Fanfic: SumemerTime Adaptada / Vondy | Tema: Vondy
- ACORDA GAROTA! – Amandinha pulava na cama de Dulce, que colocou o travesseiro na cabeça.
- Ah Amanda, vai se fo.der! – Ela reclamou, fazendo a amiga rir.
- Levanta daí mulher! – Dessa vez Mai se pronunciou e Dul abriu os olhos devagar. Ane também estava lá.
- O que aconteceu, suas loucas? Que horas são? – Dul perguntou com a voz arrastada e as três riram.
- Duas da tarde. – Ane respondeu rapidamente – Agora a senhorita pode explicar onde esteve ontem a noite? Ou melhor... com quem esteve?
Dulce coçou os olhos e sentiu um nó na garganta. Dizer que estava presa num quarto por culpa de Christopher era completamente inaceitável. Abriu a boca, mas não conseguiu emitir nenhum som.
- Sabemos que você encontrou um garoto... O Christopher nos contou! – Mai bateu palminhas e Dul fez uma careta para a desculpa que Uckermann havia dado. Bom, pelo menos ele não tinha dito a verdade.
- É, encontrei. – dul respondeu sem empolgação e foi andando em direção ao banheiro.
- Aonde você vai? Fala pra gente, ele era gato? Ah Dulce! – Amanda disparou a falar e Dul riu alto. Amava esse jeito maluco da amiga.
- Nada demais, gente. Só encontrei com ele e ficamos conversando. Ele era de Londres, também. Mas não era muito bonito. – Dulce inventou e Amanda arqueou uma sobrancelha, fazendo a menina desviar o olhar. Maldito poder que Amanda Lyra tinha de desvendar os pensamentos de Dulce. – Agora vou tomar um banho e já desço... Vocês deviam se trocar, a gente podia almoçar na praia, que tal?
- Tô super dentro! – Ane deu um pulo e saiu correndo em direção a seu quarto. Mai fez o mesmo e Amandinha foi andando devagar.
- Mentirosa. – Ela sussurrou e Dulce rolou os olhos. – Depois quero saber a verdadeira história. – Amanda sorriu e piscou, deixando Dul com cara de nada olhando para a porta.
Dul demorou um tempo até assimilar os fatos do dia anterior. A bendita frase: “Você vai ser minha, docinho.” martelava em sua cabeça o tempo inteiro. Christopher tinha a capacidade de ser idiota e de fazê-la ter sensações estranhas ao mesmo tempo, e ela nunca entenderia isso, mas estava no mínimo curiosa com o que estava por vir. Será que ele dizia a verdade? Tentou se arrumar depressa e desceu as escadas rapidamente, encontrando apenas Christian ali.
- Hey, Christian! – Dul disse com a voz trêmula. Se Christian estava em casa, os meninos provavelmente também estavam. – Viu as garotas?
- Elas estão esperando você, acho. Lá fora! – Christian respondeu indiferente enquanto jogava as almofadas do sofá para o alto. Dulce riu baixo e confusa com a cena.
- O que você tá fazendo?
- Procurando minha carteira. – Christian disse e Dulce riu, e ele acabou fazendo o mesmo.
- Belo lugar pra se procurar, hein? – Dul riu. – Os meninos estão por aqui também? – Ela perguntou ansiosa e Christian negou.
- Não, estão na praia... Eu só voltei pra buscar a carteira mesmo e... ACHEI! – Christian gritou e Dulce gargalhou muito alto. Mai apareceu na sala e fez uma careta absurda para a cena.
- Dul, anda logo! A gente quer almoçar na praia, não jantar! – Mai disse virando os olhos e Dulce riu da careta que Christian fez.
- Tudo bem, vamos lá! – Ela pegou no braço da amiga e as duas saíram, com o garoto apenas a alguns passos de distância.
- Dul, você anda estranha hein? De papinho com o Christopher... Agora com o Christian! – Mai disse um pouco alto demais e Christian chegou perto delas.
- Eu ouvi isso.
- Dane-se.
- Ai senhor! – Dulce rolou os olhos teatralmente e quase riu. – Calem a boca os dois! Vamos comer que eu tô com fome!
