Fanfics Brasil - Capítulo 12: Unexpected SumemerTime Adaptada / Vondy

Fanfic: SumemerTime Adaptada / Vondy | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 12: Unexpected

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Christopher definitivamente não estava esperando por aquilo. O murro certeiro de Poncho em próximo a seu olho tinha o pegado desprevenido, sentia o rosto latejar. Segurou o nariz, completamente dolorido, sem conseguir esboçar nenhuma reação.
- Eu vou te matar, seu traidor! – Poncho gritava, e Rodrigo rapidamente segurou o amigo – Me solta, Marques!
Dul olhou assustada para o irmão, que se debatia contra o corpo de Rodrigo, com o rosto vermelho de raiva. Abaixou rapidamente em frente a Chris, sentindo o coração dar cambalhotas dentro do peito.
- Ai Meu Deus, você está bem? – Perguntou, sentindo os olhos arderem. Mas não esperou resposta alguma, virando o pescoço para trás – Alfonso, você tá maluco? – Berrou.
- Eu não tô maluco porra nenhuma, você que deve ter ficado louca! – Ele tentava se soltar de Rodrigo, enquanto Christopher punha-se de pé com ajuda de Mai e Christian.
- Dude, não vá... – Christian segurou Chris, que encarava Poncho com um olhar indecifrável.
- Eu não vou fazer nada. – Chrisrespondeu simplesmente.
- Eu nunca esperei isso de você, dude! Por.ra, você é meu melhor amigo! – Poncho gritava, ficando ainda mais nervoso com os braços de Rodrigo em sua volta – ME SOLTA!
- Poncho, olha pra mim, por favor! – Dulce se aproximou do irmão, que virou o rosto – Deixa-me explicar...
- Eu não quero falar com você! Meu assunto é com o Uckermann!
Chris passou a mão pelo rosto, sentindo o pouco de sangue que escorria de seu nariz. Respirou fundo.
- Solta ele, Rodrigo. – Disse baixo.
- O quê? – Dulce e Ane disseram juntas, e Chris segurou a mão de Dul quase imperceptivelmente.
- Vai ficar tudo bem. – Ele disse baixo, apenas para que ela ouvisse.
- Chris, não...
Ela dizia baixo, seu olhar era de dor, e isso deixou Chris  ainda mais inquieto. Não gostava de vê-la daquela forma. Sorriu com o canto da boca, brevemente, e aproximou-se de Poncho. Viu, com a visão periférica, Amandinha abraçar Dulce de lado.
- Vamos conversar então, dude... – Chris disse calmo, medindo as palavras. Olhou firmemente para Rodrigo, que hesitou em soltar Blanco, mas por fim o fez. Poncho respirou fundo.
- Você é inacreditável, Uckermannr. – Disse com desprezo – É a minha irmã, por.ra! – Poncho disse e Dul ia abrir a boca para se manifestar, mas Christian a repreendeu com o olhar.
- Dude, eu sei, mas...
Chris ia dizendo quando Poncho lhe acertou um soco na barriga, não com toda a força de antes, mas que ainda assim fez Chris gemer. O próprio Alfonso deu alguns passos para trás, piscando várias vezes, e sentindo a aproximação rápida de Rodrigo. Chris levantou a cabeça e Dul correu para seu lado, sentindo as lágrimas escorrerem pelo rosto.
- É... É melhor eu sair daqui, eu não sei mais o que eu tô fazendo! – Poncho disse por fim e andou em passos largos em direção ao portão, sendo seguido por Ane. – Me deixa sozinho!
Ele berrou, mas a garota não obedeceu, e continuou a segui-lo para o lado de fora.


