Fanfic: O Amuleto -

Era manhã de outono e eu via as folhas caindo enquanto meus pais passavam por uma fileira enorme de arvores, estava cansada e com um pouco de fome,pois não havia me alimentando naquela manhã.Eu estava meio emburrada pelo fato de meus pais me  trancarem em uma escola interna ao norte de Nova York, não sabia o motivo deles estarem me punido e nenhum deles falavam sobre a estranha obsessão de estar me colocando em uma escola interna de um dia pro outro,quando eu perguntava apenas diziam “será pro seu bem meu anjinho você vera”.Suspirei mas uma vez forte , mas nenhum deles pareciam ouvir meu drama,então peguei  meu ipod e coloquei ele bem alto, queria que alguém percebesse que eu estava realmente chateada de estar mudando para uma escola a quilômetros de Nova York.Suspirei fundo mais uma vez enquanto cantava alto “Kill Me” da minha banda preferida The Pretty Reckless.

_Está bem Diana, já sabemos que você está chateada por estar indo por escola que você acha ser uma prisão. Gritou alto minha mãe já perdendo a paciência com minha cantoria.

_Diana! Gritou mais uma vez, mas como anteriormente fingi nem ouvi.

_Diana, da pra você parar de cantar! Gritou mas alto então eu desliguei o ipod e parei com aquela cena.

_Por quê? Respondi inocentemente.

_Conheço esse teatrinho Diana, nem venha fazer ele de novo. Suspirou nervosa._Eu e o seu pai queremos o melhor pra você, lá você terá uma educação ótima e aprendera boas maneiras. Disse rudemente.

_Como se não temos dinheiro pra pagar esse maldito internato?Desafiei.

_Conseguimos uma bolsa pra você, considere sortuda, e o melhor que você não precisou nem de fazer provas. Sorriu._Todos os ricos  e descolados querem entrar pra aquela escola, não sei porque essa sua indiferença a essa lugar.

Suspirei forte, eu não era como os outros adolescentes loucos para estudar em uma escola de elite e famosa como esse internato, minha mãe tinha razão, todo mundo era louco pra ir pra lá, qualquer garota daria uma unha ou o cabelo inteiro pra entrar e ser um dos alunos. Menos eu.

_Eu não sou louca por status social. Falei ríspida.

_Eu sei meu anjo, eu sei que você não liga pra essas coisas , mas é pro seu bem.Suspirou._Confie em mim e no seu pai.

Revirei os olhos.

_Pai! Protestei.

_Ouça sua mãe querida. Falou sem ao menos tirar os olhos do volante.

Desistir de tentar protestar e voltei a colocar meu fone de ouvido, fechei os olhos pois não queria ver pra que lugar horrível eles estavam em levado, ou melhor pra que lugar luxuoso.

Foram 2 horas de viagem até o destino e quando chegamos lá, meu pai estacionou em um das vagas, olhei pra cima apreciando um pouco a estrutura do prédio, era alto e parecia mas um daqueles castelos medievais cheio de luxo e requinte, parecia um lugar ótimo pra se morar , é claro se você fosse da realeza.

_Eu sei é lindo. Disse minha mãe entusiasmada.

Revirei mas uma vez os meus olhos, era tudo que eu conseguia fazer quando minha mãe agia daquele jeito.

_Vamos entrar. Disse ela colocando as mãos no meu ombro forçando eu seguir em frente.

Olhei em volto do campus e tudo era tão verde e cheio de cor que eu quis vomitar, era maravilhoso é claro, a fonte ao meio tinha um formato de um pequeno querubim, tentei colocar um sorriso no meu rosto, mas não me senti bem com aquilo.

Entramos pela enorme porta e logo um homem bem vestido e bonito nos levou a até um sala escrito “direção”.

_Aqui está senhora Corry. Sorriu e logo após de ter nos deixando a sala fechou a porta atrás de nós.

_Então é você que é nossa querida Diana.Disse com um tom entusiasmado e com um brilho nos olhos fora do normal.