Ao chegarem na praia, as garotas logo se direcionaram para o quiosque, onde por acaso os meninos estavam, mas ninguém ligou. Pegaram uma mesa bem distante e fizeram seus pedidos, enquanto observavam a bela paisagem e os belos surfistas. Dul olhou para a mesa dos garotos e percebeu que Chris a encarava. Os olhares se cruzaram e ele sorriu de canto, fazendo a menina desviar o olhar, um pouco sem graça e talvez um tanto abalada por aquele sorriso incrível.
- Eu estou vendo isso... – Amandinha sussurrou e Dulce quase deu um pulo.
- Quer me matar do coração, sua maluca? – Dul disse e a amiga riu baixo.
- O que há entre você e o Uckermann? – Amanda disse o mais baixo possível, aproveitando que Ane e Mai tiravam fotos um pouco mais adiante. – Eu sei que não tinha garoto nenhum ontem.
Dulce sentiu o estômago revirar e quando ia abrir a boca, Mai voltou para a mesa mostrando suas novas fotos. O olhar de Amanda para Dul foi bem desafiador, mas apenas as duas entenderam o recado. Poucos minutos depois, o almoço foi servido e as quatro estavam comendo e rindo de qualquer besteira quando o garçon se aproximou novamente.
- Com licença senhoritas. – O garoto simpático disse e todas sorriram. Ele estendeu a mão para Dulce e lhe entregou um guardanapo. – O senhor ali do bar pediu para que eu te entregasse. A bebida também é sua, chama-se Orgasm. – Ele finalizou e Dul arregalou os olhos, soltando uma risada alta com as amigas.
- Abre logo esse guardanapo! – Ane quase gritou e Dul ainda ria.
- Calma mulher! – Ela respondeu e as quatro riram.
Dulce desdobrou o papel devagar e começou a ler a mensagem, com um sorriso se formando em seu rosto e uma vontade imensa de rir.
Espero que goste da bebida... Agora leia isso fingindo que quem te enviou foi o cara de vermelho que está do meu lado: “Você é linda, espero te proporcionar muitas bebidas dessas” Faça cara de indignada. Jogue o papel fora. Te encontro em cinco minutos atrás da sorveteria. Xxx Christopher.
Dulce gargalhou muito alto e olhou para o bar. Viu que Christopher a encarava também rindo e chacoalhou a cabeça de um lado para o outro. Aquilo seria divertido.
- O que diz o papel, sua maluca? – Amandinha perguntou e Dulce riu.
- Você é linda, espero te proporcionar muitas bebidas dessas. – Dul repetiu rindo alto da cara de espanto das amigas.
- Nossa, mas que pedreiro! – Mai dizia rindo e Dulce tomou um gole do drink, que era realmente bom.
- Quem é o cara, Dul? – Anahí perguntou e Dulce apontou com a cabeça.
- O loiro de vermelho ali do bar. Aquele da bebida azul. – Respondei e Ane arqueou a sobrancelha.
- Parece bonitinho... – Ela abaixou a haste do óculos e Dul segurava o riso. – Vai responder?
- Claro que não, tá louca? – Dulce fingiu indignação. Tinha que admitir que as instruções de Christopher eram realmente boas – Muito pervertida essa cantada! Aliás, vou dar um pulo no banheiro e já volto!
- Vou com você! – Mai disse e Dul gelou.
- Não! – Respondeu rapidamente e as amigas a encararam, confusas.
- Porque não? – Amanda arqueou uma sobrancelha, sempre desconfiada.
- Porque... Porque... – Dul gaguejou e tentou não ficar corada. Odiava não ter resposta para as coisas. – Porque aquele surfista gatinho da prancha azul tá te encarando há horas, Maite. Acho que ele tá ensaiando vir aqui! Fique, eu volto em cinco minutos! – A garota disse por fim e Mai olhou para trás, admirada.
- Nossa, que gato! – Ela exclamou – Vou ficar por aqui mesmo! – Mai respondeu marota e Dul sorriu aliviada, evitando olhar para Amanda ao deixar a mesa e amassando o papel para jogá-lo no lixo mais próximo.
Caminhou lentamente até a sorveteria, mas sentia suas mãos geladas. Odiava quando isso acontecia, mas estava ansiosa. Sabia que christopher realmente não estava brincando quando disse que iria conquistá-la, e isso a fazia sentir coisas estranhas. Deu a volta no lugar e parou atrás, olhando para os lados e vendo que ninguém estava ali. Xingou Christopher mentalmente pensando que aquilo tudo era outra brincadeira estúpida, e quando virou para ir embora, o viu parado atrás dela.
