Fanfic: Entre Anjos E Demônios
Camila passou o dia todo em seu quarto. Não havia dito aulas na parte, por causa da palestra da professora Debora. Como não aguentava olhar para a cara daquela mulher, sem sentir vontade de expulsar todo seu café da manhã e seu almoço. E aquilo não seria nada legal. Então Camila resolveu que o melhor era ficar em seu quarto, depois daria um jeito de pegar as anotações emprestadas com alguém. Ela tomou um banho e deitou em sua cama, esperando que o sinal para o jantar batesse. Camila sentiu seus olhos pesados, depois de passar tanto tempo encarando o vidro da janela. Adormeceu sem notar a presença que estava em seu quarto.
Camila se encontrava deitada em um campo com a grama seca e amarela. O vento que passava pelo corpo de Camila era gelado, deixando seus pelos eriçados. Ela sentia uma sensação estranha, de que não deveria está ali, e tudo se confirmou quando uma nuvem negra aproximou-se do local onde até então estava deitada, encobrindo todo aquele campo, não deixando um raio de sol penetrar a densa escuridão.
Camila levantou-se do chão tentando enxergar um palmo a sua frente, mais tudo que via era a escuridão a sua frente.
–Camila... Camila... Camila... – uma voz cantarolava seu nome sombriamente aumentando a sensação de auto preservação em Camila.
Ela podia não enxergar nada ,amais atreveu-se a correr para fugir daquele que lhe chamava.
–Não adianta fugir de mim. – a voz falou gargalhando, deixando Camila mais apavorada.
–Vá embora. Deixe-me em paz. – Camila gritou para o nada.
–Nunca. – a voz rebateu ainda gargalhando.
Camila corria sem saber se estava indo na direção certa, se estava indo direto para um penhasco. Nada. Ela corria as cegas. Camila desistiu de correr, vendo que não chegava a lugar nenhum.
–Camila... – sussurraram seu nome e logo ela sentiu seu braço sendo cortado.
Camila gritou e levou a mão até o braço o sentido cortado e gemeu de dor ao encostar os dedos no seu corte. Novamente, ela sentiu sua perna esquerda sendo cortada.
–Ai... – Camila gemeu já sentido os olhos marejados por causa da dor.
–Camila... Minha mina de ouro... – falaram e Camila correu para fugir do que quer que fosse que a estivesse cortando.
Mais de nada adiantou. Só piorou. Camila ouvia rosnados muito próximos a ela, e mais cortes foram feitos nos intervalos entre os rosnados. Camila se ajoelhou no chão e tentou proteger o rosto com os braços que eram cortados.
–Parem... – Camila gritou e tudo ficou silencioso. Ela olhou para os lados mesmo não sendo capaz de ver nada e voltou a correr com lágrimas rolando pelo seu rosto.
Camila sentia o cheiro de sangue e sabia que era o seu. Ela agradeceu mentalmente por poder não enxergar, se não com certeza teria desmaiado. Camila rezou para conseguir sair dali, pedia fervorosamente que algum salvador aparece ali e agora. Mais nada.
A corrida de Camila, foi interrompida quando algo enroscou em seu pé a fazendo cair de cara no chão a fazendo quebrar o nariz e ela sentiu o seu próprio sangue em sua boca. Camila gritou quando foi puxada com força e velocidade pelo chão arranhando sua barriga, busto e pernas. Camila tentava se segurar no chão, e tudo que sentia era a terra e a grama seca sendo arrancados pela sua mão. No desespero, ela fincou suas unhas no chão para se segurar. Mais isso só fez com que sua dor aumentasse, ao sentir suas unhas ficando enterradas na terra.
Camila já chorava descontroladamente quando foi parada de ser puxada. Os soluços de Camila, era o único som que era capaz de ser ouvido. Ela levou sua mão ao nariz que não parava de sangrar.
Ela pensou que tudo havia acabado, quando foi puxada a deixando d cabeça para baixo com seu sangue pingando.
–Quem está aí? – Camila gritou já raivosa pela tortura. – Apareça! – ela gritou. Sabia que era burrice chamar o seu gozador. Mais ela preferia uma morte rápida do que toda essa tortura mental e fisica.
Camila ainda ficou ali sozinha pendurada de cabeça para baixo, quando uma luz vermelha pode ser vista ao longe. A luz vermelha se aproximava cada vez mais dela e seu coração disparou. Seja o que for aquilo, não era nada de bom.
A luz vermelha parou em frente de Camila e outra luz, branca dessa vez. Iluminou a luz vermelha, que na verdade, era um homem negros, com asas pretas e pontudas, olhos totalmente de um vermelho sangue e dentes pontiagudos que saiam de sua boca.
–Chegou a sua hora. – o anjo da morte falou para Camila sorrindo, exibindo seus dentes.
