Fanfic: Entre Anjos E Demônios
Camila estava com medo realmente, tudo estava saindo do controle e a qualquer momento a bomba iria explodir, e seria no colo dela que aconteceria a explosão. Camila enfurecida, pegou o jarro com os copos de leites amarelos e jogou contra a parede com todas suas forças fazendo o jarro quebra-se em vários pedaços inúteis de vidro e molhando o chão. Ela deixou que seu corpo caísse no chão frio chorando por saber que uma vida corria perigo e a salvação dela, estava em suas mãos. Ela não tinha o porquê de ajudar, não tinha obrigação nenhuma de mover uma palha para ajudar David, o garoto que sempre desconfiou dela desde o inicio.
Mas a ideia de saber que tinha o poder de resolver esse mistério e de salvar a vida de uma garota que talvez, nem saiba que está correndo perigo a atormentava. Ela não seria capaz de deixar que uma pessoa inocente morresse por causa da ambição de pessoas cruéis. Tinha que ajudar. Se não, ela ficaria com uma morte na consciência, e isso era pior do que negar ajuda. Camila levantou do chão depois de muito refletir. Ela poderia até ajudar ao David e sua familia, mas ela iria querer algo em troca também.
Camila procurou pelo David em todos os lugares, mais parecia que ele tinha sumido. O que era impossível. Ninguém poderia sair da escola. E então, ela foi procurar pelos outros, também nada. Já estava cansada de procura-los, então resolveu ir direto a fonte. Perguntaria a diretora onde eles estavam.
–Pode entrar. – disse a diretora sem saber quem batia na porta.
–Com licença. – Camila falou quando entrou na sala.
–Olá Camila. – falou a diretora quando a viu. – Posso ajudar em alguma coisa?
–Na verdade sim. – Camila respondeu. – Estou à procura do David e os outros, mais não os achei em lugar nenhum. Pensei que a senhora poderia me dizer onde eles estão.
–Hamm... – Camila olhou para a diretora atentamente, ela parecia não querer responder. – Sinto muito Camila, não sei onde eles estão. – Amélia com certeza estava mentindo.
–Obrigada mesmo assim. – Camila falou e abriu a porta para sair.
–Camila espere. – chamou a diretora. – Estou com o seu boletim, e como você já estar aqui, faço uma coisa só. – falou a diretora abrindo a gaveta de sua mesa.
Camila caminhou até a mesa dela e pegou o boletim, e teve um pressentimento de onde sabia onde eles estavam. Tudo a sua volta estava ficando embaçado. Ela olhou em volta e percebeu que estava de volta ao penhasco onde Bruna e o Marcelo tiveram uma noite romântica, mais agora de dia ela podia ver perfeitamente que o penhasco não tinha saída. O único jeito de se chegar lá era voando.
–O que vamos fazer agora? – Jessica perguntou um pouco aflita, mais pelo namorado.
–Sinceramente, não sei. – disse David desanimado. – Sem ajuda da Camila, não sei por onde começar.
–Sua mãe está a par dos acontecimentos? – Marcelo perguntou.
–Não, eu não tive coragem de dizer a ela. Se souber, ela vai ficar cheia de esperanças. – respondeu David suspirando.
–Pelo menos sabemos o que na verdade aconteceu com a sua irmã. Já um bom começo. – disse Marcelo olhando o lado positivo da situação.
–Não podemos perder as esperanças agora. – Bruna falou chamando a atenção de todos. – Temos que pensar num plano. – Bruna falou já pensando numa maneira de convencer Camila a lhes ajudar.
–Será que posso ajudar? – Camila falou interrompendo a conversa.
–Você disse que não iria nos ajudar. – David falou surpreso. Como ela havia chegado ali?
Camila ficou surpresa ao saber que podia se comunicar com as pessoas em suas visões. Ela havia falado num impulso.
–Voltem para escola me encontrem atrás do ginásio, ajudarei você a encontrar sua irmã. – ela respondeu. – Se fosse comigo, gostaria que fizessem o mesmo por mim. – Camila falou por fim.
–Camila? Está me ouvindo? – perguntou a diretora a olhando espantada.
–Estou. – Camila respondeu puxando o papel de vez da mão da diretora. – Se me der licença, tenho que ir para o meu quarto. – Camila saiu do escritório sem esperar por resposta.
