Fanfics Brasil - Capítulo 4: Our new beginning SumemerTime Adaptada / Vondy

Fanfic: SumemerTime Adaptada / Vondy | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 4: Our new beginning

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Gente esse capitulo é lindo, espero que gostem!


 


Christopher chegou em casa com um sorriso estranho no rosto – e uma sensação boa que não tinha há tempos. Tomou um banho rápido e ficou deitado em sua cama, apenas pensando na vida. Não havia conversado com nenhum dos amigos depois da aula de literatura, e não sabia se algum deles iria querer ir à festa. Mas tinha certeza de que ele queria. Era estranho como as coisas tinham saído fora do controle, e como isso tinha sido bom. Não lembrava exatamente da última vez em que tinha passado momentos tão agradáveis ao lado de Lua. Então, interrompendo seus devaneios, o telefone tocou.
- Alô.
- Fala, dude! – Rodrigo disse animado. – Bora na festa hoje?
- Festa? – Christopher tentou manter um tom desentendido na voz – Do colégio?
- E qual mais seria?
- Por quê? – Christopher estava feliz por não ter que explicar nada. Aquilo estava saindo melhor que o esperado.
- Porque a Cindy, a líder de torcida gostosa que eu passei a aula de literatura – Rodrigo riu sozinho – Vai estar lá. Cara, se eu te contar da minha aula você nem acredita...
- AHHHH PEGADOR! – Chris gritou e Marques riu.
- Ela é muito gostosa, cara. A gente tem que ir.
- Tudo bem, eu vou com você.
- Sério? – Rodrigo parecia admirado com a resposta – Achei que teria que te subornar pra você vir comigo.
- Opa, eu aceito suborno! – Chris gargalhou.
- Nem vem, você já aceitou de primeira! Agora eu vou ligar pro Poncho, o Christian não quis ir... – Rodrigo fez um barulho estranho com a boca – Aquele bicha. Ele teve uma aula péssima com a Maite e... Espera aí. Você tava com a Dulce! – Marques percebeu e Christopher caiu para trás na cama, derrotado. – Seu humor não está tão ruim.
- Nós não nos matamos. – Christopher sorriu para si mesmo.
- Ah, fala sério. Vai dizer que as duas crianças conseguiram passar duas horas sem a ambulância ser chamada? Não creio! – Rodrigo fez uma voz afetada e Chris riu.
- Nós podemos ser civilizados de vez em quando. – Chris queria parecer indiferente, mas mantinha um sorriso idiota no rosto. Ficou feliz daquela conversa estar sendo via telefone, não queria que Rodrigo visse sua cara.
- Esse é o tipo de coisa que eu só acredito VENDO. – Marques estava pasmo. – Conta como foi. Anda logo.
- Deixa de ser gay, cara! – Chris riu alto e Marques o acompanhou. – Eu não vou te contar nada. Agora liga logo pro Poncho e para de encher meu saco. Eu quero dormir.
- Dormir pra ficar gatinho pra Dul? – Rodrigo fez uma voz feminina quase perfeita e os dois tiveram um ataque de riso.
- Vai se fuder, Rodrigo. Passa aqui em casa antes de ir pra festa.
- Fechado. 20h eu to aí.


Rodrigo desligou o telefone rindo. Não sabia o que havia acontecido, mas tinha certeza que a aula de Christopher e Dulce não havia sido normal e estava bastante curioso. Conhecia muito bem seu amigo, e ali tinha coisa. Discou rapidamente para a casa dos seus amigos, e logo no segundo toque, Dulce atendeu rindo.
- Alô. – A voz dela estava fraca, mas ela ria alto.
- Dul, é o Rodrigo. – Ele riu junto – Qual a piada?
- Oi amor! – ela disse alto e riu de novo – Eu estou assistindo The Big Bang Theory.
- Sua viciada em seriados! – Rodrigo riu e ela também. – Tudo bem?
- Tudo ótimo e com você amor?
- Também. – Rodrigo franziu a testa. – Animada pra festa? Eu vou.
- SÉRIO? Que máximo, até que enfim você resolveu dar o ar da graça nos meus discursos micados! – Dul riu verdadeiramente, pensando em seus discursos – Aposto que tem dedo da Cindy.
- Não só o dedo como a Cindy inteira! – Rodrigo gargalhou.
- TARADO! – DUl fez uma voz indignada e os dois riram em conjunto.
Rodrigo ia pedir para que ela chamasse Poncho quando teve um estalo. Christopher não comentaria nada, mas Dul, essa sim, falaria tudo. A curiosidade tomou conta dele novamente.Dulce estava super animada, o que não seria normal depois de algumas horas ao lado de Christopher Uckermann.
- Dul, sabe quem vai comigo? – Marques jogou verde, mas a garota não entendeu.
- A Cindy, lógico. – Ela disse num tom óbvio e Marques riu.
- Além dela. – Rodrigo sorria para o própria pergunta.
- Hm... Er... Não sei. – Dulce levantou-se do sofá e começou a andar de um lado para o outro. “Como você é ridícula, Dulce. Fique quieta! Pare de agir assim. E daí que deve ser ele? Deixe de ser idiota.” Ela pensava, esperando resposta.
- Christopher.
- Ah. – Dul soltou um barulho com a boca e um surto de emoções estranhas começou a tomar conta dela. Algo que ela não queria admitir que estivesse sentindo. – Legal. – Ela disse sem animação.
- Foi legal a aula de vocês hoje? – Marques estava quase rindo.
- Epa, aonde você quer chegar Rodrigo Marques? – Dul rolou os olhos – Você já falou com o Urckermann, então devia ter perguntado pra ele e...
- ... ELE NÃO ME DISSE NADA! – Rodrigo gritou no alto da sua curiosidade e Dul riu.
- Nós não nos matamos.
- Eu acabei de ouvir isso, que merda.
- Ele disse isso?
- Disse.
- Hm. – Dul franziu a testa. Não sabia mais o que falar.
- Não vai me dizer?
- Não tem nada a ser dito.
- Chata.
Dul riu do jeito com que Rodrigo falava. Os dois conversaram mais um pouco, enquanto ele tentava arrancar dela algum detalhe oculto da aula, sem sucesso. Então ela passou o aparelho para Poncho, porque já estava atrasada e tinha que chegar bem cedo para preparar algumas coisas que estavam faltando na festa.


