um casal que estava indo em direção a uma espécie de caixa de metal grande, com portas automáticas, entrei junto com os dois e esperei apertarem o botão, não me movi, saí logo atrás deles, por sorte o andar que eles estavam hospedados era o mesmo que o meu. Entrei no quarto fui até a janela e vi que ainda tinha uns 40 minutos antes do inimigo mortal dos que hoje posso chamar de minha espécie, o sol, aparecesse brilhando e usando a sua luz para matar todos os imortais mais conhecidos como vampiros. Fiquei olhando pra janela e vi Anna caminhando no meio da rua com um garoto, um garoto um pouco mais alto que ela, o que não o tornava um cara grande, moreno, com o cabelo liso muito preto. Percebi que aquela situação me deixava um pouco irritado, eu sentia algo por ela, e por isso não estava gostando de vê-lá abraçando outro.Os dois continuaram andando e eu fiquei observando aquela cena e em alguns momentos até achando bonito o modo que os dois pareciam se gostar, mas logo depois sentia raiva de uma garota que nem sabia o sobrenome e que tinha acabado de conhecer. Ela soltou o braço da cintura do desconhecido, olhou nos olhos dele e se afastou, foi seguindo o sentido da rua e por isso fui a perdendo de vista, o garoto parecia um pouco atordoado, se virou e seguiu em direção a uma estrada, depois que perdi os dois de vista ouvi uma buzina, e depois uma risada feminina, nao sabia se era de Anna, mas era muito esquisita.
Virei as costas, tirei minhas roupas e deitei na cama, me senti cansado, mesmo sabendo que não fiz muita coisa durante aquela noite, eu me senti extremamente cansado, minha cabeça só pensava no fato de que precisava comprar roupas e que conheci uma garota diferente, que tinha algo dentro dela que eu precisava descobrir o que era, não sabia se isso poderia ser considerado bom ou ruim.
Acordei por volta das 19 horas, e senti que estava cansado daquele tempo que passei dormindo, precisava tomar um banho. Depois de me secar lembrei que precisava encontrar alguma loja para comprar roupa, por sorte lembrei que no hotel tinha uma, coloquei a mesma que estava usando ontem, e fui a procura dessa loja. Volto para o quarto com uma boa quantidade de roupa, me troco e sinto que necessito me alimentar, não posso ficar dependente daquele negócio que chamam de sangue artificial, precisava sentir aquele liquido vermelho entrando em mim, saciando a minha fome, numa temperatura exata que micro ondas nenhum conseguiria deixar um tru blood.
Vou pra rua, para caminhar, refrescar a cabeça, mas hoje seria diferente, não teria pena, era só encontrar um mortal vagando sem rumo e atacar. Não sei se posso considerar sorte, mas encontrar um homem que parecia ter 37 anos, meio confuso, andando em direção a mim não parecia apenas coincidência. Nem precisei de tanto esforço, esperei ele passar do meu lado, rapidamente me virei e segurei seu pescoço e o carreguei até um lugar mais deserto, ele tentava gritar mas eu o impedia apertando suas cordas vocais, pensei em o deixar vivo, fazer o que Anna falou, me controlar, mas já tinham passado dois dias desde que me alimentei, precisava de uma quantidade que pudesse saciar essa vontade de preencher meu corpo com algo que é necessario para alguém da minha espécie, algo que vai me tornar levemente mais forte, ágil e apto para exercer as habilidades de um vampiro, sem falar nada, tirei a mão do pescoço do desconhecido, coloquei o alvo na posição certa, preparei as minhas presas e quando vi já estava com metade do sangue daquele ninguém me saciando, suguei tudo o que podia dele, limpei os cantos da minha boca e o meu queixo que estavam completamente vermelhos, e larguei aquele gordo morto no chão.
Fui direto para o hotel para tentar me concentrar e ver se conseguia tentar lembrar pelo menos o nome do bar que fui a dois dias atrás e troquei as minhas últimas palavras como humano com aquela loira, o que já ajudaria muito.
