Fanfics Brasil - uma festa de arrasar - parte 1 Entre Anjos E Demônios

Fanfic: Entre Anjos E Demônios


Capítulo: uma festa de arrasar - parte 1

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Camila acordou no dia seguinte renovada, teve uma noite sem pesadelos e dormiu feito uma pedra apesar do dia difícil que teve. Camila vestiu seu uniforme, tomou o café da manhã e foi para a aula atrasada.


 


–-Oi—Marcos disse assim que Camila entrou na sala—Está melhor?


 


–-Estou, não foi nada grave—Camila sorriu amarelo para ele.


 


Camila assistiu as primeiras aulas sem prestar atenção em nada. No segundo período da tarde, estava na aula de biologia quando a secretaria entrou na sala de aula.


 


–-Desculpe interromper, mais Srta. Camila, ha uma visita para você—Falou a secretaria e todos os alunos olharam para ela. Visita? Pensou Camila. Então Camila viu sua tia Patrícia acenar pra ela da porta.


 


–-Tia—Camila falou antes de levantar e caminhar na direção de sua tia a abraçando—Por que a senhora não falou que vinha?—Perguntou Camila.


 


–-Resolvi vim de última hora—Respondeu Patrícia.


 


–-Estou feliz que esteja aqui.—Camila falou feliz.


 


Sua tia a encheu de perguntas, se estava comendo direito, se estava fazendo a lição, se não tinha desobedecido nenhuma regra.


 


Andavam pelo jardim, depois de Camila ter mostrado toda a escola quando Camila sem rodeios resolveu tirar a duvida que estava a atormentando desde o passeio a cidade.


 


–-Tia, eu sou adotada?—Perguntou Camila diretamente encarando sua tia que ficou palida no mesmo instante parando de caminhar.


 


Sua tia a olhou espantada com a pergunta, ela não sabia o que fazer ou dizer.


 


–-Então tia?—insistiu Camila enquanto sua tia permanecia calada.


 


–-Hum...--Patrícia engoliu em seco—Por que está perguntando uma coisa desças?—Patrícia perguntou voltando a caminhar.


 


–-Só responda a verdade... Eu sou adotada ou não?—Camila voltou a perguntar ansiosa pela resposta.


 


–-Não, você não é adotada.—Respondeu patrícia séria.


 


Camila ficou aliviada com a resposta de sua tia, nunca patrícia havia mentido para ela. Ela não faria isso agora. A cigana havia mentido para ela.


 


–-Mas por que perguntou isso? Alguém falou alguma coisa pra você?—Sua tia perguntou com cautela.


 


–-uma cigana me disse que sou adotada—Camila respondeu rindo—E me deixou em duvida.


 


–-Você foi até a cidade, Camila?—Sua tia perguntou seria e aborrecida.


 


–-Não—Camila negou de imediato—É que a tia de uma amiga minha veiu aqui ontem e ela leu minha mão—Camila mentiu.


 


–-Não acredite em tudo que te digam.—Patrícia acariciou a bochecha de Camila—Principalmente se for uma cigana.—Sua tia sorriu cética.


 


As duas passaram o resto das tarde juntas conversando sobre o que tinha acontecido nessa semana em que não estavam juntas. Camila falou sobre seus novos amigos, sobre como funcionava a aula, os professores. Mas é claro que deixou de fora o castigo, a fuga da escola, o Marcos e o beijo na piscina, as asas do pai do David e o fato de suas visões terem voltado. Tirando tudo isso, sua primeira semana na Amélia tinha sido tudo muito bem. Elas estavam sentadas na recepção conversando quando a diretora apareceu.


 


–-Seja bem vinda a nossa escola Srta. Patrícia—Disse a diretora.


 


–-Obrigada—Patrícia falou um pouco incomodada com a presença da diretora.


 


Camila percebeu que sua tia ficou surpresa ao conhecer a diretora, e depois ficou desconfortável com a presença dela.


 


–-Gostaria de conhecer a nossa escola?—Perguntou à diretora analisando patrícia, ela parecia-se com alguém que Amélia não lembrava do rosto perfeitamente.


 


–-Minha sobrinha já mostrou a escola para mim—Respondeu patrícia ainda desconfortável.


 


–-Espero que tenha gostado.—Falou a diretora com um sorriso.


 


–-Com licença—Falou a secretaria interrompendo a conversa—Houve um problema no laboratório com alguns produtos químicos e o prof. Deseja falar com a senhora—A secretaria falou.


 


–-Tudo bem—Disse a diretora para a secretaria—Se me dão licença, tenho problemas para resolver.—Falou a diretora desaparecendo pelo corredor.