- Dul, o Dj já está com o equipamento montado, a fogueira já está quase pronta, eu acho que está tudo certo! – Amanda dizia animada.
- Perfeito! – Dul sorriu – Estamos ficando cada vez melhores nisso!
- Também acho! – Mai se intrometeu na conversa. – Eu falei com os nossos fornecedores de bebidinhas impróprias para adolescentes – A menina falou baixo e ria a cada palavra. – Tá tudo no esquema.
- Ah, nós somos ou não somos foda? – Ane disse e as quatro riram.
- SOMOS!
As meninas foram para suas respectivas casas se arrumarem para a última festa antes do verão. Amandinha foi junto com Dul para a casa dela, onde passaria aquela noite, após a festa. As duas se arrumaram empolgadíssimas com o som alto. Dulce colocou um short curto e uma blusa comprida que deixava um ombro à mostra, assim como suas costas. Amanda colocara um vestidinho floral curto que Dul adorava. As duas estavam lindas e matadoras, quando passaram pela sala para irem embora. Eram seis e meia da tarde.
- Já vão? – Poncho disse sem ânimo algum, pausando o videogame.
- As organizadoras chegam antes. – Amandinha disse e Dul riu.
- Wow. – Poncho olhou para as garotas – Vocês estão lindas!
- Obrigada, chuchu! – Dul agradeceu o elogio com um beijo no rosto do irmão, e Amanda fez o mesmo. – Tem certeza que você não vai?
- Tenho sim! O Christian vai vir aqui, a gente vai ficar jogando...
- Programinha loser, hein Poncho? – Amandinha provocou e Dul riu alto.
- Vocês adoram me chamar de loser, meu deus... – Poncho rolou os olhos.
- Você devia aparecer, chuchu. Arraste o chatinho do Christian com você – Dulce sorriu – Eu vou gostar de ter você lá.
- Se estiver entediante aqui, talvez eu vá. – Poncho sorriu verdadeiramente.
- Olha lá hein! – Dulce disse puxando a amiga pela mão – Vamos perua, já estamos atrasadas!
- Tchau Poncho! – Amanda disse sendo puxada porta a fora. Dulce e as amigas estavam maravilhadas com o sucesso da festa da praia. A maior parte da elite do colégio estava lá, o que era garantia de muitas fofocas e diversão. Além disso, uma grande parte de alunos desconhecidos também estavam presentes, deixando o local lotado. A grande fogueira ainda não estava acesa, esse era um ritual que aconteceria mais tarde. Dul estava ansiosa e queria simplesmente se afogar por causa disso. Ela não queria, mas de fato estava esperando por ele. E entre uma risada e outra, lembrava disso. Aquilo estava ficando profundamente irritante.
- Meninas, vou pegar mais Cuba, alguém quer? – Dul sugeriu andando por entre as pessoas.
- Eu quero amor! – Ane estendeu o copo para a amiga, que já estava indo para o bar.
Dul encheu os dois copos até a boca com a bebida e olhou mais uma vez em volta. Estava sentindo-se patética.
- Procurando alguém, gata? – Brian disse ao lado da garota, que deu um leve pulo.
- Que susto, cacete!
- Passou de ano? – Brian perguntava com uma voz sexy. Já estava bêbado. Dulce reconheceria aquelas atitudes em qualquer lugar.
- Graças a Deus. Ficar de recuperação junto com você seria a destruição completa da minha vida. – Dul disse num sorriso maroto, e Brian riu.
- Você fica tão sexy brava... – Ele disse acariciando os cabelos da garota.
- Sai pra lá, Portman. Sinto informar, mas você é carta fora do meu baralho. – Dulce disse saindo do bar, quando o garoto a puxou novamente.
- Só mais uma coisinha,Dulce... – Ele sorriu com seus dentes brancos perfeitos – Vai ter volta.
- Nossa, que medo de você Brian! – Dul riu alto. – Me deixa em paz. – Ela disse, indo em direção as amigas.
Assim que Dulce se distanciou, deixando Brian sozinho no bar, Ian, amigo dele, chegou a seu lado, eufórico – muitos chutariam a bebida, e sim, esse era um dos motivos. Mas não o único.
- Brow, consegui! – Ian dizia sorridente e algumas garotas babavam por ele um pouco mais adiante.
- Bom garoto! – Brian brincou – Então quer dizer que estamos passados? Sem recuperação esse ano?
- Tudo no esquema, já disse! – O garoto dizia orgulhoso – Entrei na sala e mudei as notas, férias garantidas!
- Ah, mas isso merece um brinde! – Brian disse pegando duas vodkas.
- Calma, ainda tem mais...
- Mais? – Portman estava radiante. – Fala logo!
- Bom, quando eu fui mudar as nossas notas em literatura...