- Me desculpa, me desculpa! – Dul tentava engolir o choro, passando as mãos trêmulas pelo rosto de Chris, que estava sentado em uma cadeira de praia. Ele sorriu fraco.
- Ei... – Disse, segurando suas mãos – Não é sua culpa. Pare com isso!
- Claro que é minha culpa! Se eu não tivesse um irmão tão idiota, você não teria... – Dul ia dizendo, quando foi interrompida.
- Seu irmão não é um idiota. Ele é meu melhor amigo, e a culpa não é sua, nem minha. Acho que nem dele... – Chris disse olhando para baixo, e Dul tentou abraçá-lo de uma forma que não fizesse nada doer ainda mais.
- Obrigada por não bater nele. Por mais que aquele idiota mereça, é claro...
Chris sorriu, selando os lábios da garota brevemente.
- Eu nunca bateria no Poncho, Dul. – Ele disse, tentando puxá-la para mais perto, e gemendo quando sentiu a musculatura da barriga contrair.
Amanda chegou correndo e Rodrigo estava logo atrás dela.
- Aqui, Dul. – Ela estendeu um kit de primeiros socorros para a amiga. Chris desatou a rir, ao ver o que Marques carregava.
- Pra que diabos esse pedaço de carne, Rodrigo? Eu não tô com fome, e não como comida congelada! – Ele disse e todos em volta riram, ainda que estivessem visivelmente preocupados. Principalmente Maite, que estava completamente confusa.
- Acabou o gelo na festa, então você vai colocar essa carne congelada no nariz! – Marques disse engraçadamente e luinha sorriu, ainda sem vontade de rir. Chris pegou a carne, fazendo graça, e encostou-se ao nariz, contorcendo o rosto em uma careta.
- Apanhei do meu melhor amigo, não revidei, estou todo dolorido e com um pedaço de CARNE na cara! – Chris gargalhou – Mais humilhante impossível!
Todos riram alto, especialmente Christian e Rodrigo. Chris sentiu-se um pouco melhor ao ver que Dul também ria, e sorriu.
- Vamos melhorar a humilhação... – A garota sorriu – Vou cuidar de você.
Disse, com um olhar divertido, e Chris riu, puxando-a para um beijo rápido. Então Mai desatou a rir .
- O que foi, sua doida? – Dulolhou para trás.
- É tão engraçado... Vocês dois juntos. – Mai ria e logo todos fizeram o mesmo.
- Relaxa, no começo é meio assustador, mas depois você acostuma! – Christian disse e Dul tacou um rolo de esparadrapos em sua direção, fazendo-o gargalhar.


- Qual a parte do eu quero ficar sozinho, você não entendeu, Anahí? – Poncho perguntou com rispidez, enquanto a garota sentava ao seu lado, perto do mar.
- Qual a parte do você está agindo como um idiota, você não entendeu, Poncho? – A garota arqueou uma sobrancelha e ele bufou.
- O que você quer?
- Nada.
- Então me deixa sozinho! – Poncho respondeu, e Ane rolou os olhos.
- Você poderia ser menos estúpido? O que eu fiz pra você? – Ela disse um pouco irritada, fazendo-o encará-la.
- Desculpe. Você não tem nada a ver com isso. – Poncho disse ainda olhando para frente, e os dois ficaram em silêncio por alguns instantes. – Você sabia disso?
Sop negou.
- Estou tão surpresa quanto você. – Respondeu baixo.
- Tenho certeza que quase todo mundo sabia! Porque aquele merda tinha que... – Alfonso já ia começar o descontrole, quando Sophia o encarou.
- Não chame o Christopher de merda. Você só está nervoso com ele.
- Agora você vai defendê-lo? – Poncho perguntou, olhando nos olhos da garota pela primeira vez.
- É claro que não. Eu também estou muito preocupada com os dois, Poncho. Chris e Dul não são algo que possa dar certo sem que ninguém saia ferido... – Ane balançou a cabeça, reprimindo um sorriso – Mas nem por isso concordo com seu ataque pra cima do Uckermann! E se ele tivesse revidado? Você tem noção do que você fez, Poncho?
O garoto parou e a fitou, incrédulo.
- Eu não acredito que eu tô tomando uma bronca logo de você!
- Pode acreditar! – Anedisse séria, e o queixo do garoto caiu.
- Quer saber, Ane? Não tô afim de conversinha, de sermão! Se você vai ficar aqui sentada, eu vou andar por aí! – Disse, levantando o mais rápido que conseguiu, e saiu em passos largos. – O que você tá fazendo atrás de mim? – Perguntou, colocando as mãos na cintura, e a garota riu alto, fazendo a expressão de Alfonso, que beirava a ira, transformar-se em confusão.
- Eu sinceramente não sei. – Anahí ria – Acho que quero garantir que você não bata em ninguém, sabe como é... – Disse arqueando uma sobrancelha e Poncho sorriu brevemente.
- Pode ficar tranqüila, eu não vou atacar ninguém que não mereça! - Respondeu e Ane sorriu.
- Prefiro ir junto, se não se importa... – Ela disse e Poncho bufou.
- Como se adiantasse dizer não! Mas você vai calada!
- Não tô nem aqui! – Ela fez sinal de zíper nos lábios, depois parou – Poncho, me paga uma Coca?
Alfonso gargalhou. Não sabia se estava rindo de raiva ou de espanto, mas aquilo também fez Ane rir. Nem ela sabia o que estava fazendo.
- Se você calar a boca, eu te pago uma na volta.
- Fechado! – Ane deu um pulinho, saltitando atrás de Micael.