_Sim, sou eu. Respondi e sentei em uma cadeira estofada com um veludo avermelhado.

_Parece não esta feliz com a nova escola Srta.Stone. Falou agora sem os brilhos nos olhos, e com apenas uma careta emoldurando seu belo rosto de fada.

Sra.Corry era jovem, aparentava ter 25 á 29 anos, seus olhos era de um azul profundo quase como o oceano do caribe,seus cabelos chegavam a brilhar sobre a luz do sol ,eram loiros e brilhantes, se não descobrisse que era diretora juraria que poderia ser uma daquelas atrizes de televisão, a não ser pela sua cor que era branca quase meio pálida, seu corpo parecida de uma top model, apesar de estar vestido com trajes que cobria muito ele.

_Bom estamos tentando mostrar a ela que a escola é o melhor.sorriu minha mãe.

_Entendo, e concordo com a senhora. Sorriu mostrando todos os seus dentes extremamente brancos._Então Diana você é muito sortuda por estar nesta escola. Sorriu mais uma vez._Aqui está todas as listas dos seus horários e o numero do seu novo quarto e mais um regra, nunca vai a biblioteca do outro lado do campus, você não ira gostar de ver aranhas e outras coisas nojentas enrolada em você. Fez uma cara de nojo._Tudo entendido?

_Sim. Respondi mal humorada pegando todos os papeis que ela tinha entregado.

_Agora os senhores podem despedi do seu pequeno anjinho. sorriu.

Então meus pais se viraram e deu um abraço grupal com direitos a muitos beijos e apesar de estar meio emburrada, não pude de evitar sorrir um pouco com aquilo, eu sentiria falta muita deles.

A diretora levou-os pra fora e me despedi mais uma vez, eu queria que ele soubesse como eu me sentia e me levasse de volta pra casa, aonde eu sempre me senti bem. Então eles se foram me deixando sozinha com a diretora que tinha uma das mãos encostada sobre meu ombro.

_Estou tão feliz de finalmente pude te conhecer. Sorriu com mais um de seus brilhos esquisitos nos olhos.

_Serio?Perguntei meio temerosa, a diretora Corry era bonita mais me metia medo.

_Sim você sabia que eu e seus pais éramos amigos de infância? Falou olhando para um dos belos lustres de cristal._Bons tempos. Suspirou.

_Você conhecia meus pais?Perguntei surpresa, então era esse o motivo de uma pessoa de classe media estar em uma escola aonde só os ricos de toda Nova York freqüentava.

_Conheço e sei o que está pensando. Sorriu._Não foi por esse motivo que está aqui meu anjo, todos do conselho sabe que você tem uma ótima capacidade de desenvolvimento e que ira acompanhar todos os nossos alunos. Então ela deu as costas pra mim e disse._No papel está o numero do seu quarto, e dentro do seu armário tem todos os seus novos livros e coisas necessárias pra você se sentir em casa. Suspirou._Agora tenho que ir, não posso te acompanhar porque se não estragaria todo o meu horário dentro da escola. Torceu seu pescoço dando uma ultima olhada._Eu sei que você vai se da bem aqui, e nossa como esta linda!

Eu ri com aquele comentário logo após que ela desapareceu nos enormes corredores da escola. Eu linda?! Eu não me parecia com ninguém de lá, tinha os cabelos castanhos avermelhados e meus olhos eram de um castanho claro profundo, eu era branca quase da cor da diretora, e meu corpo não era de nenhuma super model, me senti imediatamente isolado e torcendo por minha colega de quarto não ser uma patricinha fútil. Então fui procurar meu quarto, subi as longas escadas que tinha um tapete grande e avermelhado cobrindo, então lá estava um grande corredor cheio de armários e pessoas elegantes de uniforme, todos pareciam ricos e esnobes, me senti um rato ao lado deles e me amaldiçoei por não ter colocado um traje melhor pro primeiro dia. Passei rápido rezando pra que ninguém comentasse a minha falta de glamour, todos pareciam vim de uma capa de revista de famosos.