- É, nunca pensei que ia dizer isso... Mas essa festa tá foda hein Dul? – Rodrigo apareceu do lado da amiga, que sorriu.
- Rodrigo, você veio! – Dul disse, pulando em seu pescoço – Cadê a Cindy?
- Foi ao banheiro com as amigas... Porque garotas amam ir ao banheiro juntas? – Marques franziu a testa e Mai riu, aproximando-se com Amanda.
- Banheiro feminino é quase como uma sociedade secreta, Marques. – Ela sorriu.
- Por que, está procurando por quem? – Amandinha se fez de boba e Dulce riu.
- A Cindy. – Rodrigo disse presunçoso.
- Ouvi dizer que ela deu pra metade do time. – Amandinha revirou os olhos e Dul olhou assustada pra ela.
- Amandinha!
- Tudo bem... – Rodrigo sorriu simpático – Eu não me importo. Eu conheço garotas como a Cindy. Mas nós estamos nos divertindo, e amanhã eu vou pra França com vocês. Não tem porque eu me preocupar com a fama dela. – Ele piscou para a garota que riu, sem graça.
- Ah.
- Rodrigo, sabe se meu irmão vem? – Dul perguntou enrolando os cabelos. Não era isso que queria perguntar. Marques riu.
- Não sei, ele não me disse nada. Mas o Christopher está por aí, nós viemos juntos. – Ele sorriu malicioso e Dul fez um careta que fez as amigas rirem.
- Obrigada pela notícia, mas eu não tinha perguntado isso, Marques.
- Só pro caso de você ficar curiosa sobre isso, mesmo. – Rodrigo ria – Acho que ele foi pegar uma bebida.
- Eu não perguntei nada, Rodrigo! – Dulce disse com a voz um pouco mais alta, rolando os olhos. Mas sentiu um frio estranho na espinha ao saber que ele realmente tinha vindo. – Eu vou na cabine do Dj ver algumas coisas. Já volto.
- Se quiser me trazer uma bebida... – Rodrigo disse e Amanda riu alto.
- Vá a merda, Rodrigo Marques!


Christopher andava perdido por entre as pessoas. Algumas patricinhas o encaravam curioso. Mas em geral, as pessoas estavam dançando, conversando e bebendo, e sua presença não fora muito percebida por lá. Já havia dado duas voltas no local e ainda não tinha encontrado Dulce, e isso o estava deixando nervoso, ainda mais agora que tinha se perdido de Rodrigo. Então sentiu seu celular vibrar no bolso.
- Christopher, sou eu, Christian!
- Fala, dude! – Chris gritou um pouco alto, devido ao som.
- Outch, meu ouvido porra ! – Christian reclamou e Poncho riu ao lado dele. – A festa tá da hora?
- Tá bem cheia – Chris olhava para os lados – Nada de interessante. Quer dizer, tem muitas garotas aqui.
- Gostosas? – Christian estava ficando interessado.
- Aham! – Chris riu, olhando a saia minúscula de uma menina que passou em sua frente.
- Eu e o Poncho estamos indo pra aí, ligo quando a gente chegar! – Christian disse rapidamente e desligou o telefone, antes que Chris pudesse responder alguma coisa.
Christopher riu sozinho colocando o celular novamente no bolso, e alguém esbarrou com força em seu braço. Antes que virasse pra olhar, a pessoa estava em sua frente.
- Christopher Uckermann... – Brian riu rolando os olhos – Você por aqui.
- Brian Portman – Chris riu, sem nenhum humor – Você por aqui. – Uckermann ainda se perguntava porque diabos aquele cara sabia seu nome.
- É raro ver você em festas decentes – Portman riu. – Seja bem vindo. Garanto que essa festa será a melhor, especialmente pra você. – O garoto disse, e alguns amigos que estavam ali, riram.
- Como é? –Chris franziu a testa.
- Na hora certa você vai saber. Ou não. Vai depender do meu bom humor... – Brian soltou um riso alto e saiu andando na direção de um grupo de garotas perto da fogueira.
- Fique esperto. – Ian disse rindo, antes de seguir o amigo.


Dul estava voltado ao encontro de suas amigas quando sentiu um braço pousando em seu ombro, e ouviu aquela risada que já era muito conhecida. Pela primeira vez em anos, em vez de ter um surto de raiva, sentiu sua nuca arrepiar ao ouvi-la.
- Difícil achar você por aqui!
Chris sorriu largamente, fazendo com que a garota em sua frente quase desmontasse. Ele estava vestindo uma bermuda xadrez e uma camiseta preta, sem muitos detalhes. Mas ainda assim estava lindo. Aquele cabelo um pouco desalinhado e o perfume de Christopher fizeram com que Dulce abrisse um sorriso enorme quando viu o garoto. E ela não teve vontade de reprimir esse sorriso.
- É difícil de encontrar qualquer um aqui – Dul sorriu – Que bom que você veio. – Ela sorriu sincera, e Chris riu.
- Eu disse que viria.
- Está gostando?
- Bom, está tudo muito legal – Chris torceu o nariz – Só não é muito a minha praia. – Dul riu do comentário.
- Entendo.
- Seu irmão está vindo!
- Sério? Que máximo, todos os losers virão! – Dulce bateu palminhas e Chris fechou a cara. – Opa. Eu não quis te ofender, é que eu estou acostumada a...
- Desencana. – Chris sorriu levemente – Eu também não me acostumei com essa relação civilizada ainda. – Ele disse e os dois riram.
- Dul, até que enfim te encontrei! – Ane chegou correndo – Tá na hora do discurso garota! E o Poncho está aí!
- Ah, meu chuchu já chegou? – Dul disse e Chris riu – Tudo bem, deveres são deveres. Estarei lá em um minuto.Dulce disse e Ane deu uma piscadinha pra ela, indo em direção à fogueira.
- Bom, está na hora do meu mico anual! – Dul riu de si mesma, e Chris a acompanhou. – Depois do meu discurso, a gente poderia tomar alguma coisa, sei lá... – Ela estava tímida. Christopher sentiu um calor por dentro. Sabia o quanto era difícil deixar Dul naquela situação, e ela ficava uma graça daquela forma. Parecia mais humana, menos intocável.
- Claro – Ele deu seu melhor sorriso – Vou esperar você ali nas pedras, tá?
- Está bem! Me deseje sorte! – Ela riu, como se soubesse que não precisaria daquilo, e saiu correndo, sem esperar resposta. Christopher ficou rindo ao olhar a garota quase tropeçando seguir seu caminho.


