Fanfic: Meu chefe é... Arrrrgh!!! Vondy | Tema: Quatro mãos

Kelly Clarkson - People Like Us

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"chegamos a este mundo desconhecido"

"mas sabemos que não estamos sozinhos"

"ei, todo mundo enlouquece"

"todo mundo quer jogar tudo fora às vezes..."

"um brinde aos condenados, aos perdidos e esquecidos..."

"eu quero beijá-lo..."

"é complicado e estúpido..."

POV`s Christopher:

-Ah, e por falar em almoços, Christopher - (interrompeu Maite, batendo com a mão na mesa) - Você se lembra da minha amiga a Sarah? Você a conheceu no mês passado na minha casa. Vinte e pouco anos, com a minha altura, loira, olhos azuis. Enfim, ela pediu seu telefone. Você está interessado?

Olhei rapidamente para Dulce quando senti o tendão de seu pé ficar tenso, e vi que ela praticamente parou de respirar esperando a resposta.

-É claro. Você sabe que prefiro as loiras. Pode ser uma boa mudança de ares para mim - (eu respondi a Maite)

Tive de abafar um grito quando ela apertou o salto do sandália contra minhas bolas. Continuou a apertar por um momento enquanto levava o guardanapapo até a boca e passava no canto dos lábios.

-Com licença preciso ir ao banheiro - (ela disse, se levantando)

Assim que ela entrou na casa, minha família inteira se voltou contra mim.

-Christopher - (meu pai disse secamente) - Já conversamos sobre isso

Peguei meu drinque e levei até a boca.

-Não sei do que você está falando - (eu disse dando de ombros)

-Christopher - (acrescentou minha mãe) - Eu acho que você deveria se desculpar

-Pelo que??? - (eu perguntei, colocando o drinque na mesa com um pouco de força demais)

-Christopher Uckermann!!! - (meu pai disse com firmeza, deixando claro que aquilo era uma ordem)

Joguei o guardanapo na mesa e me levantei. Andei com passos duros pela casa, procurando pelos banheiros, até finalmente chegar ao terceiro andar, onde  a porta do banheiro estava fechada.

De pé ao lado de fora, com a minha mão parada na maçaneta, comecei um debate em minha mente. Se eu entrasse, o que aconteceria???

Havia apenas uma coisa na qual eu estava interessado, e com certeza não era pedir desculpas. Pensei em bater na porta, mas tinha certeza que ela não iria me convidar para entrar. Tentei ouvir sons lá dentro, procurando por qualquer sinal de movimento.

Nada.

Finalmente, decidi entrar, virei a maçaneta, e me surpreendi por não estar trancada.

Eu entrara naquele banheiro poucas vezes desde que minha mãe o reformara. Era um espaço moderno muito bonito, com um balcão de mármore feito sob medida e um grande espelho que cobria uma parede. Acima de uma mesa de cosméticos, ficava uma janela que dava para o jardim lá embaixo. Ela estava sentada no banco em frente à mesa, olhando para o céu.