- Hey. – Ele disse abrindo um sorriso gigante que quase a fez desmontar. Aquele garoto tinha o sorriso mais bonito que ela já tinha visto, mas é claro que nunca admitiria isso. Sorriu breve.
- Pensei que não viesse. – Ela deu de ombros.
- Gostou da bebida? – Chris gargalhou e dul fez o mesmo.
- Você é um pervertido, sabia? Ninguém merece! – Dul disse rindo e respirou fundo.
A primeira parte do que ele queria estava completa: Ela estava ali, difícil era saber lidar com isso. Nenhuma garota – pelo menos para ele – era tão complicada como Dulce. E de certa forma, ele adorava isso.
- Vai dizer que a bebida não era boa? – Christopher arqueou uma sobrancelha e Dul admitiu, sorrindo.
- Realmente tenho que concordar. – Ela sorriu – Mas o que queria comigo?
- Dar uma volta e conversar... – Christoher respondeu com um sorriso quase tímido e Dulce sentiu a nuca arrepiar. Era engraçado vê-lo sem jeito.
- Tudo bem, mas eu não posso demorar... As meninas vão desconfiar.
- Você se importa? – Chris apoiou os braços na parede em volta de Dulce, prendendo-a ali. A garota sentiu os joelhos amolecerem. Maldita distância mínima.
- Me importo, claro. – Ela respondeu rapidamente – Se elas acharem que eu aceitei aquela cantada de pedreiro do suposto cara de vermelho, vai ficar muito ruim para a minha reputação. – Dul terminou e Chris gargalhou.
- Faz sentido. Agora vem! – Chris a puxou pela mão e os dois saíram correndo para algum lugar que Dul não tinha idéia de onde era. Ela apenas ria, sem fôlego, e ele fazia o mesmo. Nenhum dos dois sabia o que era aquela sensação.
- Chris, eu vou morrer, você quer parar de correr, por favor? – Dul disse ofegante e o garoto riu, a encarando. Ela estava simplesmente linda e ele riu.
- Você disse que precisa ser rápido, a culpa é toda sua! – Ele retrucou colocando as mãos no joelho e Dul riu baixo.
- Não quero mais ir... Tô cansada. – Ela reclamou e Chris fez careta.
- Ah não, agora você vai!- Chris disse com a voz autoritária e Dul fez uma careta, quase rindo.
- Me dê um bom motivo. – Retrucou rapidamente e Chris coçou a cabeça, sem saber o que dizer.
- Não seja chata, só me acompanhe. – Ele disse mais baixo e Dul gargalhou.
- Péssimo argumento.
Christopher riu.
- Sobe e não reclama. – Chris mostrou as próprias costas e Dul arqueou a sobrancelha.
- Você realmente tá disposto a me carregar? – Ela exclamou em total surpresa e Chris sorriu.
- Você reclama demais, pergunta demais. Dá pra subir logo? – Ele disse sorrindo e Dul fez o mesmo, pulando em suas costas.
- Parabéns, isso foi surpreendente Christopher Uckermann. – Ela disse rindo e Chris começou a andar, sorrindo.
- Eu sei que eu sou fo.da! – Ele disse e os dois gargalharam.
- Eu não te mereço, juro! – Dul rolou os olhos e estapeou a cabeça de uckermann, que riu ainda mais.
- Outch! Eu já te disse que eu não sou saco de pancadas?
- Ah não? – Dul interrompeu rindo. – Desculpa, confundi. – Ela disse e Christopher olhou para cima, gargalhando.
- Nem vou comentar.
Os dois chegaram em um lugar onde o mar extremamente azul se misturava com um lago. Era simplesmente deslumbrante. Dul pulou das costas de Chris e ele parecia igualmente estupefato.
- Wow. – Ela disse e Chris sorriu.
- Acho que aqui tá bom... – Chris disse olhando em volta – Que lugar lindo!
- Você não conhecia isso aqui? – Dul virou confusa e Chris negou com a cabeça.
- Eu só queria te trazer pra longe... – Chris riu – Tá, eu devia ser esperto e ter dito: Sim, conhecia, pensei em você pra te trazer aqui! – Uckermann estapeou a própria testa e Dulce gargalhou com isso.
- Seria romântico. E bem estranho. – Dul rolou os olhos.
- Porque estranho? – Christopher disse sentando perto do lago e Dul fez o mesmo.