Camila fechou seus olhos ao ver que aquele seria o seu fim. Esperou pelo golpe fatal e nada aconteceu. Ela abriu os olhos receosos e encontrou seu gozador preparado para golpeá-la, com os braços a cima de sua cabeça segurando a espada, mais quando olhou mais para baixo... Viu que havia a ponta de uma espada atravessando o corpo do anjo negro. Camila arregalou seus olhos quando a espada deslizou para baixo, rasgando o peito e barriga do seu gozador, fazendo sangue jorrar para fora. O anjo negro ainda olhou para Camila e sorriu zombeteiro e caiu no chão transformando-se em uma poça de sangue preto. Mais nem isso, fez Camila se acalmar, havia ainda outro assassino ali.
–Camila? – ela ouviu ser chamada com preocupação e olhou para cima, espantou-se ao ver o professor Alexandre com enormes asas branca saindo de suas costas, vestindo uma calça também branca e de peito nu.
–Professor? – Camila falou debilmente. É claro que era o professor ali na sua frente.
–Oh meu anjo, me desculpe por não ter chegado a tempo. – Alexandre falou cortando o corda que prendia o tornozelo de Camila e a segurou para não cair no chão.
–Ai... Esta doendo. – Camila queixou-se sentindo seu corpo todo dolorido.
–Sinto muito, mais logo suas dores irão passar, eu prometo. – Alexandre falava com a voz culpada. Ele estava ali para protegê-la. E deixara que chegassem perto de Camila.
–Quem era ele? – Camila perguntou tentando controlar seu choro, mais estava difícil ao sentir as dores dos seus ferimentos.
–Era um ceifador sobre o comando de Cassius. – Alexandre respondeu. – Camila, eu não tenho muito tempo você tem que se tomar cuidado. O meu destino e o destino de várias pessoas estão nas mãos de vocês duas.
–Vocês duas? Como assim? – Camila falava confusa.
–Vocês duas não podem fraquejar, tem que enfrenta-lo e salvarem a todos nós. – Alexandre falou seriamente envolvendo o corpo de Camila com sua luz branca. – Agora durma. Durma que todas suas dores irão passar. – Alexandre falou no ouvido de Camila que sentiu um sono pesadelo a conduzindo para a inconsciência.
Em seu quarto, Camila acordou quando o sinal bateu avisando que já era hora do jantar. Ela levantou da cama e encontrou ao seu lado uma pena grande e pequena, que fez ela se lembrar do sonho e da asas de Alexandre. Camila ficou assustada e desceu para o jantar. Todos que estavam presentes na mesa, comiam em silêncio. Camila olhava para David de vez em quando e pode notar, certa tristeza em seu olhar. Mais não se atreveu a perguntar se estava tudo bem. Ela ainda ficou um pouco conversando banalidades com Bruna e Jessica e depois subiu para seu quarto. Como havia dormido uma boa parte da tarde, estava sem sono.
Camila estava lendo um livro qualquer, quando bateram em sua porta. Ela levantou-se e abriu a porta, deparando-se com Marcos.
–Oi. – Marcos a cumprimentou com um selinho entrando no quarto. – Trouxe a chatice, quer dizer, a lição de casa. – falou Marcos sentando-se na cama de Camila. – Onde está a Bruna? – ele perguntou a procurando pelo quarto.
–Ela saiu com o Marcelo e deus sabe que não vai voltar tão cedo. – brincou Camila sentando ao lado de Marcos. – Não seremos perturbados.
Marcos tirou os livros da sua mochila e os espalhou pela cama. Uma hora se passou e Camila estava resolvendo seus cálculos de fisica, enquanto Marcos ficava brincando com seu livro e fazendo-a ri e desconcentrar-se.
–Para! Você está me desconcentrando. – Camila deu um empurrão de leve no ombro de Marcos, que tombou um pouco para longe dela. – Temos que terminar logo com isso.
–Eu gosto do jeito que você ri. – ele ajeitou uma mecha do cabelo dela atrás da orelha. – Fica mais bonita. – Camila fitou Marcos ao ouvir o elogio.
Marcos aproximou-se mais do rosto de Camila, elevou sua mão até na nuca dela e a puxou para mais perto de seu rosto e então a beijou. O toque de seus labios deixava-a tonta, quase embriagada. Quando ele a beijava ficava fora de si, como se o controle de seu corpo não pertencesse mais a ela e sim a ele. Marcos gentilmente e disfarçadamente a deitou na cama, ficando em cima dela, tendo cuidado para não colocar todo seu peso em cima do corpo de Camila que abriu suas pernas para abriga-lo mais junto de si. Ela passou seus dedos entre o cabelo de Marcos, os bagunçando ainda mais, e depois descia com sua mão para nuca, para puxa-lo mais. Marcos infiltrou sua mão na blusa azul de Camila, e a subiu até chegar em um dos seios que estavam cobertos por um sutiã, que ele afastou para ter acesso livre a um deles. Marcos o apertou por entre seus dedos e Camila gemeu em sua boca puxando com pouco mais de força os fios do cabelo dele.