- O que diabos vocês estavam fazendo todos lá no quintal? – Chris perguntou do nada e Christian riu, sapeando os canais da televisão.
- A gente ia fazer hambúrgueres, porque não tinha nada pro café da... – Christian parou no meio da frase e trocou um olhar de pânico com Mai.
-OS HAMBÚRGUERES! – Gritaram e saíram correndo juntos, fazendo Chris, Dul, Amandinha e Rodrigo gargalharem.
- Devem ter virado carvão... – Rodrigo deu de ombros.
- Você tá melhor? – Dulperguntou baixo, acariciando o rosto de Chris, que sorriu, assentindo.
- Eu tô ótimo, linda... Relaxa! – Ele disse sorrindo fraco e deitando a cabeça no colo de Dul.
A verdade era que estava preocupado com o que estava por vir. Sabia que a reação de Poncho, num primeiro instante, seria negativa, mas nem em suas piores hipóteses havia cogitado apanhar do amigo. Sentiu que Dul mexia em seus cabelos e sorriu, encarando a televisão e tentando engolir todo aquele sentimento ruim que tomava conta de seu corpo. Ela era tudo o que sempre quisera, mas Poncho era seu melhor amigo. Aquela não era uma situação agradável de estar.


- São quase oito da noite, eu tô realmente preocupada! – Dul andava de um lado para o outro, e Rodrigo a segurou pelos braços.
- Dul, quer parar? – Disse, com a voz calma – Não vai acontecer nada! O Poncho não tá sozinho!
- É amiga, a Ane tá com ele, agora fica calma! – Amanda a encarou, sorrindo – Pare de surtar, você quer deixar o seu... Namorado? Ficante? Peguete? – Amanda riu e Dul fez o mesmo.
- Não sei classificar... – Respondeu ainda rindo.
- Tá, você quer deixar o seu docinho ainda mais preocupado? – Amandinha perguntou e luinha suspirou alto – Meu amor, a única coisa que você tem que fazer agora, é sentar nesse sofá e esperar que ele volte do banheiro com sua melhor cara de “tô nem aí”, ok? O Chris já sofreu demais por hoje.
Dul sorriu obedecendo, enquanto Rodrigo encarava Amandinha de sobrancelha erguida.
- Você daria uma ótima psicóloga... – Ele disse baixo e Amanda riu.
- Só se fosse pra enlouquecer meus clientes... Você me conhece. – Ela disse e os dois riram baixo, voltando os olhares para a televisão.
- Eu quero uma pizza! – Christian disse de boca cheia, e Dul riu, vendo que Chris sentava em seu lado.
- Christian seu ogro, você tá comendo um sanduíche e pensando na pizza! – Disse e Chris gargalhou.
- Ei, pizza seria uma boa ideia... – Disse com a carinha fofa e Dul sorriu.
- Tá, pizza pra você então!
- Ei, que folgado! Ele tá se aproveitando da sua boa vontade, Dul! – Christian disse e tomou uma almofada na cabeça, entre risos.
- Come teu sanduíche aí e cala a boca, dude! – Chris disse e Dul pulou de volta no sofá, deitando no colo de Chris .
-Hoje o docinho tá merecendo, né? – Ela sorriu e Rodrigo fez cara de nojo, enquanto Maite e Amanda gargalhavam.
O barulho da porta abrindo foi discreto, mas todos ouviram. No fundo, estavam disfarçando com risadas o pânico em que estavam. Anahí entrou primeiro, e em seguida, Poncho. A garota andou calmamente até o sofá, mas virou para trás e olhou sugestivamente para Poncho, que fitou os próprios pés. Em seguida, começou a caminhar na mesma direção que ela, mas passando direto para as escadas.
- Dude! – Chris disse alto, e Dulce sentiu que por um momento, seu coração havia parado de bater. Suas mãos gelaram na mesma hora. – A gente pode conversar agora?
- Eu não tenho nada pra falar com você, Uckermann. – Poncho respondeu baixo e com firmeza, e virou as costas.
- Eu vou até lá! – Dul levantou num pulo, e antes que alguém pudesse se manifestar, já estava subindo as escadas.


