Fanfics Brasil - o primeiro beijo e mais alguns mistérios. Entre Anjos E Demônios

Fanfic: Entre Anjos E Demônios


Capítulo: o primeiro beijo e mais alguns mistérios.

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Já passavam das quatros da trade, e aquele calor infernal continuava ainda mais quente. Acabaram que a maioria dos alunos resolveram refrescaressem na piscina no ginásio. Camila queria ir, mais não foi. Ficou no quarto e acabou tomando um banho para refrescar e nada.


 


A noite já tinha aparecido, e nada do calor ir embora. Camila que passara quase o dia todo em seu quarto resolveu que arranjaria outro de se refrescar e desocupar sua mente dos problemas. Ela andou até o ginásio, escondendo-se de quem pudesse vê-la ali àquela hora da noite. Camila suspirou aliviada quando viu que não havia mais miguem além dela ali e retirou o vestido que usava, expondo seu corpo coberto somente por um biquíni preto. Camila encaminhou-se até a beirada da piscina e levantou seus braços pronta para saltar, quando mãos geladas taparam seus olhos.


 


–-Adivinha quem é?—Apesar de seu coração esta acelerando por causa do susto. Ela reconheceu aquela voz rouca e angelical falando ao pé de seu ouvido—Por favor, diga Marcos, por favor—Ele brincou. E antes que ela reagisse, ele a puxo pela mão caindo os dois na água gelada, que aliviou imediatamente o calor de Camila.


 


–-Fui ver qual era o motivo de você não ter ido para a piscina com todo esse calor e vi você vindo para cá—Marcos falou quando os dois emergiram na superfície.


 


–-Não gosto de ficar em lugares muito cheios—Mentiu Camila nadando para borda da piscina.


 


–-Você não está dizendo a verdade—Marcos falou a encarando—Sei quando uma pessoa mente—Ele comentou—Pode dizer a mim. Prometo guardar seu segredo.


 


–-A verdade é que fiquei frustrada por não conseguir falar com a minha tinha—Camila resolveu contar a meia verdade.


 


–-Talvez ela nem estivesse em casa—Apontou marcos que continuava parado no mesmo lugar.


 


–-Talvez, mais o assunto era importante—Camila falou olhando para o vazio.


 


–-Você quer ir embora—Não era uma pergunta—Por quê?—Marcos perguntou com um tom de tristeza em sua voz.


 


–-Aqui não é o meu lugar, Marcos—simplesmente Camila falou antes de mergulhar e começar um nado borboleta até chegar à outra ponta da piscina.


 


–-Você está com medo de ficar aqui—E novamente não era uma pergunta.


 


–Você por acaso ler mente?—Perguntou Camila tentando soar divertida.


 


Marcos não respondeu, mergulhou e assim como ela, nadou até parar ao seu lado.


 


–-Não—Respondeu marcos rindo—É que eu já vi vária vezes esse mesmo olhar de medo que você tem agora, toda vez que me olhava em um espelho—Ele confessou.


 


Camila sentou na beirada da piscina com os pés dentro d`água sendo acompanhada por Marcos.


 


–-Isso tudo esta sendo tão difícil para mim—Camila começou seu desabafo—Sei que minha tia teve seus motivos para me mandar para cá. Mas eu não queria e não quero isso. Minha tia é muito protetora. Daquelas que não deixa você sair de casa sem passar protetor solar. E com razão—Ele a olhava profundamente--Depois que meus pais morreram num acidente de carro. Da noite para o dia, ela teve que virar mãe de uma criança que nem sua era. Ela poderia ter me mandado para um orfanato, mais ficou comigo, ela é a única família que tenho, por isso faço tudo que me pede, e depois do que aconteceu, só confirmou que ela tem razão por se preocupar tanto comigo—Camila respirou fundo depois do desabafo.


 


–-Depois que foi assaltada?—Marcos insistiu, ele queria que ela se abrisse com ele.