Camila foi para trás do ginásio e esperou que eles voltassem. Ela ficou pensando em como seu caso era um pouco igual ao da filha da diretora – ela não era adotada, tinha certeza disso – e também perdeu os pais em um acidente e teve que ir morar com a sua tia. Era difícil para ela viver sem os pais, e imaginava que também era para os pais de David viver sem a filha do lado.
–Estamos aqui. – David disse para Camila que estava tão distraída com os seus pensamentos que levou um susto. – Como pretende me ajudar? – perguntou direto e reto. Não tinha tempo a perder. Camila levantou de onde estava sentada e encarou os quatros adolescentes ali.
–Não tenho o controle das minhas visões, elas vem e vão quando querem. – ela explicou. – Mas eu percebi, que quando toco em alguém ou em alguma coisa, elas acontecem. Quem sabe se você ou sua mãe possuir alguma coisa que sua irmã possa ter usado ou tocado, eu tenha uma visão. – Camila falou sem nem mesmo acreditar que sua teoria pudesse funcionar.
–Sei que minha mãe tem uma manta escondida em uma gaveta no quarto dela. – David contou.
–Acho que pode ser útil. – Camila falou. – Mas antes tenho uma proposta. Quero algo em troca pela a minha ajuda. – Camila falou e David a olhou desconfiado. Ela sabia que essa ajuda não sairia de graça.
–Qual é sua proposta? – David perguntou cruzando os braços.
–Se eu ajudar a encontrar a sua irmã... – ela começou. – Quero que você tire esse poder de mim. Já que você e sua mãe são bruxos, acho que conseguem fazer o que estou pedindo. – Camila falou rápido para não perder a coragem.
–Claro. – David aceitou sem pensar duas vezes. Bruna, Marcelo e Jessica foram na frente. Que permaneceram calados o durante toda a conversa. Camila ia segui-los, quando David a segurou pelo braço e ficaram para trás. – Camila, quero agradecer por sua ajuda. – disse David de cabeça baixa.
–Você faria o mesmo por mim. – Camila simplesmente respondeu.
–E tenha certeza de que faria. – David afirmou. – Mas eu não fui muito gentil com você. – ele respirou fundo. – É que você ficava agindo de modo estranho desde que chegou, e fiquei com receio de que estivesse trabalhando para o Caio ou para outras pessoas. Não tive a oportunidade de conviver com a minha irmã, eu nem ao menos sei como é o rosto dela. – seus olhos encheram-se de lagrimas. – E tenho que protege-la, mesmo sem saber onde está.
–Sei que deve ser difícil para você. E nem imagino a barra que tem que aguentar. – Camila falou compadecida com o desabafo de David. – Mas saiba que está se saindo muito bem. Sua irmã teria orgulho de você, se soubesse de tudo.
Por alguma razão, as palavras de Camila acalmaram David que estava tenso com toda essa situação de poder perder a irmã que ele nem chegou a conhecer, e ter que protege-la a longa distancia. E era um fardo grande para um adolescente carregar.
–Mas porque quer se livrar do seu dom? – ele perguntou sem entender, depois de permanecer um tempo em silencio.
–Estou farta de ver o sofrimento das pessoas. Ver o passado de quem somente quem as viveu devem lembrar. – ela explicou. – De sofrimento já basta o meu. – ela falou quase que com raiva do seu dom. – Agora, é melhor a gente alcançar os outros. – Camila mudou de assunto e David concordou.
Camila e David andaram até a casa dele e subiram para o quarto da diretora. David abriu uma gaveta da cômoda azul e dentro dela tirou uma manta vermelha e entregou a Camila, quando ela a tocou tudo a sua volta ficou embaçado, quando pôde enxergar onde estava viu que estava em um cemitério. Uma mulher e uma garota, que devia ter entre 14 e 16 anos, estavam de frente a duas lapides, a garota segurava dois buquês de rosas brancas e colocou cada buquê em cima dos túmulos. Mas Camila não conseguia ver os rostos delas, estavam contorcidos também.
–Isso é tão injusto, eu nem cheguei a conhecê-los, tia. – disse a garota chorando.
–Oh querida! – a mulher a abraçou. – Há coisas que acontecessem que não podemos evitar. – a mulher falou tentando consolar a sobrinha. – Mas tenha certeza que eles estão cuidando de você lá de cima. Estejam eles aonde estiver. – a mulher falou acariciando o rosto da garota.
