Fanfic: Entre Anjos E Demônios
Todos ali presentes olharam para Caio e Camila sem entenderem nada, mais Amelia tinha alguma noção do que estava por vir, e temia que suas suspeitas estivessem corretas.
–Vamos fazer um passeio querida sobrinha? - Caio perguntou antes de agarra-la pelo pescoço.
–Afaste-se dela. - Marcos gritou enfurecido vendo Caio tocar na sua mulher.
Caio apenas olhou debochado para Marcos apertando o pescoço de Camila que permanecia impassível diante e tudo. Marcos não viu nada a sua frente, tudo que via era os dedos daquele maldito apertando o pescoço da sua Camila. Ele deixou que suas asas se libertassem e projetou seu corpo em direção a Caio que o olhava interrogativamente.
Todos olharam horrorizados para o corpo de Marcos desacordado ao lado contrário de onde ele ia.
Cassius sorriu de lado, vendo a testa de Marcos cicatrizar rapidamente. Ele não poderia mata-lo sendo quem ele era, mais poderia feri-lo.
–Cassius? - Carlos falou o nome do anjo a sua frente surpreso. Estava claro que ele não estava ali para ajuda-lo. - O que está fazendo? Você é o sétimo enviado de Deus, deveria está do nosso lado. - Carlos falou agora com raiva controlando-se para não atacar seu superior.
–Não é óbvio? Caio trabalha para mim. - Cassius falou cruzando despreocupadamente os braços.
–Você é uns doze enviados de deus, não pode está no lado negro. - esbravejou Carlos agora considerando realmente em matar seu EX-superior. (houve 12 apóstolos, então são 12 anjos enviados a terra? entenderam?)
–Só que acontece, enjoada ser bonzinho o tempo todo. - Cassius falou examinando suas unhas como se aquilo fosse mais importante. - Ainda mais ter que ajudar essa raça humana desprezível que nunca deveria existir. - Cassius falou por entre os dentes trincados lembrando dos últimos 3 mil anos que foi mandado para a terra e sair do plano espiritual.
–Eu vou matar vocês dois. - Carlos esbravejou curvando suas asas.
–Faça logo o que tem que fazer, Caio. - Cassius falou brandamente referindo-se a Caio e olhando para ´´as berrações`` a sua frente.
Caio voltou a olhar para os olhos brancos de Camila fechando os seus em seguida para abri-los novamente.
–Olhe e veja, sobrinha. - ele sussurrou para Camila vendos os olhos dela voltarem ao normal.
Camila assustou-se ao ver que caio a prendia pelo pescoço, debateu-se conseguindo se voltar do aperto.
–Mama... - Camila ouviu uma voz infantil. - Mama...
Camila levantou o seu olhar encontrando uma menina de no máximo 3 anos no colo de sua tia numa versão mais jovem.
–Mama... - a menina gritava com os bracinhos abertos abrindo e fechando as mãos chamando alguém.
–Eu vou voltar filha. - a voz doce de uma mulher soou um pouco longe.
–Mama, não... - a menina falava em meio aos prantos.
–Camila, sua mãe iriar voltar. - sua tia falou divertindo-se com o desespero da criança. - Ela não vai fugir. - sua tia voltou a falar abraçando a criança dando meia volta e andando para dentro da casa fechando a porta atrás de si.
–Vamos Barbara, quanto mais cedo fomos, mais cedo voltamos. - Raul falou sentando no banco do motorista.
Barbara voltou o seu olhar para casa. Seu coração estava apertado em deixar sua filha ali, mais também não podia faltar no sabá das bruxas, sendo ela a terceira líder da ordem das bruxas brancas. Derrotada, entrou dentro do carro deixando seu coração para trás com a sua herdeira.
Pouco tempo depois, Camila via o carro cair abismo abaixo e explodir, matando seus pais.
–Devo dizer que meu irmão escolheu muito bem, as pessoas que tomariam conta de você. - Caio falou agachado ao lado de Camila que via a cena com a respiração rala.
–A terceira líder da ordem das cinco bruxas brancas, sendo que sua avó a mãe de Amelia, um dia também foi da ordem. Ela a primeira líder, uma grande honra. - ele gargalhou alto. - E seu papai? Líder de um dos maiores clãs de anjos caídos que continuaram do lado de Deus fielmente. - ele tocou no cabelo da sobrinha acabando por receber um tapa. - Até que a história deles, se parece com a do meu irmão e cunhada. - Caio observou.
Caio levantou e ficou vendo o seu pote de ouro ali no chão.
–Vamos voltar um pouco. - Caio falou agarrando o braço de Camila sem delicadeza a colocando de pé ao seu lado. - É melhor prestar atenção. - Caio avisou.
Camila olhou irritada para o carro preto que estacionava em frente a sua casa, viu Carlos sair do carro horrorizada e logo após Amelia com um bebê nos braços.
–Não pode ser. - Camila falou num fio de voz perdendo as forças em suas pernas, acabando por ser amparada por Caio que a sustentava de pé.
