Fanfic: SumemerTime Adaptada / Vondy | Tema: Vondy

TRIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIM.

- Ah, mas que merda, mas que merda!
dulce procurou na mesinha ao lado da cama o maldito despertador que estava tocando muito, mas muito alto. Ao alcançar o aparelho, arremessou-o na maior distância que conseguiu, mas ele não parou de tocar.
- Puta que pariu!
Ela xingou novamente e saiu andando no escuro para mais um golpe naquele aparelhinho dos infernos. Respirou fundo e apertou o botão desligar. Dez horas da manhã, em pleno domingo, e ela de pé com um humor péssimo. Sua cabeça doía - certamente pela quantidade de vodkas e tequilas que havia consumido na noite anterior. Ou talvez por um certo outro motivo. Motivo esse que ela não gostava de lembrar, mas que parecia perseguir seus pensamentos de qualquer maneira.
“Não Dulce, não. Você não quer pensar nisso. Você não vai pensar nisso. A festa foi ótima, não foi? Foi, claro que foi. Não teve nada demais. Você só bebeu até cair, mas isso não é novidade. Isso! NENHUMA NOVIDADE.”
Ela pensava alto e andava de um lado para o outro do quarto, quando resolveu descer para tomar café. Não conseguiria mais dormir, precisava de alguma espécie de distração e aquilo era urgente. Sua mãe a avistou assim que desceu as longas escadas da casa.

- Bom dia meu anjo! – Ela disse com um sorriso.
- Só se for pra você! – Dulce respondeu irritada. Poncho riu.
- Nossa, mas que mau humor filha! O que aconteceu?
- Desculpe, mãe. Nem aconteceu nada. – Dulce disse sentando-se ao lado do irmão na bancada da cozinha.
- Aconteceu sim que eu sei. – Ela disse mexendo nos cabelos da filha que estavam extremamente bagunçados.
- Já disse que não aconteceu nada, mãe. – Ela mentiu.
- Filha, pode se abrir com a mamãe, somos amigas, não é?
- Somos, somos... – Dulce rolou os olhos. – Mas eu não tenho nada pra...
- ELA É CORNA! – Poncho gritou quase cuspindo os sucrilhos que estava comendo e rindo muito alto.
Em um surto, Dulce se pendurou no pescoço do irmão, estapeando o garoto. Sra. Saviñón tentou separar os dois, mas ela não parava. E Poncho ria. Ria muito, ria alto, e Dulce só estava ficando mais irritada com aquilo tudo.
- VAI SE FU...
- CHEGA VOCÊS DOIS! Parem de brigar AGORA ou teremos conseqüências sérias aqui. – Sra. Saviñón mudou a expressão e PONCHO reprimiu o riso. –Poncho, sobe AGORA.
- Mas mãe eu tô...

AGORA!
- Ah, tudo bem. – Ele bufou e subiu as escadas comendo uma maçã.
- Agora vamos ao o que aconteceu, filha.
- Eu não quero falar sobre isso mãe, é sério. – Dulce olhou piedosa e a senhora sorriu.
- Está bem, a escolha é sua. Mas qualquer coisa...
- ... Qualquer coisa eu falo, mãe. – A garota sorriu sem mostrar os dentes. – Vou subir.

Dulce entrou em seu quarto e foi direto para o banheiro. Tomou um banho rápido para tentar acordar daquele dia que provavelmente era um pesadelo qualquer. Colocou um short curto e uma blusa de moletom grossa e estava preparada para telefonar para alguma das amigas. Foi quando um toque suave na porta do quarto fez com que ela virasse sua atenção pra lá.
- Dul, posso entrar? – Poncho perguntou com as mãos nos bolsos. Dulce afundou a cara no colchão ao ver o irmão ali.
- Já tá aqui mesmo. – Ela respondeu simplesmente, mas ele não se moveu.
- Desculpa. É que foi inevitável te zoar e...
- ... Tudo bem Poncho, relaxa.
- Mas é melhor assim, não é? Aquele tal de Brian é um merda, fala sério.
- Eu sei. – Ela disse em olhar pra ele, que já estava abaixado em frente a sua cama.
- Você não parece triste... – Poncho disse ao levantar o rosto da irmã com uma das mãos.
- E não estou. – Dulce sorriu breve e Poncho riu.
- Então porque todo o escândalo?
- Ah, por nada. Eu gosto de ser uma drama queen, você sabe.
Dul sorriu e Poncho a acompanhou. Apesar das brigas, os dois tinham uma amizade incomum para dois adolescentes tão diferentes. Do modo deles, conseguiam se entender perfeitamente.
- Além do mais... – Dul continuou – Esse fim de relacionamento doeu muito mais nele do que em mim. – Ela piscou e desatou a rir, sem que o irmão entendesse.
- O que você fez? – Poncho arregalou os olhos, interessado.
- Pensei que seu informante já tivesse te dito... – Ela torceu o nariz. – Ah, eu sumi com as roupas dele, larguei ele no quarto amarrado na cama e... bom, isso foi devidamente fotografado por metade do colégio. – Dulce gargalhou com a cara do irmão.
- Você é impossível, garota! Isso foi incrível! – l riu alto, sendo interrompido pelo celular da irmã que tocava alto Ponchoo ao seu lado. – Argh, é a Anahí. – Ele fez cara feia dando o telefone pra irmã, que riu. – Vou pro meu quarto.
- Ok chuchu, vai lá. – Ela sorriu vendo o irmão sair do quarto falando sozinho. – Fala Ane meu amor!