- Poncho, preciso falar com você.
Dul disse entrando no quarto e dando de cara com o irmão deitado de bruços na cama, com a cabeça enterrada em travesseiros. Ele murmurou alguma coisa ininteligível, fazendo-a rolar os olhos.
- E eu não vou sair daqui enquanto isso não acontecer.
Disse, firme, e sentou em uma cadeira.Poncho levantou a cabeça e sentou na cama, tentando arrumar o cabelo bagunçado. Dul teve que reprimir um sorriso vitorioso que iria se espalhar em seu rosto. Pelo menos ele havia aceitado a conversa, o que já era meio caminho andado.
- Fala. – Ele disse, encarando a cama. Dulce puxou a cadeira pra mais perto, ponderando as palavras. Sabia que se desse um sermão logo de cara, ele a expulsaria do quarto, e era um fato que Poncho era mais forte que ela e a tiraria carregada se fosse preciso.
- Por quê você fez aquilo? Digo, porque você bateu no Chris? – Ela cuspiu as palavras, sem saber exatamente por onde começar. O rosto de Poncho levantou, já adquirindo sinais de raiva.
- Como porque? Francamente, Dulce! – poncho se colocou de pé, quase em um salto – Você é minha irmã! Ele tava te agarrando, aquilo não faz sentido!
- Desde quando você liga pra quem eu agarro ou deixo de agarrar? – Dul perguntou, impetuosa, mas permanecendo sentada.
Poncho gargalhou, sarcástico.
- Desde quando o IDIOTA do meu melhor amigo resolve ser o cara que você agarra... Ou que agarra você, foda-se! – Ponchofez careta – Dulce, pelo amor de Deus, você ODEIA o Christopher!
- Eu não odeio o Chris. – Dul disse baixo, tentando manter a calma, coisa que considerava que seria impossível – Não era você quem sempre quis que nós nos déssemos melhor e...
- ... Uma coisa é vocês se tratarem decentemente, outra é aquele merda com a mão na tua bunda! – Poncho disse, ficando cada vez mais vermelho. Dul riu, também já ficando irritada.
- Para de chamá-lo de merda, de idiota! Você não percebe que o único idiota aqui É VOCÊ? – Dul berrou, apontando o dedo para o irmão – Pu.ta merda, Poncho, você nunca foi assim! Eu tô feliz! O Chris me faz feliz, porque você tem que estragar isso?
Os gritos da garota ecoaram por todo o corredor. Os outros tinham resolvido que ficariam no andar debaixo, mas Christian não pode deixar a curiosidade de lado, e subiu alguns degraus da escada. Sorriu ao ouvir o que Dul havia dito, mas o silêncio que seguiu a frase o deixou perturbado.
Poncho encarou a irmã, que tinha lágrimas nos olhos. Mas ele a conhecia como ninguém, sabia que aquelas eram lágrimas de raiva. A segurou pelos ombros.
- Dul, eu amo você. Eu sou seu irmão mais velho, eu estou fazendo isso pra te proteger! – Disse, um pouco mais baixo. E Christian já não conseguia ouvir mais nada.
- Pra me proteger do que, Poncho? – Dul deixou uma lágrima escorrer, e ele respirou fundo.
- Eu conheço o Christopher tão bem quanto conheço você. Eu convivo com ele, mais do que eu convivo com você, inclusive! – Poncho respirou fundo -Dulce, o Christopher é um cara legal, mas por.ra, você sabe muito bem que ele nunca quer nada sério! Quantas garotas ele já comeu naquele colégio, hein? – Ele dizia sério, tentando conter o impulso de abraçar a irmã, que chorava – QUANTAS?
- Eu não sei, que merda! – Dulce soltou dos braços de Poncho, enxugando as lágrimas com as costas da mão.
- Eu já vi muitas meninas chorarem por ele. Já vi todas as desculpas que ele inventa pra se livrar delas, eu sei do que ele é capaz! Eu não quero que você sofra, Dul! – Poncho disse, a abraçando, mas a garota mantinha os braços do lado do corpo, sem conseguir reagir. – Fala alguma coisa! – Pediu, aflito, vendo que a irmã não se movia e que o silêncio era cada vez mais assustador.
luinha respirou fundo, e encarou Micael nos olhos.
- Ele não vai fazer isso comigo. – Disse baixo, quase em um sussurro. Percebeu que Poncho ia dizer alguma coisa, então continuou falando – E o único que está me machucando aqui, é você.
Disse por fim e correu para fora do quarto, fazendo com que Alfonso finalmente derrubasse a maldita lágrima pelo rosto. Dulce correu até o fim do corredor e bateu sua porta com força.