–Vocês deveriam ir logo para um quarto de um motel. – falou Bruna assustando o casal, fazendo cada um pular para lados oposto.
–Você nos assustou, Bruna. – Camila falou com a mão no peito.
–Você que estava muito distraída ai com a sua safadeza. – Bruna falou trancando-se no banheiro.
–Acho melhor eu ir para meu quarto agora. – Marcos falou um pouco envergonhado.
–Eu também acho. – falou Camila recolocando o sutiã no lugar.
Marcos pegou seus livros e os colocou na mochila.
–A gente se ver amanhã. – ele a beijou de leve, caminhou até a porta e a abriu. Mas antes de sair do quarto, ele olhou para ela que estava em pé no meio do quarto e sorriu e fechou a porta.
(...)
Marcos chegou ao seu quarto e jogou-se na cama de olhos fechados. Bruna tinha que parecer justo naquela hora? Pensou Marcos um pouco irritado.
–Vejo que você avançou em cima da Camila hoje. – falou Paula sarcasmo fazendo Marcos bufar irritado. – E vejo que a...
–Contenha o seu linguajar. – Marcos a avisou já nervoso.
–A novata... – Paula continuou. – Gostou disso. Bom, mais não foi por isso que eu vim aqui.
–E qual foi o motivo dessa vez? – perguntou Marcos sentando-se na cama.
–Vim lhe avisar que você está se afastando da nossa missão. – Paula falou séria. – Desde que essa humana chegou aqui, você não tem feito sua parte e eu tenho que limpar sua barra com os anciões. Estávamos te esperando a mais de duas horas e nada de você chegar.
–Eu não pedir para que fizesse isso. – Marcos disse calmamente deixando Paula irritada por ele não se preocupar.
–Marcos, estamos aqui para cumprir a nossa missão, não podemos fracassar. – Paula falou ainda séria. – E se isso acontecer, acho que Camila não estará mais segura estando do seu lado. – Paula disse com um tom ameaçador.
–Se você tocar em um fio de cabelo que seja da Camila... – Marcos disse ao se levantar e caminhar na direção dela. – Farei você se arrepender por toda a eternidade, e você sabe muito bem do que sou capaz de fazer.
–A é? – Paula provocou com um sorriso. – E se por acaso os anciões ficarem sabendo que você esta mais preocupado em se vai ou não transar com uma humana do que fazer o que fora ordenado.
–Faça o que quiser. – Marcos falou se aproximando mais dela. – Não me importo com que você faz ou deixar de fazer. – Marcos disse com desprezo. – Pensa que eu não sei que você ajudou David no cemitério?
–Acha que eu exagerei em chamar os cães do inferno? – Paula perguntou o provocando. – Você viu a cara dela? Ela ficou completamente assustada, pensei que ela iria urinar nas calças de tanto medo. – Paula disse rindo ao se lembrar dos fatos.
–Faça mais alguma coisa contra a Camila, por menor que seja... E você não terá mais que se preocupar em se olhar no espelho para ver se está bonita, sabe por quê? Porque mortos não precisam ficar se olhando no espelho de 5 em 5 minutos. – Marcos disse ao segura-la pelo pescoço a prensando na parede se contendo para não enforca-la. – Agora, saia do meu quarto antes que eu me arrependa e mate você agora mesmo.
–Depois que se arrepender, não vá dizer que eu não lhe avisei. Por que isso vai acontecer, cedo ou tarde. – Paula falou antes de sair pela porta do quarto.
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No dia seguinte, Camila havia acordado atrasada para o café da manhã, arrumou-se às pressas e correu até chegar ao refeitório. Quando ia abrir as portas brancas, alguém gritou seu nome, era a professora Debora.
–Está tudo bem? – Camila preguntou mantendo-se afastada dela numa distancia segura.
–Eu quero lhe informar, que ficou de recuperação. – respondeu a farsante. – Você tirou uma nota muito baixa na ultima prova. E eu não queria falar na frente de todo mundo para não lhe envergonhar, vou aplicar uma nova prova hoje á noite para você. Se faltar você será reprovada.
–Não vou faltar. Não se preocupe. – disse Camila para a professora desconfiada de tudo aquilo.
Camila entrou no refeitório, pegou seu café da manhã que era pouca coisa e sentou na mesa onde Bruna, Marcelo, David e a Jessica estavam. Quando ela olhou para o outro lado do refeitório e viu que Marcos a encarava, ele abriu um largo sorriso para ela quando seus olhos se encontraram. Ela sussurrou um oi e ele devolveu.