Dulce desligou o telefone feliz ao ficar sabendo que sua reputação estava em alta. Okay, ela era a mais nova vítima de Brian Portman, mas quem tinha saído por baixo nessa, era ele. Todos os presentes da festa estavam rindo da cara e da situação em que o garoto se encontrou depois da vingança de Dul. Ela não era a coitadinha, era admirada. Isso fez com que aquele domingo ficasse um pouco melhor.
“Está vendo, bobinha. Você se saiu bem dessa, muito bem por sinal. Agora todos os garotos vão saber se comportar perto de você, ui. Isso é incrível, não é? Claro que é.”
- ... Mas isso não muda o fato de que você é CORNA. – Uma voz extremamente irritante surgiu no quarto e Dulce não precisou nem virar pra trás pra saber quem era.
- Já ouviu falar em bater na porta antes de entrar, Uckermann? – Dulce bufou virando-se para ele, que riu.
- Estava aberta meu bem. – Ele debochou.
- Meu bem. Meu bem. Vaza daqui Uckermann , anda logo.
- Sabe... – Christopher disse sem mover um centímetro – Você é corna, mas pelo menos fez alguma coisa que prestasse. Fiquei chocado quando o Christian me disse, hoje de manhã. Quem diria, Dulce Maria me surpreendendo. Fez uma coisa boa na vida, deu uma lição naquele Portman filho da...
- Ele é um merda, mas é melhor que você, Uckermann . – Dulce disse encostando na porta ao lado dele. – Agora, não me estressa lindinho, some daqui.
- E se eu não quiser? – Ele perguntou segurando o rosto dela com uma das mãos, sendo levemente empurrado para trás.
- Uckermann, não brinca. Eu posso ser muito pior com você do que eu fui com o Brian.
- Ah é? – Ele disse entrando no quarto e sentando na cama da garota. – Pago pra ver.
- Vaza. – Dulce respondeu irritada e Christopher riu.
- Esse é o seu melhor? Caramba docinho, você não é péssima nisso! – CHristopher disse olhando nos olhos de dul, que fulminaram de raiva. Ela odiava esses apelidinhos melosos e ele sabia disso.
- Eu vou contar até três. – Ela olhou para o teto quando ele riu. – Um...
- Eu não vou sair.
- Dois...
- Agora eu estou com mais medo de você, hem?- Christopher gargalhou.
- Três, tchau.
- N-Ã-O.
Christopher soletrou a palavra e Dulce não se conteve. Pegou um porta jóias de porcelana que estava na bancada e tacou na direção de Uckermann , acertando-o na testa. O garoto caiu para trás na cama e o porta jóias se quebrou em mil pedaços ao tocar o chão, fazendo um barulho muito alto contra o piso. Dulce arregalou os olhos quando percebeu o que fizera.
- PUTA QUE PARIU, VOCÊ É LOUCA? – Christopher gritou segurando a testa com uma das mãos e Lua viu que escorria sangue da sua sobrancelha.
- A CULPA É SUA! – Ela gritou mais alto e meio desesperada, correndo em direção a ele.
- Tira a mão de mim, sua louca! – Christopher disse quando ela se aproximou.
- Eu nem encostei em você, seu ridículo! – Dul reclamou e Poncho entrou com Rodrigo no quarto.
- O que foi isso? – Marques arregalou os olhos vendo a testa do amigo sangrar.
- A exterminadora de homens resolveu achar outra vítima. – Christopher debochou e Dulce fechou os pulsos, mas se conteve.
- Eu mandei você sair, Uckermann . A culpa é TODA SUA. – Ela gritou.
- Minha? MINHA? Ah, que ótimo! – CHRISTOPHER riu sarcástico. – Sua loucura não é culpa minha, Dulce.
- Dude, eu nunca vou entender vocês dois! Vem aqui Christopher, vamos descer! Acho que tem um kit de primeiros socorros na cozinha... – Poncho disse e Christopher levantou, seguindo-o.
- Louca... – Ele murmurou e Dulce rolou os olhos.
- Idiota. – Ela respondeu alto e ele não virou pra trás.
Então a porta se fechou num baque ensurdecedor. Rodrigo estava em pé ao lado da cama, com as mãos nos bolsos. Dulce se abaixou para pegar os pedaços maiores do porta jóias no chão.
- Não fale nada. – Ela disse e Rodrigo sorriu, ajudando-a.
- Eu não ia dizer nada. – Ele suspirou. – Mentira, eu ia. – Ele riu e ela também.
- Eu não fiz por mal, juro. – ela sentou-se encostada na cama e Marques a acompanhou.
- Eu sei que não. – Ele sorriu.
- Mas eu nunca imaginei que minha mira estivesse assim tão boa... Ou que ele fosse idiota o suficiente pra ficar parado quando viu o negócio voando na direção dele. – Ela riu sozinha. – Você acha que eu sou louca, não é?
- Não. – Marques riu. – Talvez um pouco.
- Muito, você quer dizer.
- Depende da situação.
- Ele me provocou. – dulce bufou e Rodrigo riu alto.
- Vocês dois são muito idiotas.
- Eu nada, ele que é. – dul fez bico e o garoto a abraçou de lado.
- Você parece uma garotinha de dez anos dizendo isso. – Ele riu. – Aliás, vocês dois ficaram presos naquela época, agem como se tivessem dez anos.
- Nós nunca nos demos bem, baby. E nunca vamos nos dar. – dulce rolou os olhos.
dulce conhecia christopher e Rodrigo desde pequenos. Eles sempre estudaram no mesmo colégio, e sempre foram amigos de seu irmão. Desde aquela época, ela e christopher sempre brigaram. Não no início, porque eram muito novos, mas foram necessários poucos meses para que começassem a se odiar. As coisas pioraram na adolescência, onde os eles assumiram posições bem diferentes no colégio. Ela, a queridinha, a garota popular que todos conheciam. Ele, o loser meio bad boy que faz um estilo totalmente diferente dos capitães de time, mas que tem sua fama. A amizade de Dulce e Rodrigo, por sua vez, sempre esteve intacta. Nenhum dos dois sabia explicar exatamente o porque, mas ainda eram amigos. Christian chegara no colégio tempos depois, e se uniu ao quarteto que algumas das melhores amigas de Dulce não suportavam. E foi assim que a distância entre os dois que já era um fato, se concretizou, e desde então Christopher e Dulce não podem ficar juntos por muito tempo no mesmo ambiente sem que alguém saia moralmente ferido – ou pelo menos bastante irritado.
- Eu vou descer pra ver como ele está, ok? – Rodrigo disse levantando e Dulce apenas assentiu com a cabeça.