A sala entrou em silêncio profundo, nem as respirações eram ouvidas. Ninguém sabia o que havia se passado no outro andar, mas estavam apreensivos. Ao ouvir o baque da porta, Chris levantou rapidamente, sem nem pensar.
- Dude, não é melhor que você... – Rodrigo tentou dizer, mas Christopher o ignorou.
- Já esperei tempo demais.
Subiu as escadas rapidamente e parou diante do quarto de Poncho. A porta estava aberta, e ele não enxergou ninguém lá dentro. Rapidamente, correu a distância do corredor até o quarto de Dulce. Não bateu na porta, que estava destrancada. Dul tomou um susto e tentou limpar o rosto, que tinha marcas do rímel preto manchado. Pela primeira vez em sua vida, Chris desejou estar em dois lugares ao mesmo tempo. Queria consolar Dulce e sim, queria encher Poncho de porrada. Mas engoliu essa segunda vontade, caminhando rápido até a cama da garota, e sem dizer nada, a tomando em um abraço apertado e silencioso. Afagou seus cabelos e começou a ouvir soluços da menina.
- Eu não acredito nisso! – Chris segurou o rosto vermelho de Dul entre mãos, e sentiu a raiva subir. – O que diabos o Alfonso... Eu vou até lá, eu vou... – Chris ameaçou levantar, mas luinha o puxou pelo braço.
- Por favor, não... – Disse baixo, tentando fazer com que sua voz saísse normalmente – Só fica aqui comigo. Não me deixa sozinha, por favor... – Ela pediu e Chris sentiu que seu coração tinha sido quebrado. Era algo estranho, protetor.Dul deitou na cama e Chris fez o mesmo, a abraçando e mexendo em seus cabelos.
- O que aconteceu? – Ele perguntou baixo, e Dul respirou fundo.
- Eu não quero falar sobre isso, desculpe.
- Tudo bem. – Ele sorriu fraco, ficando em silêncio.
Aos poucos, Dul sentia que melhorava gradativamente sua situação. Ainda doía, e muito, lembrar das coisas que o irmão tinha lhe dito, mas afastou o pensamento, porque Chris estava ali, e ela simplesmente se recusava a acreditar.
- Ei... – Dul sussurrou, sentando na cama e esfregando os olhos. Chris fez o mesmo, mas não tinha sinal algum de sono. – Promete que você nunca vai me decepcionar?
Chris sorriu, confuso, e aproximou sua boca da dela.
- Por que a pergunta?
- Só prometa.
- Eu nunca vou te decepcionar. Prometo.
Disse e sentiu-se aliviado quando viu um sorriso tímido no rosto de Dul. A segurou pela nuca, beijando-a calmamente, mas de uma forma estranha, seu corpo todo parecia ceder e seu coração tinha a sensação esquisita de que tinha aquecido. Preferiu não lutar contra isso, afinal sabia que era perda na certa. Deixou as preocupações de lado ao sentir os dedos frios da garota em sua nuca, o que provocava arrepios. Suspirou pesadamente quando luinha desfez o beijo, e abriu os olhos.
- Obrigada. Por tudo, Christopher. – Ela sorriu.
Chris beijou sua testa carinhosamente, e a abraçou. Encarou o relógio na mesinha, que marcava duas horas da manhã.
- Dul, acho melhor eu ir... Já tá tarde! – Ele sorriu forçado, e Dulce sorriu verdadeiramente ao perceber esse detalhe.
- Dorme aqui comigo? – Perguntou, manhosa, e Chris sentiu aquela sensação estranha de novo. Desistiria de entender.
- Dul, o Poncho vai... – Chris ia dizendo, tentando parecer convencido de suas próprias palavras, mas ela o interrompeu.
- Eu só quero acordar abraçada a você. Só isso.
Disse, sincera. Era tudo o que realmente precisava, o perfume de Chris, seus braços largos e o calor de seu corpo perto do seu. Não estava realmente pensando em nada além disso, só queria sentir-se segura. Queria que seus olhos fossem a primeira coisa que visse ao acordar, depois daquela confusão toda. Chacoalhou a cabeça, deixando de lado os pensamentos progressivamente idiotas e melosos, e encarou Chris, que sorria.
- Só porque você implorou... – Ele disse fazendo bico, e a menina gargalhou.
- Implorei? – Ela riu – Vaza da minha cama, Christopher!
- Ah, é assim? – Ele disse segurando o riso – Eu vou mesmo!
Chris levantou, e a garota desatou a rir, o puxando de volta.
- Volta aqui!
- Pede com jeitinho... – Ele disse malicioso, e os dois riram alto.
- Você vai me deixar aqui sozinha e indefesa? – Dul disse, fazendo biquinho, e Chris pulou de volta na cama, a abraçando e rindo. – Há, eu sou uma conquistadora nata!
Disse, brincando, e Chris gargalhou.
- Fica quietinha, vai... – Murmurou, e os dois riram, jogando o edredom por cima de suas cabeças.


