Fanfics Brasil - começo de uma investigação Entre Anjos E Demônios

Fanfic: Entre Anjos E Demônios


Capítulo: começo de uma investigação

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Três dias se passaram desde o dia em que Camila ouviu a conversa entre David e seu pai. Ela evitou a companhia do David o máximo que pode. Seu pai havia dado ordens para ele descobrir se ela estava ao lado dele, ao lado de uma pessoa que ela nem sabia quem era. Camila não conseguia encarar o David, as palavras do pai dele vinham em sua mente a fazendo tremer de medo e recuar.


 


Camila estava no pátio dando uma volta para pensar no que dizer para que sua tia a tirasse dessa escola. Camila não queria ir, e deixar os amigos que fez para trás, mais seu medo era maior. E agora ela teria que convencer a sua tia que o melhor para ela agora, era voltar para casa. Mesmo que pudesse encontrar a família do seu ex. Ela estava mergulhada em seus pensamentos, quando ouviu a voz de quem ela menos queria ver agora.


 


–-Camila espera... Camila.—Chamou o David.


 


Camila olhou para trás e viu David correndo em sua direção, ela por sua vez, fingiu não tê-lo visto e continuou andando rápido. Mas ele a alcançou e a impediu de fugir, a segurando pelo braço.


 


–-Ei... Você não me ouviu chamá-la?—David perguntou rindo tentando disfarçar seu nervosismo.


 


–-Estava distraída—Ela engoliu em seco—Não ouvir você.


 


–-Será que posso conversar com você?—Perguntou David sem soltar o braço dela.


 


–-Estou meio que atrasada.—Ela sentiu um frio no estomago.


 


–-É rápido.—Ele disse meigo. Camila sem saída assentiu com a cabeça—No outro dia você perguntou se eu tinha uma irmã ou um irmão, e queria saber por que está interessada em minha familia?—David perguntou sem demonstrar seu real interesse pela resposta.


 


Camila estremeceu. Lembrou-se do que o pai dele havia dito sobre ela. O que ela ia dizer? Tinha que ser convincente. David estava parado esperando que ela respondesse. Mas Camila queria sair correndo dali e fugir para o mais longe possível.


 


–-Eu só queria saber se você era filho único ou se seus pais tinham outro filho. Só isso. Por quê?—Camila respondeu dando de ombros e ele a olhou não acreditando nem um pouco nas palavras dela.


 


–-É que ninguém pergunta sobre a minha familia, e achei estranho.—Ele colocou as mãos no bolso soltando seu braço.—E você tem irmãos?—David perguntou demonstrando interesse nela.


 


–-Não, sou filha única. Meus pais não tiveram a chance ter outros filhos.—Camila respondeu com a voz séria.


 


–-Sinto muito.—David disse realmente sincero--E seus pais? Eles viram vim visitá-la?—David perguntou estreitando os olhos, tentando descobrir uma mentira nas respostas dela.


 


–-Meus pais morreram quando eu tinha apenas dois anos—Camila respondia o mais sincera possível.


 


–-Eu lamento a sua perda—David disse desconfiado. Ser uma órfã, era muito conveniente para ela.—Você deve sentir falta deles—David comentou.


 


–-Uma pessoa não pode sentir falta de uma coisa que não se lembra.—Camila respondeu seca. Eles ficaram se encarando por alguns segundos depois da resposta dela.—Bom tenho que ir agora. Tchau.—Camila despediu-se e caminhou para longe.


 


Camila saiu dali o mais rápido que pode. Ela teve um impulso de contar tudo a ele. Sobre sua vida e sobre tudo da família dele, mais se conteve. Ela mal o conhecia para sentarem e desabafar sobre a sua vida, ainda mais quando ele queria descobrir alguma coisa errada para poder em fim, acabar com a vida dela.


 


Agora ela tinha certeza que tinha que ir embora o mais rápido possível. Mas a cada segundo, sua curiosidade em ficar sabendo de todos os detalhes dessa historia, ficava cada vez maior. Ela precisava investigar a familia do David, e aí depois, poderia ir embora. É isso mesmo. Mas precisa de ajuda e sabia muito bem a quem recorrer.


 


Camila caminhou-se para área de lazer dos alunos, Marcos estava sentado em volta de uma mesa jogando pôquer com mais três alunos. Ela se aproximou da mesa, Marcos sorriu ao vê-la, e suas covinhas apareceram, fazendo as bochechas de Camila esquentar.


 


–-Oi Camila.—Ele levantou-se da cadeira e a cumprimentou com um beijo no rosto.—Quer jogar? Senta ai.—Marcos puxou a cadeira para ela sentar-se.


 


–-Não, obrigada.—Ela recusou—Marcos eu quero falar com você... Ham... À sós.—Ela falou olhando para os outros três garotos da mesa.


 


–-Tudo bem. Volto depois pessoal.—Marcos falou dirigindo-se aos seus amigos.


 


Camila saiu da sala e depois do prédio com Marcos em seu encalço e foram para o jardim, onde ninguém pudesse ouvi-los.