- E aí galera, estão curtindo a festa? – O Dj perguntou e vários gritos animados responderam. – Ótimo, então é hora de dar aquela pausa na música, pra aquela gata ali em frente a fogueira dizer algumas coisas! Vai lá Dul!
Dul riu junto com Amanda da introdução que o garoto havia feito. Depois de tantas festas, era de se esperar que ele já fosse amigo delas.Poncho, Christian e Christopher estavam sentados nas pedras com uma visão privilegiada do tal discurso. Rodrigo havia sumido com Cindy e seus amigos apostavam que os dois já estavam longe dali.- Hey galera! – Dul deu um grito com um copo na mão – Bem, eu acho que todo mundo aqui quer dançar, e não sei nem porque eu tenho que ficar aqui pagando mico – Ela disse e Poncho riu – mas vamos lá, né? Bom, esse ano foi difícil pra muitos de nós! Não vamos negar que aquele colégio é complicado, e sei que muitos espertinhos aqui nem devem ter passado de ano...
- Eu passei! – Ian gritou e alguns garotos riram.
- Que bom, Ian. Isso é realmente um milagre! – Dul riu alto junto com várias pessoas. O garoto ficou sem resposta. – Mas férias de verão é tudo o que nós esperamos durante o ano todo. E só fazemos aquelas provas difíceis pensando na praia, na pegação e na diversão que teremos um tempo depois! E isso chegou! – Dul disse em meio a aplausos, em especial das amigas. Chris olhava para os lados, rindo. – E agora eu vou acender essa fogueira, em comemoração a esse tão esperado momento! FÉRIAS!
Ela gritou e todos aplaudiram. Pegou uma tocha acesa da mão de Ane e acendeu, sob o som de gritos altíssimos, a enorme fogueira montada no centro da festa, com um mar de aplausos.
- É isso aí! Declaro iniciadas as nossas amadas... FÉRIAS DE VERÃO!
Dul desceu do palco improvisado rindo do que tinha dito. Simplesmente achava aqueles discursos horríveis, e tinha ataques de riso todas as vezes que lembrava das coisas que normalmente dizia. Pegou Mai pela mão e puxou-a em direção ao grupo de amigos do irmão.
- Wow, você realmente sabe animar esses animais! – Poncho bateu palmas e levou um tapa da irmã, que riu.
- Eu disse que era péssimo!
- Você foi ótima, Dul. – Chris disse sorrindo e todos pararam para olhar para ele, incluindo Dulce. Droga, havia pensado alto de novo.
- Como é dude? – Christian perguntou incrédulo.
- ... Ótima eu digo... no nível que esses animais merecem. – Uckermann “consertou” rapidamente e Dul fez uma careta estranha.
- Tava demorando. – Mai reclamou. – Poncho, vamos pegar alguma coisa pra beber?
- Okay! – Poncho concordou rapidamente, levantando.
- Eu também vou. – Christian disse rapidamente.
- Eu não te chamei! – Mai retrucou.
- Desculpe, o bar não é seu, até onde eu sei!
- Mas eu organizei e...
- Cacete, andem logo vocês dois! Parecem duas certas pessoas que eu conheço! – PONCHO disse olhando pra Dul, que riu e mostrou o dedo, quando ele se distanciava.
- Então quer dizer que meus discursos são bons para animais? – Ela disse rapidamente, virando-se para Chris.
- Desculpe, é que o Christian...
- ... Tá, esquece. Acho que vai ser sempre assim, mesmo. – Dul murchou e deu de ombros. No fundo havia imaginado que as coisas estavam dando certo. Virou-se para sair quando Chris segurou seu braço.
- Ei, Dul. – Ele disse com o olhar baixo, ainda a segurando – Me... desculpe.
Christopher disse incrivelmente corado e dulce se virou para ele. Aquela cena realmente era inédita.
- Você pediu... desculpas? – A garota olhava de rabo de olho, ainda sem acreditar.
- Você não vai aceitar? – Chris olhou nos olhos dela, que abaixou rapidamente o olhar, com um sorriso quase se formando no rosto.
- Tá. Desculpas aceitas. – Ela sorriu olhando pra baixo.
- Aquele convite pra uma bebida ainda está de pé? – Christopher perguntou com um sorriso animado no rosto, e Dul riu baixo.
- Claro! Vem comigo!
Dul puxou Chris pela mão e foi correndo na direção oposta do bar. O garoto não estava entendendo muita coisa, mas estava rindo da situação. Ela pegou uma chave no bolso rapidamente e abriu uma Van branca que estava parada no estacionamento. Dentro dela havia um freezer grande.Christopher arregalou os olhos fazendo com que a garota risse mais alto.
- Cerveja, Ice, Vodka, Vinho... Whisky? – Dul perguntava olhando com a luz do celular para dentro do freezer.
- Cerveja!
- Então duas cervejas para nós! – Dul pegou as duas garrafinhas verdes e fechou a Van. – O fornecedor mandou eu pegar mais aqui quando precisasse. É que tem que ser por baixo dos panos, sabe? Se a polícia descobre esse bando de menores de idade bebendo... – Dul riu marota.
- Dulce é da máfia, baby! – Chris disse mais alto e os dois riram. – Vamos sentar ali? – Ele apontou para algumas pedras que davam visão para toda a área da festa. dul sorriu e o acompanhou, em silêncio.
- Quem diria... – Ela sorriu, olhando para a fogueira, que estava linda vista de cima – Eu nunca imaginaria que um dia ia tomar uma cerveja com você vendo a festa que eu organizei.
- Nem eu! – Christopher sorriu, olhando para a garota – Um brinde a isso!
Os dois bateram as garrafas e riram, bebendo. Ficaram lá por quase uma hora, conversando como velhos amigos e rindo sobre as coisas que aconteciam na festa. Ninguém parecia perceber a presença dos dois, ali em cima.
- Wow, acho que tenho que descer! – Dul disse, olhando no visor do celular. – As meninas devem estar loucas atrás de mim!
- Ah! – Chris resmungou e a garota olhou para ele – Fica aqui. É tão mais legal!
- Eu sei... – Dul disse meio mole – Muito mais legal, mas...
- Não, nada de “mas”! – Chris disse e os dois riram. – Cinco minutos! Eu ainda acho que aquele cara vai despencar da ponta do palco!
- Tadinho! – Dul disse alto e os dois riram – Tudo bem, cinco minutos!