 


Quando a diretora saiu da sala da recepção, sua tia pegou a mão da Camila. Estava tremendo. Mas Camila não comentou nada.


 


–-Você está aprendendo alguma coisa aqui? Se adaptou bem? Se quiser voltar para casa, não tem problema. É só me dizer que eu a levarei para casa agora, e a matriculo em outra escola.--Patrícia falou com a voz aflita, pegando Camila de surpresa.


 


–-Não estou entendo, tia. Por que está dizendo isso?--Camila perguntou confusa.


 


–-É só responder—Sua tia ignorou a sua pergunta—E eu a levarei de embora.


 


–-Eu achei que quando viesse para cá, iria querer voltar para casa. Mas estou gostando daqui—As palavras saíram da boca de Camila. Ela queria dizer que queria ir embora com ela, mais essas palavras não saia por sua boca—Vai me levar de volta?—Camila perguntou já começando a gostar da ideia de voltar para sua casa. Era o que ela queria. Mais a frase certa, ela não conseguia dizer.


 


–-Se você está feliz aqui, é só o que importa—Patrícia falou e olhou para o relógio em seu pulso—Tenho que ir para o aeroporto—Disse patrícia mudando de assunto.


 


–-Quando irá voltar?—Perguntou Camila começando a ficar aflita. Ela tinha que dizer para sua tia a levar embora daquele lugar..


 


–-Eu não sei. Ligarei avisando, quando eu puder vir.—Respondeu patrícia não notando a aflição de sua sobrinha.


 


Camila abraçou sua tia sentindo o calor do corpo dela. Camila gostava de abraçá-la, sentia-se protegida. Sua tia fez um carinho em seu rosto beijou o topo de sua cabeça e se despediu. Sua tia andou até o carro e entrou, e a olhou com uma expressão em seu rosto que Camila podia jurar ser de preocupação e de tristeza. Patrícia ligou o carro e saio pelo portão. Camila ficou observando ela partir, até não enxergar mais o carro e deixou seu corpo cair no chão. Por que ela não conseguiu dizer?


 


Marcos ficou ali atrás do arbusto observando o desespero de Camila. Ele sabia que o que estava fazendo era errado e poderia pagar muito caro por isso. Mas ele não podia deixa-la partir. Ir embora e nunca mais poder vê-la. Ele sabia que tinha se apaixonado por ela e não poderia deixar que ela fosse para longe dele. Não agora que ele encontrou a mulher que é a dona do seu coração. Ele esperou quase uma eternidade para encontra-la, e não deixaria que ela jogasse tudo pelos ares por causa de medo. Ele estaria ao lado dela e a protegerá de todos. Mesmo que isso custe a sua vida.


 


–-Que coisa feia—Marcos ouviu a voz daquele ser desprezível.


 


–-Não estou a fim de falar com você, Paula—Marcos falou dando as costas para Paula indo para o dormitório.


 


–-Sabe, a humana ficará muito zangada com você, quando descobri que você a impediu de partir desse lugar—Paula caminhava ao lado de marcos.


 


–Ela só irá saber o que eu fiz, se você abrir essa sua boca grande. E eu tenho certeza de você não irá fazer isso—Marcos falou confiante.


 


–-como pode ter tanta certeza assim?—Perguntou Paula com cinismo.


 


–-Por que eu posso acabar com você, com um só movimento—Marcos respondeu com a voz sombria—E se você presa essa sua vida medíocre que você tem, ficará de boca fechada—Marcos completou fazendo Camila ficar furiosa.


 


–-Você é um desgraçado de uma figa—Paula falou ficando com o rosto vermelho, por tentar controlar a raiva que crescia dentro dela.


 


–-Mas bem que você fica correndo atrás desse desgraçado—Marcos falou rindo ao ver expressão de ódio de Paula estampada em seu rosto—Então não vá fazer nenhuma burrada que irá fazer você se arrepender depois—Marcos deixou Paula de sobre aviso.


 


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À tarde com a sua tia, tinha sido maravilhosa e esclarecedor para Camila. Ela andou um pouco mais pelo jardim, pensando como a cigana tinha acertado os outros dois e errado o outro e no por que de não conseguir pedir para sua tia a levar embora. Algo de muito estranho tinha acontecido ali, e agora, ela continuaria naquele lugar por mais tempo do que queria.


 


Mas Camila não tinha ficado satisfeita com a resposta de sua tia, restava uma duvida. Que poderia mudar o resto para sempre o resto de sua vida.


 


Quando Camila entrou no quarto Bruna estava se arrumando.


 


–-Você não vai se arrumar para a festa?—Perguntou Bruna em frente ao espelho.


