Fanfics Brasil - fazendo amigos Entre Anjos E Demônios

Fanfic: Entre Anjos E Demônios


Capítulo: fazendo amigos

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–Bom dia alunos. Já são 6:00 da manhã. Aqui é a diretora, lhes desejando um ótimo dia.


 


No quarto, Camila acorda assustada com os auto falantes. Por causa do susto, acabou caindo da cama.


 


–Isso acontece todo dia? - Perguntou Camila ao levantar do chão e ver Bruna saindo do banheiro.


 


–É melhor se acostumar. - Bruna respondeu passando batom em frente à porta de vidro do guarda-roupa. - Ela faz isso todo santo dia. - E sentou-se na sua cama. - E é melhor se arrumar depressa, quem se atrasa para o café da manhã, fica sem. - Bruna avisou.


 


Camila a contra gosto, foi tomar um banho quente para acordar. Tudo que ela queria, era poder ficar na cama e dormir o dia todo. Mais isso seria impossível.


 


Camila voltou para o quarto e vestiu seu uniforme. Camila odiava ter que usar uniformes. As garotas eram obrigadas a usarem uma saia xadrez preta e marrom que ia até os joelhos, uma blusa branca com mangas longas, uma gravata vermelha e um blazer preto com o semblante da escola no lado esquerdo. E para completar, usavam uma sapatilha preta com meias pretas que iam até a metade da batata da perna. Para os garotos era quase a mesma coisa. Eles usavam uma calça preta e sapato social também preto.


 


Quando terminou de se arrumar, Bruna esperava Camila para irem juntas ao refeitório. Camila e Bruna saíram do prédio e foram ao segundo prédio branco.


 


–Minha nossa. Esse refeitório é duas vezes maior do que o da minha antiga escola. - Disse Camila admirando tudo ao seu redor.


 


–Você tem que ver a área de lazer dos alunos. - Comentou Bruna. - Agora vamos comer, estou com faminta.


 


Elas entraram na fila que já era grande. Bruna pegou mingau de aveia, torradas com geleia e suco de maçã. Camila pegou suco de uva, torradas com geleia e fatias de laranja.


 


–Bruna aqui. - Chamou Marcelo. - Bruna... - Ele gritou acenando com a mão.


 


–Ali. - Bruna disse apontando para o Marcelo. - Vamos nos sentar.


 


–Acho melhor não, vai você. - Disse Camila envergonhada.


 


–Acredite em mim, você não querer sentar sozinha. Só idiotas sentam sozinhos. - Disse Bruna.


 


Na mesa havia mais duas pessoas além do Marcelo. Outro casal de namorados sentados abraçados.


 


–Bom dia. - Desejou Bruna para todos cumprimentando Marcelo com um selinho. Os outros encararam Camila, menos o garoto de cabelos pretos. - Gente essa é a Camila, a novata. - Bruna começou as apresentações. - Essa é a Jessica e o David que também são namorados. Pra sua informação. - Bruna cutucou o braço de Camila.


 


–Oi. - Disseram todos ao mesmo tempo a encarando.


 


–Oi. - Camila disse se sentando, ao lado da Bruna.


 


–Então... O que uma certinha como você, fez para parar aqui?- Perguntou a loira para Camila.


 


–Não entendi. - Disse Camila confusa.


 


–Você não aparenta ser o tipo de garota que faz coisa erradas só por rebeldia, principalmente para parar aqui. - A loira falou sua conclusão e deu um gole no seu suco de laranja. Enquanto os outros a encaravam.


 


–Todos que estão aqui, aprontaram alguma coisa que deixou os pais loucos de raiva, e então os mandaram para cá. - Explicou Bruna. - A Jessica estava dirigindo bêbada e sem carteira de motorista. - Jessica, a loira sorriu. - O Marcelo foi pego roubando as respostas das provas.


 


–E você? - Perguntou Camila sentindo-se deslocada em um grupo de adolescentes rebeldes.


 


–Roubei o carro dos meus pais e destruir a sala de jantar. Devia ter visto a cara dos meus pais. - Disse Bruna rindo para si mesma lembrando-se da cena. - Só o nosso queridinho David aqui, é o único que se salva. - Bruna disse apontando para o garoto de cabelos pretos. - Ele é o filho da diretora. - Sussurrou Bruna. Camila olhou para ele, e o garoto pareceu incomodado com o comentário. - Agora é você. O que fez de tão grave?