- Outch, isso dói, tira a mão daí! – Christopher reclamava enquanto Poncho fazia um curativo na testa dele.
- Que cena mais gay! – Rodrigo gargalhou e Poncho deu o dedo pra ele.
- Tudo culpa da sua amiguinha, Marques. – Christopher rolou os olhos e Rodrigo bufou.
- Ah, chega disso, que saco vocês dois.
- Você diz isso porque ela gosta de você e não fica te atacando com objetos voadores tentando te matar e... – Christopher ia dizendo quando a risada de Dulce ecoou na cozinha.
- Você é ótimo Uckermann , devia ser comediante. – Ela ria alto e Christopher ficou vermelho de raiva. – Como você está, fracote?
- Como se você se importasse. – Christopher deu de ombros enquanto a garota pegava uma Coca na geladeira.
- É, tem razão. – Ela deu de ombros. – Eu não me importo mesmo, mas sou educada. Sei lá, fiquei com medo de ter acabado com o último neurônio que tem nessa sua cabeça, docinho. – Dulce fez biquinho pra falar enquanto apertava as bochechas de Uckermann. – Ta doendo?
- Não te interessa, docinho. – Christopher tentou imitar a voz de Dulce e Christian, que chegava por ali, teve um acesso de riso.
- Então vá à merda. – Dulce disse indo em direção à porta da cozinha, mas Christian estava interrompendo o caminho. – Era só o que me faltava. – Ela bufou.
- Parabéns por ontem. – Christian segurou o riso girando o celular entre os dedos. – As fotos que eu tirei ficaram ótimas.
- Bom pra você. – Dulce tentava passar. – Aliás, o que você estava fazendo lá? Resolveu dar uma de penetra nas festas agora, foi?
- Engano seu, ‘Dulce Quebra Barraco’. – Christian disse e Christopher riu alto. Dulce apenas levantou o dedo do meio pra ele, sem olhar pra trás. – Eu fui convidado pela Rachel.
- Wow. – Dulce riu alto. – O fim do namoro da Rachel com o Tim realmente não deve ter feito bem pra ela, está cada dia mais louca. Onde já se viu? – Ela ria passando por ele. – Aproveite essa vida de popular enquanto ainda tem tempo, Christian. Aposto que os dois voltam logo, e aí...já era seus convites.
Dulce subiu as escadas ouvindo ao longe as risadas de Poncho e Rodrigo que provavelmente sacaneavam Christian.