 


–-Festa?—Disse Camila meio confusa—Oh! A festa—Ela se lembrou—A que horas começa?


 


–-Você tem uma hora para se arrumar—Bruna respondeu.


 


Camila tomou um banho rápido, colocou o vestido, o sapato, penteou o cabelo e se maquiou. Pronto. Estava pronta para ir a festa de aniversario do David.


 


As duas saíram dos dormitórios e foram para a recepção e encontraram com o Marcelo, de lá foram para a casa da diretora. A casa era bem afastada dos prédios escolar daquele lugar, era grande e bela, com cerca branca em volta, um jardim com flores de vários tipos que mais parecia um arco-íris. Quando passaram pela cerca e pelo jardim, elas foram para o fundo e saíram por outro portão, se afastando da casa.


 


–-A festa não vai ser na casa da diretora?—Perguntou Camila confusa com o caminho que seguiam.


 


–-Espere e você verá onde será—Foi Jessica quem respondeu.


 


Bruna seguia na frente das três com uma lanterna na mão iluminando o caminho. Elas caminharam por uns quinze minutos por entre as arvores e depois por uma capela pequena e então chegaram na frente do cemitério e deram a volta, até encontrarem uma pequena porta dos fundos. Camila ficou surpresa. Ela não sabia que no Amélia havia um cemitério.


 


–-O que estamos fazendo em um cemitério?—Camila perguntou demonstrando em sua voz que estava com medo.


 


–-Estamos aqui para curtir a festa--Bruna disse com um sorriso malicioso—Não se preocupe, esse cemitério é particular, aqui estão enterrado a geração passada de David.


 


Jessica tirou uma chave de dentro de sua bolsa rosa e abriu a pequena porta. Elas entraram e caminharam por entre os túmulos e foram para a parte mais escura do cemitério. Camila avistou o que parecia ser uma pequena casa que estava iluminada. E quanto mais caminhavam em direção a ela, elas podiam ouvir uma musica abafada vinda de dentro dela. Bruna parou em frente à porta com inscrições em latim e bateu três vezes, fez uma pausa e depois bateu mais quatros vezes e a porta se abriu. Era uma senha de segurança. Camila pode ver que não era uma casa e sim uma cripta subterrânea. Elas desceram as escadas e Camila levou um susto ao avistar uma sala enorme com um altar com velas espalhadas por toda parte e uma parede com vários caixões a mostra e Camila podia ver as lapides nas paredes com inscrições dos falecidos.. Alguns alunos do Amélia albatroz estavam na festa, outros dançando e outros em pé e conversando entre si. Ninguém parecia se importar de estarei em um tumulo particular. Bruna e Jessica foram cada uma para um lado diferente deixando Camila sozinha naquele lugar. Ela olhava para todos os lados nervosamente, nunca havia estado em uma cripta ainda mais no subsolo. E ainda tinha aquelas velas e os alunos vestindo um look preto. Camila pegou uma bebida e se sentou bem longe das lapides. Suas mãos tremiam nervosamente.


 


–-Estar gostando da festa?—David perguntou sentando-se ao lado dela.


 


–-Estou—Camila respondeu forçando um sorriso para que ele não percebesse que estava com medo—Eu nunca estivesse em uma festa desse tipo, é diferente—Ela comentou


 


–-É bom saber que gostou—David disse sorrindo sombriamente.


 


–-Hamm, o seu presente. Já ia me esquecendo—Camila falou estendo a sacola para que ele a pegasse.


 


David aceitou o presente de bom grado. Mas seu queixo caiu quando viu o que era.


 


–-Como sabe que eu gosto de pintar?—David a olhou desconfiado tirando a tampa da caixa vendo os vários tipos de pinceis.


 


–-Ham... Não sabia o que comprar, então fiz uma pequena investigação—Mentiu Camila, vendo a reação de David. Ela não deveria ter comprado aquilo.


 


–-Obrigado--David agradeceu, tratando de disfarçar—Estava mesmo precisando de pinceis novos—Ele falou.


 


A festa do David, apesar do lugar, estava ótima. Mas para Camila ainda estava era de assustar. Isso sim. Mas festa estava animada, a metade da escola estava na festa. Camila cansada de ficar sentada, levantou e para ocupar tempo, passou a ler os nomes escrito nas lapides. Deixou um gritinho baixo sair quando alguém a abraçou por trás. Marcos.


 


–-Oi—Ele falou beijando seu pescoço—Está se sentindo melhor hoje?—Marcos perguntou muito próximo do ouvido dela, fazendo sua pele arrepiar-se.