Era praticamente uma da tarde quando Chris e Dulce acordaram. Não voluntariamente, já que Maite e Amanda tacaram dezenas de almofadas nos dois, gargalhando feito loucas. Chris foi para seu quarto, tomar um banho e mudar de roupa, e Dul fez o mesmo, enquanto as garotas tagarelavam em sua cama.
- Pega uma blusinha pra mim? – Dul pediu e Mai tacou uma regata preta em sua direção. Ela sorriu, colocando-a. – E o Poncho?
Perguntou, sentindo um nó na garganta. Amandinha deu de ombros.
- Não sei. Bom, ele não estava lá embaixo quando acordamos, e ninguém sabia de nada.
Dulce ia perguntar mais alguma coisa, mas resolveu não fazê-lo. Pegou as amigas pelas mãos e desceu as escadas, vendo Rodrigo com cara de pânico. Então viu que Chris e Poncho estavam frente a frente, no meio da sala, a uma distância mínima. Anahí, Christian e Rodrigo estavam mais adiante, observando apreensivos. Rapidamente,Dul correu e puxou as amigas com ela.
- Vocês não estão brigando, não é? – Perguntou, sua voz estava falhando e odiava quando isso acontecia. Mai apertou sua mão com um pouco mais de força, tentando frear a amiga que ia se meter entre os dois.
- Dul. – Arthur olhou para o lado, sorrindo fraco – A gente só está conversando.
- No meio da sala com essas caras de assassinos? – Amanda se intrometeu – Gente, se vocês se socarem eu vou chamar a polícia, juro!
Poncho rolou os olhos.
- Eu não vou socar ninguém. – Respondeu baixo, e logo os outros três estavam perto das garotas.
- Vocês podem ir, eu garanto que não vai acontecer nada e... - Chris tentava dizer, mas fora rapidamente interrompido.
- Não preciso que ninguém vá embora. A conversa aqui é rápida, Uckermann.
Chris levantou as mãos ao lado da cabeça, como quem se rendia.
- Eu não acredito no que você fez, dude! – Poncho chacoalhou a cabeça – Eu nunca esperei isso logo de você!
- O que eu fiz, Poncho? Eu não fiz nada de errado! – Chris dizia, aparentemente calmo – Eu não planejei isso, simplesmente aconteceu! E eu não estou nenhum pouco arrependido.
Dul tentou sorrir, mas o misto de sensações que tomava conta dela não permitiu. Achava que teria um colapso, seria eternamente grata pela mão de Mai e pelo abraço de Cristian, que era a única coisa que a mantinha em pé. Sua mente desviou por alguns segundos, e quando voltou ao foco,Poncho já gritava.
- Cara.lho, com tantas meninas nessa merda de lugar e você tinha que escolher justo a minha irmã? – Ele gritou, visivelmente transtornado, e então respirou fundo, deixando transparecer toda a decepção em seu olhar. – Você era meu melhor amigo.
Arthur sentira os olhos arderem, não queria acreditar que aquilo estava acontecendo. Encarou Alfonso nos olhos, respirando fundo.
- Como assim eu ERA seu melhor amigo?
- Isso mesmo que você ouviu! Depois de tudo o que você fez... – Dessa vez Chris interrompera Alfonso, agora já perdendo o controle.
- Eu não fiz metade do que eu devia ter feito com você, Alfonso! Talvez se eu tivesse revidado seu soco, você não estaria falando tanta merda agora! – Chris gritou, e Poncho o encarou, incrédulo.
- Você acha que eu GOSTEI de bater em você? Por.ra, dude! Quem você pensa que eu sou? – Poncho gritou – Eu te conheço, Christopher! Você pode estar curtindo agora, mas vai passar outra gostosa e você vai esquecer da Dulce! E aí, você acha que EU tenho que deixar isso acontecer?
- Você tá maluco, dude! – Chris também gritava – Eu não sou esse pu.tão que você tá dizendo!