Blair: E o que temos, Chuck? Você me diz.
Chuck: Essa noite. Então cale a boca e dance comigo.

Dulce estava com Maite em seu quarto assistindo Gossip Girl quando bateram na porta. Ela apenas gritou para que a pessoa entrasse, sem pensar duas vezes.
- Onde eu arrumo um Chuck mesmo? – Dul disse e Mai riu.
- Er, Dul. – Mai apontou para Rodrigo sendo empurrado porta a dentro e riu.
- Nossa Marques, eu disse que podia entrar, não precisa derrubar tudo! – Dulce riu do amigo, que fez cara feia.
- Não tem graça, Dul. – Rodrigo bufou e Dulce arqueou a sobrancelha – Entra aqui, porra! – Ele gritou para o lado de fora, mas a porta bateu atrás dele.
- O que foi isso? – Mai ainda ria da cara de Rodrigo, sendo acompanhada por Dulce.
- O Christopher por acaso esqueceu o celular dele aqui? – Marques disse rolando os olhos e Dulce teve um ataque de riso.
- Eu não acredito nisso. – Ela ria sarcástica. – Não sei, porque ELE MESMO não vem procurar?
- Porque ele é uma bicha. – Rodrigo disse simplesmente e Dulce riu alto.
- Muitíssimo bem colocado, Marques. Também acho! – Ela gritou, quando Rodrigo abriu a porta – Agora vai lá avisar pro seu amiguinho que se ele quiser ver se tem algum celular aqui, que ele mesmo venha procurar!
- Eu ouvi! – Christopher rolou os olhos colocando a cabeça pra dentro do quarto. – Mas eu não quero entrar aí, então a senhorita poderia fazer o favor de deixar o Rodrigo procurar meu celular pra mim?
- Mas é claro... – Dulce sorriu. – QUE NÃO. Se você quer, procure você mesmo.
- Mas eu não posso entrar aí, é muito perigoso, sabe? – Ele disse em tom de deboche e Mel rolou os olhos. – Nunca se sabe o que uma certa LOUCA pode fazer contra mim...
- Entra logo Uckermann , procura essa porcaria de celular e some da minha frente! – Dul gritou já ficando em pé ao lado da cama.
- Onde eu assino meu seguro de vida? – Ele riu sarcástico.
- Eu acho que você está merecendo uma pancada do outro lado da testa, seu idiota! – Dulce esbravejou e Mai levantou.
- Já chega, vocês dois!
Ela disse pegando o próprio celular e discando. Rodrigo sorriu aliviado ao ouvir a campainha do celular de Christopher vindo de debaixo da cama. Dulce apenas deu um passo para o lado para que Uckermann pegasse o aparelho, e Mai desligou.
- Tchau. – Christopher disse olhando para Dulce.
- Duas semanas, Christopher. – Ela disse e ele se virou.
- Como? – Ele franziu a testa sem entender.
- Duas semanas para o verão. Duas semanas para eu me livrar de você.
- Mal posso esperar. – Christopher riu sarcástico e bateu a porta atrás de si, saindo do quarto.