Os cinco minutos se tornaram mais vinte quando Chris finalmente se deu por vencido e acompanhou Dulce de volta para a festa. Nesse meio tempo, tinham apostado sobre a queda do garoto do palco, e Dul devia cinco libras para Christopher por causa disso.
- Nossa, essas pedrinhas escorregam! – Dul reclamava enquanto Chris ria.
- Vem, dá sua mão! – Ele disse sorridente e ela estendeu, sem pensar duas vezes, a mão para segurar na dele. – Cuidado, não pisa ali...
- Tá, eu não vou pi...
Dul ia dizendo quando escorregou, puxando Chris para baixo. Os dois caíram de bunda no chão e tiveram um ataque de riso.
- Eu disse pra você não pisar! – Chris segurava a barriga de tanto rir.
Dul não conseguia responder porque estava rindo muito ainda. Brian estava passando com uma garrafa de Whisky na mão quando viu Dul e Dul rindo feito loucos nas pedras. Uma súbita raiva tomou conta do garoto, que já estava completamente bêbado. Portman saiu em passos largos e decididos até a cabine do Dj, arrastando Ian e mais dois amigos. Esses amigos fizeram com que o Dj parasse a música rapidamente. Dul ouviu os gritos e reclamações repentinas e saiu correndo em direção a festa. Chris foi logo atrás.
- O que diabos está acontecendo? – Dul quase berrou com Amanda, que deu de ombros.
- Não sei amor, eu acho que deu algum problema na cabine...
- Eu vou ver! – Dul virou-se decidida quando ouviu uma voz conhecida vinda do palco.
- Olá, meus queridos amigos! – Brian cambaleava e vários olhares assustados o fitavam – Que tal um pouco mais de diversão essa noite?
- Yeah! – Os capangas de Brian gritaram e Dul saiu com as mãos fechadas em direção ao palco.
- Brian, desce daí AGORA! – Ela berrou, mas ele apenas riu.
- Nossa gente, calma... Eu tenho uma surpresinha pra vocês.
Poncho, Christian e Rodrigo se aproximaram de onde Christopher e Amanda estavam. Não demorou muito para que Mai também chegasse ali. Anahí foi direto ajudar Dulce.
- O que esse idiota tá fazendo? – Poncho perguntou e Christopher franziu a testa.
- Não deve ser coisa boa.
- Portman, eu vou chamar os seguranças! – Ane gritava ameaçadora, mas o garoto não moveu um centímetro.
- Vamos lá, antes que as pessoas se estressem comigo. Me dá aquilo lá, Ian. – Brian ordenou e rindo alto, o amigo entregou alguns envelopes em suas mãos. Os envelopes da aula de literatura.
- Puta merda. – Mai logo reconheceu os papéis, e saiu correndo até as amigas.
- Eu vou falar com a segurança! – Amandinha disse prontamente.
- Eu vou com você! – Rodrigo a seguiu.
- “Kelly Newman sobre Paul Prescott” – Brian começou a ler, presunçoso, e todos agora prestavam absoluta atenção, rindo sobre as coisas lidas.
- Brian, onde você arrumou isso? – Mai gritou e Ian prontamente respondeu.
- Ah, um bom mágico nunca revela seus truques, Maite!
- Brian, deixa de ser ridículo, os seguranças estão vindo, desce daí! – Dul estava absolutamente nervosa.
- Mas estão gostando, não estão? – Brian perguntou e várias pessoas gritaram – Viu só? Eu também sei chamar atenção! E eu nem cheguei na melhor parte, gatinha! – Brian riu sozinho e Dulce teve um surto. – Vamos pra outro envelope... “Katie Stern sobre Jennah Roberts”
Brian começou a ler o papel e Dulce olhou para o lado. Jennah estava chorando pelas coisas que a outra garota havia escrito sobre ela. Aquilo não daria certo, não mesmo.
- Chega! Eu vou até a cabine ligar esse som eu mesma, aí esse idiota vai calar a boca! – Dul berrou para as amigas e abriu passagem, passando por Chris e empurrando algumas pessoas pelo caminho.
- “Dulce Maria sobre Arthur Christopher Uckermann” – Brian anunciou alto. Dulce parou, de costas, com as mãos fechadas em punhos. Aquilo não podia estar acontecendo. – Esse envelope é meu preferido! – Brian continuou sob olhares atentos.
Christopher olhou para trás e viu que Dulce estava paralisada, de costas para o palco. Deu dois passos a frente e juntou-se com Mai e Ane.
- Façam esse cara parar! –Christopher disse um tanto alterado, quando Brian começara a ler, imitando uma voz feminina. E de repente toda a festa estava prestando atenção.


“Christopher Uckermann é um garoto completamente diferente de mim. Diferente do que eu esperava sobre ele... Christopher é o único capaz de entender o que eu realmente penso ou sinto, e acho que é por isso que nós brigamos tanto. Eu simplesmente odeio estar desarmada em frente às pessoas. Eu gosto de ser a Dulce Maria que todos vêem por aí. Mas essa não é a Dulce que ele vê. Quando ele olha pra mim eu tenho absoluta certeza de que ele vê através, e isso me deixa desconcertada...” – Brian parou para rir – “Agora vou confessar... Eu adoro a risada dele e aquele sorriso tímido, acho que o mundo fica mais leve com isso. O jeito que ele...”