A garota chorava por não ter conhecido seus pais, sem saber que seus pais verdadeiros sendo um anjo caído e uma bruxa, estão vivos. Ela não parecia saber de nada sobre suas verdadeiras origens. Camila olhou em volta e seu coração acelerou com que viu. Era o kelvin ali? Ele estava encostado em uma arvore do cemitério de braços cruzados sobre seu peito, ele observava as duas que estavam há cinco metros de distancia. As duas caminharam para fora do cemitério depois de se despedir dos túmulos e ele as seguiu de longe.
O que ele estava fazendo ali? Será que ele também está atrás da filha da diretora?
Quando Camila percebeu que estava de volta ao quarto da diretora, ela sentiu uma tontura e sentou na cadeira mais proxima.
–Você está bem, Camila? – Bruna perguntou amparando a amiga.
–Estou. – Camila respondeu com a voz arrastada. Ela olhou para David que a olhava em expectativas. – Sua irmã não sabe de nada. Ela foi criada como sendo filha do casal que morreu.
–Você conseguiu ver onde ela está ou mora? – David perguntou com mais esperanças.
–Não. – Camila respondeu vendo David deixar os ombros caírem. – Mas sei que ela está vivendo na mesma cidade em que eu viva. Vir ela no cemitério visitando o tumulo dos pais. Agora é só perguntar qual é o nome do casal para sua mãe e saberá o endereço da casa. – Camila sugeriu. Agora tudo estaria mais fácil. Era só olhar nos registros do cemitério e pronto.
–Irei agora mesmo falar com meus pais. – David disse com um sorriso largo estampado em seu rosto. Ele saiu do quarto apressado, mais retornou. – Obrigada. – ele falou olhando para Camila. – Você sabe o quanto isso é importante para minha familia. – ele agradeceu.
Cada um saíram da casa da diretora indo para direções diferentes. Camila foi para os dormitórios e para seu quarto e desabou na cama, a visão havia a deixado tonta. Deitada em sua cama, ficou pensando no kelvin. Será que ele era tão mal e ambicioso assim? Camila se arrependia amargamente a cada segundo por ter se apaixonado por ele.
–´´Se arrependimento matasse... Com certeza já estaria morta e só no osso.`` – ela disse para si mesma.
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Camila continuava deitada em sua cama de lado de frente para uma das janelas do quarto, vendo o pôr do sol através do muro, que não lhe oferecia uma visão completa. Seu sono chegou lenta e sorrateiramente até ela e Camila acabou dormindo profundamente. Parecia que ela não dormia há dias. Seu corpo pesava sobre a cama, sua mente vazia, sem nenhum pensamento vinha lhe perturbar. Estava entregue àquele ao seu sono e não resistiu. Ela rendeu-se a escuridão.
Camila ainda dormia, mais agora um sono leve e pôde sentir uma brisa gelada chocar-se com seu corpo. Uma grande sombra passou pelo local onde repousava e em seguida um alto barulho a fez acordar assustada. Camila olhou para o teto de seu quarto e tudo que viu, foi a imensidão do céu azul sem nenhuma nuvem. A alto preservação de Camila, gritou em sua mente que aquilo estava errado, ela não deveria esta ali. Assustou-se mais ainda quando percebeu que estava deitada sob a grama verde de um vasto campo, já era de manhã e o dia estava ensolarado.
Ela ouviu barulho de água corrente perto do local onde estava. Levantou-se e caminhou em direção do som e por fim, acabou achando um pequeno riacho correndo por ali dividindo aquele campo. Ela se aproximou e franziu as sobrancelhas ao ver seu reflexo na água. Passou a mão pelo longo vestido branco que estava em seu corpo no lugar do seu uniforme, seu cabelo preto estava solto e partido no meio, caindo por sobre seus ombros em ondulações desregulares. Seus labios estavam pintados com um batom vermelho sangue e usava uma sombra preta que cobria toda sua pálpebra.
–Mas o que é isso? – Camila perguntou a si mesma ainda encarando seu reflexo na água.
Camila olhou para o outro lado do riacho, mais além dele. E ali não muito perto, e em uma pedra, um homem usando apenas uma calça branca e de peito bem definido nu, estava sentado olhando para o céu, parecendo está esperando que algum sinal fosse aparecer ali.
–Com licença! – Camila gritou, e como ele não respondeu ela gritou de novo e esperou, e nada novamente. – EI VOCÊ! – ela gritou com a voz com um pouco de irritação. – Será que pode me dizer aonde estou? Você pode me ouvir? – Camila perguntou já ficando impaciente por ser ignorada.