- Porque Christopher Uckermann e romantismo na mesma frase não é algo que combine muito. – Ela disse rindo e Chris fez uma careta.
- Você não me conhece. – Ele deu uma piscadinha e a garota riu ainda mais.
- Acho que conheço o suficiente pra crer que historinhas românticas não sairão da sua boca. – Dul retrucou e Chris abriu a boca, mas não emitiu nenhum som. Ela sorriu vitoriosa.
- Ninguém nunca reclamou. – Chris deu de ombros e Dul rolou os olhos, encarando a paisagem.
- Sempre tem a primeira, fica a dica. – Foi a vez de Dul dar uma piscadinha e Chris gargalhou.
- Falou a super romântica agora. Quase uma Julieta buscando um Romeu! – Ele disse a encarando nos olhos e rindo alto. Dul arqueou uma sobrancelha.
- Quem disse que eu estava me referindo a mim?
- Mesmo assim.
- Cala a boca, Chris. – Ela disse mexendo na areia e os dois ficaram em silêncio por um minuto. – Fala logo o que você quer comigo.
Dul disse Chris continuou mudo, já que ela tinha o mandado calar a boca. Ele sabia exatamente como irritá-la. Dul bufou.
- Retardado! Nem sei por que eu to aqui... – Ela disse levantando e Chris a puxou pra baixo, rindo.
- Tô brincando, tô brincando! – Ele levantou as mãos perto do rosto e Dul quase riu. – Você é muito alterada, docinho...
- Ai Deus do céu, dai-me paciência com essa criatura e seus docinhos... – Dul rolou os olhos e os dois riram em conjunto. – Mas o que você queria, afinal?
- Conversar, ué. Eu sei que perto dos caras e das suas amigas é quase impossível... – Chris disse olhando em seus olhos – E outra, quero te convidar pra sair.
Ele disse simplesmente e Dul o encarou nos olhos, confusa.
- Eu e você? – Ela perguntou e ele riu, assentindo – Tipo um encontro?
- Se você gosta de nomear assim. – Chris sorriu de canto e sentiu suas mãos gelarem. Estava com medo do que ela poderia responder. Mas iria conquistá-la, tinha prometido isso a si mesmo. Dul ficou em silêncio e encarou o mar.
- Como você pretende fazer isso sem que ninguém note? Chris, é óbvio que todo mundo vai perceber que a gente sumiu! – Dul parou de falar e pensou melhor – Se eu aceitar, claro.
- Se você aceitar... – Chris riu baixo da confusão da garota – Pode ficar tranqüila que eu sei exatamente como fazer. Você só precisa confiar em mim e fazer exatamente o que eu disser.
Chris virou-se de frente pra Dulce e ela o encarou nos olhos. Sentiu um misto de medo e excitação na proposta. Chris estava apreensivo com a demora da garota pra dizer alguma coisa, era impressionante como só ela conseguia fazer suas mãos suarem de ansiedade. Não sabia se aquilo era algo bom, mas definitivamente era constrangedor. Dul mordeu o lábio.
- O que eu tenho que fazer? – Ela perguntou e Chris sorriu largamente, aliviado.
- Presta muita atenção no que eu vou te falar. – Ele começou, e Dul o escutava atentamente. Nada poderia dar errado.
Dulceandava de um lado para o outro no quarto, despejando o armário inteiro sobre a cama. Não sabia o que vestir e não poder pedir ajuda para as amigas não facilitava muito sua vida. Aliás, elas aparentemente tinham acreditado na desculpa esfarrapada que Dul inventara para o sumiço repentino durante a tarde. Disse que tinha passado mal do estômago por causa do excesso no almoço, e que tinha ido para casa. Obviamente a única que não comprou totalmente a história foi Amanda, e Dulce já estava começando a considerar a possibilidade de contar para amiga sobre Christopher. Não duraria muito tempo esse segredo. Depois de provar o quinto vestido e não chegar a nenhuma conclusão, saiu pelo corredor decidida a falar com Amandinha.
- Eu juro, é verdade Rodrigo! – Ouviu a voz de Chris no quarto de Marques e parou, curiosa.
- Você vai sair com a Dulce? – Rodrigo gargalhava – Dulce Maria, minha amiga que você supostamente odeia? Tá bom que eu tenho reparado que vocês andam meio estranhos, mas isso já é demais.
- Eu tô falando sério! Preciso que você dê cobertura... – Chris pediu e Dul continuou parada, quase rindo.