As lágrimas escorriam pelo rosto de Dul, que estava parada, agora olhando para Brian, que ria a cada palavra da maldita carta da aula de literatura. Chris olhou para trás e seu olhar se encontrou com o de Dulce. Foi quando ele percebeu que ela estava chorando. Em meio segundo, deu mais alguns passos e puxou Brian para baixo do palco, dando um soco certeiro em seu rosto. O garoto caiu na areia.
- Filho da put.a! – Brian gritou e acertou outro soco em Christopher, que cambaleou. - Você vai ser só mais uma vítima na mão dela!
Christopher nada respondeu, mas tinha raiva no olhar. Virou outro soco na barriga de Portman. Dulce já estava ao lado das amigas gritando por socorro quando Ian também partiu pra cima de Christopher, derrubando-o no chão. Então Rodrigo, Poncho, Christian e outros garotos conseguiram apartar a briga com algum esforço.
- Eu disse que ia ter volta, vadia! – Brian gritava tentando se soltar dos braços de um desconhecido. – Me solta, porra! Eu ainda quero acertar uma no olho desse...
- Solta, deixa ele vir! – Christopher provocava, chamando-o com o dedo, enquanto também tentava se soltar de Rodrigo.
- Christopher, fica na sua! – Marques segurava o amigo com mais força.
- Já chega vocês dois! – Dul gritou com os olhos vermelhos. – Você é podre, Brian. Muito pior do que eu esperava!
O som alto de uma música do Strokes tomou conta da festa e as pessoas abriram espaço para que Dulce saísse correndo dali.


- Ela não está em lugar nenhum! – Ane chegou correndo ao lado de Christian. Poncho colocou a mão na cabeça, preocupado.
- A Mai também não achou nada. O Rodrigo e a Amanda estão procurando ainda. – Ele colocou as mãos nos bolsos – Caralh.o! Eu vou quebrar esse Portman!
- Você não vai nada, Alfonso. – Anahí logo advertiu – Tudo o que nós não precisamos agora é que você se machuque. E o Christopher?
- Ainda está procurando. – Poncho disse desanimado.
- Vai ficar tudo bem, dude. – Christian consolou o amigo, que forçou um sorriso.
- É verdade, Poncho. Eu conheço a Dul... Ela só deve estar por aí pensando na vida. Não vai fazer nada de errado! – Ane sorriu e Poncho ficou mais aliviado.


Christopher estava andando ao longe na praia, já pensando em voltar, quando avistou Dulce sentada próxima ao mar. Antes que ela o visse, pegou o celular rapidamente e discou para Poncho.
- Achei cara. Vou lá falar com ela. Mas relaxa que ela está bem. – Ele disse simplesmente, e desligou o aparelho.
Christopher andou devagar com as mãos nos bolsos até onde a garota estava. Dul estava distraída, desenhando na areia.
- Hey. – Ele disse, sentando-se ao lado dela – Posso ficar aqui?
- Aham.
Ela respondeu olhando pra baixo e dois minutos de silêncio pairaram ali. Chris estava olhando para o mar, quando Dul virou-se bruscamente para ele.
- Me desculpe, você deve ter se machucado! – Ela parecia lembrar-se disso somente agora. Christopher riu.
- Está tudo bem...
- Deixa eu ver! – Ela acendeu a luz fraca do celular para iluminar melhor o rosto do garoto – Ele te bateu aqui... Ah Christopher, sinto muito...
- Ei, já disse que está tudo bem! – Ele sorriu olhando nos olhos vermelhos da garota – Deve estar doendo mais nele. – Ele riu e Dul sorriu, rolando os olhos.
- Metido.
- Realista.
- Ah, fica quieto! – Ela riu baixo.
Chris olhou para Dul novamente e sentiu um arrepio na espinha. Estavam longe da orla, o local era pouquíssimo iluminado, mas ela estava incrivelmente linda ali. Era realmente estranho tudo aquilo.
- Posso falar uma coisa? – Chris sorriu tímido e Dul assentiu. – Eu fiquei curioso pra saber o resto da carta... Não me bate! – Ele disse rapidamente e Dul tentou não rir.
- Você e o resto do colégio... Eu não precisava disso.
- Eu sei, desculpe.
- Não tem porque se desculpar. – Ela suspirou abraçando os braços.
- Frio? – ele perguntou e sorriu, quando ela afirmou com a cabeça. Então ele tirou o casaco fino que estava vestindo e colocou nas costas dela.
- Você não estava vestindo isso. – Dul franziu a testa e ele riu.
- Peguei no carro depois da briga.
- Ah. – Dul abaixou os olhos ao lembrar da cena – Obrigada, de qualquer forma.
- Por nada.
- Chris, promete uma coisa pra mim? – Dul perguntou do nada e Christopher franziu a testa, sem entender.
- O que?
- Não vá ficar se achando pelas coisas que você ouviu. Aliás, finja que não ouviu nada. – Ela pediu com um olhar suplicante e Chris sorriu levemente.
- Eu não posso fingir que não ouvi, Dulce... – Ele disse calmo e ela o olhou – Até porque eu gostei do que eu ouvi, de verdade.
- Mas...
- ... Mas relaxa, eu não vou ficar me achando. Eu não vou comentar mais nada sobre isso, prometo. – Chris sorriu, fazendo com que Dul o acompanhasse.
- Obrigada. E desculpe pelo o que Brian fez com você. Eu juro que vai ter volta! Ele não perde por esperar! – Dul estava ficando nervosa novamente. Fechou as mãos e os olhos já estavam marejando de novo, enquanto ela olhava para o nada.
- Dul , eu já disse que está tudo bem! – Chris disse olhando nos olhos da garota – De verdade.
- Eu não precisava passar por isso. Muito menos você. Eu fico me perguntando porque eu fiquei com esse cara... – Uma lágrima do rosto da garota .Chris , sem pensar duas vezes, a enxugou num toque leve, e Dul olhou nos olhos dele, involuntariamente.
- Não pense assim. – Ele sorriu passando a mão de leve nos cabelos da garota – Ele que devia ter orgulho de... – Christopher parou para medir as palavras – Orgulho de ter namorado uma garota como você.
Dul olhava fixamente nos olhos de Christopher, que estavam refletindo a pouca luz do lugar e o silêncio tomou conta do lugar. Só podiam ouvir o quebrar das ondas mais adiante. Ela simplesmente não sabia o que dizer, mas estava sentindo-se reconfortada. Apenas por estar ali, com Christopher Uckermann, que poucos dias antes era motivo de sua fúria.
- Chris...
- Eu...
- Eu posso... – Dul olhava para baixo com um sorriso quase infantil no rosto – Ah, esquece.
- Ah não! – Chris virou de frente pra ela, curioso – Agora fala.
- Não! – Dul riu.
- Ah, por favor! – Chris fez cara de cão sem dono e Dul rolou os olhos, rindo.
- Eu não sei porque eu estou pedindo isso, que fique claro – A garota voltara a olhar para os pés, visivelmente tímida – Isso é estranho.
- Você ainda não pediu nada.
- Você vai achar estranho.
- Tente.
Dul rolou os olhos numa risada baixa e sincera. Sentou-se de frente para Chris e sorriu.
- Posso abraçar você? – Dul olhou para baixo e não viu o sorriso que Christopher abriu – É que não sei, fiquei com vontade. Eu preciso abraçar alguém e...
Dulia atropelando as palavras tentando consertar o que acabara de dizer, e tinha a sensação que não devia ter dito nada. Estava falando sem parar quando Chris soltou uma risada muito alta.
- O que foi, tá louco? – Dul parou do nada vendo o garoto rir. – Para de rir, Christopher! O que aconteceu?
- Caramba, você fala demais! – Ele riu e continuou, antes que ela pudesse se manifestar – Vem cá!
Chris a puxou para mais perto e abraçou com força. Dul respirou fundo sentindo o perfume do pescoço do garoto. Pousou sua cabeça sobre o peito dele, o segurando com toda força que podia. Christopher mantinha os olhos fechados ao acariciar os cabelos e o rosto frio de Dulce. Ficaram ali, sem dizer nada por alguns minutos, mas sentindo-se incrivelmente bem. Com um pouco de esforço, Dul saiu dali, contra a própria vontade. Estava com vergonha, mas sentia-se muito bem. Era como se nada tivesse acontecido. Aquele momento havia apagado todos os outros daquela noite.Christopher abriu um sorriso encantador e a garota quase teve certeza que suas pernas nunca mais obedeceriam.
- Você não precisa pedir. – Chris disse, ainda sorrindo.
- Bom saber.
Dul sorriu mais largamente e apoiou sua cabeça no ombro de Chris, que envolveu sua cintura com a mão. Ficaram olhando o mar sem dizer nada, por mais um tempo, ignorando o quanto estranha era aquela situação para os dois.
- Eu acho que tenho que ir pra casa. – Dul disse, quebrando o silêncio.
- Porque?
- Porque eu tenho casa! – Ela respondeu e os dois riram.
- Mas você não precisa ir agora!
- É, acho que não... – Dul sorriu meio torto – Mas ainda tenho algumas coisas da bagagem pra ver e...
- Eu vou te levar pra casa. – Chris disse levantando.
- Não, não precisa Chris! – Dul continuava sentada, estendendo a mão para que ele a ajudasse – Não precisa se incomodar.
- Eu faço questão. – Christopher sorriu – Vou ficar com você até a noite terminar. Só pra ter certeza.
- Certeza de que? – Dul já estava em pé, olhando desconfiada.
- Certeza de que isso realmente está acontecendo. – Ele riu, tímido, e Dul sentiu as pernas bambearem de verdade.
- Já que é assim... – Ela sorriu – Aceito sua carona.
Dul e Chris foram conversando sobre coisas aleatórias no caminho até o carro. A festa estava sendo desmontada, devia ser tarde, mas Dul não se preocupou em conferir. Não estava com cabeça para aquilo, mas estava feliz. Em alguns minutos pararam em frente ao carro de Chris. Dul sentou-se e olhou de rabo de olho para o rádio. O caminho era curto, chegariam rápido. Mas mesmo assim uma música cairia bem.
- Posso? – Ela perguntou, já ligando o aparelho. Chris riu.
Um Cd do Beach Boys começou a tocar e Luinha sorriu.
- Sem chance de Snow Patrol ser sua banda favorita! Ela disse e Chris riu.
- Não é. – Ele disse, batucando no volante – Mas aquela música estava pedindo pra ser ouvida.
- Faz sentido! – Dul riu baixo – Eu adoro essa música!
Dulce fez da própria mão um microfone e começou a cantar junto com o Cd. Chris teve um ataque de riso olhando para a garota balançando a cabeça de um lado para o outro ao seu lado.


