Fanfic: Amor de irmãos ou incesto?? | Tema: Incesto, romance, hot...

Acordei hoje com um aperto no coração, ai vocês me perguntam, “por que Manu?” Pois hoje é o dia mais triste da minha vida...o dia que perdi as duas pessoas mais especiais na minha vida...meus pais!

Sabe quando bate aquele vazio extremamente grande dentro de você? Como se estivesse faltando alguma coisa? Sinto isso exatamente todos os dias...a falta de mamãe e papai com certeza me afetou e afeta até hoje, até porque quem não sente falta de um abraço do seu pai antes de dormir, ou um beijo de sua mãe ao acordar...eu sinto, e muito...

Outra parte que me doí profundamente é pensar que meus filhos nunca irão conhecer seus avos, claro que se meus pais estivessem aqui agora, provavelmente Cristal, Bernardo e Diana nem existiriam, mas mesmo assim, os três nunca vão poder conviver com aquelas duas pessoas incríveis como Miguel e Íris...

Vejo o quão egoísta eu era quando reclamava por ter vivido pouco tempo com eles comparando com os meus irmãos...mas só agora percebi que na verdade sou muito sortuda, porque pelo menos eu tive a oportunidade de vê-los, e conversar com eles, e sou privilegiada por ainda lembrar de suas faces, personalidades e suas vozes...

Lembro perfeitamente de cada um dos dois...mamãe era meio doidinha, ela sempre estava alegre, vivia cantando pela casa mesmo sem saber a letra direito, e acho que foi esse lado dela que conquistou papai já que ele sempre foi mais serio mas mesmo assim nunca deixou de ser brincalhão também...nossos finais de semana eram os mais divertidos possível, eu amava cada segundo com eles, tudo aquilo era muito gratificante e ter tido eles como pais foi um ENORME prazer para mim, Deus não poderia ter feito escolha melhor para mim e meus irmãos...

Mas acho que eles eram tão bons, tão bons que Deus acabou precisando deles novamente como os anjos que eram e tenho certeza que ainda são...esse é o lado ruim de tudo, o lado cruel da vida, ela sempre irá te tirar algo muito importante para você, mas pode ter certeza que ela sempre devolve algo mais gratificante em troca!

Aquilo que fiz por Gabriel já havia acontecido antes...mas muito antes mesmo, ninguém sabia e nunca cheguei a desmaiar por aquilo, posso dizer que a morte dos meus pais tiveram parcialmente a culpa, ir pra escolinha e ver todos os seus colegas sendo entregues pelos pais na porta, ganhando beijos na testa e dizendo um “até logo” ou um “mais tarde eu volto para te buscar” era horripilante, até porque eu sabia que eu nunca mais teria aquilo, e para uma criança essa era a pior sensação do mundo...

Nunca me esquecerei do dia em que Rafa foi me buscar com os olhos inchados e vermelhos, todos os meus coleguinhas já haviam ido embora, só restava eu ali na porta da escola esperando mamãe, ela sempre andava com a cabeça na lua, e por isso não me importei muito com o atraso, mas aquele dia não havia sido um mero atraso...foi o inicio do meu pesadelo...

Flashback

Lá estava eu sentada na porta da escola, balançando os meus pés impacientemente, mamãe como sempre atrasada coisa já de costume...mas hoje havia passado do limite, ela estava atrasada além do permitido...minha barriga roncava e eu sentia uma imensa vontade comer algo, mas tudo que tinha era uma bala de maçã e aquilo não enchia barriga nenhuma, sem falar que papai sempre briga quando como doce antes das refeições, então achei melhor continuar ali, esperando...

Eu olhava impacientemente para meu pequeno relógio da Barbie no pulso, mesmo sem saber ver as horas ainda ficar olhando aquilo era a única coisa que fazia o tempo passar mais rápido...

Não demorou para eu ver Rafa virando a esquina e vindo em minha direção com os olhos vermelhos, inchados e com a face vermelha...o encarei e minha primeira vontade era de correr até ele e lhe dar um abraço muito forte, mesmo sem saber oque aconteceu, eu sabia que ele não estava bem!

Ele se aproximou de mim e ao me ver forçou um sorriso e se abaixou na minha altura...

Rafa: Iai baixinha...como foi a aula?