- Tá, tudo bem... – Rodrigo riu – Mas só uma coisa, Christopher. Vê se não esquece que a Dul não é qualquer uma. Você a conhece o suficiente pra saber que ela não vai aceitar ser só mais uma na tua lista, e eu te conheço pra saber que você corre de relacionamentos sérios. Além do mais, ela é irmã do Poncho, ta ligado Dude. Dul ouviu a ultima frase de Rodrigo e uma sensação estranha percorreu seu corpo. E se ela realmente fosse apenas uma da lista? Tinha esquecido da fama de Christopher no colegio alguns instantes. Hesitou em ir até o quarto de Amanda, deu meia volta e bateu sua porta.
Estavam todos jantando quando Christopher apareceu na sala de jantar. Dulce levantou o olhar e o encarou, perplexa. Ele estava indiscutivelmente lindo: o cabelo propositalmente desarrumado, a calça jeans escura com uma camisa social azul clara e um All Star branco nos pés. Quando seu olhar parou no dela, teve quase certeza de que ia sufocar. Respirar pra quê?
- Fiu fiu, pensa que vai aonde assim tesão? – Christian fez uma voz afetada e a mesa inteira gargalhou.
- Pro meu encontro, mané! – Chris disse e Dul engasgou com o refrigerante, fazendo Marques gargalhar alto.
- Nossa Dul, calma! – Poncho disse rindo e dando um tapinha nas costas da irmã, que ficou corada.
- Vai encontrar a francesa de ontem, Uckermann? – Maite perguntou e Chris arqueou a sobrancelha, segurando o riso.
- Ela mesma. – Ele sorriu – Agora deixa eu ir, porque fiz a reserva pra oito e meia - Chris frisou bem o horário e Rodrigo encarava Dul, quase rindo – E não posso me atrasar. Fui!
Christopher saiu pela porta da frente e todos começaram com seus papos paralelos, enquanto Rodrigo ainda olhava a amiga sugestivamente.
- Dul, você nem tocou no macarrão! – Ane disse e Dul sentiu o rosto queimar.
- É que eu ainda tô meio enjoada por causa do almoço, amiga! – Mentiu – Vou subir pra me arrumar, ok?
Dul correu até o quarto e pegou o vestido preto que tinha decidido usar. O vestiu o mais rápido que conseguiu, e começou a arrumar o cabelo e a maquiagem. Ouviu um toque suave na porta.
- Entra.
- Hey, francesa! – Rodrigo disse e Dulce corou absurdamente.
- Cala a boca, Marques! Eu vou matar o Christopher por ter te contado isso! – Ela disse e Marques gargalhou.
- Isso, pode matar, contanto que não encoste em mim! – Ele disse e Dul riu alto – Olha, já tô saindo com os garotos! O Chris pediu pra avisar que o restaurante é aquele vermelho lá, sabe?
- Ah claro Rodrigo, o vermelho lá, claro! – Dul rolou os olhos teatralmente e gargalhou. – Le Petit Bistro, sei exatamente onde é. Agora se manda vai!
- Ui, fala isso de novo? Você ficou tão sexy falando francês! – Rodrigo disse e Dul tacou uma almofada nele, gargalhando.
- Tarado! – Ela disse e Marques se aproximou, beijando-a na bochecha.
- Sexy! – Ele disse e os dois gargalharam, enquanto Marques fechava a porta.
Chris já estava impaciente. Meia hora de atraso. MEIA HORA! Isso porque tinha pedido pra que ela viesse o mais rápido possível.
- Garotas... – Ele murmurou, brincando com a taça de água em sua frente.
Com o tempo correndo no relógio, Uckermann começara a ficar mais preocupado. Talvez algo tivesse dado errado, ela não se atrasaria tanto assim. Quarenta e sete minutos era de fato muita coisa. Discou para o celular de Dulce rapidamente.
O celular chamado encontra-se desligado ou fora da área de cobertura.
- Merda! Porque tem celular se deixa desligado?
Christopher exclamou alto e algumas pessoas olhavam pra ele. Ótimo, agora parecia um louco que fala sozinho em restaurantes. Discou várias vezes seguidas e nada. Tinha certeza que algo tinha acontecido, que alguma das garotas tinha inventado alguma coisa e que Dul não teria conseguido se livrar. Aquilo era humilhante, um bolo oficial. Christopher Uckermann nunca tinha tomado um bolo na vida. Virou um copo de Whisky, irritado, e discou pela última vez. A mesma mensagem. Xingou até a quinta geração da mulherzinha da gravação e saiu do restaurante, ligando para Rodrigo, que atendeu só na terceira vez.