Wouldn`t it be nice if we were older? (Não seria legal se nós fossemos mais velhos?)
Then we wouldn`t have to wait so long (Então nós não teríamos que esperar tanto)
And wouldn`t it be nice to live together (E não seria legal se vivêssemos juntos)
In the kind of world where we belong (Em algum tipo de mundo em que nós pertencemos)


Dul olhava para Chris rindo junto da própria cena. Afinou a voz e continuou cantando.


You know it`s gonna make it that much better (Você sabe que vai ser muito melhor)
When we can say goodnight and stay together… (Quando pudermos dizer "boa noite" e ficar juntos)


Chris ainda ria quando voltou a batucar no volante. Dul estendeu seu “microfone para ele, e os dois começaram a cantar juntos.


Wouldn`t it be nice if we could wake up (Não seria legal se pudéssemos acordar)
In the morning when the day is new (Na manhã de um dia novinho em folha)
And after having spent the day together (E depois de termos passado o dia juntos)
Hold each other close the whole night through (Ficaríamos abraçados a noite inteira)

- Ah, eu preciso respirar! – Chris estava em meio a um ataque de riso. Dul gargalhava mais ao olhar para o garoto.
- Fala se eu não sou a melhor cantora que você já ouviu? – Ela abaixou um pouco o volume do rádio, arfando.
- Nossa, você deveria ganhar o Grammy! – Chris riu sarcástico e levou um tapa no ombro – Outch! Eu não sou saco de pancadas, dona Dulce!
- Tudo bem, você já apanhou por hoje!
Dul virou os olhos, rindo. Chris estacionou em frente ao jardim da casa dela, devagar.
- É, eu acho que é isso. – Ele parecia desanimado com a idéia, o que fez a garota sorrir.
- Obrigada por esta noite, Chris. – Dul sorriu sincera e ele a acompanhou.
- Acho que todas as coisas boas tem que ter um final, não é mesmo? – Chris sorriu desanimado. – Mas nos vemos na França! – Ele riu.
- É, a França que nos espere! – Dul e Chris  bateram as mãos, e riram. – Vou entrar. Obrigada, de verdade. – Ela disse, estalando um beijo no rosto do garoto, que sorriu.
- Até mais tarde!
Chris esperou Dul  entrar em casa e acelerou o carro, extremamente feliz. Voltou algumas faixas do Cd para a Wouldn’t it be Nice e foi cantando e rindo, até chegar em casa.