_Ei olha por onde anda. Gritou um menino furioso logo após eu trombar com ele.

_Me- me- me desculpe. Gaguejei.

Ele riu da minha falta de compostura, e eu quis mais uma vez chorar por soar tão estúpida.

_Só não cruza mais uma vez meu caminho querida. Falou arrogante, então eu olhei pra cima pra ver o menino que agora me odiava, e tive um surpresa, ele era lindo de uma maneira quase irreal, mas todos naquela escola era assim , extremamente exuberantes, os seus olhos era de um verde intenso quase como esmeraldas, seus lábios eram carnudos e avermelhados,ele parecia mais com um modelo do que com um aluno, mas logo parei de achar ele tão bonito ao ver o quão arrogante ele soava.

_Ei você é nova. Sorriu._nova e já metendo em confusões. Riu._As garotas daqui me odeiam e por uma razão, eu não quero ser seu rostinho bonito. Suspirou._Apesar de você ser o meu rostinho bonito. Piscou e saiu.

Eu permaneci no lugar paralisada e com os olhos arregalados, como ele podia ser tão inconveniente, deveria ser essa a razão pra todas as garotas daquela escola o odiar. Olhei então sobre meus ombros e vi mais uma vez seu andar arrogante e meio deselegante, ele parecia ser malvado, mas alguma coisa me puxava em sua direção, uma coisa meio sobrenatural, eu queria realmente ir a ele, como se estivéssemos ligados por uma corda.

_Não ligue pra ele, ele é assim com todo mundo. Falou uma voz fina e macia.

_Oi. Disse meio envergonhada.

_Olá, meu nome é Mary. Sorriu.

_O meu é Diana. Tentei imitar seu sorriso, mas foi apenas uma imitação barata e fajuta.

_Me deixa ver seus papeis. Pegou da minha mão todos os papeis que eu tinha e então logo sorriu.

_Bom pelo jeito você é minha nova colega de quarto. Falou entusiasmada._E pelo jeito não é mais uma nojentinha. Sorriu.

Então eu respirei aliviada, Mary era bonita, mas não parecia como os outros que queria apenas mostrar uma de suas jóias caras para todos, ela parecia alguém que valia a pena conhecer.

_Se você ta pensando que todos os caras são igual ao Jonatan, você está enganada, tem caras legais e bacanas que não só ligam pela aparecia e popularidade. Falou._Mas o Jonatan é mais Bad Boy , é popular só que detesta tudo isso, ele não liga pra garotas e esse é o motivo de todas odiá-lo e sim a maioria das garotas aqui são fúteis e cheia de coisas esquisitas. Sorriu._menos você e eu. Falou mais uma vez animada._Adorei sua roupa, é uma pena que vai ter que vestir esse uniforme, você tem estilo garota! Surpreendi-me com suas palavras, pela primeira vez alguém me falou uma coisa gentil, de imediato senti uma ligação enorme com Mary, ela parecia legal, me senti um pouco a vontade, mas não totalmente em casa.

Subimos mas uma escada enorme e elegante e após algumas andadas pelo corredor, finalmente chegamos a uma porta com numero 10, Mary abriu e eu me fascinei por ele ser  tão elegante e grande, era 10 vezes maior que o que eu tinha na minha casa.

_É.. Parei no meio da frase.

_Eu sei é enorme, e grande, e lindo, e luxuoso. Falou se jogando em uma das camas._Eu sei, eu amo esse lugar, e esse quarto e o melhor, tem uma vista incrível pra lagoa. Disse me apontando, imediatamente corri para janela enorme e então vi um incrível lago, alguns cisnes e patos passeavam por lá, a grama apesar de haver bastante folha amarela deixava o lugar muito mais encantador.

_Eu gostei daqui. Sorri, meio vacilante, eu gostei , gostei do ar puro, do lago, do quarto, da Mary , mas parecia que eu estava muito mais em um sonho com mistura de um pesadelo do que realmente em um lugar aconchegante.