Quando estava quase terminando seu café, Bruna acabou derrubando seu copo de suco na mesa, ela e Camila pegaram o copo ao mesmo tempo e suas mãos se encostaram e Camila sentiu um calafrio subir por sua espinha e fechou os olhos, quando voltou a abri-los, estava na beira de um penhasco. A principio ela pensou que fosse o mesmo penhasco onde teve a visão de Marcos e a Paula. Mais ela ouviu vozes diferentes, eram de Bruna e Marcelo.
–Esse lugar é maravilhoso. – Bruna falou olhando maravilhada ao seu redor.
–Você que é maravilhosa. – Marcelo para ela, fazendo Bruna rir da cantada sem graça.
Como eles chegaram até aqui? Camila não via nenhum carro ou uma moto por perto. E não parece que vieram andando. Eles estavam no meio de um piquenique romântico.
O que iria acontecer que Camila tinha que presenciar?
–Lembra daquele baile em 1730? – Marcelo perguntou.
–É claro que me lembro. – Bruna respondeu com um largo sorriso lembrando-se da cena. – Foi quando nos conhecemos. – ela completou.
O quê? Em 1730 os tataravôs deles ainda nem tinham nascido. Como e eles poderiam ter se conhecido no século 18? É fisicamente impossível. Pensou Camila.
–Você estava muito bonita com aquele vestido vermelho. Todos ficaram horrorizados com o tamanho do seu decote. – Marcelo falou rindo e ficando sério em seguida. – Você foi a primeira pessoa que vi quando entrei no salão de baile. – Marcelo falou acariciando as costas da mão de Bruna.
–Também lembro que você não mim convidou para dançar. – Bruna falou fazendo biquinho. Ela sabia que Marcelo não iria resistir.
Marcelo levantou-se e estendeu a mão para Bruna que ainda estava sentada.
–Daria o prazer de me conceder essa dança, Srta. Hansler? – Marcelo perguntou galante para Bruna.
–Como poderia recusar Sr. Alvares. – Bruna respondeu do mesmo jeito segurando a mão estendida de Marcelo.
Ele a ajudou a se levantar e começaram a dançar sem música, e do nada asas douradas saíram de trás das costas do Marcelo.
–Não. – ele falou carinhosamente para Bruna. – Eu irei conduzir essa noite.
Marcelo bateu levemente suas asas e seus pés desencostaram do chão. Eles estavam dançando em pleno ar. ´´Será que tem alguém normal nessa escola?``. Camila perguntou para si mesma.
–Camila? Está tudo bem? – Bruna perguntou para Camila.
Camila olhou para Bruna que a olhava como se também tivesse tido a visão.
–E-eu... E-eu... – Camila gaguejou ao tentar responder. – Tenho que ir... – ela se levantou e acabou derrubando o seu copo de suco. – Tenho que ir. – repetiu novamente.
Eles a olharam estranho, Camila estava agindo estranho. Ela foi para o jardim e ficou andando de um lado para o outro. Se eles se conheceram em 1730 eles deviam ser bem mais velhos do que aparentam ser. E aquelas asas? Será que eles são anjos? Não. Perguntas e mais perguntas formavam-se na cabeça dela. Camila acreditava em muitas coisas e em deus também, mais em anjos caídos? Mas era a única explicação que ela achava para aquele par de asas brancas.
(...)
Quando foi á noite, Camila foi até a sala da professora Debora para fazer a recuperação. Quando entrou, a professora estava sentada folheando uma revista de fofocas de celebridades e a fechou quando viu Camila entrar.
–Está atrasada. – ela disse olhando pro seu relógio de pulso. – pensei que não viria mais.
–Se eu não viesse, seria reprovada, não é? – Camila falou zombeteira. – E acho que não ficaria bem no meu boletim. - A professora sorriu. Esta eu também vou gostar de matar. Pensou a professora.
–Sente-se aqui. – disse apontando para a mesa em frente a sua que já estava com a prova esperando Camila. – Tem uma hora para termina-la. - disse a professora, voltando a folhear sua revista de fofocas.
Camila se sentou e começou a ler a prova, que continha varias perguntas dos acontecimentos sobre vários escritores da historia do país, como ela não tinha estudo e se preparado, respondeu o que pôde. Cinquenta minutos depois, Camila se levantou e entregou a prova.
–Você ainda tem vinte minutos. – disse a professora ao ver a prova. – Não quer checar pra ver se respondeu tudo certo?
–Não obrigada. – negou Camila. – Posso ir agora? Tenho um encontro marcado.
–Camila gostaria de conversar com você sobre o meu primo...
–Olha... – Camila a interrompeu. – Sem querer ser mal-educada, eu não quero falar sobre isso.