Dulce fechou a porta atrás de si e estava tudo escuro. Sua mãe já estava dormindo e Poncho provavelmente estava ajudando Amanda e as garotas com a arrumação da festa, coisa que ela devia estar fazendo. Mas não estava se importando. Colocou as mãos nos bolsos e subiu as escadas, sorridente. Só quando chegou ao quarto percebeu que ainda vestia a blusa vermelha que Chris havia emprestado. Riu sozinha e não tirou a blusa, jogando-se para trás na cama. Aquele perfume estava lhe fazendo bem.


A casa de Chris estava vazia – sua mãe havia saído com algumas amigas – Então ele se jogou no sofá ainda com um sorriso besta no rosto. Ficou olhando para o teto, sem acender a luz, quando sentiu o celular vibrar no bolso da bermuda. Pegou o aparelho rapidamente, e com um sorriso ainda maior no rosto, leu a mensagem que Dul havia enviado.


“Todas as coisas boas têm que ter um final, mas algumas coisas nem sempre tem fim.”


Arthur estava se preparando para digitar uma resposta a altura quando uma nova mensagem chegou. Ele riu ao olhar para o texto.

“Ah, devolvo sua blusa na França... Ou não. Eu gostei dela, hahaha. xoxo, Dul :*”


Dulestava jogada na cama com o celular na mão quando ele vibrou. Achou que seria uma mensagem, então se assustou quando viu que era uma ligação. De Chris. Respirou fundo e atendeu, sorridente.
- Mas já está com saudades de mim? – Dul brincou e Chris riu de verdade.
- Pretensiosa.
- REALISTA.
- Fica quieta. – Os dois riram juntos para a eterna piada entre eles. – Recebi seu SMS. E antes que você me zoe por ter ligado ao invés de ter respondido – Chris disse e Dul riu – Eu só liguei para dizer que vamos ter problemas sobre essa blusa, eu gosto muito dela. –Chris gargalhou.
- Ah, é realmente uma pena! – Dul enrolava os cabelos, rindo baixo – Ela fica melhor em mim do que em você.
- Isso é o que nós veremos, na França! É tão legal dizer isso! – Chris riu empolgado fazendo a garota sorrir e rir ao mesmo tempo.
- Melhor do que dizer vai ser ESTAR lá, docinho. – Dul fez uma voz afetada e os dois desataram a rir.
- Com certeza!
Dul ouviu o barulho do carro de Poncho estacionando e fez uma careta estranha.
- Droga, vão descobrir que eu fugi da limpeza! – Ela murmurou e Chris riu. – Tenho que desligar Chris ! Vou tentar fingir que estou dormindo! – Ela disse rapidamente.
- Boa sorte com isso! – Christopher disse rindo. – Ah, só mais uma coisa!
- O que?
- Se algumas coisas não tem fim... – Christopher parou no meio da frase e soltou um longo suspiro – Essa será uma delas. É só um novo começo. O nosso começo.
Dul voltou a sentar na cama e teve a nítida sensação de que tinha esquecido de respirar [n/a isso é tão Bella hahahaha] ou que suas pernas iriam fazer com que ela despencasse. Fechou os olhos, sorrindo, e ficou em silêncio até conseguir pensar algo suficientemente bom, ou pelo menos aceitável, para responder.
- Eu tenho certeza disso. – Ela disse com a voz baixa, e Chris abriu um imenso sorriso. – Não vou esquecer o que você acabou de dizer, dica. Eu vou cobrar. – Ela riu e ele também.
- Pode cobrar. – Ele sorriu.
- Boa noite, Chris . Obrigada... De novo.
- Boa noite,Dul. Durma bem.


Gente obrigada pelos comentarios, postei especialmente para alwaysvondy, luanavondy e juju_simoess que estão sempre comentando.


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Autor(a): smileforvondy

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- Ah eu não acredito, em algumas horas estaremos na Riviera Francesa! – Anahí pulava de um lado para o outro, enquanto Dul e Mai riam. - Vai ser muito perfeito! – Amanda disse enquanto organizava algumas coisas na bolsa. Estavam todas no quarto de Amandinha, as malas estavam no andar debaixo e o pai de Amanda as levaria ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 47



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  • aucker Postado em 29/12/2020 - 01:01:38

    Ameei a fic

  • aucker Postado em 28/12/2020 - 19:37:17

    São muito fofos

  • aucker Postado em 28/12/2020 - 14:14:55

    Iniciei hj e já tô curtindo...

  • dayanerodrigues Postado em 28/09/2020 - 21:06:14

    Lendo pela a segunda vez. Amo essa fic

  • dayanerodrigues Postado em 12/05/2020 - 16:25:25

    Amei essa fic

  • dayanerodrigues Postado em 11/05/2020 - 07:15:17

    Amando essa fic

  • stellabarcelos Postado em 25/04/2016 - 15:13:39

    Muito lindos! Amei

  • sophiedvondy Postado em 27/02/2014 - 14:00:39

    leiam minha nova fic ;) http://fanfics.com.br/fanfic/30822/passado-distorcido-adaptada-vondy-rebelde

  • crisslucas Postado em 10/11/2013 - 19:57:55

    UI!!!!! amei tua web ...por favor posta outras...essa web vondy foi muito fofa...amei!!!!!eu e minhas amix ficamos babando....é muito love S2

  • alwaysvondy Postado em 12/10/2013 - 04:13:46

    ameeeeeeeeeei a web :( pena q ela foi curtinha...


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