Entro no quarto que estou hospedado, sento na cama, fecho os olhos, e a única imagem que me vem a cabeça é daquela garota, ruiva, com a pele perfeita, o corpo que parecia desenhado. Tentei me concentrar mais, e depois de muitas tentativas de reviver aquela memória, a única coisa que me vinha a cabeça além da Anna e daquela risada que ouvi ontem, era uma imagem de uma placa grande, na frente de uma espécie de boite, estava escrito algo como "House of Shee" o que me deixou um pouco intrigado por não saber o que significava, mas tinha certeza de que foi lá que conheci a loira que não me lembro o nome, provavelmete devia ter um nome de vadia qualquer, eu precisava ir lá, necessitava descobrir o que a loira fez para tirar a minha memória, como eu poderia ter essa memória de volta, 19 anos da minha vida não poderiam ter sido simplesmente jogados fora.
Decidido, peguei o objeto que por mortais era chamado de celular, só pra ter certeza de que responderia quando Anna ligasse. Entrei na caixa de metal, que já sabia o nome mas Caixa de metal era melhor do que elevador, cheguei no térreo, fui até um atendente e perguntei se ele conhecia o bar, ele fez uma cara que me deixou um pouco na dúvida mas me explicou como faria para chegar ao destino.
Quando chego na frente da boite sinto uma sensação estranha, uma espécie de deja vú, por isso sinto que achei o lugar que procurava, sentia mais certeza de que aqui poderia encontrar aquela puta que roubou a minha memória, vou em direção a um mini caixa bem ao lado da porta de entrada e quando olho para cima vejo que tive essa mesma visão periférica quando estive aqui a dois dias. Quando me dirijo a atendente percebo que a mesma mulher que estava apavorada no Merlotte`s ontem de madrugada, dou uma risada sarcástica e falo com ela:
- Então você também trabalha aqui?
Ela me olhou e riu sem medo algum, aquela não era a mesma, aqui ela parecia mais confiante.
- Aquilo é só um extra - retrucou a garçonete
- Mas aqui você não parece tão apavorada
- É...Acho que vou arrajar um terceiro trabalho, mas dessa vez como atriz, te enganei direitinho - disse a garçonete, que depois dessa resposta não parecia ser só mais uma garçonete
- Verdade, não podemos confiar muito em qualquer um, temos que tomar cuidado
- Claro!Temos que tomar muito cuidado
Fiquei observando a expressão que ela fez ao dizer isso, ela ficou com uma cara de que de que desconfiava de algo. Mas não fiz mais perguntas para não correr o risco de perder o tempo com a loira.
Passei pela porta de entrada da boite, era preta, grande, decorada com uns pingentes vermelhos. Ao entrar me senti um pouco enjoado, não me sentia bem em lugares com entupidos, acontecia tudo muito rápido dentro da boite, via luzes piscando e muita gente passando. Esse era com certeza o lugar que procurava, mas a pessoa que procuro pode ou não estar enfiada em qualquer canto dessa confusão. Fui até o bar atrás de uma informação, não sabia o nome daquela mulher, só a chamava de loira. Perguntei para o bar men se ele conhecia alguma loira e ele disse:
- Loira é o que mais tem nessa merda amigo - disse o homem musculoso enquanto secava uma taça - É só escolher uma e atacar!
Percebi que o problema não foi a resposta do cara, e sim a minha pergunta, reformulei a pergunta na minha cabeça que agora continha uma descrição completa do que me lembrava da loira, não demorou muito para o cara levantar as sobrancelhas e dizer rindo:
- Então é essa loira que você procura, ela está bem ali - quando terminou a frase apontou para uma espécie de camarote que estava localizado num nível mais alto, onde provavelmente daria para observar cade ser vivo ou morto que entrasse.
- Só não sei se a rainha ali vai querer falar com você.
Eu ri e retruquei:
- Com certeza aquela vadia vai querer falar comigo!
O homem gargalhou e eu saí em direção a loira que me transformou, que de algum modo tirou toda a minha memória, me deixou só com o que se existe do básico na cabeça de um adulto. A raiva ia tomando conta do meu corpo a cada passo que eu dava no caminho até aquela mulher.
Quando cheguei a mais ou menos dois metros de distância ela rapidamente tirou os olhos da pista de dança que estava bem cheia e me olhou, com ar de interesse, fiquei um pouco atordoado com aquela cena então quando fui dar um passo para trás antes que fizesse meu pé tocar no chão ela saiu de sua mesa segurou a minha mandíbula inferior e encostou o seu nariz no meu, tentei me afastar mas ela era mais forte e me impediu, quando vi que não conseguiria sair de jeito nenhum daquela posição a puta disse:
- Sente - se, temos muito o que conversar - disse a sem nome rindo
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Autor(a): doutorblood_
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