Fanfic: Ainda amo meu ex marido - Laliter (Adaptada) TERMINADA | Tema: Laliter, Gastochi, Niceuge

Para Peter seria muito difícil esquecer Lali, sabia porque mesmo depois de deixar a casa dela ainda pensava nela, nos seus beijos, caricias, no seu rosto, no seu corpo. Ela não lhe deixava a mente nem por um segundo.

As vezes pensava que vacilaria e voltaria para os braços dela correndo, mas conseguia se controlar, o medo de que tudo acontecesse outra vez o paralisava e o deixava com os pensamentos a mil.

As vezes se perguntava porque ela não se casou logo com Benjamin, teria doido como um tiro, mas pelo menos não estaria na tentação de querer, e poder estar com ela todos os dias. Quando Lali decidiu entre Benjamin e ele e a decisão foi Benjamin ele prometeu pra si mesmo que não voltaria atrás dela. Mas ela abandonou Benjamin e ele se esqueceu completamente da promessa.

Acabou se deixando cair na tentação de tê-la em seus braços novamente, mas não poderia se permitir voltar pra relação, sabia que sairia machucado novamente, conhecia Lali, alem da insegurança tinha a desconfiança e apesar de ela dizer que não tinha ele sabia que sim.

Por isso resolveu namorar com Calu, pensou que com outra mulher por perto a tentação seria menor e logo se esqueceria dela, mas não funcionou como o esperado.

Só de perceber que Lali ainda confiava no amor dele, mesmo estando com outra, sua cabeça ficava uma confusão e o fazia se perguntar se fez certo em não voltar com ela e deixar a relação deles como estava por tantos anos.

Tentava ao máximo não pensar nisso, por isso agora tinha marcado um jantar com os pais pra apresentar Calu pra eles, sabia que assim, de alguma forma, a relação ficaria um pouco mais solida e ele se empenharia um pouco mais pra tentar fazer com que durasse.

Agora estava no quarto terminando de se arrumar enquanto Calu ainda não tinha chegado.

-Papai tem certeza que quer que eu vá? – Flavia entrou no quarto choramingando.

-Sim meu amor, é muito importante para mim.

-Essa mulher não é importante pra você.

-Por que diz isso? – Parou em frente ao espelho arrumando a gravata.

-Por que eu te conheço, você não gosta dela.

-Não pode dizer isso com certeza. – Negou com a cabeça.

-Posso sim, porque eu sei que você ama a mamãe. – Sorriu sentando na cama.

-Meu amor. – Suspirou sentando ao lado dela. – Eu sei que você já me viu beijando a sua mãe e...

-Eu sei, eu sei. – Rolou os olhos. – Não se preocupa porque eu não vou contar nada pra Calu.

-Obrigado, mas não é isso que eu vou falar. – Ficou de frente pra ela. – Você tem dez anos por isso deve ser um pouco difícil pra você entender.

-Eu entendo que você e a mamãe se beijam então deveriam estar juntos. – Sorriu.

-É exatamente disso que eu estou falando meu amor, não estamos em um conto de fadas ok? – Suspirou. – As coisas nem sempre são tão fáceis como você pensa, pros adultos as coisas complicam um pouco mais.

-Eu não acho tão complicado assim. – Deu de ombros. – É só você deixar a Calu e ficar com a minha mamãe, assim poderemos viver juntos na mesma casa como uma família de verdade. – Sorriu. –E quem sabe eu até possa ganhar um irmãozinho. – Sorriu animada.

-Do jeito que você fala até parece que é fácil. – Sorriu de canto. – Mas tem coisas, no meu relacionamento com o da sua mãe, que você não sabe que nos impede de ficar juntos.

-E o que é?

-Coisa de adulto. – A ouviu suspirar. – Olha meu amor, eu te amo muito e não gostaria de te ver sofrendo por me ver cada vez mais afastado da sua mãe, então...

-Vai se afastar dela e de mim? – Fez cara de choro.

-Não meu amor, claro que não. – Deu um beijo na cabeça dela. – Vou tentar me afastar da sua mãe e ficar só com a Calu, entendeu?

-Então vocês não vão namorar? – Suspirou.

-Não. – Negou com a cabeça. – E eu não quero que você crie ilusões com nós todos morando em uma casa, juntos, como uma família unida, porque isso não vai acontecer. – Passou a mão pelos cabelos dela. – E mesmo assim quero que saiba, que mesmo separados ainda somos uma família, entendeu?

-Entendi. – Abaixou a cabeça.

-Desculpa se eu fui duro demais com você falando isso. – Passou a mão pelos cabelos. – Nem sei se você tem idade o suficiente pra ouvir tudo que eu to te falando agora, mas...

-Eu não sou um bebê papai. – Rolou os olhos. – Eu não sei se você sabe, mas os tempos mudaram, e 10 anos já não é mais tão criança quanto você imagina. – Sorriu.

-Desculpa senhorita idosa. – A abraçou de lado. – Agora vai terminar de se vestir por que...

-Com licença. – Ouviram duas batidas na porta e logo em seguida Calu entrou. –Oi Peter. – Sorriu. – A sua empregada me deixou entrar.

-Não tem problema pode entrar. – Deu um beijo na cabeça da filha. – Vai terminar de se arrumar meu amor, seus avós já devem estar nos esperando. – Sorriu pra ela e a viu levantar da cama.

-Oi Flavia. – Calu tentou ser educada.

Flavia apenas deu um sorriso irônico e saiu do quarto sem dizer nada.

-Eu to ótima. Obrigada por perguntar. – Calu disse irônica quando ouviu a porta do quarto bater.

-Me desculpa por isso. – Peter suspirou. – Realmente não sei porque ela faz isso.

-Não tem problema. – Negou com a cabeça. – Já esta pronto? – Sorriu.

-Acho que sim. – Deu de ombros e olhou em volta pra ver se não esquecia nada. – Ah a chave do carro. – Pegou na bancada e mostrou pra ela. – Então só falta esperar a Flavia que acho que não demora muito.

-Ta, ér... – Se aproximou dele e passou os braços em volta do pescoço dele. – Será que seus pais vão aprovar nosso namoro?

-E porque não aprovariam? – A segurou pela cintura.

-Sua filha não aprova.

-Minha filha faz o que a mãe dela faz. – Suspirou. – Meus pais não são assim.

-Mas você disse que eles gostam da Lali.

-Gostam, mas também podem gostar de você né? – Sorriu.

-É. –Sorriu também. – Estou torcendo para que gostem. – Deu um selinho nele.

-Com certeza eles vão... – Foi interrompido pelo barulho da porta abrindo e em seguida viu Flavia entrar no quarto correndo. – Que isso Flavia? Não sabe que tem que bater na porta quando... – Parou de falar quando a olhou bem e percebeu que ela chorava. – Você ta chorando Flavia? – Soltou Calu e se aproximou da filha.

-Papai. – O abraçou e chorou mais.

-O que aconteceu meu amor? – A afastou de si por um segundo e a olhou. –Porque ta chorando? – Preocupado.

-A mamãe. – Limpou as lagrimas e tentou falar.

-O que tem sua mãe? – Perguntou um pouco assustado.

-Ela sofreu um acidente. – Voltou a abraça-lo.

-Um acidente? – Arregalou os olhos e abraçou a filha. – Como assim?

-A vovó ligou e disse. – Chorou mais. – Eu não quero que a mamãe morra.

Peter ficou estático, não entendia muito bom o que a filha dizia, será que isso era verdade? Será que Lali tinha mesmo sofrido um acidente?