 


–-Nunca fui assaltada. A verdade é que...—Camila respirou fundo. Marcos estava conseguindo o que queria;


 


–-Pode confiar em mim Camila. Tudo o que me dizer não sairá daqui.—Ele lhe assegurou, segurando gentilmente a mão dela.


 


–-Meu ex-namorado, que na época era o atual, tentou me matar.—Ela falou e abaixou um pouco a parte de cima do biquíni e mostrou uma marca horizontal na parte superior de seu seio esquerdo–Vê essa marca? Foi onde ele acertou um punhal. Se não tivessem me encontrado a tempo... Não estaria aqui agora conversando com você.—Enquanto falava, ela segurava as lagrimas que se acumulavam no canto dos seus olhos.—Eu deveria ter escutado minha tia. Ela havia me dito que ele não prestava, que era para ficar longe dele, mas como uma adolescente e burra, não a escutei.—As lagrimas que ela segurava, rolaram pelo seu rosto. E rapidamente ela as secou.


 


–-Você o amava?—Marcos se viu na obrigação de perguntar aquilo.


 


–-Não vou dizer que o amava.—Camila suspirou forte—Não sou o tipo de garota que se apaixona no primeiro beijo. Mas... Eu gostava muito dele sim.—Disse Camila com a cabeça baixa. Marcos apertou sua mão.


 


–-Você ainda gosta dele?—Perguntou marcos, se chutando mentalmente depois. E se ela disser que sim? Pensou ele triste com essa realidade.


 


Ela levantou num pulo quase caindo de volta na piscina, ela se firmou em pé e o encarou. Como ele podia achar que ela ainda podia gostar dele depois do que ele a fez passar?


 


–-Todo o sentimento que sentia por ele se transformou em ódio.—Ela falou secamente.—Espero nunca mais vê-lo na minha frente. Ou melhor, espero que ela morra bem longe de mim—Gritou Camila. E mais lagrimas rolaram pelo se rosto.


 


Marcos também se levantou, ficando de frente para ela, e elevou sua mão até o queixo de Camila, levantando sua cabeça para que ela o encarasse.


 


–-Ele só poderia está louco para tentar matá-la.—Falou marcos com a voz baixa e doce—Se eu estivesse no lugar dele... Faria tudo para faze-la feliz. Jamais deixaria que você derramasse uma lágrima se quer por mim—Marcos falou secando as lágrimas dela.


 


Camila sentiu seu rosto ficar quente. Seu medo e qualquer sentimento ruim desapareceram com o toque suave daquelas mãos. Marcos, não queria aproveitar-se da fragilidade de Camila, mais ele não via momento melhor para matar a sua vontade. Ele aproximou seu rosto do dela bem devagar. Seus olhos fixos nos dela, em desviar em nenhum momento e sua mão, fazia ela também o encarar. Ele abriu um pouco sua boca para beijá-la. Camila queria se afastar e correr para longe dali, mais as suas pernas não a obedeciam, e qualquer pensamento de fuga, fugiu de sua mente quando ele a beijou com tanto carinho, a fazendo amolecer e a corresponder. Quando marcos percebeu que ela não ia fugir, colocou seus braços em torno da cintura dela, e ela colocou os braços em torno de seu pescoço.


 


O beijo dele a fez sentir um desejo louco de se entregar a ele e não pensar em mais nada, era totalmente diferente do que sentia quando o kelvin a beijava. Algo dela dizia para se afastar, de que tudo aquilo não era certo, mais ela não conseguia. Ele sugava seus labios, alternando entre o superior e o inferior, e ela abriu mais sua boca permitindo que assim suas línguas pudessem se tocar e ofegou.