 


Camila não queria contar o do porquê de sua tia havia a transferido para aquela escola tão longe de casa. Ela não queria lembrar. Bruna e os outros esperaram ela responder, então falou a primeira coisa que veio a sua cabeça.


 


–Hum... Foi por causa de um garoto, que minha tia não gostava. Só isso. - Ela deu de ombros e mordendo um pedaço da torrada na boca.


 


–Como assim? - Perguntou Jessica sem entender nada.


 


–Minha tia não queria que eu namorasse um garoto mais velho da minha antiga e escola. - Camila limpou a garganta. - E achou que me mandando para cá, era o jeito mais fácil de nos manter longe.


 


–Só isso? Sem brigas, drogas, bebidas ou... Festas proibidas? - Perguntou Bruna.


 


–Se você acha pouco. - Disse Camila dando de ombros. - Mais para me tá de bom tamanho. - disse para Bruna. ´´Se eles soubessem da verdade``. Ela pensou.


 


–Odeio quando nossos pais nos impõem regras. - Disse Bruna inconformada. - É ai que dá vontade de quebra-las ainda mais.


 


–Srta. Camila Fernandes de Vasconcelos queira se apresentar a diretoria, imediatamente. - Disse o alto falante. Camila levantou-se deixando seu café da manhã pela metade, e caminhou em direção à saída. Mas parou ao perceber que não sabia onde ficava a diretoria, e voltou para a mesa.


 


–Será que me podem dizer onde fica a diretoria? - Perguntou ela.


 


–Posso mostrar para você. - Ofereceu David, falando com a Camila pela primeira aquela manhã. - Se quiser. - Camila sentiu um arrepio ao ver aqueles olhos, mais não de medo, eles lhe pareciam familiar. - Então? Vai querer que lhe mostre o caminho ou não? - Perguntou ele esperando a resposta, já que ela ficou muda.


 


–Claro. - Disse finalmente. - Por favor.


 


Ele despediu-se da Jessica com um beijo e saíram do refeitório. Passaram pelo mesmo corredor que Camila havia atravessado a noite para chegar ao seu quarto.


 


David permaneceu calado e nem olhava para trás para conferir se ela o seguia. Agora que estava de dia, Camila podia ver perfeitamente os quadros, e um lhe chamou atenção, era ele no quadro. O mesmo homem da sua visão. ele estava de pé ao lado de uma mulher com uma menina nos braços. Camila parou em frente e ficou admirando com aquele casal, principalmente com a menina, que não devia ter mais de dois anos de idade.


 


–Sr. Tristan albatroz com sua esposa Sandra Albatroz e sua filha Amélia Albatroz. - Disse lendo em voz alta. Ela não sabia por que, mais sentia uma sensação de conforto ao olhar para aquela menina. Camila sem conter o impulso, tocou a pintura.


 


Tudo a sua volta começou a ficar embaçado, ela sabia o que iria acontecer a seguir, mais nada aconteceu. Ela sentiu uma mão sobre seu ombro e tudo voltou normal, quando se virou, era David. Ela não entendeu o que aconteceu, como ele fez isso? Ele a impediu de ter uma visão.


 


–Você não deve se afastar, é facil se perder aqui. Ainda mais para uma novata. - Disse David a olhando de olhos cerrados e tirou a mão do ombro dela.


 


–São seus avos? - Camila perguntou direto e reto para ele.


 


–São. - Ele olhou para o quadro. - Eles morreram antes de eu nascer. Agora vamos, a diretora não gosta de esperar. - Disse ele olhando para ela desconfiado, como se soubesse o que tinha acontecido.


 


Continuaram pelo corredor e um lance de escada, e dois minutos depois chegaram à sala da diretoria.


 


–Pronto, está entregue. - Ele disse sentando-se no sofá de couro preto da secretaria.


 


–Srta. Camila? - Perguntou a secretaria, olhando a novata de cima a baixo. Camila apenas assentiu. - Pode entrar, a diretora está esperando.


 


–Tudo bem. - Disse Camila para a secretaria, e se virou em direção ao David. - Obrigada. - Disse para ele, que deu de ombros. Ela bateu na porta.


 


–Pode entrar. - Camila ouviu a voz de uma mulher e entrou na sala, vendo uma mulher que se parecia com ela só que alguns anos mais velha sentada em frente a uma mesa. - Sente-se, por favor. - Camila sentou-se devagar na cadeira. - Desculpe por interromper seu de jejum, mais gosto de falar com os alunos novos antes da aula. - Disse a diretora com uma pasta amarela na mão. - Eu li sua ficha escolar, e estou impressionada. Tem boas notas e ótimas recomendações de seus professores. Queria ter mais alunos como você aqui. E espero sinceramente que continue assim.


