Fanfics Brasil - Asas, pra quê te quero... Cupido, eu te odeio!

Fanfic: Cupido, eu te odeio! | Tema: One Direction


Capítulo: Asas, pra quê te quero...

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Louis estava gritando com os guardas mais uma vez. Já era hábito: uma ou duas vezes na semana ele aparecia na porta do conselho reivindicando alguma coisa ("Mais wisky nessa merda! E mais horários extras! E pessoas mais felizes pra eu juntar! Porra, parece que vocês escolhem só os emos pra eu fazer um casal!"). Por mais que os guardas o detessem, ele sempre acabava gritando com alguém do conselho. Louis sempre conseguia o que queria.


-Tomlinson, hoje não! - Paul, o chefe da guarda, implorava empurrando Louis para trás.

-Eu quero reivindicar meus direitos! - Era a desculpa habitual. 

-Louis, o único direito que você quer é que suas asas voltem a funcionar, mas você está bêbado de mais para isso! - Ricky debochou, o que fez Lou ficar mais furioso. Sim, ele é um ser celestial, um anjo de amor, mas fica furioso.

-Vamos, Paul! - ele resmungou entredentes - Eu prometo que é a última vez! Porra, se lembra daquela vez que eu cuidei do seu encubado (No mundo dos humanos, encubados são filhos. Mas no mundo celestial, filhos não são gerados da maneira humana. Por isso não podem ser considerados filhos).

-Aquilo foi há anos! 

-Eu quero que você precise de alguém pra cuidar do seu encubado! Eu vou rir na sua cara e vou dizer que não!

Paul olhou no fundo dos olhos de Louis. Queria alcançar a alma dele e torturá-lo lentamente (Não que isso fosse possível). Mas ele não conseguiria, pois Louis sempre está bêbado de mais para sentir algo.

-Finja estar sóbrio, por favor! - Paul falou, relutante, livrando Louis de seus braços enormes e fortes.

Lou sorriu cinicamente. 

-Eu te amo, cara!

Ele passou pelos corredores brancos que lhe davam náuseas até chegar na maior porta de todas. Era branca também. Poderia dar para o paraíso, mas dava apenas para a sala do conselho. Ela tinha um sistema de sensor de movimento (Sim, existe tecnologia em lugares celestiais. Na verdade, eles começara com a parada toda) e se abriu quando Louis ficou parado por cinco segundos. 

Quando a porta abriu (Sem fazer nenhum rangido), a imagem que veio aos olhos de Louis foi a de sempre: uma mesa oval, com um bando de velhos e pessoas chatas. E mais branco. Tudo perfeitamente branco. Ele se controlou para não vomitar ali.

-Tomlinson, o que... - Mrs. Lukin, uma velhinha meio acabada, ia perguntar, enquanto se colocava de pé, mas Louis a interrompeu.

-Você, você, você, você e você - ele falou apontando para um grupo aleatório de conselheiros - são uns merdas.

As grosserias de Louis já não eram mais espanto para eles. Ele era um cupido antigo, então não demorou muito para eles passarem a ouvir mais palavões. Bem, Mrs. Lukin nunca se acostumou e nunca se acostumaria.

-E você, Lukin, não passa de uma velha gagá! 

-Qual é o motivo disso, Louis? - Ford, um senhor de idade (Muito respeitado por Lou), perguntou.

- Eu tava lá de boa na terra, fazendo minhas coisinhas quando eu decido voltar pra cá. Sério, que merda eu tinha na cabeça pra decidir fazer isso? Mas, voltando aqui, quando eu fui voar... BUM, minha asa não funcionou! Porra, qual é o problema de vocês comigo? 

-Quer mesmo que eu diga? - Muitas pessoas murmuraram, mas Louis as ignorou completamente.

-Eu tive que usar o serviço de táxi Celestial pra chegar aqui, sabiam? Eu quero minhas asas funcionando perfeitamente! Pelo contrário, eu... - ele pensou em algo terrível que anda não tinha feito - Eu tiro minha roupa! Aqui e agora!

Houve um burburinho. Lukin encarava o rapaz de maneira impassível, e ele retribuía. 

-Não. - ela disse. Louis olhou mais fundo nos seus olhos. Aquilo não daria em algo bom...

-Não?

-Não.

De repente, Louis começou a se despir. Começou pelas calças, depois a blusa e as meias. Quando estava na cueca (E a mulheres da mesa do Conselho não sabiam se olhavam ou se tapavam os olhos), Lukin o interrompeu com um grito.

