Fanfic: Entre Anjos E Demônios

Camila deu três passos decididos em direção a Caio que rapidamente os levou novamente para o jardim onde a batalha tinha se iniciado.

–Cassius... - Caio gritou antes de ser atingindo por Camila caindo no chão inconsciente.

Todos pararam de lutar e olharam incrédulos para Camila que ainda tinha em sua mão, uma bola de fogo roxa.

–Camila, mais o que... - Marcos não terminou sua frase.

Camila avançou em direção a Cassius revelando um par de asas douradas.

–Impossível. - Cassius exclamou perplexos desviando do gole de Camila para ser atingindo pelas costas no segundo seguinte e caindo no chão. - Sua desgraçada. - Cassius gritou revoltado se recompondo e desferindo um soco no queixo de Camila, fazendo seu rosto virar e seu cabelo ficar na frente.

–Eu vou matar você. - Marcos gritou enfurecido ao ver a cena, mais foi arremessado ao lado contrário do jardim por Cassius.

Cassius olhou confuso para a garota em sua frente, que explodiu em gargalhadas. Mas sua confusão não demorou muito ao ver os olhos negros e enfurecidos da jovem.

–É o melhor que pode fazer? - Camila perguntou fazendo aparecer em sua mão, um dos arcos dos subordinados de Caio e atirando em Cassius que se desviou de todas as flechas com precisão e sumiu das vistas de Camila que sorriu. - Pode correr, mais não pode se esconder. - Camila dizia enquanto andava despreocupadamente pelo jardim.

–Camila, o que você está fazendo? - Bruna tentou se aproximar mais foi arremessada em cima do Marcelo que amorteceu a sua queda.

–Camila, você sabe onde está minha filha? - Amelia perguntou curiosa sem se preocupar com a a guerra iniciada ali. Estava desesperada para saber o paradeiro da filha.

–Está em mim. - Camila simplesmente respondeu e abaixando-se antes de Cassius a surpreende-la por trás. - Patético. - Camila falou agarrando Cassius pelo braço o torcendo e acabando por rasgar uma de suas asas com a mão, sorrindo satisfeita em ouvir o grito de dor que saiu da boca de Cassius e vendo o sangue dele brotar de suas costas e o jogou no chão apontando o arco para o peito dele e segurando. - Doei não é? - ela perguntou sarcástica.

–Vai doer mais quando eu arrancar sua alma, Katherine. - Cassius falou novamente surpreendendo a todos.

–Acho que não. - Camila negou apertando o gatilho e acertando a testa de Cassius que gritou em agonia e desespero sentindo seu corpo se desintegrar e desmanchar em pó.

Camila ficou ali em pé assistindo seu oponente morrer aos poucos, ela não devia, mais estava gostando do que estava vendo.

–Katherine? - Amelia chamou exitante e temerosa. Era mesmo a filha dela ali?

Camila levantou o rosto encarando a mulher a sua frente com um sorriso maléfico no rosto, que foi sumindo ao ver o medo nos olhos da diretora.

–É você mesmo. - Amelia falou feliz dando trés passos querendo iniciar uma corrida para chegar até sua filha e abraça-la, mais sua corrida foi interrompida quando novos homens prateados sem rosto seguraram em cada braço de todos presentes ali.

Camila deu seu primeiro passo querendo ajudar seus amigos, mais também foi impedida por mãos geladas que seguraram em cada braço seu. Ela totalmente irada chegou a criar bolas de fogo, quando a dor de ter o cabelo puxado e a garganta cortada a atingiu.

–NÃO... - todos ali gritaram vendo Caio segurar os cabelos de Camila depois de lhe cortar a garganta.

–Seu desgraçado. - David gritou libertando um dos braços e matando um dos homens que lhe segurava, mais acabou por criar mais dois da poeira prateada que o seguraram com mais firmeza.

Amelia entrou em total desespero vendo a filha com a garganta cortada e o sangue sujar a blusa que ela usava. Marcos nem se mexia, olhava para tudo desacreditado. Caio não poderia ter matado a mulher da sua vida, o que seria dele sem ela?

Caio gargalhava vendo o espanto em cada rosto ali, fez seus homens largarem Camila no chão que levou imediatamente as mãos na garganta tentando inutilmente estancar o sangramento. Estava difícil para Camila respirar, a cada tentativa sua sangue saia por sua boca.

Caio somente ria sentindo-se realizado e agradecido por sua sobrinha ter matado seu chefe. Seria um a menos para dividir o poder.

–Eu tenho que te agradecer por matar o Cassius, querida sobrinha. - Caio falou fazendo um punhal dourado aparecer em sua mão e esfaqueando a barriga de Camila que gemeu, e acabou por deixar seu corpo estendido na grama que ficava cada vez mais manchada de vermelho. Ela não sabia em como ainda estava viva, já deveria está morta.

–Ainda não. - Caio falou retirando o punhal de sua barriga e novamente a esfaqueando, só que agora em seu peito, em seu coração e girou o punhal provocando ainda mais dor a ela.

–Não Caio, pare por favor. - Amelia falava tentando se libertar para ajudar a filha.

–Eu vou matar você, Caio. - Carlos gritou.

Camila lentamente virou o rosto para o lado e encarou o grupo, vendo todos a olharem com pena e tristeza nos olhos. Ela não mais respirava, sentia seu coração parar de bater rapidamente, seu corpo já estava gelado e nada mais a impedia de morrer.

Tum-tum, tum-tum, tum-tum, tum-tum...