O estranho podia ouvi-la muito bem. E como podia. Aquela voz foi como musica para seus ouvidos. Ha quanto tempo ele não ouvia a voz dela? Ele sabia que aquela voz que gritava pedindo por informações não era de sua amada, mais era um replica perfeita da original. O estranho abaixou a cabeça lentamente e encarou a visitante.
Camila arregalou seus olhos, seu peito parecia uma percussão de uma bateria de escola de samba de tão acelerado que seu coração batia. E mesmo estando tão longe dela, ele podia ouvir o coração dela bater frenético e fora de ritmo. Camila passou a dar passos para trás como se estivesse acuada, mais sem tirar seus olhos do estranho. Até que retomou o controle do seu corpo e ordenou a sua mente para que corresse. E foi o que ela fez.
Camila correu o mais rápido que pôde que aquele vestido lhe permitia, atravessou aquele campo com uma grama muito verde e entrou na parte onde árvores medianas estavam. Ela corria e ia afastando os galhos das árvores em seu caminho para que não machucassem seu rosto. Camila corria e rezava para que pudesse ser veloz o bastante para correr para longe daquele homem. Ele não poderia pega-la.
Mas sua correria foi inútil.
O estranho apareceu na frente dela, fazendo Camila bater de encontro aquele peito definido a derrubando sentada no chão sujando o vestido. Camila levantou-se depressa e tentou correr, mais antes que ela pudesse dá mais do que três passos, o estranho a segurou pelo braço com força.
–Não vou te machucar. – falou o estranho muito perto de seu ouvido. – Já fui humano e sei que tudo isso é de se assustar um pouco.
–O que você quer, Caio? – perguntou Camila com raiva. – Onde você me trouxe?
–Vejo que você já me conhece. – falou Caio com um sorriso em seu rosto aproveitando para cheirar o cabelo da sua convidada. Até o cheiro é igual. Caio pensou aspirando aquele perfume dolorosamente. – E bem, você está no meu pequeno paraíso particular. Trouxe-lhe aqui para lhe fazer uma proposta. – Caio falou maliciosamente. Se ela aceitasse, ele poderia ter alguns benefícios extras com aquela garota que se parecia tanto com a sua Amélia.
–Seja o que for, a minha resposta é não. – Camila adiantou-se tentando se livrar da mão de ferro de Caio.
–Se eu fosse você, Camila... Escutaria primeiro antes de responder. – Caio a soltou e Camila tentou correr quando se viu livre, mas seus pés não a obedeceram. – Sei que você consegue ver o passado, especialmente da familia do meu maninho. – Caio falou encarando cada detalhe do corpo de Camila. E cada vez mais apareciam detalhes semelhantes entre as duas. – Qualquer um do mundo sobrenatural, pagaria muito caro por seus poderes minha querida. E devo lhe dizer que já colocaram sua cabeça a prêmio. – Caio sussurrou colando seu peito as costas de Camila que estremeceu de medo. Estariam atrás dela? – Mas não se preocupe, enquanto estiver dentro da escola estará segura. – Caio falou e afastando-se de Camila, não queria perder o controle e se sentou em uma pedra. – Mas, voltando ao assunto... – Caio fez um sinal com a mão e obrigou o corpo de Camila a andar e a sentar-se ao seu lado. – Sei que está ajudado o meu sobrinho sem a permissão da minha cunhada, a encontrar a irmã dele. – Caio segurou a mão esquerda de Camila e sentiu que a pele dela estava gelada e riu daquilo. A pobre garota estava morrendo de medo dele. – A minha proposta é: Que me ajude a encontrar minha sobrinha e em troca tirarei seus poderes. – Camila arregalou novamente seus olhos. Como Caio poderia saber que ela não queria mais seus poderes? Só os amigos do David sabiam disso. Será que havia um traidor entre eles?
–E ainda... – Caio aproximou seu corpo ao de Camila que viajava em seus pensamentos. – Apagarei sua memoria. – Caio completou, trazendo Camila de volta a realidade. – Apagarei da sua memoria, tudo que viveu desde que conheceu aquele seu namoradinho patético, que depois tentou te matar – Caio falou tornando a proposta agradável a Camila.
–Quer dizer, que não lembrarei de nada disso? – Camila perguntou interessando-se ainda mais.