 


–-Estou—Camila respondeu sorrindo, mesmo que ele não pudesse ver.


 


–-Então vamos aproveitar essa festa?—Ele disse.


 


Eles aproximaram da roda onde estavam Bruna em Marcelo. Enquanto Jessica estava conversando com David num canto afastado. Quando estavam dançando com a Bruna e o Marcelo, Marcos a levou para fora da cripta e a sentando em um banco de madeira, onde puderam ficar sozinhos.


 


–-O que estamos fazendo aqui?—Ela perguntou—Vamos voltar a dançar—Camila falou animada. Com marcos ao seu lado, ficar nesse lugar, era fácil para ela.


 


–-Antes quero te dar um presente—Disse Marcos.


 


–-Que presente?—Ela perguntou surpresa. Nunca tinha ganhando presente de um garoto antes. Nem mesmo do seu ex-namorado. Marcos tirou do bolso uma caixinha preta e a entregou para Camila.


 


Camila abriu devagar a caixinha e dentro dela, continha um colar com uma corrente prateada e com um pingente que era uma pedra azul em forma de um circulo.


 


–-Essa pedra se chama amedalá—Marcos falou—Ela é conhecida por trazer proteção a quem o usa. Em algumas historias, dizem que os anjos caídos davam essas pedras aos humanos que amavam para que os demônios não pudessem usa-los como isca para captura-los e poderem mata-los


 


–-Anjos caídos e demônios?—Camila perguntou meio cética.


 


–-Você não acredita que anjos existam? E em deus?—Marcos perguntou serio.


 


–-É claro que acredito em deus e anjos—Camila respondeu também seria—Assim como também eu acredito que o inferno exista. Mas por que você acha que eu preciso de proteção?—Camila perguntou deixando marcos desconcertado.


 


–-Miguem nunca sabe o que pode acontecer—Marcos respondeu dando de ombros—Promete que não vai tira-lo?—Ele perguntou com expressão dura.


 


–-Prometo—Camila jurou e pegou o colar e tentando coloca-lo.


 


–-Deixa que eu te ajudo—Marcos disse e Camila se virou de costas e segurou o cabelo de lado para que marcos pudesse fechar o colar depositando outro beijo no pescoço dela.


 


–-Ficou muito bonito em você—Marcos falou quando Camila voltou a ficar de frente para ele..


 


–-Quando foi que você o comprou?—Camila perguntou curiosa.


 


–-Eu o comprei já faz algum tempo e já tinha me esquecido dele, quando o achei sem querer hoje. Achei que ficaria melhor em você do que em me—Marcos respondeu—Você gostou?


 


–-É claro—Camila respondeu sorridente e sincera—Sabe, nunca ganhei presentes de um garoto antes—Ela disse para ele.


 


–-Então—Ele se aproximou dela e colocando a mão em na cintura dela—Fico feliz de ser o primeiro.—Ele sorriu.


 


Eles ficaram se olhando, ele ia beijá-la de novo. Seus rostos estavam tão perto um do outro que ela podia sentir a respiração quente dele, seus labios se tocaram de leve. Quando ele realmente ia começar a beijá-la de verdade...


 


–-Marcos—Eles foram interrompidos--Você tem uma ligação—Era a Paula.


 


Paula estragou com todo clima romântico entre os dois.


 


–-Diga para ligar depois, estou ocupado agora—Marcos falou. Camila olhou para Paula e a viu com um celular nas mãos.


 


–-É o seu pai—Paula insistiu—Ele disse que é urgente—Paula cruzou os braços—Ainda quer que eu dê o recado?—Paula falou debochada.


 


–-Tenho que atender—Marcos disse pra Camila—Já volto—Marcos prometeu.


 


Ele foi até Paula pegando o celular de sua mão e se distanciou das duas. Quando Paula não viu mais o Marcos, ela caminhou até a Camila com uma expressão de deboche em seu rosto.


 


–-Acho que não me ouviu, quando mandei ficar longe dele—Paula falou muito calma.


 


–-Você não é a dona dele, Paula—Camila retrucou sem se deixar intimidar.


 


–-Voltou dizer exatamente o que eu disse da ultima vez. Fique longe dele se não quiser...


 


–-Se não quiser o quê?—Camila a interrompeu—Vai pintar meu cabelo de loiro falso igual ao seu?—Camila perguntou com sarcasmo rindo da própria piada.


 


–-Da ultima vez que não escutou o conselho que te deram, você viu o que aconteceu—Paula riu de um jeito diabólico.


 


–-Do que você está falando?—Perguntou Camila tentando não demostrar, que sabia exatamente do que ela estava falando. Mas como ela poderia saber sobre seu passado? A não ser que Paula tenha investigado a vida dela assim como Camila fez com a diretora.