Poncho gargalhou.
- Quantas vezes eu te ajudei a fugir de meninas no teu pé? Quantas vezes eu vi você pegar quatro na mesma noite? – Poncho parou, chacoalhando a cabeça – E não era com qualquer garota! Até tua ex, que todo mundo achava que você gostava, você traiu!
- PU.TA QUE PA.RIU, a Dulce não é qualquer uma! – Christopher berrou, interrompendo – Sabe qual é a diferença? A diferença é que eu gosto da tua irmã! De verdade, e até demais! Você acha que eu me senti bem quando descobri isso? Quando eu percebi que era ela quem eu queria? – Chris disparou a falar, deixando Poncho completamente pasmo – Eu posso realmente ter feito Londres inteira sofrer, e eu admito isso! Mas eu nunca faria isso com ela, Poncho! E se um dia eu fizer, vou ser eu quem vai pedir pra você me bater, porque eu vou ter perdido a única que eu realmente quis! E com ou sem sua aprovação, eu não vou...
Chris parou de falar, percebendo o silêncio absurdo que a sala estava. Olhou para o lado, e viu Dulce dois passos adiante dos demais, com um sorriso quase infantil no rosto.
- Você não vai...?
Ela o incentivou, e Chris aproximou-se, com as mãos nos bolsos. Não sabia como aquilo tinha simplesmente escapado de sua mente. Tinha esquecido totalmente que tinham seis pessoas além dele e Poncho na sala. Mas já era tarde para ficar com vergonha. Sorriu, a encarando.
- Eu não vou deixar você. – Ele disse baixo, e a garota sorriu, pulando e o abraçando.
- Isso foi perfeito! – Ela disse baixo, mas todos da sala ainda podiam ouvir – Você derreteu meu coração, docinho. – Dul disse rindo e olhando nos olhos de Chris, que sorria idiotamente, aproximando a boca da dela.
- EI! – Poncho berrou – O que vocês pensam que estão fazendo? – Disse, sério. – Eu ainda não terminei a conversa aqui!
- Poncho, cala a boca! – Dul dizia, fechando os punhos, e ele arqueou uma sobrancelha.
- Os Salviñón’s são violentos, huh? – Ela apontou para as mãos de Dul, e Amanda prendeu o riso – Dois minutos.
- Argh! – Dul deu um passo pra trás, murmurando algo que ninguém entendeu.
- Você pode ter “derretido” o coração dela... – Poncho disse fazendo aspas – Mas eu tô de olho em você! – Disse, dando uma piscadinha, e o queixo de Chris caiu. – Eu fui um idiota, dude. Cuida bem da minha irmã.
- QUE? – Dulinterrompeu, incrédula.
- Acho que esse cara gosta de você, baixinha. – Poncho disse sorrindo – E se vocês estão felizes... Quem sou eu para dizer não?
- Meu irmão idiota e ciumento? – Dul fez bico e Poncho riu.
- Me desculpa, Christopherr. – Poncho falou baixo, olhando para os pés. Chris sorriu.
- Você tá falando sério, dude?
- Nunca falei tão sério em toda minha vida.
Chris ficou em silêncio, em seguida abriu um sorriso maior que o próprio rosto.
- Aaaaah, dá aqui um abraço, Ponchito! – Chris o puxou com a voz afetada e os dois gargalharam, assim como Dul. – Obrigado, dude. Você não vai se arrepender!
Chris piscou e puxou luinha pela mão, encostando os lábios nos dela.
- Eca! Não! Não! – Poncho interrompeu de novo – Demais pra minha visão! Uma coisa de cada vez, argh!
Ele disse engraçadamente e todos gargalharam, derrubando-o no sofá sob um montinho sufocante. Dul encarou Chris, que ria sem fôlego, e sorriu largamente, sentindo que talvez ele fosse muito mais do que ela pensava. Tudo aquilo era inesperado, mas aquele era o sorriso, o olhar, o garoto que tinha realmente conseguido mexer com ela. Como nenhum outro jamais conseguiria.