–Eu sei que é doloroso. Mas eu queria saber sobre sua relação com o professor. – a professora insistiu. – Você cabulou aula para ir visita-lo, e queria saber se vocês tinham alguma coisa.
–Espera ai... – Camila sorriu desconfortavelmente. – Está insinuando que eu tinha algum tipo de relação com o professor além de ser sua aluna? – essa conversa estava muito estranha.
–Não estou insinuando nada. – Debora levou a mão ao peito direito. – O que quero dizer, é se você trabalhava para ele ou algo assim?
–Ele era só o meu professor de literatura – Camila disse seria. – Não tínhamos nenhuma relação a não ser essa.
–Tudo bem. - Debora se aproximou de Camila e ela se afastou, batidas foram ouvidas na porta. – Pode entrar. – a professora gritou.
Quando a porta se abriu, um homem bem vestido com um paletó preto entrou na sala de cabeça baixa. Quando ele olhou para ela, Camila arregalou os olhos e depois os estreitou rapidamente.
–Com licença. – disse o homem. – Sou o policial Fernando Hernandes. – ele se apresentou. – Se não se incomodar professora, tenho que levar a Srta. Camila para delegacia. – disse o policial.
–já disse tudo que sei. – Camila disse com um pouco de nervosismo. Isso tudo com certeza era alguma armadilha pra pegarem ela. – E se me dão licença, tem gente mim esperando. Boa noite.
–Sinto muito. – Disse o policial. – Já falei com a diretora e expliquei a situação. Terá de vir comigo.
–Camila? – Marcos a chamou parado na porta.
Salva pelo cavaleiro de armadura reluzente. Camila pensou e andou até o Marcos e ficou ao lado dele.
–Tenham uma boa noite. – Camila disse e puxou Marcos pelo braço para fora da sala andando pelo corredor apressadamente.
–Você está tremendo. – Marcos observou quando tirou a mão dela do seu braço e segurou a mão dela. – O que estava acontecendo naquela sala?
–Era um policial que veiu fazer mais algumas perguntas só isso. – ela disse e Marcos deu de ombro. – O que você está fazendo aqui? – Camila perguntou pra ele curiosa. – Você não deveria está seu treino?
–O treinador nos liberou mais cedo, e eu vim pegar um caderno que esqueci debaixo da minha mesa. – ele mentiu. – Você vai pro refeitório para jantar agora?
–Por que não vamos juntos? – ela perguntou. Não queira ficar sozinha nos corredores da escola.
(...)
Depois do jantar, Camila foi para seu quarto. Estava cansada e queria dormir. Mais quando se aproximou da porta ela ouviu várias vozes, ela se aproximou ainda mais da porta para tentar escutar um pouco do que falavam.
–Você acha que ela também tem poderes? – perguntou David.
–Acho que ela é uma vidente. – Bruna respondeu. – Hoje no refeitório quando minha mão tocou a dela, pude ver o que ela estava vendo.
–O que ela viu? – Jessica perguntou.
–Ela viu quando Marcelo e eu estávamos comemorado o nosso aniversario naquele penhasco em 1730. – Bruna respondeu. Ela não queria contar para eles e muito menos para o David. Mas se Camila era uma ameaça, ela tinha que avisa-los.
–Ela viu quando voamos? – Marcelo perguntou alarmado.
–Sim. – ela respondeu. – Foi por isso que ela agiu estranho quando olhou para mim. – eles ficaram em silencio por um momento. – O que vamos fazer? – Bruna perguntou.
–Se ela sabe sobre os nossos poderes acho que devemos ir falar com a sua mãe, David. – Jessica sugeriu.
Camila esbarrou na porta que se abriu, eles olharam para a porta e viu que ela tinha ouvido a conversa. No impulso Camila saiu correndo e eles atrás dela.
–Calma, Camila. – David gritou. – Só queremos conversar! – David disse para não espanta-la.
–Não foi o que eu escutei. – Camila falou enquanto corria.
–Ela vai conseguir fugir. – gritou Marcelo.
Camila correu desesperada para encontrar alguém e pedir ajuda. Até Marcos servia àquela hora. Camila corria olhando para trás e via todos correndo para pegá-la, então correu mais rápido e saiu do prédio.
–Camila, espera. – Bruna gritou. – Não fuja. – ela gritou novamente. Isso só piorava a situação dela com David.
Camila não deu ouvidos a ela e se escondeu atrás da cerca viva.
–Para onde ela foi? – Marcelo perguntou olhando para os lados para encontrá-la.
–É melhor nós nos dividimos. – Jessica sugeriu.
–Jessica e eu vamos pelo lado direito. – David falou. – Você e Bruna vão pelo esquerdo. Quem encontra-la primeiro chama os outros. – ele ordenou.