_Eu sei nenhum lugar é melhor que o nosso lar. Falou tristemente._Mas da pra fingir que aqui é, é só ignorar algumas pessoas. Falou animada.

_Adorei ter te conhecido Mary. Sorri.

_Eu também, eu adorei de verdade. Falou e então eu olhei pra ela e vi aquele brilho estranho nos olhos que a diretora também tinha dado.

Então Mary teve que sair para uma de suas aulas e eu como era novata não precisaria ir ao  primeiro dia nas aulas, fora um dos relatórios impressos no papel que a diretora tinha me dado.Abri o guarda roupa que tinha meu nome talhado a mão, me surpreendi com aquele detalhe , mas não deixei que me fascinasse.Então abri rapidamente e assustei com a quantidade de roupas e uniformes da escola que ali havia, também tinha um notebook com o símbolo da escola e alguns livros próximos a ele, havia pijamas e roupas  de ginásticas, alguns maios e um belo casaco de frio , tudo com o símbolos da escola, peguei um dos uniformes e fui direto ao banheiro, me surpreendendo mais uma vez,ele era enorme e no meio havia uma bela banheira.Rapidamente me despir e coloquei o uniforme que era uma saia preta, com uma blusa branca e por cima um casaco vermelho, era outono e fazia um pouco de frio.Me olhei no espelho logo após colocar os sapatos e as meias e então me senti meio engraçada.Ri de mim mesma.

_Quem diria uma menina da cidade grande vesti roupas como essa. Ri mais uma vez._Pareço uma daquelas patricinhas agora. Então logo após de me diverti com o meu próprio reflexo sai do banheiro e deitei na cama, caindo em um sono profundo.

_Bu!Gritou alguém alto o bastante pra eu assustar, então olhei pro lado e era o Jonatan._Te assustei, que pena, era exatamente o que eu queria fazer. Riu meio descontrolado.

_O que está fazendo aqui. Eu estava assustada demais com aquela aparição repentina dele.

_Você tem algo que eu quero Harry. Sorriu de lado, então foi ai que eu reparei meu nome não era Harry, meu nome era Diana ao menos que ele tinha fumado algo, ele estava doido? E como ele pode confundir nomes masculinos com feminino?

_Meu nome não é Harry. Protestei.

_Cala boca e diz logo onde está o amuleto, eu sei que todos estão me escondendo dele, eu sei que esse amuleto tem o poder de achar demônios ou anjos caídos apenas com uma pergunta. Suspirou._Eu preciso dele antes que me achem nessa escola maldita. Gritou.

_Que amuleto? Que poder? Que coisa você é Jonatan?Eu estava assustada com aquela cena.

_Você sabe sim, fale aonde está o maldito amuleto ou fecho sua boca pra sempre.então Jonatan pois a mão sobre o meu pescoço e começou a me sufocar.

Gritei assustada e tive uma surpresa agradável, estava no meu novo quarto novamente, coloquei a mão sobre meu pescoço e ele parecia mais leve, aquilo apenas tinha sido um pesadelo, um pesadelo com Jonatan , mas mesmo assim um pesadelo, eu estava assustada por ter sido logo com ele , e por ele ter me chamado de Harry em vez de menina bonita dos seus olhos como disse no corredor, mas aquilo tinha sido um sonho e sonhos não tinham muito sentido.

_Você está bem? Perguntou Mary ao lado da minha cama.

_Estou bem, só tive um pesadelo. Sorri amarelo.

_Ah essa escola meio que meche o nosso inconsciente. Sorriu._Que bom que foi apenas um pesadelo anjinho.

Olhei pra ela meio confusa ninguém me chama de anjo ou anjinho a não ser meus pais, e aquela diretora, eu não era um anjo e nem muito menos Mary era tão próxima pra poder me chamar assim, eu devia estar muito cansada e aquela escola deveria estar realmente mexendo com a minha imaginação.

_Anjinho? Perguntei de olhos arregalados.

