Fanfic: Meu chefe é... Arrrrgh!!! Vondy | Tema: Quatro mãos

Kelly Clarkson - Dark Side

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"todos tem um lado sombrio"

"você me ama???"

"você pode amar o meu???"

"ninguém é perfeito"

"mas nós valemos a pena"

"você me amará???"

"mesmo com meu lado sombrio???"

POV`s Dulce Maria:

Nós lentamente voltamos de novo a órbita. Abraçados debaixo dos lençóis, passamos horas conversando sobre nosso dia, sobre a reunião com o Sr. Sullivan, sobre seu jantar e minha noite com as amigas. Conversamos sobre a mesa quebrada. Sobre seu gosto sádico, e o pior, eu gostar. Sobre eu ter trazido calcinhas apenas para uma semana, o que significava que ele não poderia rasgar mais nenhuma.

Conversamos sobre tudo, exceto o estrago que ele estava causando em meu coração.

Passei um dedo por seu peito e ele agarrou, levando até os lábios e dizendo:

-Eu gosto de conversar com você - (ele disse)

Eu ri, arrumando o cabelo em sua testa.

-Você conversa comigo todos os dias. E quando eu digo "conversa" quero dizer "grita". Bate as portas. Faz beicinho, parece um bbzão... - (eu disse rindo)

Com os dedos, ele desenhava círculos em minha barriga, me distraindo.

-Para, Dul, você sabe o que eu quero dizer - (ele retrucou)

Eu sabia. Sabia exatamente o que ele queria dizer, e eu queria encontrar uma maneira de fazer esse momento durar mais, ali mesmo, até a eternidade.

-Então me conte alguma coisa - (eu pedi)

Ele subiu os olhos até meu rosto, sorrindo nervosamente.

-O que você quer saber? - (ele perguntou meio em dúvida)

-Honestamente? Eu acho que quero saber tudo. Mas vamos começar de um jeito fácil. Conte a história das mulheres de Christopher - (eu o encarei)

Ele passou o dedo por cima da sobrancelha, rindo.

-Vamos começar com um assunto fácil. Claaaaaro - (ele limpou a garganta e então olhou pra mim) Algumas no colégio, algumas na faculdade. Algumas na pós-graduação. Algumas depois disso. E então, um relacionamento longo quando eu morei na França 

-Detalhes?! - (eu disse e enrolei uma mecha de seu cabelo ao redor do meu dedo, esperando não estar forçando muito a barra)

Para minha surpresa, ele respondeu sem hesitar.

-Seu nome era Laura. Ela era advogada de uma pequena firma em Paris. Ficamos juntos por três anos e nos separamos alguns meses antes de eu voltar pra casa - (ele resumiu a história, para meu desespero)

-Foi por causa disso que você mudou de lá? - (eu precisava perguntar)

Um sorriso se pronunciou no canto de sua boca.

-Não - (ele respondeu)

-Ela partiu seu coração - (eu insisti)

O sorriso se abriu de vez na minha direção.

-Não, Dul - (ele respondeu)

-Você partiu o coração dela? - (por que eu estava perguntando???)

Será que eu queria que ele respondesse... que sim??? Eu sabia que ele era capaz de partir corações. Na verdade, eu estava quase certa de que partiria o meu.

Ele se inclinou para me beijar, concentrando-se no meu lábio inferior por alguns momentos. 

-Não. Nós apenas não funcionávamos mais. Minha vida romântica era totalmente sem drama. Até você aparecer... - (ele sussurrou)

Eu ri.

-Estou contente por quebrar o padrão - (eu disse rindo)

Pude sentir sua risada vibrar ao longo da minha pele enquanto ele beijava meu pescoço.

-Ah, e você quebrou mesmo - (longos dedos percorreram minha barriga, meus quadris, e finalmente chegaram no meio das minhas pernas) - Sua vez

-De um orgas/mo...? Sim, por favor... - (eu sussurrei)

Ele circulou preguiçosamente meu clitóris antes de deslizar o dedo pra dentro. Ele conhecia meu corpo melhor do que eu. Quando foi que isso aconteceu???

-Não... - (ele murmurou) - ...é a sua vez de contar sua história

-De jeito nenhum eu consigo pensar em qualquer coisa enquanto você faz isso comigo... - (eu apertei minhas coxas contra sua mão)

Com um beijo em meu ombro, ele moveu a mão de volta para minha barriga, desenhando circulos novamente.

Fiz um beicinho, mas ele não viu, pois estava olhando seu dedo na minha pele.

-Deus tive tantos homens na minha vida, por onde devo começar? - (eu provoquei)

-Dulce... - (ele advertiu)

-Uns dois no colegial, um na faculdade - (eu dei de ombros)

-Você só transou com três homens? - (ele perguntou incrédulo)

Eu me afastei para olhar em seu rosto.

-Ei, Einstein. Eu transei com quatro homens - (eu me achei)

Um sorriso convencido se espalhou em seu rosto.

-É mesmo. Eu fui o melhor por uma margem desconcertantemente grande??? - (Ele quis saber)

-Responda primeiro se eu fui a sua melhor - (eu o pressionei também)

Seu sorriso desapareceu e ele piscou surpreso.

-Sim - (ele respondeu)

Ele foi sincero. Isso fez algo dentro de mim derreter e se tornar uma pequena vibração quente. Eu me inclinei para beijá-lo no queixo, tentando esconder o que aquela informação tinha feito comigo.

-Bom saber - (eu disse)

Beijando seus ombros, eu gemi de felicidade. Eu adorava seu sabor, adorava sentir seu cheiro masculino. Mergulhando meus dedos em seus cabelos, eu o puxei pra trás pra poder morder seu queixo, seu pescoço, seu ombro. Mas ele se manteve parado, quase imóvel, claramente não me beijando de volta.

Mas o que???

Ele respirou fundo, abriu a boca como se fosse dizer algo, mas fechou novamente. De algum jeito eu consegui manter minha boca afastada tempo suficiente pra perguntar.

-O que foi? - (eu perguntei)

-Eu sei que você pensa que eu sou um galinha, cafageste, mas isso importa pra mim... - (ele disse)

-O que importa...? - (eu perguntei confusa)

-Eu quero ouvir você dizer - (ele disse)

Eu o encarei, e ele me encarou de volta, seus olhos começando a mostrar um familiar tom castanho escuro de irritação. Mentalmente relembrando os últimos minutos de conversa, tentei entender o que ele estava falando.

Ah!!!

-Ah, sim - (eu lembrei)

Suas sobrancelhas se juntaram.

-Sim, o que, Srta. Saviñón? - (ele perguntou com uma voz séria)

Senti um calor percorrer meu corpo. Sua voz estava diferente quando ele disse isso. Severa. Mandona Sexy.

-Sim, você é o melhor por uma margem desconcertantemente grande - (eu o imitei)

-Acho bom mesmo - (ele me encarou)

-Pelo menos até agora - (eu disse)

Ele rolou para cima de mim, agarrando meus pulsos e prendendo-os acima da minha cabeça.

-Não me provoque - (sua voz era autoritária)