E cada dupla correu para um lado, Camila esperou mais alguns segundos e saiu correndo de seu esconderijo e correu na direção do portão, e sem esperar, David apareceu na sua frente e Camila voltou por onde tinha vindo e Marcelo a prendeu em seus braços.
–Me solta. – Camila gritou enquanto se debatia. – Socorro! Eles querem me matar! – Camila gritava.
Jessica ficou na sua frente e fez o sinal da cruz na testa de Camila que não conseguia mais gritar e seus olhos foi ficando pesado e se fechando devagar.
–O que você... Fez comigo? – Camila perguntou e finalmente desmaiou
–Leve-a para dentro. – Camila ouviu David dizer.
–David espera... – Bruna segurou em seu braço. – Primeiro, vamos conversar com ela e depois decidimos o que fazer. – Bruna falou para ele, mais sabia que ele não a escutaria
Camila abriu os olhos lentamente e sentiu que alguém a carregava, ela olhou para cima e viu o rosto do Marcelo. Ela olhou para os lados e tentava se segurar em tudo que via, mais estava fraca, suas forças a tinham abandonado. Marcelo a colocou sentada e Camila novamente fechou os olhos.
–Camila, acorde. – Camila ouviu uma voz rouca a acordando. – Acorde Camila. Acorde
Camila acordou assustada e quando tentou se levantar e sentiu um choque forte a deixando atordoada por alguns segundos, ela olhou para baixo e viu que estava presa com correntes azuis. A mesma que Ana e caio usaram para amarrar professor Alexandre. Ela olhou em volta e viu que estava em uma sala escura com uma pequena janela com grades de ferros, a única mobília da sala
Era a cadeira em que estava sentada e não havia ninguém além dela. A cada tentativa de se soltar ela levava outro choque.
–Socorro! Tem alguém aí? – Camila gritava. – Preciso de ajuda, socorro. – mas ninguém escutou.
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–Bruna, Bruna. – Marcos a cutucou. – Você sabe onde Camila está? – Marcos perguntou sussurrando. – deixei um bilhete no armario para que me encontrasse e ela não apareceu.
–E-eu... Não a vejo desde o almoço. – Bruna mentiu voltando a olhar para seu caderno.
Marcos voltou a ler seu livro e ficou preocupado com o sumiço de Camila, ele olhou para a cadeira dela vazia. E nisso um avião de papel posou em sua mesa, ele olhou para o lado e Paula piscou para ele. Marcos abriu o aviãozinho pronto para dá uma resposta mal criada a ela.
–Talvez ela já tenha enjoado da sua cara e fugiu daqui ou talvez esteja correndo perigo. – Marcos leu o bilhete. - Vi um garoto a carregando para fora da escola. E se eu fosse você, ficaria mesmo preocupado com o desaparecimento da sua namoradinha patética. – Marcos rasgou o bilhete, mostrando para Paula que seu bilhete o tinha afetado.
Quando a aula acabasse, iria procura-la e mataria se alguém tenha feito mal a ela.
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Camila gritava por socorro enquanto tentava se soltar e levava choques causados pelas correntes. Sua garganta já estava dolorosa de tanto que ela gritava, e ela sabia que ficaria sem voz mais tarde. Mas Camila parou de gritar quando a porta se abriu e David entrou seguido por Jessica, Bruna e Marcelo.
–Você não deveria ficar se mexendo. – David falou friamente. – São correntes feitas pelas três fiandeiras cegas. Elas o prendem quanto mais você resiste. Magia e força bruta é inútil contra elas. – David disse com um sorriso sombrio nos labios.
–O que vocês querem? – Camila perguntou furiosa.
–Por que você está aqui? Para quem você trabalha? – David perguntou serio.
–Minha tia decidiu que aqui era um lugar melhor para se viver. – Camila respondeu. – Mas ela estava enganada.
–Não acredito em você. – David gritou. Ele tinha o pavio curto quando o assunto era sua irmã.
–Estou pouco me importando com isso – Camila também gritou irritada.
–Sabemos que tem visões do passado. – Marcelo se manifestou.
–Caio a mandou aqui, não foi? Confessa. – Jessica falou parando ao lado de David.
–Eu não trabalho para ele. – Camila disse a encarando com raiva.
–Então, para quem você trabalha? Diga de uma vez! – David insistiu.
–Para ninguém, droga. – Camila respondeu e levou um choque ao se mexer.
–Camila... – Bruna se ajoelhou ao lado dela e segurou sua mão. – Só queremos que você diga a verdade. Não vamos lhe fazer mal.
–Escutem, minha tia decidiu morar aqui por causa do meu ex-namorado que tentou me matar. Essa é maldita verdade. – Camila disse ainda com mais raiva. – Estão satisfeito agora?
