Fanfic: Meu chefe é... Arrrrgh!!! Vondy | Tema: Quatro mãos

 Lady Gaga - Judas

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"quando ele vier a mim, estarei pronta"

"lavarei teus pés com meu cabelo se precisar"

"perdoarei quando sua língua mentir por causa de seu cérebro"

"eu sou apenas uma tola apaixonada"

"e ele é tão cruel"

POV`s Dulce Maria:

No momento em que ele abriu a porta e nós ficamos cara a cara com a Maite, eu congelei, depois veio o pânico.

Me passou pela cabeça o pensamento de uma colegial que tietava o cobiçado capitão do time de vôlei e tinha conseguido transar com ele no vestuário masculino e acabava de ser flagrada pela diretora do colégio. Meu Deus!!! Eu tenho vinte e seis anos e hormônios de uma ninfomaníaca.

-O que exatamente vocês dois estavam fazendo aí dentro? - (Maite perguntou movendo os olhos de um para o outro)

Um resumo de tudo "aquilo" que ela poderia ter escutado passou pela minha mente e senti uma onda de calor se espalhar pela pele.

Joguei um olhar para o Sr. Uckermann e ele fez o mesmo, então voltei a encarar Maite e balancei a cabeça.

-Nada, a gente só precisava conversar. Só isso - (eu tentei ser o mais casual possível, mas sabia que o tremor em minha voz me denunciava)

-Ah, eu ouvi umas coisas aí dentro, e certamente não era uma conversa - (Maite disse, sorrindo com o canto da boca)

-Não seja ridícula, Maite. Estávamos discutindo um assunto do trabalho - (ele disse, tentando passar por ela)

-No banheiro? - (Maite perguntou)

-Sim. Vocês mandaram eu procurá-la. Foi aqui que eu a encontrei - (ele respondeu)

Maite deu um passo para o lado, bloqueando a passagem dele.

-Você acha que eu sou idiota? Todo mundo sabe que vocês dois não discutem nada, vocês gritam. Então, como é? Vocês dois estão, tipo, namorando? - (Maite questionou)

-NÃO!!! - (nós gritamos ao mesmo tempo. Nossos olhos se encontraram por um instante e rapidamente desviamos o olhar)

-Então...é só sexo - (Maite disse, e parecia que nenhum de nós dois conseguia encontrar palavras para rebater)

A tensão no corredor era tão pesada que eu brevemente considerei pular da janela.

-Faz quanto tempo? - (Maite nos encarou)

-Maite... - (ele começou, balançando a cabeça, e pela primeira vez eu me senti mal por seu desconforto)

Nunca o tinha visto daquela maneira. Era como se até agora ele não tivesse considerado que poderia haver consequências para aquilo, além do nosso drama pessoal.

-Há quanto tempo, Christopher? Dulce? - (ela perguntou, olhando de um para o outro)

-Eu...nós apenas... - (eu comecei a falar, mas falar o que? Como poderia explicar isso???) - Nós...

-Cometemos um erro. Isso tudo foi um erro - (a voz dele cortou meus pensamentos e olhei em seu rosto, chocada)

Por que ouvir aquilo me incomodava tanto??? Fora sim um erro, mas ouvi-lo dizer em voz alta... doía, por algum motivo.

Não consegui desviar os olhos dele quando Maite começou a falar.

-Erro ou não, isso precisa parar agora. E se fosse a Alexandra que tivesse subido até aqui? E Christopher, você é o chefe dela! Esqueceu disso? - (Maite respirou fundo) - Olha, vocês dois são adultos, e eu não sei o que está rolan/do aqui, mas seja o que for, não deixem o Victor descobrir

Uma onda de náusea me atingiu ao pensar em Victor descobrindo isso, em como ele ficaria desapontado. Eu não poderia suportar.

-Isso não vai ser problema - (eu disse, evitando o olhar do Sr. Uckermann) - Eu pretendo aprender com meu erro. Com licença

Passei por eles e andei até a esdaria, sentindo raiva e dor como um pedaço de chumbo em meu estômago. A força da minha motivação e ética no trabalho sempre me sustentara durante tempos difíceis: fins de namoros, a morte da minha mãe, problemas com minhas amigas.

Mas o meu valor para UG estava agora manchado com minha insegurança. Será que o Sr. Uckermann me enxergava de um jeito diferente porque eu estava transando com ele??? Agora que ele finalmente, entendeu que poderia ser ruim para ele se os outros soubessem o que acontecia entre nós, será que começaria a questionar meus julgamentos de um jeito mais amplo???

Eu era mais inteligente do que isso. Era hora de começar a agir como tal.