_Não foi o que eu quis dizer Diana, só li sem querer uma das cartas que sua mãe te deu, que está encima da minha mesa, deveria ler, é emocionante. Riu._Anjinho. Dessa vez não foi como ternura quanto antes mais sim em modo de gozação.

_Vou tomar um ar. Disse levantando imediatamente da cama e indo em direção ao corredor, queria sair dos corredores o mais rápido possível, então desci dois lances de escada correndo, e fui direito por uma varanda fora daquele castelo meio luxuoso e meio maluco, sentei em um dos bancos de mármores daquele extenso gramado e pus a pensar um pouco  sobre o pesadelo e sobre as coisas um pouco estranhas daquele lugar, eu deveria estar louca, e eu realmente de verdade queria minha mãe.

Vi então o Jonatan passar na minha frente meio apressado e então o chamei.

_Jonatan. Ele se virou meio raivoso pra mim.

_Cadê o Harry? Perguntei automaticamente.

_Como você sabe?Perguntou um pouco curioso.

_Sei de que? É que eu encontrei com o Harry hoje de manhã quando entrei na escola, então ele disse pra procurar por ele mais tarde, eu nem sei mais aonde ele esta, eu o procurei por todos os lugares e então pensei que você talvez soubesse dele. Sorri meio desajeitada, eu nem sabia por que eu estava fazendo isso.

_Porque eu saberia dele. Riu rudemente._Pergunte a outra pessoa minha bonitinha. Então saiu apressado.

Senti-me meio estúpida por ter perguntado aquilo, era apenas um sonho, um sonho bobo e estúpido, eu me senti intimidada pelo Jonatan e isso devia ter afetado meu  inconsciente, me senti mais uma vez cansada e confusa, primeiro por causa daquele sonho, depois por causa de vários fatores juntos, me sentia extremamente esquisita naquela lugar.

_Quero ir pra casa. Murmurei de voz baixa.

Então coloquei minha cabeça sobre meus joelhos e fechei os olhos por alguns minutos, tentando afasta toda aquela esquisitice do primeiro dia.

_Te achei. Uma voz macia que eu conhecia bem falou.

Levantei minha cabeça e vi Mary com o mesmo sorriso alegre no rosto, ela sempre tinha aquele sorriso, de vez em quando achava ele meio bizarro.

_Porque saiu do quarto daquele jeito?Perguntou.

_Eu precisava de ar, mas agora eu sei que apenas preciso ir pra casa. Choraminguei.

_Pensa no lado bom, pensa nos finais de semana ou que daqui um ano vai poder ver todos que deixou pra trás, isso faz o tempo passar. Sorriu.

Olhei pro lado do lago e pensei “eu queria que esse tempo passasse como um piscar de olhos” dei um suspirou bem alto e voltei ao meu silencio, naquele momento não queria que ninguém falasse,queria apenas o silencio, ele me entendia os outros não, os outros não sabiam nada de mim.

Então tocou o sinal e Mary se despediu de mim, era mais uma aula dela e como era meu primeiro dia eu não precisava ir e muito menos estava a fim de ir, as coisas já estava ruim o bastante, eu não queria estar naquele lugar, mas eu não poderia fazer nada “era para meu bem” estava vendo que bem era estar ali.

Caminhei até o lago e sentei a margem, olhei para alguns patos que ali nadavam e pensei “pelo menos vocês são livres.” Fechei os olhos com toda força do mundo e rezei pra aquilo ser só mais um sonho idiota, era claro que meus pais nunca faria uma coisa dessas, eles sempre me falaram que preferia ter uma filha analfabeta a trancafiar em um colégio desse jeito, só podiam estar ficando malucos, ou foram abduzidos por Ets.

_Está pensando no Harry?Sussurrou uma voz grave e ao mesmo tempo doce no meu ouvido.

Abri os olhos meio assusta.

_Que Harry? Perguntei.