Manu: Legal, mas...por que você veio me buscar hoje?

Rafa coçou a nuca e me encarou já com seus olhos marejados porém ele tentou disfarçar coisa que não funcionou muito...

Rafa: Mamãe e papai não puderam anjo, então vim aqui para não te deixar aqui esperando... – Ele falou encarando seus pés

Manu: Cadê a mamãe e o papai? São sempre eles que vem me buscar, cadê eles Rafa? – Falei olhando para os lado esperando vê-los em algum lugar perto de nós...

Rafa: Não vão vir mana...nunca mais – Ele sussurrou essa última parte e olhou para cima, provavelmente reprimindo as lágrimas que agora insistiam em cair...

Manu: Cadê eles? Como assim nunca mais vão voltar? RAFA! FALA ALGO! EU QUERO MAMÃE E PAPAI AQUI AGORA! – Falei como uma digna garota mimada e chorosa

Rafa: Não entende? – Ele agarrou meus ombros e balançou eles levemente – ELES NÃO VÃO VOLTAR! Não vão... – Ele caiu ao meu lado e começou a chorar desesperadamente...

Manu: Não diz isso, por favor, não brinca comigo Rafa...você sabe que não gosto disso – Falei já com os olhos marejados e dando lentos passos para trás

Rafa: Não estou brincando Manu, eu gostaria de estar, mas não estou...mamãe e papai estão no céu agora – Ele falou me encarando ainda chorando, mas pelo menos dessa vez olhando dentro de meus olhos

Manu: Não, é mentira! Eles estão esperando a gente em casa para almoçar, eu tenho certeza disso – Sai correndo chorando e ouvi Rafa gritando por mim e vindo logo atrás, mas acelerei o passo rumo minha casa, a distancia dela para a escola não é muito grande, só algumas quadras...então segui assim até chegar em casa... – O Rafa tá mentindo, eles estão vivos, eles estão me esperando em casa, sei que eles nunca me deixariam para trás – Sussurrei para mim mesma e entrei em casa de vez batendo a porta com força...

Assim que olhei pela sala encontrei muitos familiares na sala chorando, familiares esses que quase nunca apareciam, apenas quando alguém...morria!

Minha avó materna se levantou e veio até mim me dando um abraço reconfortante, ela também chorava, acima dos ombros dela pude ver Caio e Daniel sentados no canto, isolados, chorando ainda mais que todos ali presentes, eles estavam no mesmo estada que o Rafa...me soltei da minha avó e sai correndo para meu quarto onde me tranquei e passei o resto do dia, sem comer, nem beber nada, apenas chorar e dormir...

Fim do Flashback

Lembrar de tudo isso até doía meu coração, minha avó e meu avô por parte de mamãe ainda mantém contato com a gente, mas só por ligações mesmo já que ela nem mora no Brasil...já os meus avos paternos já são falecidos desde antes do acidente dos meus pais...eles também morreram em um acidente misterioso, até hoje não desvendado!

Acordei mais por obrigação do que por vontade e fui em direção ao quarto dos meus pequenos, passei primeiro no quarto do Bernardo e o levei no colo até o quarto das meninas...ambos os três dormiam fiquei em pé observando um a um, de olhos fechados e serenos, eu amava meus pequenos mais do que tudo, e eu daria minha vida por eles...sentimento de mãe é único e o mais puro e verdadeiro que existe, hoje eu tenho a comprovação de tudo isso!

Eu só desejo que eu consiga ver meus filhos crescer e consiga amar os homens da minha vida o máximo que dê, viverei tudo que meus pais não viveram, e verei tudo que eles não conseguiram ver, esse será o meu jeito de homenageia-los para o resto da minha vida...

Dei banho nos meus três lindos e alimentei ambos, depois foi só coloca-los para dormir novamente, coisa que não demorou de acontecer...

Fui tomar meu banho e escovei meus dentes, coloquei um vestido preto soltinho e marcado na cintura, e um sapato preto de salto comum...desci as escadas rumo a cozinha e encontrei os meninos tomando café de cabeça baixa...eles haviam lembrado que dia era hoje assim como eu...

Manu: Bom dia – Falei normalmente sem animo, dessa vez mais que o normal

Eles: Bom dia – Eles responderam da mesma forma...