 


Quando o ar se fez necessário, Marcos abandonou os lábios de Camila para traçar uma linha de beijos em seu pescoço. Ela soltou um gemido de prazer, fazendo marcos a pressionar mais seus labios em sua pele arrepiada. Camila acariciava os fios castanho com delicadeza, mais os puxou quando marcos passou a distribuir beijos em seu colo. Por reflexo, ela abriu os olhos para olha-lo, mais seus olhos focaram em outra coisa. Camila assustou-se ao ver atrás da cabeça do marcos... O kelvin, que os olhavam com ódio e nojo? Ela se afastou e institivamente empurrou marcos, e ele ainda estava lá, olhando-a. Como podia ser? Ele estava preso, ou não estava?


 


Marcos confuso com a reação de Camila, olhou para ela e viu que ela estava palida e seguiu o olhar assustado da Camila. Mas não havia nada ali.


 


–-Camila... O que foi?—Marcos perguntou—Está tudo bem?—Ele deu um passo para frente.


 


–-Ele...—Camila apontou para o lugar onde o kelvin estava.


 


Sem perceber, começou chorar pelo susto. Marcos ainda mais confuso, a abraçou e se culpou. Ela ainda não estava pronta para outra relação. Concluiu marcos. Seu corpo estava quente, e fez Camila acalmar-se. A imagem do kelvin apareceu novamente, e dessa vez com o punhal na mão, o mesmo punhal de prata. Ela empurrou marcos o fazendo cambalear, dessa vez mais longe. Ele a olhava sem entender o que a atormentava naquele momento romântico entre os dois.


 


–-M-me desculpe...—Gaguejou Camila—Eu tenho que ir.


 


–-Camila, espera—Marcos a segurou pelo braço.


 


–-Sinto muito mesmo.—Camila pediu chorando e soltou-se dele.


 


Ela correu para a porta sem nem ao menos vestir seu vestido e sem querer esbarrou no Marcelo, não parou para pedir desculpas e nem o olhou para ele. Ela ganhou mais velocidade já no lado de fora do ginásio, correu e desapareceu da vista dos dois.


 


–-O que aconteceu com ela?—Perguntou Marcelo para marcos.


 


–-Eu não sei.—Disse marcos se culpando mais ainda.


 


Camila correu em direção aos dormitórios e quando finalmente chegou ao seu quarto, sozinha, sentou-se no chão em um dos cantos. Estava enlouquecendo, era a única explicação. Ele a olhava com tanto ódio, parecia está com ciúmes dela. Mais e o nojo que ela notou em seu olhar? Não, por está beijando o marcos. Não, isso não poderia ser. Tinha algo mais ali.


 


Marcos saiu do ginásio em seguida, deixando Marcelo falando sozinho e foi para seu quarto. Tirou sua blusa e deitou na cama mesmo ainda estando molhado do mergulho. Mas rapidamente se levantou apontando um punhal dourado para uma sombra no canto do quarto e depois a abaixou.


 


–-O que faz aqui?—Marcos perguntou para a sombra.


 


–-Vim dizer para que tenha cuidado—Bruna falou revelando-se—Camila não é como nós e pode sair machucada dessa historia se não der certo entre vocês.


 


–-Isso não vai acontecer—Marcos disse guardando o punhal na gaveta no criado-mudo ao lado cama.


 


–-Camila é uma boa garota, não devemos envolvê-la nos nossos assuntos, apesar de desconfiarmos dela.—Bruna disse séria—Se você só quer ficar com ela por favor, não insista com isso se for para fazê-la sofrer, ela não merece isso. Ela já sofreu o bastante e você sabe disso—Bruna apontou.


 


–-Você sabe que eu jamais faria isso com ela—Marcos disse olhando para fora da janela.


 


–-Eu sei—Bruna disse se aproximando da janela ao lado da cama do Marcelo—Mas às vezes ha coisas que fazemos ou falamos que não podemos evitar, e quando nos damos contas... O estrago esta feito—Bruna o aconselhou—Tome cuidado com a Paula. Ela pode ficar com a cabeça fora do lugar quando souber dos seus sentimentos pela Camila se é que já não sabe, e pode querer se vingar—Bruna o avisou e depois pulou aterrissando perfeitamente no gramado.