Ali já estava o corpo de Camila sem vida perante a sua família e amigos. E perante ao anjo que seria o pai do filho que ela espera.

~~~~~~~~~~~~X~~~~~~~~~~~~

Caio sorria largamente encarando o corpo de Camila e ignorando os gritos e as ameaças que lhe eram direcionadas. Ele olhava fixamente para o corpo morto que já dava os primeiros sinais.

O corpo de Camila começou a brilhar levemente, Caio se agitou. Estava na hora. Todos ficaram calados quando viram a alma de Camila se separar do seu corpo indo em direção a luz azul que brilhava um pouco acima de si. Mas Caio foi mais rápido, segurou a alma da sobrinha pelo pulso como se ela ainda fosse algo sólido.

A alma de Camila gritou fazendo o ouvido de todos doerem, mais Caio o interrompeu ao enfiar seu braço através da alma da menina que trincou como se fosse um espelho, ele sorriu e retirou seu braço vendo que sua mão segurava a bola roxa, onde continha todo o poder de Camila.

Caio soltou a alma dela que acabou por explodi cegando a todos por alguns segundos com o seu brilho, mas não impediu ninguém de ver Caio se apoderando do poder de Camila que agora não continha nenhuma chance de ser revivida.

–Isso, assim. - Caio falou abrindo os braços sentindo o poder dentro de si crescer.

A risada que se ouviu depois, foi de arrepiar o cabelo da nuca, mais todos ali estavam ocupados sentindo ódio e ira daquele ser que não tinham tempo e nem espaço parar sentir medo.

–Soltem meu irmão. - Caio ordenou e meio segundo depois, Carlos estava socando o seu rosto sem parar para dá tempo de seu irmão se defender.

Caio deixou que Carlos batesse nele, deixou ele se cansar. Mais Carlos não parava, a imagem da sua filha tendo o pescoço cortando estava tatuado em sua memória.

Caio vendo que o irmão não pararia até vê-lo morto, apunhalou o irmão entre os dois ossos da costela direita ouvindo-o gritar, mais assim que retirou o punhal a ferida cicatrizou.

–Falei que seria eu a ganhar essa guerra. - Caio falou segurando Carlos pelo pescoço que tentava se soltar sem sucesso. - Eu não fiquei com a mulher que eu amo, mais você também não vai ficar com a sua filha. - Ele falou agora socando e apunhalado o irmão que se defendia precariamente.

David conseguiu se soltar ajudando Marcelo a também se soltar pediu para tirasse a mãe e as garotas dali. Marcos também conseguiu se soltar e voou até o corpo de Camila e a colocou em seu colo.

–Você não podia ter me deixado. - ele falou num fio de voz abraçando o corpo ensaguentado de Camila. - AAAAAAAAHHHHHHH.... - ele gritou ignorando a luta ao seu redor. Ele ficou ali ninando o corpo de Camila.

David lutava bravamente contra o tio querendo acerta-lo, mais tinha o efeito contrário, apanhava mais do que batia, mais ele vingaria a morte da irmã.

Caio se viu encurralado por David e Carlos. Patético, pensou Caio. Ele era o mais poderoso entre eles e mostraria a todos.

Marcelo tentava inutilmente levar as três mulheres para longe, para um lugar seguro, mais a recusa estava dificultando seus planos.

–Por favor Amélia, temos que ir. - Marcelo falou segurando o braço de Amelia e o outro de Bruna que queria ir ajudar o amigo.

–EU NÃO VOU SAIR DAQUI. SOLTE-ME AGORA MESMO. - gritou Amelia enfurecida.

–Não. - Marcelo falou liberando suas asas. - Vamos Jessica, e não discuta comigo. - ele completou vendo no olhar da amiga a desejo de ir ajudar o namorado, ele também queria poder matar Caio, mais tinha que protege-las antes. Por que elas não entendiam?

–EU NÃO VOU. - Amelia gritou cotovelando as costelas de Marcelo que gritou de dor e acabou por soltá-la.

Amelia virou-se a tempo de ver o filho sendo jogando longe com a barriga sangrando. Não, ela não podia perder mais um filho.

–AGORA É A SUA VEZ. - Caio gritou alçando voou em direção a Carlos, mais acabou por cair no chão com a mão no peito.

Caio tentou voar novamente na direção do irmão fazendo com que a dor aumentasse. Que porra é essa? Caio pensou trincando os dentes para não gritar quando a dor se apossou do seu corpo.

–Você achou mesmo que poderia simplesmente matar a minha afilhada assim? - Caio ouviu Alexandre voar a centímetros do chão bem a sua frente.

–O que faz aqui? - Caio perguntou com dificuldade.

–Estou aqui para presenciar a sua derrota. - anunciou Alexandre posando no chão e ficando ajoelhado de frente para Caio. - Isso eu não poderia perder. - ele falou sorrindo amigavelmente.

Caio tentou retrucar, mais a dor que sentia parecia que estava rasgando-o ao meio por dentro, queimando e destruindo-o de dentro para fora. A cada segundo aquilo se tornava insuportável, Caio só queria que aquilo acabasse de vez.

–Seu pedido é uma ordem. - Alexandre falou ficando em pé e erguendo sua espada acima de sua cabeça. - Vai direto para o inferno. - ele decretou abaixando sua espada e acabando por cortar o corpo do ex-companheiro em dois.

Pronto. Todos estavam vingados. Todos aqueles que Caio fez qualquer tipo de maldade, teve sua vingança ali.