 



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Autor(a): smileforvondy

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- Ei, dá pra tirar a língua da boca da minha irmã? – Poncho chegou na sala, tacando uma almofada em Christopher e Dulce , que gargalharam. -Poncho, vai ver se eu tô lá na esquina, vai amorzinho? – Dul disse rindo da cara de indignado do irmão. - Eu já falei pra vocês: Só passaram quatro dias desde quand ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 47



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  • aucker Postado em 29/12/2020 - 01:01:38

    Ameei a fic

  • aucker Postado em 28/12/2020 - 19:37:17

    São muito fofos

  • aucker Postado em 28/12/2020 - 14:14:55

    Iniciei hj e já tô curtindo...

  • dayanerodrigues Postado em 28/09/2020 - 21:06:14

    Lendo pela a segunda vez. Amo essa fic

  • dayanerodrigues Postado em 12/05/2020 - 16:25:25

    Amei essa fic

  • dayanerodrigues Postado em 11/05/2020 - 07:15:17

    Amando essa fic

  • stellabarcelos Postado em 25/04/2016 - 15:13:39

    Muito lindos! Amei

  • sophiedvondy Postado em 27/02/2014 - 14:00:39

    leiam minha nova fic ;) http://fanfics.com.br/fanfic/30822/passado-distorcido-adaptada-vondy-rebelde

  • crisslucas Postado em 10/11/2013 - 19:57:55

    UI!!!!! amei tua web ...por favor posta outras...essa web vondy foi muito fofa...amei!!!!!eu e minhas amix ficamos babando....é muito love S2

  • alwaysvondy Postado em 12/10/2013 - 04:13:46

    ameeeeeeeeeei a web :( pena q ela foi curtinha...


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