-Chega! - Louis parecia que ia obedecê-la. Olhou em volta, respirou fundo e disse:

-Não. 

Minutos depois, um cupido nu estava sendo perseguido por dois guardas na Admistração. Se suas asas não funcionassem agora, não funcionariam nunca!

-Seus idiotas! - ele gritava enquanto corria. De repente, as asas começaram a bater. Era agora! Tomou um pouco mais de impulso para voar melhor... Seus pés não tocavam mais o chão... Ele estava xingando todos na Administração... Ele caiu.

 

***

 

-De todos os anos em que trabalho aqui - longos anos, esses - eu nunca vi um cupido tão irresponsável quanto você, Tomlinson.

Ford, com sua voz madura e rouca, era a única pessoa que Louis nunca xingou, mandou ir à merda, imitou maldosamente, ou desrespeitou de qualquer maneira. Havia uma relação de amizade, até respeito entre eles. 

-É bom saber que marquei sua vida de alguma maneira. - O cupido sentava-se de maneira displicente na cadeira. A sala de Ford era como a sala do diretor da escola: fria, clara, com cadeiras desconfortáveis e poucos objetos pessoais. E como o aluno delinquente, Louis já era acostumado com a sala de Ford. Ele era quase parte dela!

-Você já completou vinte e um ciclos, Louis! Está na hora de crescer!

-Me desculpe se minha mãe não é tão alta! Culpe a ela, não à mim!

Ford suspirou impacientemente. 

-Você leva tudo na brincadeira, Louis! Você correndo pela...

-Isso não foi uma brincadeira! - o cupido interrompeu o velho Ford, usando o mesmo tom de voz sério. Ele parecia maduro - Eu só quero que minhas asas voltem a funcionar.

-Mas não será assim que você vai conseguir! - Ford agora usava um tom brando e paternal na voz, que transmitia solidariedade e carinho. Lou contorceu-se na cadeira, incomodado por receber tão diretamente um tipo de sentimento assim. Ele não estava acostumado com aquilo.

-Eu consegui tudo na minha vida dessa maneira. - Louis também estava calmo, mas sua voz era carregada de constrangimento - Veja as pessoas boas e os cupidos de "bem"! Aonde elas chegam? A merda nenhuma! Eu não quero ser um zero à esquerda.

Fez-se silêncio na sala. Ford entendia Louis e queria apenas dizer "Sim, rapaz. Você tem razão". Mas não poderia dizer, pois daria um mau exemplo a Louis (Mesmo que não fizesse diferença). Tentando afastar os pensamentos, mexeu numa pilha de fichas e documentos. Cada nome ali era de uma pessoa que não tinha sorte no amor, e que precisava urgentemente de uma ajudinha.

-Suas asas voltarão a funcionar. - Ford informou, sem levantar o olhar. Louis celebrou, mas foi rapidamente interrompido - Para uma missão. 

-Puta merda. - o cupido murmurou, recebendo um olhar penalizante de Ford. 

-Abbey Melbourne, vinte e dois anos - "I don`t know about you, but i`m feeling twenty-two" Louis cantarolou. - Cursa Administração Contábil em Oxford.

O velho entregou uma ficha para Louis, com a foto de uma menina morena, alta, de cabelos loiro-escuros e olhos castanhos. Não era uma menina muito bonita, mas ninguém poderia chamá-la de feia.

-Serio? Que sem sal! Percebe-se o motivo de ela precisar de mim, viu! - ele comentou, assim que viu a foto. Analisou a ficha por mais alguns segundos e falou: - Isso é impossível! Até achar alguém pro Papa é mais fácil! Ninguém ia querer comer ela, pelo amor de Deus! Porra, que dragão...

-Louis, não use esse tipo de linguajar, por favor. 

-Mas, puta que pariu, você comeria ela? Sinceramente, você faria isso? - Louis contestou mostrando a foto para Ford.

-Louis, pare com isso, por...

-Você comeria ela? - o jovem cupido insistiu. Ford suspirou alto, olhou um pouco para a foto da garota, e respondeu:

-Não...

-Viu! - Louis exclamou.

-Por que esse não é o meu trabalho! E falando em trabalho, vá pegar seus equipamentos logo. Você parte para a terra em duas horas.

 


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Autor(a): poteitodoharvey

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