 


–-Marcos, preciso da sua ajuda—Camila falou olhando em volta para ver se não tinha ninguém—Preciso entrar na sala de arquivo confidencial.—Camila explicou quando marcos arqueou as sobrancelhas esperando pedindo para que ela falasse.


 


–-Podemos ser expulsos se formos pegos. Ninguém pode entrar lá além da diretora.—Ele a olhou desconfiado.—O que quer saber?—Marcos perguntou curioso.


 


–-Preciso checar uma coisa na minha ficha.—Camila mentiu.—Tinha esperanças que me ajudasse.


 


–-Hum...—Ele apenas falou e pensou—Vai ficar me devendo uma.—Ele falou sorrindo de canto.


 


–-Obrigada.—Ela o agradeceu e o abraçou.


 


–-Me encontre meia hora depois do toque de recolher na diretoria, nos fim de semana são dez e meia que o sinal bate. Não se atrase.—Ele recomendou.


 


(...)


 


Camila esperou impaciente as horas passarem, uma hora havia passado desde o toque de recolher e Bruna estava dormindo. Ela levantou e saiu do quarto, certificou-se de que não havia ninguém no corredor e foi para a diretoria. Marcos estava sentado no sofá, batendo pé nervosamente.


 


–-Está atrasada.—Sussurrou ele ao vê-la.


 


–-A Bruna enrolou para dormir.—Sussurrou de volta em resposta.


 


Marcos levantou e andou em direção a porta da sala de arquivos.


 


–-Agora vou fazer a minha magica—Marcos falou jogando o estojo no ar e o pegando, virou-se de costas ficou mexeu na maçaneta da porta e a empurrou a porta a deixando aberta—Pronto.—Ele falou sorridente.


 


–-Como você abriu a porta tão rápido?—Camila perguntou impressionada.


 


–-Tenho copias das chaves de todas as portas que não tem trava de segurança.—Marcos falou mostrando o molho de chave que estava dentro do estojo.


 


–-Como você...—Ela começou a pergunta e riu—Deixa pra lá. Vigia a porta se alguém aparecer assobia.—Ela pediu.


 


Camila entrou na sala, havia vários armários de cor bege, não sabia por onde começar. Vasculhou por um longo tempo todos aqueles arquivos e já estava perdendo a esperança de encontrar alguma coisa ali.


 


Mas uma voz lhe disse para procurar no ultimo armario da sala. Ela não sabia de quem era a voz mais seguiu o conselho.


 


–-Estou começando a achar que estou maluca—Camila falou para si mesma.


 


Remexeu em tudo e nada. Camila fechou a porta do armario com força, fazendo um quadro que estava ao lado cair e deixar a mostra uma pequena abertura na parede. Um fundo falso.


 


Camila tentou abrir, mais não tinha maçaneta ou qualquer lugar para uma chave de qualquer tipo.


 


–-Como é que vou abrir isso agora?—Camila perguntou passando os dedos pela abertura que começou a brilhar. Camila pois a mão na frente do rosto por causa da luminosidade e olhou para frente. A pequena abertura estava aberta e ela pôde ver uma pasta amarela.


 


Camila pegou o documento o abrindo e percorreu os olhos pelo os documentos e ficou surpresa. O documento era sobre adoção de uma menina.


 


–-A diretora entregou a própria filha para adoção. Como teve coragem?—Camila falou indignada.


 


Ela ouviu um assobio. Era o Marcos, estava dando o sinal de alerta. Ela colocou o documento na abertura e a fechou colocando o quadro de volta no lugar e saiu da sala devagar e se escondeu atrás da mesa da secretária com Marcos. Era o Alex fazendo sua ronda noturna. Quando ele foi embora os dois respiraram aliviados:


 


–-Achou o que procurava?—Marcos perguntou.


 


–-Achei.—Camila respondeu evasiva.


 


–-Está bem, agora temos que ir antes que o Alex ou outra pessoa nos ache aqui.—Marcos sugeriu.


 


–-Obrigada—Camila disse e lhe deu um beijo demorado em seu rosto—Por me ajudar. Boa noite.


 


Camila voltou para o dormitório.


 


Ela passou a noite toda pensando por que a diretora entregou a filha para adoção, o que o pai do David havia dito sobre a irmã correr risco de vida e como asas negras havia saído de suas costas. Havia muitas perguntas e poucas respostas, mas tinha uma coisa que a incomodava muito. Por que tinha esse interesse em saber sobre a vida da familia do David? Ela não tem nada haver com que eles faziam ou deixava de fazer. Tinha que acabar com essa investigação.


 


Algo dizia a ela que coisa boa, não estava para acontecer.



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Autor(a): BiaRuz

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David ficou desconfiado de Camila, de que ela pudesse estar ali a mando dele. Mas por outro lado, ela lhe espirava confiança. Estava confuso, não sabia se podia confiar ou não. Mas de qualquer jeito iria ficar observando Camila, só para ter certeza. Num momento como esse, toda precaução era bem-vinda.   –O que você ...


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