Me sentei na cadeira vazia e comecei a me servir de apenas um copo de suco e uma torrada com geleia de morango...comi calmamente e me lembrei dos cafés da manhã que passávamos em família...

Flashback

Manu: Mamãe, hoje vai ter passeio na minha escola – Falei vindo correndo em sua direção e lhe mostrando o papel de autorização em quanto ela fazia o café

Íris: Que maravilha meu amor, está animada?

Manu: Muito! – Falei feliz como era de costume

Íris: Deixe o papel em cima do centro da sala, vou assina-lo depois do café! Depois venha me ajudar – Deixei o papel onde ela havia mandando e voltei para ajudar ela a colocar o café na mesa onde papai e meus irmãos já estavam sentados a espera conversando...

Rafa: O jogo de ontem estava imperdível pai, aquele Fla X Flu vai ficar pra história – Rafa falava dos passes no jogo e ambos riam

Miguel: Droga, sua mãe tinha que inventar de me mostrar a camisola nova ontem – Ele disse baixo mas todos na mesa ouviram e olhamos para mamãe que ficou vermelha na mesma hora

Íris: Chega de falar disso né Miguel – Ela disse o repreendendo e todos nós rimos, até eu, mesmo sem entender direito aquela conversa...

Daniel: A noite de vocês dois foi boa então né mãe – Daniel perguntou olhando minha mãe segurando o riso

Íris: Mais respeito mocinho, sou sua mãe e ainda posso te dar uma boa surra – Ela disse seria

Rafa: Vai querer arriscar maninho? – Rafa perguntou debochado, ele amava o fato de ser o mais velho dos irmãos, já Dani odiava...

Íris: Isso vale para você também Rafael! – Ela o repreendeu

Rafa: Vai querer me dar surra nessa autora do campeonato? – Ele perguntou irônico

Íris: Não, mas posso muito bem proibir você de trazer suas raparigas cá para casa! – Ela disse seria e Daniel explodiu de rir junto com papai

Miguel: Melhor obedecer filho, quando sua mãe fala algo, ela sempre cumpre! – Ele diz ainda tomando fôlego...

Íris: E você Caio, não vai dizer nada? – Ela pergunta

Caio: Hm, quê? – Ele levanta a cabeça com a boca toda suja de chocolate da sua panqueca na qual estava comendo concentrado, rimos mais ainda com a reação de dele, Caio sendo Caio...

Fim do Flashback

Manu: Sinto falta de tomar café com eles!

Rafa: Sinto falta de conversar com eles!

Daniel: Sinto falta de rir com eles!

Caio: Sinto falta deles!

Olhamos uns para os outros e soltamos um suspiro sincronizado...

Rafa: Querem ir agora de manhã? – Ele pergunta se referindo aos túmulos dos nossos pais

Daniel: É o melhor!

Caio: Sim, não quero de tarde, aquele cemitério me dá arrepios!

Manu: Vou pedir para a Carol ficar com os bebês! – Terminei de comer rapidamente, e depois peguei meu celular para ligar para Carol...no terceiro toque ela atendeu...

Ligação On

Carol: Iai quenga, a que devo a honra da ligação?

Manu: Oi baranga, como assim?

Carol: Pra você resolver gastar seus créditos comigo deve ser algo importante... – Ela diz e ri logo em seguida, já eu sou uma risada baixa e meio forçada, não estava no clima...

Manu: Você ta fazendo algo importante?

Carol: Não, só to aqui matando um pouco a saudade do Lucas, mas por quê?

Manu: É que eu precisava que você cuidasse da Diana, Cristal e do Bernardo, mas como está ocupada deixa pra lá...

Carol: Que nada menina, claro que cuido, é bom que o Lú treina um pouco comigo pro futuro distante que vamos ter filhos – Rimos – Mas você vai aprontar o que mulher?

Manu: Nada, apenas vou no cemitério...

Carol: QUEM MORREU?

Manu: Ninguém, é que, hoje completa mais um ano desde a morte de meus pais – Digo e uma onda de tristeza me invade mais uma vez...

Carol: Ai amiga, sinto muito! – Ela diz também triste

Manu: Tudo bem, então você vem?