 


–A Sra. pode ter certeza. - Disse Camila desconfortável com o olhar daquela mulher.


 


–Sua tia nos deixou ordens muito precisas em relação a Srta. que algumas não irá agrada-lá._Disse ela se levantando_Terá de nos entregar seu celular e qualquer outro dispositivo de comunicação que tenha trazido. O computador está bloqueado e só poderá usa-lo se for para algo relacionado aos estudos, e não poderá se comunicar com ninguém. Você não tem permissão para usar o telefone da escola ou outro qualquer, e só poderá sair da escola acompanhada de um adulto. sua tia espera que para seu próprio bem, não quebre nenhuma destas regras. Caso isso venha acontecer, serei obrigada a puni-la com os castigos da minha instituição. E mais uma coisa, ela deixou esta carta para você_Ela tirou a carta de uma gaveta e deu para Camila.


 


_Então quer dizer que estou presa aqui? Sem poder ligar para nenhum dos meus amigos?_Perguntou Camila desapontada e irritada com as atitudes de sua tia.


 


_Sua tia quer que fique segura aqui_Disse a diretora sentando-se novamente em sua cadeira.


 


_E para isso tenho que me isolar do mundo?_Disse irritada._Se ela mim quer presa, tivesse mim mando logo para cadeia, lá pelo menos teria direito a uma ligação.


 


_Não posso fazer nada, sua tia nos deixou sua situação bem clara._Disse a diretora_Era isso que tinha para lhe informar. pode ir para a aula agora. Se tiver alguma duvida, sabe a onde fica a minha sala.


 


Camila levantou-se e andou em direção à porta e abriu, mais antes de sair virou-se para a diretora.


 


_Na verdade, eu tenho uma duvida._Disse Camila_A escola pertence a sua familia, não é?


 


_Sim, por quê?_Respondeu a diretora desconfiada.


 


_Só curiosidade._Camila disfarçou_É melhor eu ir para aula agora, com licença._Camila fechou a porta atrás dela e percebeu que David, a observava enquanto saia da sala da diretoria.


 


_Acha que podemos confiar nela?_Perguntou o homem ao sair da escuridão do canto da sala da diretora.


 


_Eu não sei, Carlos_Respondeu Amélia levantando-se da sua cadeira e ficando de frente para a janela_Eu a investiguei e não achei nada demais, a não ser o fato horrível que lhe aconteceu na outra escola, mas eu..._Amélia fez uma pausa_Eu...


 


_O que foi?_Carlos perguntou abraçando Amélia por trás aproveitando para lhe cheirar o pescoço.


 


_Ela se parece muito comigo_Amelia respondeu com a voz embargada_Quando olhei para ela, parecia que eu estava olhando para um espelho do meu passado._Amélia sentiu seu coração ficar pesado dentro do seu peito_Ela se parece muito comigo quando nos conhecemos.


 


_Não se esqueça, que eles podem estar por trás disso_Carlos disse no ouvido dela_Podem estar querendo lhe atingir, e não podemos deixar que eles percebam que conseguiram.


 


_Você tem razão_Amélia disse se virando e o abraçando.


 


_Vou pedir para que fiquem de olho nela_Carlos falou percebendo que Amélia estava tremendo_Se ela estiver aqui a mando deles iremos descobrir e a mandaremos de volta de onde veio.


 


_Estou tão farta de tudo isso, Carlos_Amélia disse controlando-se para conter suas lagrimas_Só quero que isso acabe de uma vez por toda.


 


_E vai_Carlos disse com firmeza_Nós iremos achá-la. não se deixe afligir por um golpe baixo desses._Carlos disse revoltado.


 


Cada um daqueles que fizeram mal a sua família, iria pagar por cada minuto do seu sofrimento.


 



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Autor(a): BiaRuz

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Camila seguia pelos enormes corredores do prédio das salas aulas do internato tentando encontrar a sala 13.   _7, 8, 9, 10_Ela seguia falando em voz alta os números das portas_Sala 13._Disse aliviada. Ela bateu primeiro e depois abriu, e todos se viraram para ver quem era, a deixando envergonhada_Oi, aqui é a sala do professor Alexandre Quintanilh ...


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