_Exatamente. Olhei pro lado e vi Jonatan sorrindo._Você não sabe quem é Harry, me pergunto como é que você sabia que eu conhecia o Harry?!

Na hora gelei, como iria explicar pra ele que eu tive um sonho, que ele queria algo de Harry e depois logo em seguida o enforcava, não poderia dizer isso, ou ele iria ficar ofendido, ou ele iria achar que sou uma comediante e iria rir da minha cara.

_Só adivinhei, sou uma profetisa. Sorri amarelo.

_Mentirosa. Riu._A Mary ridícula deve ter dito algo envolvendo eu o Harry. Sorriu._Ela é uma falsa, você vai odiá-la quando a conhecer de verdade, é o tipo de garota fútil que pensa que sabe o que quer da vida, ela atrai as pessoas como você pra fazer o que ela quer, ela tem cheiro de anjo, mas não pode confiar em todos os anjos.

Então ele estava dizendo que Mary na verdade é uma patricinha malvada, não pude acreditar nas palavras dele e agora parecia que Jonatan era alem de esperto e popular um tremendo mentiroso.

_Mentiroso. Acusei.

_Posso ser mentiroso, mas pode confiar em mim nesse detalhe eu estou dizendo a verdade. Disse encostando uma de suas mãos na minha coxa, rapidamente a tirei.

_Você disse mais cedo para eu não cruzar o seu caminho. Suspirei nervosa._Porque agora cruzou o meu? Levantei uma sobrancelha em desafio.

_Nem eu sei. Piscou nervoso._Eu nem deveria estar aqui falando com uma menina como você, e nem ouse em pensar que estou interessado em você porque isso é impossível, você é a mais feia dessa escola toda. Riu da minha cara._Eu não comovo com lagrimas.

Então percebi que meus olhos estavam cheio de lagrimas, aquele cara, como ele era malvado, tinha visto pessoas como essa em seriados em filmes, mas nunca pensei que poderia existir na vida real. Forcei as lagrimas voltarem, eu não iria abaixar a cabeça por um cara como aquele.

_Digo o mesmo de você, nunca me interessaria por um garoto como você, você nem é bonito. Menti.

_Como disse mentirosa. Tirou um cabelo do meu rosto e fez eu força os meus olhos no dele.

_Para com isso.

_com o que? Perguntou.

_Você matou o Harry. Acusei, mas foi um erro.

Então seus olhos se estreitaram e focaram no meu como se pudessem ler meus pensamentos.

_Não se mata anjos. Cuspiu.

_Anjos?

_Quero dizer que não sujo minha mão com gente igual o Harry, gente como você e a Mary. Disse entre dentes._Você é parecida como Mary. Empurrou-me pra grama e sai apressado.

_Idiota!Gritei para que ele pudesse ouvir.

Então logo em segui ouvi sua risada grossa e debochada.

Foi quando o vi desaparecer da minha visão, respirei aliviada, mas o choro ainda estava sobre os meus pulmões só esperando pra mais uma suspirada, só mais uma e eu desabava. Eu odeio esse lugar, as pessoas, Jonatan, e o porquê dessas coisas estranhas estarem acontecendo comigo, o porquê do sonho e porque de eu estar me sentindo tão ligada a Jonatan quando eu só conheci ele hoje , ele era um idiota e eu realmente não estava afim dele, e nunca estaria.Suspirei então foi ai que desabei , coloquei a mão sobre meu rosto para que ninguém pudesse ver  minha fraqueza,queria minha mãe, meu pai, meus amigos de Nova York, queria poder voltar no tempo  e ver o que eu fiz de errado, porque pra estar em um lugar como aquele eu tinha que ter feito algo de errado, chorei por mais 15 minutos até minha cabeça começar a doer, então sequei as lagrimas e fui ver meu reflexo sobre a aquela lagoa , eu estava toda descabelada e com uma aparecia horrível, eu devia volta pro quarto, mas nem liguei continuei vendo os cisnes nadando sobre o lago, pelo menos visualizar aquela cena era tranqüilizadora.