Fanfics Brasil - Capitulo I Amor sem Tempo

Fanfic: Amor sem Tempo | Tema: Original


Capítulo: Capitulo I

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Meu nome é Gabriel, tenho 15 anos, sou o mais velho da minha família. Tenho uma irmã de 14 anos, que se chama Grazielle, e um irmão de 12, o Giuliano. Moramos no Rio, pertinho da praia de Ipanema, somos uma família de classe alta. Somos só nós três e nosso pai, perdemos nossa mãe ainda crianças, e ele aguenta a barra toda sozinho. Sempre moramos em um condominio residencial chic, a familia que tem casa no nosso lado são nossos grandes amigos, um casal e suas duas filhas, Bárbara e Júlia. Bárbara é a melhor amiga de Grazi, e Júlia vive discutindo e batendo no Giu, é incrivel a maneira como os dois conseguem não se entender.


Meu pai é dono de uma grande rede de hotéis, famosa no mundo todo, e amanhã nós vamos embora, vamos morar nos Estados Unidos, para que ele fique mais próximo do novo empreendimento. Vai ser dificl abandonar tudo, meus amigos, colégio, principalmente Bárbara, crescemos juntos e mesmo que ela não saiba, mesmo que eu fique com outras, mesmo que ela não sinta o mesmo, sou apaixonado por ela.


Decidi que iria falar com ela essa noite, depois do jantar de despedida na casa dela, ia leva-la em uma construção inacabada, no próprio condomínio. Fazia anos que ela existia ali, lembro do primeiro dia que fui, quando minha mãe faleceu, desde então, aquele era meu refúgio, e ninguem sabia disso, ela ia descobrir essa noite.


Estavámos no jantar de despedida que os pais dela davam a minha família, muito choro, muitas declarações de amizade eterna, muita comida boa, e eu só conseguia pensar que ia me declarar a ela. Bárbara é linda, seu cabelo é moreno, com algumas luzes loiras, sua pele é branca, não muito clara, sempre passa um ar de que está bronzeada, é baixinha, não muito, até pela sua idade, mas temos alguma diferença de tamanho, eu tenho 1,70 e ela deve ter no máximo um metro e meio. É magra, mas não é raquitica,tem um corpo bonito pra idade, seus seios já estão em formação e mostram-se mais volumosos que os da minha irmã. Nesta noite ela estava linda, vestia uma blusinha regata branca de tecido transparente, que fazia seu sutiã, também branco, aparecer. Ela estava com um short de seda preto, que deixava suas coxas aparecendo bastante. Calçava uma sandalia de salto alto, que a deixava um pouco mais perto do meu tamanho, mas ainda mais baixa. A sandalia era cheia de tiras na parte de cima do pé, deixando um pouco dele a mostra, era preta também, combinando com o resto do seu look.


Nós estavamos indo para mesa jantar quando a segurei pelo braço.
-Que foi Biel? - Perguntou ela sorrindo
-Eu queria falar contigo depois da janta. - Falava com ela meio nervoso.
-Tá bem, mas porque não fala agora?
-É que eu preferia falar na rua, só nós dois.
-Ah claro. - Falou fazendo uma cara de quem não estava entendendo nada, e realmente não devia estar.



O jantar passava normalmente, minha irmã estava sentada ao lado de Babi e as duas choravam compulsivamente por ser o último jantar que elas passavam lado a lado, Giuliano implicava com Júlia, fazendo-a chorar de raiva, até uma aranha de borracha ele já tinha jogado no prato da garota, também se ele não fizesse nada para encomodar Júlia não seria uma despedida a altura. Meu pai fez um discurso agradecendo a família anfitriã, em seguida Seu Marco, pai das garotas, fez o seu discurso. Eu mal ouvia as coisas que eram ditas, estava ancioso para poder falar com Bárbara. O jantar finalmente acabou, mas ainda tinha a sobremesa, era pudim de leite condensado, minha favorita, mas meu nervosismo era tamanho que nem aceitei, fui logo para a rua, esperar que ela comesse e lembrasse do nosso combinado.


Fiquei olhando o céu, em pé de frente para a casa dela, olhei nossa casa, logo ao lado, imaginar que hoje seria minha última noite ali era dificil, a casa não seria vendida, caso passassemos nossas férias no Brasil, ficariamos nela, o que de certa forma me confortava um pouco. Estava distraído quando a garota chegou ao meu lado.