- Alô! – Ele deu um berro, estava em um lugar muito barulhento. Chris sentiu o ouvido zunir.
- Vai gritar na pu.ta que pariu, Marques! – Ele disse e Rodrigo franziu a testa. Havia algo de errado.
- Nossa, o que aconteceu? A Dulce chutou seu saco? – Marques disse brincalhão e Chris quase tacou o celular num poste. Estava descontrolado.
- Antes fosse! Ela não apareceu, dude! – Respondeu e Rodrigo sentiu o queixo cair.
- Como não apareceu? Ela tava se arrumando pra ir pra aí, cara! Eu falei com ela!
- Tá, mas ela não veio, caralho!
- Beleza, foi ela que te deu um bolo, não eu! – Marques disse e Christopher rolou os olhos. Estava pouco se importando para o momento sentimental do amigo.
- Dane-se! Será que aconteceu alguma coisa? – Uckermann perguntou, pela primeira vez dando lugar a preocupação.
- Deve ter acontecido, liga pra ela!
Chris gargalhou muito alto.
- E você acha que eu já não fiz isso?
- Tá, faz assim... A gente tá chegando aqui no Progression, vem pra cá! Vou tentar falar com a Dul ou com alguma das meninas, aí te aviso! Mas vem pra cá! – Marques disse e Chris fez uma careta. Não teria outra saída.
- Tá, tô indo.
Rodrigo pegou o celular e discou para Amanda. Foi a primeira que ele lembrou – sempre era, aliás – E a única que parecia saber um pouco mais daquela história. Na primeira vez, chamou até cair na caixa postal. Discou novamente, e ela atendeu na primeira chamada.
- Marques!
- Amanda, onde vocês estão?
- QUE? – Ela berrou e Rodrigo ouviu Lady Gaga tocando ao fundo – EU NÃO TÔ TE OUVINDO!
- ONDE VOCÊS ESTÃO? – Rodrigo berrou novamente e Amanda gargalhou.
- Não to entendendo nada! A gente se fala depois! – Ela disse alto e desligou o telefone na cara do garoto.
- Ótimo! – Rodrigo rolou os olhos.
- Tava falando com quem, dude? – Poncho perguntou e Rodrigo fez uma careta.
- Com a Amanda. Ela me ligou sem querer, acho – Mentiu e poncho riu – Vamos entrar?
- Aqui galera, camarote para nós! – Christian chegou com as pulseiras e os três gargalharam – Vou guardar a do Christopher no bolso, quando ele chegar eu entrego!
Os três caminharam entre várias pessoas e Poncho se perdeu no caminho, parando pra conversar com uma loira que tinha lhe chamado atenção desde o lado de fora. Christian e Rodrigo riram, e subiram até o camarote. Assim que entraram, Marques ficou paralisado. Viu Amanda dançando em cima de uma mesa e ela estava deslumbrante. Mas não foi isso que o deixou paralisado.
- Dul, o que você tá fazendo aqui? – Ele gritou e ela tremeu. Não era para eles terem aparecido. – Desce daí!
- Me erra, Marques! – Dul reclamou e continuou dançando com a amiga.
- Eu preciso falar com você!
- Depois Rodrigo, depois... – Ela respondeu indiferente e Amanda sorriu confusa para Marques, que rolou os olhos bastante nervoso.
- Não acredito nisso. – Ele disse baixo, mas Dul pode ler seus lábios. Sentiu um peso enorme na consciência e uma vontade de correr até onde ele estava. Mas não o fez. Olhou para frente e continuou dançando. Se resolveria com ele depois.
- Dude, cheguei! – Chris disse ao telefone e Rodrigo suspirou alto.
- Tô indo aí entregar sua pulseira! – Ele berrou de volta e desligou, indo até onde Christian estava e pegando a pulseira com ele.
Desceu as escadas correndo e esbarrou em algumas pessoas lá embaixo. Dulce tinha passado dos limites, ele sabia que Christopher ia ter um colapso.
- Hey. – Ele disse ao avistar o amigo e estendendo a pulseira laranja.
- Hey! Alguma notícia da Dulce? – Christopher perguntou e Rodrigo coçou a cabeça, depois a balançou afirmativamente. – Fala!