–Marcelo, é com você. – David falou puxando Bruna pelo braço.
Marcelo se aproximou de Camila e tocou na cabeça dela e pendeu a cabeça pra trás. Camila contra sua vontade, voltou à noite do incidente e pôde rever tudo como se um filme estivesse passado em sua cabeça.
–Pare, por favor. – Camila pediu com a voz chorosa e mace-lo soltou a mão de sua cabeça e Camila começou a chorar
–Ela está dizendo a verdade. – Marcelo falou a olhando confuso. – Mas o cara estava atrás de informações sobre sua irmã, David.
–O que você sabe sobre a irmã? – David perguntou pasmo.
–Eu só sei que o irmão do seu pai queria matá-la. Não sei de mais nada. – Camila respondeu. – Agora me solte.
–Ela esta mentindo. – Jessica exclamou. – Ela sabe mais do que está querendo nos dizer.
–Não trabalho para ninguém. – disse Camila irritada. Se não estivesse preta, com certeza teria batido em todos. – Minha tia me mandou para cá, porque meu ex-namorado tentou mim matar. Se ela soubesse o que acontecesse nessa escola, ela iria preferir mim trancar no porão e... – ela levou a mão no peito, ao sentir uma dor forte em seu peito, tudo a sua volta estava ficado embaçado. – Mas que droga. – Camila pensou.
Em sua visão, ela estava dentro de um carro com o casal que ficou com a filha da diretora. O marido dirigia e sua esposa estava sentada no banco do passageiro, e a menina estava em uma cadeirinha para bebês no banco de trás ao lado de Camila. Do nada o carro derrapou e depois capotou varias vezes e caiu do barranco. Camila saiu arrastando-se do carro e viu um homem moreno e alto descendo o barranco, os pais adotivos saíram do carro e o desconhecido os matou com uma bola de fogo amarela. Os pais adotivos não morreram num acidente comum, foram assassinados.
–Camila? O que foi? – Bruna perguntou preocupada com a amiga.
Camila olhou para eles que a olhavam desconfiados, ela tinha que dar um basta nisso tudo. Ela já não aguenta mais essa coisa e vidência ao contrario. Ela não queria mais ver o sofrimento dos outros.
–Os pais adotivos de sua irmã, não morreram em um acidente. – Camila disse para David. – Foram mortos e o responsável fez parecer que foi um acidente de carro.
–Co-como sabe disso? – David perguntou desconfiado.
–Acabei de ter uma visão em que um homem moreno que eu não conheço, matou o casal que estava tomando conta de sua irmã. – Camila respondeu tentando deixar claro que não estava envolvido.
–Você a viu? – ele perguntou esperançoso. – Onde ela está? – David a interrompeu.
–A irmã da mulher ficou com ela. Mas ela não sabe que sua irmã não era a verdadeira mãe da menina. – Camila respondeu. – Não sei o que vocês são, ou por que querem matar a sua irmã. Vim aqui para estudar e não para ficar tendo visões sobre sua familia ou sobre ninguém, então parem de mim interrogar, já contei tudo que sei sobre sua irmã. – Camila disse quase que zangada com tudo isso. – Se não acredita pede para o Marcelo ler a minha mente agora.
–Ela ainda esta mentindo. – Jessica exclamou.
–Diga onde está minha irmã. – David disse apertando contra sua garganta um punhal prateado. – Diga agora. – ele gritou.
–Vamos com calma, David. Lembra do que combinamos. – Bruna o afastou de Camila. – Camila, o pai do David é um anjo caído. Ele era um humano que se transformou em um anjo após sacrificar sua vida na guerra, e a mãe é uma bruxa ou feiticeira com preferir chamar. Eles se casaram e depois do David tiveram uma menina. Ela herdou os poderes dos dois e isso no nosso mundo é muito raro e seus poderes são mais forte do que qualquer outro que já vimos. – Bruna explicava. – Por isso, o tio do David, o Caio, quer mata-la para roubar seus poderes e junta-los com os deles para ser poderoso o suficiente para reinar aqui na terra. A irmã do David foi entregue a um casal que deveria enviar noticias dela a cada sete dias. Mas depois de três semanas, o casal parou de enviar notícias, e ficamos sabendo que eles tinham morrido em um acidente de carro e a menina havia desaparecido. A procuramos desde então, e se você souber qualquer coisa que nos ajude a encontra-la antes do Caio, ficaríamos muito gratos. – Bruna explicou tudo e viu que Camila tinha ficado de olhos arregalados.
Camila olhou para David e respirou fundo e pensou no assunto.
–Eu não sei onde está sua irmã. – David não acreditou. – Mas eu não sei por que, desde os meus doze anos tenho visões sobre o passado de sua familia. Mas eu não quero me envolver nos seus assuntos. Vi do que Caio é capaz e não quero me intrometer.