 


~~~~~~~~~~~~~~~~X~~~~~~~~~~~~~~~~~~


 


Domingo de manhã, Camila mal conseguia abrir os olhos. Passou a noite em claro, pensando de como havia gostado do beijo e aparição do kelvin conseguiu estragar tudo.


 


Já passava das uma da tarde, tinha perdido o café da manhã e o almoço. Ela não queria sair da cama por motivo nenhum. Parecia que não dormia ha dias e estava tirando o atraso.


 


–-Ei dorminhoca.—Chamou Bruna—Pelo visto se esqueceu do nosso compromisso.—Disse Bruna sentando na beirada da cama.


 


–-Que compromisso?—Disse Camila sonolenta.


 


–-Que vamos fugir da escola para fazer compras—Respondeu Bruna—Onde está com a cabeça? Ou melhor, em quem você esta pensando?—Insinuou Bruna.


 


–-Acho que vou dispensar. Não estou muito bem—Aparição do kelvin mexeu com ela, mais do que queria—Só quero ficar deitada aqui e não levantar para nada.—Falou Camila cobrindo a cabeça com o cobertor.


 


–-Não, nada disso. É domingo e está um lindo dia para variar, ter dois dias de sol é raro aqui. Quero fazer compras—Bruna puxou o cobertor fazendo Camila encolher-se na cama.—Anda.—Bruna puxou-a pelo braço a deixando sentada na cama—Trouxe algo para você comer.—E colocou um prato com um sanduiche no colo da Camila—Você tem exatamente quarenta minutos para se arrumar. Vou esperar na recepção com o Marcelo. Não se atrase.


 


Contra a sua vontade, Camila levantou-se da cama, dispensando o lanche. A ideia de fazer compras com uma amiga, não parecia ruim. Camila nunca gostou de fazer compras, sua tia praticamente a arrastava para as lojas. E além do que mais, Bruna tinha razão. Estava um lindo dia, ontem foi o primeiro dia de sol que teve na escola. Desde que chegou a Amélia o céu estava coberto por uma neblina tão espessa que nenhum raio de sol conseguia penetrar.


 


Camila colocou uma regata branca, uma calça jeans e um all star preto e branco, maquiagem? O básico, lápis de olho preto, gloss transparente, blush e rímel. Estava pronta. Quando chegou a recepção Bruna batia o pé nervosamente.


 


–-Achei que teria que ir busca-la—Bruna se levantou do sofá.


 


Eles saíram escondidos e foram para o fundo do ginásio. Marcos estava apoiado na parede com os braços cruzados. Estava vestindo uma calça jeans surrada, uma blusa branca com um jaqueta preta. Ele está tão lindo. Pensou Camila. Quando Marcos a viu, seu rosto iluminou-se com um largo sorriso. Ele havia decidido que agiria com calma e sem pressa.


 


–-Oi—Marcos disse olhando para ela e esquecendo-se dos outros dois.—Pensei que tinham desistido.


 


Camila não falava com ele desde ontem, quando saiu correndo depois do beijo. Ele não parecia está bravo com ela.


 


–-a preguiçosa aqui, se esqueceu—Disse Bruna apontando para Camila.


 


–-Tudo bem, agora vamos. Tem um carro nos esperando.—Marcos falou.


 


–-Você vai com a gente?—Bruna perguntou.


 


–-Tem problema se eu for junto?—Marcos perguntou debochado.


 


–-Por mim não, e você Camila?—Bruna perguntou olhando para amiga que negou com a cabeça.


 


Sem mais conversa, Marcos os levou para o portão dos fundos.


 


–-Todo esse mistério, para saímos pelo portão dos fundos?—Disse Bruna desapontada com a saída de fuga.


 


–-Os portões tem trava de segurança. Se tentarmos abrir, o alarme vai disparar na hora. Não seria muito inteligente.—Marcos explicou—Na verdade o caminho é por aqui.—Ele entrou no barracão onde Alex guardava materiais e ferramentas. Marcos empurrou uma estante para o lado e abriu uma porta secreta—Moças primeiro—Marcos falou fazendo uma reverencia.


 