- Ela tá aqui, dude.
- COMO ASSIM? – Chris berrou e algumas pessoas pararam pra olhar pra ele. Marques fez sinal pra que falasse baixo.
- Não sei, eu cheguei aqui com os caras e ela tá aí com as meninas, dançando. Tentei falar com ela mas...
Rodrigo ia dizendo quando viu Christopher disparar em direção a porta do lugar.
- Fo.deu. – Foi tudo o que ele conseguiu dizer, antes de correr atrás do amigo, mas perdê-lo de vista em segundos. Aquilo não daria certo.
Chris entrou no camarote rapidamente e avistou Dul com Ane perto do bar. Passou como um furacão ao lado de Christian, que não teve tempo nem de abrir a boca para cumprimentá-lo. Chegou aonde elas estavam e puxou Dul pelo braço, porque ela estava de costas.
- Ei, o que você pensa que... Christopher! – Dul exclamou sentindo seu coração pular no peito e totalmente surpresa.
- Preciso falar com você. – Ele disse nervoso, e ela podia perceber isso em sua voz e no jeito que ele a olhava. Rodrigo chegou correndo.
- Dude, não vai fazer nada que...
- Me deixa em paz, Rodrigo. – Chris reclamou – Posso ou não falar com você? – Ele perguntou olhando para Dulce, que sentiu um arrepio na espinha. Estava com medo.
- Tudo bem. – Ela assentiu e foi puxada escada a baixo, quase caindo.
- Eu tô de salto, dá pra parar de correr?
- Fo.da-se. – Chris disse alto e tudo o que Dulce queria era gritar.
Saíram da danceteria e Dul sentia seu braço doer pela força que Christopher estava aplicando. Ainda podiam ouvir a música alta lá dentro, por uma porta lateral.
- Você tá me machucando! – Ela reclamou, ficando nervosa. Chris soltou seu braço bruscamente.
- Você acha que eu tenho cara de idiota? – Ele berrou e Dul ia abrir a boca pra falar, mas ele não deixou – Você me deixou plantado naquela por.ra de restaurante por uma hora! Quem você pensa que é?
- Christopher, eu...
- Não quero saber, Dulce! Eu pensei que você tava falando sério quando disse que era pra eu tentar, se era pra me fazer de idiota, não precisava nem ter falado. – Ele continuava gritando e Dul sentia os olhos arderem.
- Se você não quer me ouvir, pra que você me trouxe aqui pra fora, Christopher? – Ela gritou, e Chris abriu a boca, mas não emitiu som algum. – Eu não disse pra você me conquistar só pra te fazer de idiota! Eu ia naquela merda de encontro!
- E porque não foi? – A voz de Chris agora era mais baixa, ela quem gritava.
- Porque eu mudei de idéia. – Ela disse quase em um sussurro.
- QUE? – Christopher voltou a se alterar. Estava incrédulo. Aquilo já era um pouco demais. – Mudou de idéia? – Ele riu sarcástico. – Eu devia ter esperado isso de alguém como você. Dulce Maria nunca muda, não é mesmo?
- Cala a boca, Christopher! Eu ouvi sua conversa com o Marques! – Ela disse e ele parou, extremamente confuso.
- O que teve de errado na conversa?
- Eu não quero ser mais uma na sua lista, Christopher. Aliás, eu estou cansada de ser mais uma na lista de todo mundo! Eu não sou um troféu pra você dizer que pegou e sair contando pros seus amiguinhos! Sinto muito, docinho. – Dul gritou por fim e Chris ficou sem reação. Viu que a garota ia embora e a prendeu contra a parede.
- Eu não quero você como um troféu. – Ele disse baixo, quase inaudível. Dul sentiu o coração acelerar com aquela proximidade toda. Respirou fundo.
- Prove. Me dê três bons motivos. – Ela disse e Chris rolou os olhos, rindo.
- Você é impossível, docinho.
- Anda logo, Christopher. Três motivos. – Ela respondeu firme e Chris deu um passo para trás, pensativo. Dul apenas o encarava, com os braços cruzados.
- Okay, se você quer assim... – Ele disse, levantando um dedo. – Motivo número um: Se você fosse qualquer uma na minha lista, eu não estaria aqui inventando três motivos pra você acreditar em mim. Você é extremamente complicada, eu já teria desistido de você muito antes. Então ponha na sua cabeça que você não é uma garota qualquer. – Ele disse e Dul sentiu os joelhos tremerem, tentando reprimir um sorriso.