David se aproximou de Camila e tirou as correntes que a prendia, Camila levantou rapidamente e abriu a porta para sair.
–Você é a única que pode ver o passado, o passado da minha familia. Se você não nos ajudar, nunca iremos encontrar a minha irmã. – David disse antes que Camila saísse da sala.
–Espero que um dia você a encontre. Mas eu não posso ajudar. Sinto muito. – Camila falou e saiu correndo da sala.
Não! Camila já estava atolada nessa historia até a cintura, e ela não queria afundar o resto que faltava. Anjos caídos, bruxas, tios assassinos! Isso já era demais. Camila saiu correndo do prédio. Já era noite, a lua reinava no meio do céu com sua cor prateada. No portão, seu corpo colidiu com alguma coisa com força o suficiente que a fez cair e ralou o cotovelo.
–Você esta bem, Camila? – Marcos perguntou ajudando a se levantar quando viu que era ela.
–Machuquei o meu cotovelo. – Camila disse olhando para seu ferimento.
–Eu procurei por você feito um louco, onde você estava? – Marcos perguntou aflito.
O celular Marcos tocou e interrompeu Camila.
–Alô? – Marcos disse ao atender o celular – O que foi? – ele perguntou sem vontade. – Estou indo pra ir. – Marcos disse e desligou. – Camila, eu tenho que ir e pegar umas mercadorias, mais eu voltou depois para terminamos essa conversa. – ele falou sério.
–Tudo bem. – Camila disse. Marcos beijou sua testa e caminhou se distanciando de Camila.
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Assim que Marcos se aproximou do lago, viu a silhueta de Paula de braços cruzados. Parou a moto ao lado dela que sorriu com indiferença para ele.
–Vejo que você está começando a gostar de ser um humano. – Paula o criticou. – Por que não veiu voando? É mais facil e rápido.
–E também não é da sua conta. – Marcos retrucou. – Espero que seja serio para me fazer vim até aqui.
–Recebi noticias do mestre. – Paula disse sentando em uma pedra e cruzou as pernas do modo de que deixou suas coxas amostra. – Tem alguém ajudando os Albatroz a encontrar a garota.
–É uma boa noticia. – Marcos disse alegre. – Se eles a encontrarem, poderemos fazer o nosso trabalho e ficaremos...
–Mas não é tão simples assim. – Paula o interrompeu. – Essa pessoa tem visões do passado. – Paula disse seria e Marcos começou a rir.
–Não acredito que me chamou aqui pra isso, Paula? – Marcos perguntou rindo. – Sabe muito bem que ninguém pode ver o passado. Eu vou embora e ficar com a Camila. Você só me fez desperdiçar meu tempo ao lado dela. – Marcos disse e montou em sua moto
–Não estou mentindo. – Paula disse ao se levantar. – Se preferir, pode falar com o mestre e verificar se estou dizendo a verdade. Sabe que eu não brinco quando se trata do meu trabalho. Sabe muito bem que quero dar o fora daqui o quanto antes.
–Estou ouvindo. – Marcos falou sério novamente.
–O mestre disse que essa pessoa é muito poderosa. – Paula continuou.
–Tiramos o poder dela e usamos a nosso beneficio. – Marcos disse dando de ombro.
–Ele disse que isso não vai bastar. – Paula disse seria com o pouco caso que Marcos estava fazendo. – Não sabemos que poderes ela possui, a ordem é para eliminarmos o nosso obstáculo e trancafiar os poderes dela. Para que ninguém possa rouba-los.
–Ele disse quem é essa pessoa? – Marcos perguntou não gostando da ideia de que teria que matar alguém.
–Não. Mas ele disse que ela está aqui na escola e que está mais próximo do que imaginamos. – Paula respondeu intrigada.
–Eu odeio quando ele fala com charadas. – Marcos falou bufando.
–Temos que fazer um feitiço forte o suficiente para localiza-lo – Paula disse e pegou sua bolsa. – Não vai ser tarefa facil.
–Desde quando nosso trabalho foi facil? – Marcos zombou. – Agora, se você se preocupar com o nosso, como você se preocupa com o meu namoro com a Camila, terminaremos esse trabalho bem rápido. Até depois. – Marcos falou ligando sua moto dando partida e ind para longe dali e para longe de uma Paula irritada.
–Seu idiota. – Paula gritou para o nada.
Autor(a): BiaRuz
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Camila estava com medo realmente, tudo estava saindo do controle e a qualquer momento a bomba iria explodir, e seria no colo dela que aconteceria a explosão. Camila enfurecida, pegou o jarro com os copos de leites amarelos e jogou contra a parede com todas suas forças fazendo o jarro quebra-se em vários pedaços inúteis de vidro e molhando o ...
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