Carol: Claro! Já chego ai! Beijos

Manu: Beijos

Ligação Off

Fui para a sala e fiquei esperando Carol e Lucas chegarem para podermos ir...não demorou nem 25 minutos e eles chegaram, Carol e Lucas adentraram na sala e logo nos encarou tristes, provavelmente devido ao dia de hoje, apenas forcei um sorriso e conversamos brevemente, dei algumas explicações e instruções para os dois poderem se virar com os bebês e ambos pareceram entender tudo...assim eu e os meninos nos direcionamos e fomos rumo ao cemitério no carro de Rafa...

Passamos rapidamente na floricultura antes, e compramos um buquê de rosas vermelhas(favoritas de papai), e um de tulipas azuis(favoritas de mamãe)...

E assim seguimos caminho ainda em silêncio...

Só de encarar a porta de entrada do cemitério já sentia arrepios, aquele lugar já foi um dos lugares que mais passava o tempo, mas hoje em dia é com certeza o lugar que mais tento evitar...

Provavelmente você não entendeu o porque de ali ser o local em que eu mais passava meu tempo, mas é que logo no inicio da morte dos meus pais, quando tudo ainda estava recente, eu ia sempre ali no cemitério depois das aulas, e passava horas e horas lá, “conversando” com meus pais sobre o meu dia, para muitos aquilo poderia parecer uma loucura, mas era apenas uma tentativa minha de mantê-los no meu dia a dia, como se nada tivesse acontecido ou mudado...

Com o tempo eu percebi que não era precisa eu ir para o cemitério para tentar me manter próxima deles, eu comecei a sentir e a entender que a onde quer que eu vá, sempre terei eles perto de mim!

O moço que tomava conta do cemitério sorriu para mim assim que passei por ele, e eu sorri para ele de volta, mesmo triste...um sorriso muda o mundo!

Eu e meus irmãos fomos seguindo pelo cemitério com Rafa nos guiando até o túmulo certo, mesmo que eu já soubesse onde era, conhecia aquele lugar com a palma da minha mão, infelizmente!

Chegamos perto do lugar certo e vimos ali, lado a lado, os dois túmulos com os respectivos nomes:

Íris Albuquerque

Miguel Albuquerque

Ver aqueles dois nomes fez meus olhos encherem de lágrimas, aqueles nomes, aquelas pessoas me causaram tanta felicidade mas ao mesmo tempo tanta dor...felizmente eu tentava guardar apenas os momentos bons que foram quando eles ainda estavam com vida, mas sempre que eu estava naquele lugar, o momento ruins me invadiam, era inevitável!

Os meninos pareciam tentar se manter mais fortes do que eu...Rafa estava serio encarando o chão, Dani estava olhando diretamente para as flores que se encontravam em suas mãos e juro ter visto uma lágrima escorrer de seus olhos...já Caio estava chorando, assim como eu, sem tentar se mantar forte nem nada, ele só tinha um proposito...esvaziar toda aquela mágoa...

Colocamos as flores sobre seus devidos lugares e resolvemos sair dali o mais rápido possível...demos uma última olhada para o cemitério e acenei para o moço de idade que logo me retribuiu, ele parecia ser simpático...

Entramos no carro e fomos rumo ao fast-food mais próximo para comprar nosso “almoço” já que nenhum de nós estava com animo para cozinhar hoje...aproveitamos e compramos lanches para Carol e Lucas também eles realmente mereciam por tudo que estava fazendo por nós!

Chegamos em casa e logo tratamos de ir nos servindo...conversamos bastante com o pessoal e demos até algumas risadas, mas nada demais...Logo depois Carol foi embora com Lucas para poderem aproveitar o resto do dia só os dois e eu e os meninos ficamos na sala conversando, rindo e brincando com os nossos filhos...mesmo tentando me distrair minha cabeça ainda girava em torno de meus pais e de uma pergunta que me instigava...Afinal, quem é o real culpado pela morte dos meus pais? Quem causou toda essa dor em mim e em meus irmãos? Bom, eu não sei...mas pode ter certeza que onde quer que esse desgraçad*o esteja eu irei atrás dele, irei descobrir quem foi e irei me vingar! Pelos meus pais, pela minha dor, pela dor dos meus irmãos, por todos esses anos sem a presença deles entre nós...