- Continue. – Ela disse baixo e Chris sorriu de canto, chegando perto e apoiando os braços na parede, prendendo a menina ali.
- Segundo motivo: Embora você seja irritantemente estranha, com essa mania de colocar regras em tudo e de não confiar em mim, eu sei que você quer isso tanto quanto eu. – Ele fez sinal de silêncio nos lábios da garota, que já ia se manifestar – Se não quisesse, não estaria perdendo seu tempo comigo aqui fora, e muito menos pediria pra eu te provar alguma coisa. E terceiro... – Chris encostou a boca no pescoço da garota, que se arrepiou só com o toque.
- Christopher...
- Cala a boca.
Chris sussurrou no ouvido de Dul e rapidamente colou sua boca na dela. Não pediu permissão, entrelaçou rapidamente suas mãos em seu cabelo e acabou com qualquer espaço que houvesse ali. Dul sentiu seu corpo inteiro arrepiar quando a língua de Chris invadiu sua boca e tocou a dela. O segurou com força pelo pescoço e intensificou o beijo. Nenhum dos dois sabia quem estava mais desesperado por aquilo – Só conseguiam prestar atenção nos corações estranhamente acelerados e no quanto aquilo era bom. E por mais que Chris tivesse beijado milhares de garotas, nada se comparava com aquele beijo. Aquela garota sabia o enlouquecer de um jeito irreal. Dul mordeu o lábio do garoto devagar, totalmente sem fôlego.
- Esses motivos foram bons pra você? – Chris perguntou com a boca colada na de Dul, que riu abafado.
- Tá pra existir um cara mais metido que você, Chris. – Dul murmurou e os dois abriram os olhos, rindo baixo.
- Eu não sou metido, sou realista.
- Dá pra você calar a boca? – Dul perguntou arqueando uma sobrancelha maliciosamente e mordendo o lábio inferior de Chris, que sentiu a nuca arrepiar.
- Só se você me der um bom motivo. – Ele sorriu maroto e Dul sentiu borboletas fazerem festa em seu estômago. Riu baixo.
- Só um bom motivo? – Ela fez bico e Chris riu alto. Nunca tinha se sentido daquela forma em relação a uma garota. – Vem cá...
Ela o puxou devagar e os narizes se tocaram, e na mesma velocidade, encostaram os lábios. Chris foi calmo dessa vez. Queria sentir cada pedaço de Dul, o fato de não saber se aquilo aconteceria novamente era ao mesmo tempo desesperador e excitante. Desenhou sua boca com a língua e a beijou devagar. Dul suspirou alto, mas não ligou. Eram como se seu beijo fosse moldado pra encontrar o dele, por mais estranho que isso pudesse parecer. Chris parou o beijo sem nenhuma vontade e acariciou o rosto da garota. Aproximou sua boca do ouvido dela e sussurrou:
- Finalmente, docinho.
Gente eu amei esse capitulo, espero que vocês gostem e comentem bastante!
Autor(a): smileforvondy
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 47
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aucker Postado em 29/12/2020 - 01:01:38
Ameei a fic
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aucker Postado em 28/12/2020 - 19:37:17
São muito fofos
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aucker Postado em 28/12/2020 - 14:14:55
Iniciei hj e já tô curtindo...
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dayanerodrigues Postado em 28/09/2020 - 21:06:14
Lendo pela a segunda vez. Amo essa fic
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dayanerodrigues Postado em 12/05/2020 - 16:25:25
Amei essa fic
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dayanerodrigues Postado em 11/05/2020 - 07:15:17
Amando essa fic
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stellabarcelos Postado em 25/04/2016 - 15:13:39
Muito lindos! Amei
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sophiedvondy Postado em 27/02/2014 - 14:00:39
leiam minha nova fic ;) http://fanfics.com.br/fanfic/30822/passado-distorcido-adaptada-vondy-rebelde
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crisslucas Postado em 10/11/2013 - 19:57:55
UI!!!!! amei tua web ...por favor posta outras...essa web vondy foi muito fofa...amei!!!!!eu e minhas amix ficamos babando....é muito love S2
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alwaysvondy Postado em 12/10/2013 - 04:13:46
ameeeeeeeeeei a web :( pena q ela foi curtinha...