-Vão embora amanhã né? - Era nossa outra vizinha, Pamela.
-Sim, sim. Amanhã cedinho. - Respondi sorrindo.
-Nossa, nem me deu tchau.- Falou fazendo uma voz meiga.
-Pois é, nem deu tempo... - Falei envergonhado, por ter esquecido de me despedir dela.
-Oiee - Pamela falava sorrindo para trás de mim.
-Olá. - Respondeu meio seca, Babi.
-Se despedindo do pessoal então. - Disse Pamela à Bárbara, que a olhava sem muita simpatia.
-Você também pelo visto. - falou provocante.
-Claro né, o Gabi e eu temos uma história. - Ela me abraçou e beijo minha buchecha demoradamente.
-Lindos os dois. - Bárbara falou e ia voltando pra dentro de casa. - Gabriel, quando tivé pronto pra falar o que queria, me chama, vou estar no meu quarto.
-Ei espera, eu to pronto vamos lá.
-Não tá se despedindo da sua amiga? - Perguntou um pouco raivosa.
-Já me despedi. 
Pamela me olhou surpresa, sorriu, e foi andando na direção contraria a que eu levaria Bárbara.
-Vamos?- Falei olhando para ela.
-Vamos aonde? Porque a gente não conversa aqui dentro?- Ela parecia braba.
-Porque eu quero falar contigo sozinho, quero te mostrar um lugar. Vem logo.


Ela obedeceu, veio até mim ainda com a cara fechada.
Caminhavámos calados, ela parecia braba, então resolvi dar um encontrão com meu ombro no ombro dela, para quebrar um pouco o clima. Ela foi um pouco pro lado e me olhou, ameaçando sorrir.


-Pra onde tá me levando? - Perguntou fria.
-Já disse que é segredo...
-A gente tá longe?
-Não, se acalma garota. - Eu ria dela.- Que que você tem hein? Tá toda estranha...
-Nada... - Respondeu mentindo nitidamente.
-Fala poxa. - Falei pondo meu braço sobre seus ombros, e començando a andar abraçado com ela.
-Não gosto daquele menina. - Falou ela de um jeito meio sem graça, depois de um longo silencio.
-Porque? - Perguntei a ela rindo.
-Olha ai, falo as coisas pra você e você ri de mim. - Falou cruzando os braços e ficando calada.
-É aqui, brabinha. - Falei olhando a construção inacabada.


Ela ficou olhando para a casa, parecia estar com medo, estava muito surpresa por eu leva-la àquele lugar escuro e sombrio.


-Tá brincando que quer que eu entre ai né? - Falou pondo as mãos na cintura.
-Entra poxa, vem.


Peguei-a pela mão e fui entrando na casa. Ela estava de salto e tropeçava nas madeiras que impediam que passassemos para dentro. Afastei alguns pedaços para ela conseguir pular e finalmente entrar na casa. Ela era empueirada, sem luz, sem piso, a única coisa ligada nela era a agua. Puxei Babi pela mão para as escadas e fui subindo na frente dela.


-Gabriel, eu to com medo! - Falou com a voz tremendo.
-Confia em mim... - Respondi olhando pra tras sorrindo para ela.


Chegamos no terraço da casa, o terceiro andar, onde depois de uma grande sala havia uma sacada, sem teto nenhum onde tudo parecia iluminado pelas estrelas.


-Aqui é lindo... - Falou ela olhando o céu.
-Pois é. Sempre venho aqui quando to triste, quando to brabo, quando quero ficar sozinho. A primeira vez que eu vim aqui foi no dia que minha mãe foi internada. Eu sabia que ela ia morrer, e... vim pra cá, desde então toda vez que eu sumo, eu to aqui. - Eu olhava pro céu enquanto sorria. - Fico aqui, só olhando pra cima, lendo algo ou até ouvindo música, as vezes nem faço nada, só escuto a noite, ou a tarde, a manhã.
-E quem sabe disso aqui?
-Só eu. E agora você.
-Porque me trouxe aqui?
-Pra te mostrar as estrelas e pra.... - Fiquei calado, meu coração estava acelerado, eu ia me declarar pra ela. Será que deveria?
-Pra...? - O sorriso dela era o mais lindo do mundo.
-Pra dizer que eu gosto de ti... - Ela parecia não ter entendido o que eu disse e eu parecia ter tirado 500kg das costas. - Desde quando eu me conheço por gente que eu te olho com outros olhos, não só como uma amiga da minha irmã, mas como a menina que um dia eu queria namorar.
-Você? Querer namorar comigo?
-É. Eu te amo Bárbara.




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