–Temos que ser rápidos, Amelia. - Carlos falou sério olhando para sua esposa que chorava olhando para a filha nos braços.
Camila viu quando os seus supostos pais saíram da casa abraçados olhando com pena para o trio a sua frente.
–Amelia, não podemos demorar. - Carlos a alertou novamente.
Amelia olhou para o marido com a tristeza estampadas em seus olhos e voltou olha a sua filha que dormia tranquilamente no conforto dos seus braços.
–Eu te amei no mesmo instante em que soube que estava gravida de você. - Amelia falou baixinho no ouvido da filha. - Será com muita dor, que eu não poderei dizer que te amo todos os dias. Queria que tudo fosse diferente. - ela desejou.
–Amelia, por favor. - Carlos pediu. Ele estava a todo custo segurando suas lágrimas para não chorar junto com sua mulher.
Amelia deu cinco passos lentos e vacilantes na direção do casal entregando um dos seus bens mais preciosos para a mulher estranha a sua frente.
–Estarei sempre com você, minha filha. - Amelia falou colocando um colar de ouro com um pingente com dois corações entrelaçados.
Camila ofegou. Aquela era o mesmo colar que nunca saiu do seu pescoço até o dia em que entrou para o Amelia, onde ela sentiu a necessidade de guardar seu tesouro.
–Cuide bem dela. - Amelia ordenou para a mulher.
–Como se fosse a minha própria filha. - rebateu a mulher com segurança dando meia volta e entrando na casa desaparecendo da visão de Amelia com sua filha.
–Agora vamos. - Carlos falou rebocando a sua esposa que não queria sair dali, mais foi a contra gosto.
–Seu pai fez pouco caso de você. - Caio sussurrou no ouvido de Camila. - Nem derramou uma única lagrima por ver a filhinha do papai ser deixada com pessoas estranhas. Ele nunca se importou com você. - Caio alfinetou Camila que estava sem reação alguma.
O casal entrou no carro e a porta da casa foi aberta de onde uma garotinha de no máximo 9 anos saiu correndo vestida com uniforme escolar sendo seguida por sua tia.
–Camila, não corra. - sua tia ordenou fechando a porta e desaparecendo no ar como fumaça, para dar o lugar a um quarto de hospital.
–Você está bem? - perguntou Patrícia enquanto abraçava a sobrinha que estava deitada na cama de um hospital.
–Não tia. - Camila falou chorosa agarrando-se mais a tia.
–Você deveria ter me escutado, por que não me escutou? - Patrícia perguntou debilmente sofrendo por ver sua única sobrinha naquele estado.
–Desculpa tia. - Camila passou a sussurrar aquilo como mantra sendo embalada por sua tia.
–Quer saber por que seu namoradinho fez isso? - Caio perguntou fazendo a cena novamente mudar. Agora Camila via Kelvin limpando vários tipos de punhais, espadas e armas. - Ele sabia de quem você era filha. - Caio revelou. - Ele foi nomeado para matar você, mais ele quis se divertir no horário de trabalho. Que falta profissionalismo da parte dele. Um caçador de bruxas querendo se divertir com uma. - Caio gargalhou. - Pena que ele não conseguiu. - Caio falou recebendo uma cotovelada no estômago que não deveria ter doido nada, mais doeu.
Camila caiu sentada no chão olhando para Caio com os olhos brilhando de raiva e nojo do tio. Foi quando várias lembranças passeavam por sua mente confirmando o que Caio dizia. Era ela. Realmente sempre foi ela.
–SUA VAGABUNDA. - Caio gritou avançando na direção de Camila que o encarou sem demonstrar seu medo. Mas Caio parou com a mão erguida no ar, pronto para bate-la.
–NÃO SE ATREVA. - Camila gritou fazendo Caio voar longe com apenas um gesto de mãos.
–Mas como... Você... como... - Caio não conseguia completar sua frase vendo sangue em sua mão. Sangue que saia de sua boca.
Camila levantou do chão limpando a calça que havia se sujado de terra e andou calmamente até caio que a fitava desacreditado.
–Está noa hora de você ver as coisas, titio. - Camila falou ao parar em frente a Caio. - Olhe e veja tio. - Camila repetiu a mesma frase saindo da frente de Caio sorrindo triunfante ao ver os olhos arregalados do seu titio.
–Não pode ser. - Caio falou assustado vendo as cenas a sua frente como um filme. - Isso é impossível. - ele declarou.
–Pra você. - Camila falou em meu a risos. - Nunca mexa na mente de uma pessoa que possui duas almas. - Camila aconselhou Caio olhando-o com os olhos negros.
Se possível, Caio arregalou ainda mais seus olhos diante da figura de Camila. Não era para nada sair daquele jeito.
Autor(a): BiaRuz
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Camila deu três passos decididos em direção a Caio que rapidamente os levou novamente para o jardim onde a batalha tinha se iniciado. –Cassius... - Caio gritou antes de ser atingindo por Camila caindo no chão inconsciente. Todos pararam de lutar e olharam incrédulos para Camila que ainda tinha em sua mão, uma b ...
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