 


–-Estou falando do motivo que a trouxe para cá--Era do kelvin que ela está mesmo falando—Se eu fosse você, escutaria o que sua tia diz e voltaria para sua casa no primeiro voo--Paula aconselhou.


 


–-A minha vida não te diz respeito—Camila falou secamente—Vou embora quando eu quiser, e não porque uma ex-namorada ciumenta e inconformada e com a separação ordenou—Disse Camila irritada.


 


–-Você não o conhece como eu o conheço. Há muitas coisas para saber sobre o marcos, e você não vai querer saber a verdade. Confie em mim—Paula falou olhando para suas perfeitas pintadas de rosa.


 


–-E confio—Falou Camila calma—E seja lá do que estiver falando, acho que posso sobreviver a algumas verdades. Sobrevivi da primeira e vez e posso sobreviver uma segunda vez—Camila sorriu da expressão de fúria de Paula e lhe deu as costas—E antes que eu me esqueça—Camila virou de volta—Fique longe do Marcos, ele está comigo agora—Falou e se virou.


 


Paula ficou furiosa pela audácia de Camila por enfrentá-la e a segurou pelo braço. Camila tentou se soltar, mais Paula a segurava com mais força.


 


–-Solte o meu braço—Disse Camila, tudo aquilo já estava a deixando irritada.


 


–-Você não sabe aonde está se intrometendo—Falou Paula com o maxilar trincado—É melhor você pular fora antes que sobre pra você—Paula avisou.


 


–-Pode fazer as ameaças que quiser—Camila falou—Não tenho medo de você. Agora solte-me—Camila elevou a voz.


 


Aquela situação estava muito confusa. Paula abriu a boca para responder, mais antes que pudesse falar alguma coisa, Marcos apareceu atrás dela e olhava para as duas.


 


–-Está tudo bem por aqui?—Ele perguntou estreitando os olhos em direção a Paula.


 


Paula largou o braço da Camila imediatamente quando viu Marcos olhando para ela como se estivesse dando uma ordem a ela. Paula entrou na cripta depois de pegar o celular de volta e não olhou para o Marcos quando passou por ele, deixando os dois a sós.


 


–-Você está bem?—Marcos perguntou segurando o braço de Camila bem aonde a Paula tinha segurado. Havia marcas dos dedos da Paula em seu braço. Os dedos do Marcos se encaixou no mesmo lugar das marcas vermelhas, mas diferente de Paula, ele estava fazendo carinho nela.


 


–-Estou—Camila disse tentando disfarçar que estava com raiva—Então, o que seu pai queria?—Ela mudou de assunto.


 


–-Ele disse que vai viajar por alguns dias e não poderá vir—Marcos respondeu—Vamos voltar pra a festa--Agora era ele querendo mudar de assunto—Devem estar sentindo nossa falta—Marcos disse.


 


Às oito e meia, todos cantaram parabens para o David que fazia dezoito anos, um ano mais velho que a Camila. Ele poderia ser seu irmão mais velho! Camila pensou. Ela invejava as famílias grandes, sempre quis ter irmãos e irmãos para ficarem enchendo o saco, mais seus pais estavam mortos e isso não seria possível. Camila conversa com uma sua parceira de laboratório, quando um garoto lhe entregou um bilhete.


 


Camila, venha me encontrar no lado de fora no mesmo banco em que estávamos. Tenho uma coisa para lhe mostrar.


 


Assi: Marcos.


 


Camila o procurou por entre as pessoas e não o encontrou. Ela pediu licença à garota e saiu daquele lugar. Ela olhou a sua volta e se perguntou em como eles poderiam dar uma festa em um cemitério? Camila caminhou até o banco, quando ouviu barulhos estranhos, ela olhou para os lados e para trás para ver se via quem ou quê estava fazendo aquele barulho e como não viu ninguém continuou andando e sentou no banco. Mais o barulho continuou e ficou mais alto e mais perto dela, novamente ela olhou para os lados e dessa vez viu algo preto se mexendo por trás das grandes arvores perto da cripta e vindo na sua direção.


 


Camila estreitou os olhos para tentar ver melhor o que era aquilo, e de repente algo em uma forma de um enorme cachorro com pelos pretos brilhantes e olhos vermelho saiu de trás de uma arvore e ficou em posição de ataque, rosnando para ela, deixando dentes brancos e pontiagudos a mostra. Camila estremeceu. Aquela era uma visão de um cão do inferno.


 


Ela não teria chance contra aquela coisa medonha.



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Autor(a): BiaRuz

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