Fanfic: Ainda amo meu ex marido - Laliter (Adaptada) TERMINADA | Tema: Laliter, Gastochi, Niceuge

A noite foi longa pra Peter, ele não conseguia parar de pensar em Lali e no que ela disse, aquilo doía mais que tudo.

Tentava parar de pensar nela e em tudo que viveram, mas a cada segundo naquela casa parecia uma tortura maior, lembrava do dia em que se mudaram e isso só piorava.

Ele resolveu comprar aquela casa assim que a pediu em casamento, ela nem sabia, ele preferiu fazer uma surpresa pra quando voltassem da lua de mel, e foi uma surpresa e tanto pra ela, ela olhou a casa encantada, não esperava por essa surpresa.

Peter já comprou uma casa grande por querer ter filhos. Na opinião dele essa foi a única coisa que foi muito bem planejada no casamento deles, se fosse por ele eles teriam filhos logo em seguida do casamento, mas Lali fez com que ele esperasse e planejaram até os quartos.

Na opinião dele foi uma bobagem, porque ele sabia que a queria pra sempre e que queria vários filhos com ela, mas pra Lali uma criança seria um passo muito grande e segundo ela ainda não estava preparada pra ser mãe, mas quase 4 anos depois de casados Lali descobriu que estava grávida e essa foi a maior alegria de sua vida.

Queria ter mais filhos com ela, mas não importava Flavia já fazia a diferença pra ele, era sua alegria, tudo na sua vida.

-Tenho que parar de pensar nela. – Suspirou.

Não disse por Flavia, mas por Lali, toda vez que se lembrava da filha lembrava-se de Lali... Era quase automático... E agora outro pensamento, que não o ajudava em nada, lhe veio a mente... Daqui duas semanas seria o aniversario de casamento deles, 10 anos juntos.

Com certeza ela nem lembrava, mas conhecia Lali, ela nunca lembrava muito bem das datas, então ele sempre que tinha uma surpresa pra ela, ele sempre a surpreendia, e esse ano ele não queria que fosse diferente, queria comemorar os 10 anos com ela do jeito mais lindo.

Mesmo separados ele comprava um presente ou a levava de viagem pra algum lugar, nem que fosse por um dia, ele só queria comemorar o aniversario deles juntos todos os anos da forma mais perfeita mesmo que ela não o quisesse mais do seu lado.

Ficou quase a madrugada toda pensando nela, ela não saia da sua mente. Sonhou com ela toda noite e acordou na tarde seguinte com o seu celular tocando.

-Alô. – Falou com a voz sonolenta e ouviu sua mãe do outro lado da linha.

-Peter onde você esta?

-Em casa. – Respirou fundo tentando acordar aos poucos, mas os gritos de sua mãe não ajudavam.

-Eu estou a exatamente 15 minutos tocando a campainha aqui, com a sua filha comigo e você não atende a porta.

-Como assim? – Levantou em um pulo. – Você ta aqui em baixo?

-Agora não mais, estamos voltando pra casa.

-A Flavia esta com você?

-Claro.

-Desculpa mãe, juro que não ouvi. – Suspirou. – Se quiser pode voltar, já acordei.

-Você sabe que horas são?

-Agora são exatamente... – Olhou no relógio ao lado da cama e arregalou os olhos. – 15:30.

-Pois é meu amor, passou a manha e quase a tarde toda dormindo.

-Acho que fui dormir muito tarde.

-Acha? – Irônica. – Bom meu amor, estou voltando pra sua casa ok? Não durma novamente.

-Ok mamãe. – Deu um pequeno sorriso. – Pode deixar. – Respirou fundo passando a mão pelo rosto tentando espantar o sono. – Manda um beijo pra minha pequena.

-Pode deixar. Tchau. – Desligou.

Tinha ficado a noite toda pensando em Lali e tinha acabado indo dormir muito tarde, por isso estava dormindo até essa hora, mas não tinha nada pra fazer o dia todo então sua mãe não tinha por que reclamar.

Em menos de meia hora Emilia estava na porta da casa dele com Flavia.

-Papai. – Flavia pulou no colo dele assim que a porta foi aberta.

-Oi meu amor. – Deu um beijo na cabeça dela e sorriu depois de arruma-la direito em seu colo. – Como esta?

-Bem, a vovó Emilia e o Vovô Mariano me levaram pro parquinho. –Sorriu. – Andei naquele brinquedo grandão.

-Brinquedo grandão?

-Montanha russa. – Emilia falou.

-Ela é muito pequena pra andar nisso mãe. – Peter arregalou os olhos. -

-Foi nos pequenos de criança Peter. – Rolou os olhos. – Eu sei cuidar da minha neta. – Deu um tapinha no braço do filho.

-To vendo. – Brincou.

-É assim que você trata a sua mãe? – Sorriu.

-Cadê o papai? – Deu um beijo na cabeça da mãe.

-Em casa, ta arrumando uns trabalhos dele. – Deu de ombros.

-Passou o fim de semana trabalhando?

-Não, por isso ele ta correndo agora, ficamos com a Flavia e ele nem teve tempo de ver nada.

-Eu não deixei ele ir pro escritório. – Flavia sorriu. –Ele fica a semana toda lá, então tem que ficar comigo quando eu to lá. –Sorriu sapeca.