–Você vai acordar e vai pensar que tudo não passou de um terrível pesadelo. – Caio confirmou sorrindo triunfante. – O que me diz? É um acordo melhor do que fez com o David. Ou quem sabe você prefira... – Caio voltou a se aproximar de Camila com um olhar malicioso. – Me ajudar e se tornar minha cúmplice nisso tudo ou até em algo mais. – Caio passou a mão na coxa de Camila e beijou seu pescoço enquanto subia o vestido para acariciar a pele mais intimamente. – Se é que me entende. – Caio sorriu já pensando nas coisas que faria com Camila. Ela não era Amélia, mais seria uma ótima substituta.
–Tire sua mão de cima de mim. – Camila falou com nojo de sua pele está sendo tocando por ele.
–já vi que sua resposta é não. – Caio falou levantando os braços em sinal de rendição. – Sabe, se eu fosse você, não iria querer uma pessoa como eu como seu inimigo. Pense duas vezes antes de recusar. – Caio a olhou de sobreaviso.
–Eu jamais ajudaria um psicopata, invejoso, amargurado por ter sido chutado pela mulher que amava e ela ter preferido ficar com o irmão, a encontrar a filha dela que você pretende matar e roubar seus poderes só para se vingar. – Camila disse tudo num folego só.
Caio a olhou serio e com raiva se levantou e a encarou.
–O que foi? – Camila perguntou com um sorriso vitorioso por ter conseguido mexer com Caio. – Não gosta de ouvir a verdade? Você pensou o quê me trazendo aqui? – ela falou referindo-se ao local. – Que eu iria me deixar iludir por esse lugar bonito e de como estamos vestidos e diria sem duvida que o ajudaria e que iria ficar com você? – Camila perguntou sarcástica. – Agora sei por que Amélia não quis ficar com você.
–Então me diga o porquê. – Caio disse cruzando os braços e Camila se levantou contra sua vontade.
–Você não passa de mais um conquistador barato que não gosta de ouvir um NÃO. – Camila respondeu. – Mas confesso que esse lugar é bonito, mais não o suficiente para me deixar louca de amor por você. – Camila falou e sentiu uma pontada em sua barriga e olhou para baixo.
Caio estava com a mão enfiada até o pulso em sua barriga. Ele retirou sua mão que estava suja com um líquido preto e Camila caiu no chão tonta.
–Você não sabe nem da metade da historia. – Caio falou antes de caio desmaiar.
–Camila, acorde. Por favor. – ela ouviu uma voz familiar a chamando. – Camila. – disse a voz aflita.
Camila abriu os olhos lentamente e viu a imagem de alguém embaçada. Ela fechou os olhos e os apertou para tentar enxergar melhor, quando se lembrou de Caio, acordou assustada.
–Sou eu o Marcos, Camila. Acalme-se. – Marcos falou para que ela não ficasse agitada.
Camila olhou para ele com os olhos cheio de lagrimas e o abraçou.
–Shiii. Eu estou aqui agora. – Marcos a ninou em seus braços. Quando Camila parou de chorar ele a afastou de leve e secou suas lagrimas. – Como você foi parar na floresta vestida desse jeito? Se eu não a tivesse encontrado a tempo, teria se afogado. – Marcos falou ainda aflito e Camila olhou a sua volta.
Eles estavam na margem do lago na floresta, os dois com suas roupas molhadas e ela ainda vestia o vestido branco. E ela soube que seu encontro com Caio, tinha realmente acontecido.
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–Como foi? – Cassius perguntou rodando o liquido da sua bebida no copo em sua mão.
–Ela não aceitou. – Caio respondeu raivosamente. Como aquela fedelha ousou em me ofender? Ele pensou trincando o maxilar.
–E como você pretende encontrar a Sofia agora? – Cassius perguntou calmamente para Caio. Mas seu olhar era penetrante e cortante.
–Tudo vai se resolver, Cassius. – Caio falou por entre os dentes.
–Eu realmente espero. – Cassius falou e levantou de sua cadeira e andou em direção parando em frente ao Caio. – Para o seu próprio bem, eu realmente espero que tudo se resolva e principalmente ao meu favor. – Cassius falou fazendo seus olhos tornarem-se negros e Caio caiu ajoelhado a sua frente gemendo de dor. – Nada pode falhar. – Cassius falou por fim com seus olhos voltando a serem azuis.
Autor(a): BiaRuz
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O dia seguinte amanheceu nublado e medonho. Uma estranha paz celestial reinava por toda escola, não se ouvia nem se quer um ruído. Uma voz ou o canto de um pássaro talvez. Camila levantou da sua cama e ficou de frente para janela, observando o céu cinzento. –Algo está errado. – Camila falou para si mesma. E um ...
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