Fanfic: Meu chefe é... Arrrrgh!!! Vondy | Tema: Quatro mãos

 Simple Plan - Summer Paradise

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"algum dia"

"vou encontrar meu caminho de volta"

POV`s Dulce Maria:

Meu novo chefe simplesmente ficou olhando para a mão da Anne, sem retribuir o gesto, então levantou uma de suas sobrancelhas. 

-Você quis dizer o Sr. Uckermann? - (ele disse num tom de voz sério)

A mão de Anne se abaixou lentamente e ela apenas o encarou, obviamente desconcertada. Algo em sua presença física era tão intimidador que Anne ficou sem palavras. Quando se recuperou, ela murmurou:

-Bom... nós não acostumamos ser muito formais por aqui. Usamos o primeiro nome mesmo. Esta é Dulce, a sua assistente - (Anne apontou para mim)

Ele fez um gesto com a cabeça na minha direção.

-Srta. Saviñón. Você irá me chamar de Sr. Uckermann. E espero você na minha sala em cinco minutos para discutirmos a conduta apropriada para o escritório - (havia severidade em sua voz. Então assentiu ligeiramente para Anne) - Srta. Portilla

Depois de voltar o olhar para mim por um instante, ele se virou e caminhou para sua sala, e eu observei com horror a primeira de suas famosas batidas de porta.

-Que cretino!!! - (Anne murmurou entre os lábios)

-Que cretino gostoso!!! - (eu murmurei)

Esperando melhorar as coisas, desci e busquei uma xícara de café para ele. Até mesmo perguntei para Christian como seu irmão gostava do café, "puro". Quando voltei, minha batida ansiosa na porta foi seguida por um abrupto "entre", e tive de esperar um segundo para minhas mãos pararem de tremer.

Curvei os lábios em um sorriso amigável, tentando passar uma impressão melhor desta vez. Abri a porta e o encontrei falando ao telefone e escrevendo furiosamente em um bloco de notas. Quase perdi a respiração quando ouvi sua voz profunda e grave falando um francês impecável.

-Ces sera parfair. Non. Non, ce n`est pas nécessaire.

(ESTES SERÃO PERFEITOS. NÃO. NÃO, NÃO É NECESSÁRIO)

Seulement quatre. Qui. Quatre. Merci, Ivan

(APENAS QUATRO. SIM. QUATRO. OBRIGADO, IVAN)

Desligou o telefone, mas não levantou o olhar para me cumprimentar. Assim que fiquei em frente à sua mesa, ele falou comigo no mesmo tom severo de antes.

-No futuro, Srta. Saviñón, você deve deixar fora do escritório qualquer conversa que não seja relacionada ao trabalho. Nós pagamos caro para você trabalhar, não ficar de conversinha. Estou sendo claro? - (ele disse sem me olhar)

Fiquei sem palavras por um momento até que ele levantou a cabeça, olhou nos meus olhos e ergueu uma sobrancelha. Balancei a cabeça para sair daquele transe e, de uma só vez, percebi a realidade sobre Christopher Uckermann, ele não era nada como imaginei. E não era nem um pouco parecido com seus pais e seu irmão.

-Muito claro senhor - (eu disse, enquanto caminhava ao redor de sua mesa para colocar o café na sua frente)

Mas quando fui esticar o braço, o salto do meu sapato prendeu no tapete e fui jogada para frente. Ouvi um "merda" bem alto escapar da boca do Sr. Uckermann e o café se tornou nada mais do que uma mancha escaldante em seu terno caríssimo.

-Oh, meu Deus, Sr. Uckermann, eu sinto muito! - (eu disse apavorada)

Corri para a pia em seu banheiro para pegar uma toalha e voltei correndo, caindo de joelhos na frente dele e tentando limpar a mancha.

Na minha pressa, e no meio da humilhação que não pensei que poderia piorar, percebi de repente que eu estava esfregando a toalha energeticamente em sua virilha.

Afastei os olhos e as mãos, sentindo um vermelhão se espalhar em meu rosto quando tive um vislumbre do crescente volume do meio de suas pernas. Dá pra ficar pior???

Ele respirou fundo e disse:

-Você pode ir agora, Srta. Saviñón - (ele engoliu em seco)

Assenti e saí com pressa de sua sala, horrorizada por ter feito uma primeira impressão tão terrível.

Felizmente, provei rápido o meu valor depois disso. Houve momentos em que ele até pareceu impressionado comigo, embora sempre estivesse irritado e mal-humorado.

Entendi que era simplesmente porque ele era um idiota, mas sempre me perguntei se havia algo específico sobre mim que o deixava ainda mais estressado. Além do "incidente" da toalha, é claro.