-Entra mãe. – Deu passagem pra mãe.

-Não meu amor. – Negou com a cabeça. – Vou voltar pra casa. – Sorriu e deu um beijo na cabeça da neta e sorriu pro filho.

-Já vai vovó? – Flavia faz bico de choro.

-Vou meu amor, mas depois a gente se fala ok? – Sorriu pra neta. – Fica com o seu papai. – Deu um beijo na bochecha de Peter. – To indo meu amor.

-Eu também to indo. – Pegou a chave na bancada e saiu de casa junto com a mãe e a filha trancando a porta.

-Aonde nós vamos papai?

-É, aonde vão? – Emilia perguntou.

-Vou pra casa da Lali. – Pegou Flavia no colo novamente depois de trancar a porta e andar em direção ao carro. – Vamos passar o fim de semana com a mamãe, o que acha? – Falou com a filha.

-Eba. – Sorriu animada.

Peter foi até o seu carro com a filha e sua mãe foi até o próprio carro, cada um seguiu seu caminho e durante todo o caminho Flavia falou como foi o seu sábado com os avós.

-Ainda bem que de divertiu meu amor. – Sorriu pra filha enquanto pegava a chave da casa de Lali no bolso.

-A mamãe ta em casa?

-Oi senhor Lanzani... – A babá de Flavia entrou na sala.

-Oi. – Deu um sorriso simpático pra ela. – A Lali ta em casa?

-Ta lá no quarto só que...

-Ótimo, eu vou lá falar com ela. – Deu um beijo na cabeça da filha. – Cuida da Flavia rapidinho pra mim, por favor.

Peter foi correndo até as escadas e nem deu tempo da babá falar o que queria, só queria ver Lali, ainda estava chateado com o que ela disse, mas nada que apenas vê-la não resolvesse. Quando a via seu mundo parava e os problemas desapareciam.

Passou pelo corredor rapidamente e assim que entrou no quarto o seu mundo parou e seu coração pareceu ter diminuído o ritmo na mesma hora.

Ele abriu a porta tão rapidamente que Lali se assustou e se separou de Benjamin rápido apenas puxando o lençol na altura dos seios, achou que fosse a babá, mas quando viu Peter parado na porta seus olhos arregalaram.

-Peter... – Falou em tom desesperado e sentiu Benjamin lhe segurar a cintura.

-Que isso? – Foi a única coisa que conseguiu dizer, por que, sinceramente, ver Lali, deitada nua na cama com outro homem o fazia perder a fala.

-Peter não...

-Cara, não sabe bater não? – Benjamin falou um pouco irritado, mas como um sorrisinho no rosto. – Atrapalhou a gente.

-Cala a boca Benjamin. – Lali falou baixinho e voltou a olhar pro Peter. – Peter eu...

-Lali o que é isso? – Perguntou baixo sem conseguir elevar o tom de voz, queria gritar e matar Benjamin agora mesmo, mas seu corpo não obedecia.

-Eu... – Lali não sabia o que falar, via que ele estava irritado porque o rosto dele estava vermelho e a respiração dele estava rápida e sabia que ele estava triste porque seus olhos estavam vermelhos e tinha certeza que ele estava com vontade de chorar.

-Somos namorados, o que você acha que é? – Benjamin falou irônico.

-Cala a boca porque eu não to falando com você. – Peter gritou perdendo a paciência. – E se não calar eu não me importo de fazê-lo por você. – Baixou um pouco o tom de voz, mas ainda podia perceber que ele estava irritado.

-Não acho que você tenha direito de falar assim, eu sou namorado dela, você não é mais nada, nada alem do pai da filha dela, coisa que provavelmente, logo será substituído por mim. – Sorriu irônico.

Aquilo sim foi demais, da sua filha ninguém falava. Peter se aproximou da cama a passos rápidos e logo foi pra cima de Benjamin acertando um soco bem no rosto dele. Lali não sabia o que fazer, e assustou com a atitude de Peter então acabou soltando um gritinho, mas não pensou em fazer nada pra impedir.

Peter apenas deu um soco nele e saiu de cima, mas o soco não foi fraco, Benjamin estava com a mão no maxilar sem conseguir fechar e podia jurar que sentia gosto de sangue na boca.

-Peter...

-Cala a boca Lali. – Peter falou entre dentes respirando fundo. – Não quero mais ver isso. – Saiu do quarto a passos rápidos batendo a porta com força.

Lali se mexeu um pouco na cama, queria ir atrás dele, mas não sabia se deveria. Suspirou e ficou lá mesmo, olhou pra Benjamin e o viu gemendo de dor com a mão na boca, suspirou e levantou da cama enrolada no lençol pra pegar algo que ajudasse a tirar a dor dele, talvez tivesse algum remédio no banheiro.

Já Peter saiu mais rápido que um furacão da casa de Lali, assim que ele desceu as escadas a babá falou.

-Senhor Lanzani que gritaria foi... – Ouviu a porta da frente fechar com força e suspirou. – Ele viu. – Se lamentou.

Ela gostava dos patrões, sempre foram muito bons e ela torcia pra que eles voltassem, então era triste ver que agora, depois de tanto tempo eles não teriam mais volta. Suspirou e voltou pra cozinha pra acalmar Flavia, afinal ela tinha se assustado com os gritos vindo do andar de cima...