Fanfic: Meu chefe é... Arrrrgh!!! Vondy | Tema: Quatro mãos

Simple Plan - gone Too Soon

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"oi pra você"

"aonde você foi?"

"você me deixou aqui, foi tão inesperado"

"você mudou minha vida"

"eu espero que você saiba"

"porque agora eu estou perdido"

"tão desprotegido"

POV`s Dulce Maria:

Duas horas depois, se você me perguntasse se eu podia voar, eu diria em um instante que sim.

Tudo foi perfeito na reunião. O Sr. Sullivan, que inicialmente não gostou muito de encontrar uma estagiária no lugar de um executivo da Uckermann Group, amoleceu depois de ouvir as circunstâncias. E mais tarde pareceu impressionado com o nível de detalhes que eu providenciei.

Ele até me ofereceu um emprego.

-É claro, depois que você terminar com o Sr. Uckermann - (o Sr. Sullivan disse com uma piscadela, e eu educadamente sorri de volta)

Eu não sabia se queria realmente terminar com o Sr. Uckermann.

No caminho de volta da reunião, liguei para Alexandra e perguntei o que o Christopher gostava de fazer quando estava doente. Como suspeitei, a última vez que ela pudera cuidar dele com canja de galinha e sorvete tinha sido ainda no colégio.

Alexandra ficou encantada de receber minha ligação, e tive de engolir o sentimento de culpa quando ela perguntou se ele estava se comportando. Assegurei que tudo estava indo bem e que tinha apenas uma indigestão e, claro que eu diria para ele telefonar.

Com uma sacola de supermercado nas mãos, entrei no quarto e parei na área da cozinha para guardar a comida e tirar minha roupa.

Vestindo apenas minha roupa de baixo, entrei no quarto, mas Christopher não estava lá. A porta do banheiro estava aberta, mas ele também não estava lá. Parecia que a camareira tinha arrumado o quarto, os lençóis estavam limpos e dobrados, e nossas roupas já não estavam mais espalhadas pelo chão.

A porta da varanda estava aberta, deixando um brisa entrar. Lá fora, encontrei ele sentado em uma cadeira, com os cotovelos apoiados nos joelhos e acabeça nas mãos. Parecia ter tomado banho e estava vestindo um jeans escuro e uma camiseta verde de mangas cusrtas.

Minha pele se arrepiou com sua imagem.

-Oi - (eu disse)

Ele olhou para cima e seus olhos percorreram cada curva minha.

-Po/rra! Espero que você não tenha usado isso na reunião - (ele disse respirando fundo)

-Bom, eu usei - (eu disse rindo) - Mas usei debaixo de um lindo casaco azul-marinho e saia

-Ainda bem! - (ele me puxou para perto, envolvendo completamente os braços em minha cintura e pressionando sua testa em minha barriga) - Eu senti sua falta...

Senti uma pequena pontada em meu peito. O que estávamos fazendo??? Aquilo era irreal ou estávamos brincando de casinha por alguns dias para depois voltar ao normal??? Não sabia se conseguiria voltar ao normal depois daquilo, e não sabia como seria o futuro.

Pergunte para ele Dulce!!!

Seu olhar queimou meu rosto enquanto ele esperava que eu dissesse alguma coisa.

-Você está se sentindo melhor? - (eu finalmente perguntei algo)

Covarde!!!

Seu rosto mostrou um pouco de decepção, mas ele logo escondeu isso.

-Sim. Como foi a reunião? - (ele perguntou)

Embora eu ainda estivesse animada por causa da reunião e morrendo de vontade de contar cada detalhe, ele retirou seus braços da minha cintura e se arrumou na cadeira ao perguntar isso, e eu tive uma sensação irracional de frio e vazio.

Eu queria voltar dois minutos no tempo, quando ele disse que sentiu minha falta, e então eu poderia responder " Também senti sua falta". Eu o beijaria e cabaríamos nos distraindo, e eu contaria sobre o Sullivan apenas horas mais tarde.

Mas em vez disso contei todos os detalhes da reunião, como o Sullivan reagiu ao me ver, e como eu redirecionei seu foco para o projeto. Contei cada aspecto da discussão com tantos detalhes que, no fim da história, Christopher estava rindo baixinho.

-Meu Deus, você fala demais - (ele disse rindo)

-Acho que deu tudo certo - (eu disse, dando um passo adiante. Envolva seus braços em mim de novo. Meu corpo implorava)

Mas ele não fez isso. Recostou-se na cadeira e mostrou um sorriso endurecido, do tipo que fazia quando encarnava o cafageste gostoso.

-Você foi ótima, Dulce. Não estou nem um pouco surpreso - (ele disse)

Eu não estava acostumada com esse tipo de elogio vindo dele. "Melhore na caligrafia!". "Uma boa chu/pada!". Essas eram as coisas que ele sabia notar. E fiquei surpresa ao perceber o quanto sua opinião importava para mim.

Será que sempre foi assim???

Será que ele começaria a me tratar diferente se nos tornássemos amantes ao invés de apenas umas transas casuais???

Eu não sabia se realmente queria que ele fosse mais educado, ou que tentasse misturar o papel de mentor e amante. A verdade é que eu gostava muito do cafageste gostoso no trabalho, e também na cama. Eu sou uma tarada louca!!!

Mas, assim que pensei nisso, percebi que agora a maneira como interagíamos... antes parecia distante, como um par de sapatos que já não cabia mais nos pés. Eu estava dividida entre querer que ele dissesse algo babaca, me atirando de volta para a realidade, e querer que ele me puxasse para perto e beijasse meus se/ios através do tecido da lingerie.

De novo, Dulce. Essa é a razão número 750 mil para não tran/sar com seu chefe. Você acaba transformando um relacionamento bem definido numa confusão onde os limites não estão claros.

-Você parece cansado - (eu sussurrei quando comecei a passar meus dedos nos cabelos atrás do seu pescoço)

-Eu estou - (ele murmurou) - Ainda bem que não fui. Eu vomitei. Bastante...

-Obrigado por me contar - (eu ri. Relutantemente, me afastei e parei as mãos em seu rosto) - Eu trouxe sorvete, refrigerante e bolacha de água e sal. Qual você quer primeiro?

Ele encarou meu rosto, completamente confuso por um momento.

-Você ligou para minha mãe? - (ele perguntou)