Quando todos passaram pela porta, estavam no lado de fora e um carro estava à espera como marcos dissera. O carro estava camuflado por uma lona com grandes folhas colada, marcos e Marcelo retiraram a lona e eles entraram no carro.


 


–-Você sabe dirigir?—Camila perguntou surpresa.


 


–-Tive que aprender, caso eu quisesse contrabandear.—Ele riu—Não dá para trazer as coisas na mão e andando.


 


–-A cada dia você me surpreende mais, marcos—Disse Bruna rindo.


 


–-Isso é só o começo. A muito mais para se descobrir—Disse olhando diretamente para a Camila, que ficou vermelha.


 


–-Ainda bem que veiu Marcelo. Se não eu ia segurar vela. Ai—Bruna gritou ao receber a cotovelada que Camilha lhe deu.


 


(...)


 


A cidade era pequena, daquele tipo em que todo mundo se conhecem. Mas era linda, com ruas de paralepipedos e casas muito bem cuidadas. Marcos estacionou o carro e eles desceram.


 


–-Eu vou ao pet shop, acho que vou comprar um peixe—Bruna anunciou.


 


–-Eu vou com você—Disse o Marcelo abraçando Bruna de lado.


 


–-Eu vou dar uma olhada na loja de presentes—Disse Camila.


 


–-Posso ir com você, se quiser—Disse marcos timidamente.


 


–-Pode ser—Falou Camila.


 


–-Encontro com vocês na lanchonete. O marcos sabe onde fica—Bruna disse e afastou-se dali,


 


Camila e Marcos entraram na loja. Tinha tanta coisa para comprar. Camila andou pela loja por vinte minutos olhando os presentes enquanto Marcos a observava de longe, quando achou um kit de pincéis... Uma visão de David desenho em um quarto cheio de quadros.


 


–-É esse—Disse Camila para si mesma.


 


Finalmente algo positivo em ter esse poder sobrenatural. Pensou Camila pagando seu presente. Os dois saíram da loja e Marcos sugeriu sentarem no banco da praça, era grande com varias arvores e um grande gazebo no centro, em torno dele havia bancos de madeira escura. Sentaram-se em um deles e ficaram calados. Até um deles resolverem quebrar o silencio.


 


–-Eu...—Disseram os dois aos mesmo tempo e riram.


 


–-Fala você primeiro.—Disse marcos.


 


–-Queria me desculpar por ontem, por sair correndo sem dar explicações.—Desculpou-se Camila.


 


–-A culpa não é sua—Disse marcos a contrariando—Avancei o sinal rápido demais...


 


–-Não foi isso—Camila o interrompeu—Sou eu. Você sabe o que aconteceu comigo. O kelvin foi meu primeiro namorado e tudo acabou muito mal, e quando você me beijou... Fiquei com medo—Ele pegou a mão dela que estava pousada em seu colo.


 


–-Não tem porque sentir medo. Eu jamais machucaria você. Jamais tentaria fazer o mesmo que ele fez—Marcos acariciou o rosto de Camila.


 


–-O problema não é esse. É que cheguei a uma semana, e as coisas entre a gente está indo rápido demais. Você não me conhece e eu mal conheço você, tudo está muito confuso—Disse Camila segurando a mão do Marcos em seu rosto


 


–-Você sabe mais sobre mim do que muita gente que me conhece desde que comecei estudar aqui.—Ela falou.


 


–-Podemos ir devagar se você preferir.—Camila confirmou com a cabeça—Eu só quero que você só saiba de uma coisa. Camila—Marcos falou sério—Em uma semana, você foi capaz mesmo que inconsciente disso. Fazer com que eu gostasse de você. Com a Paula, foi quase cinco anos para começarmos qualquer Coisa—Camila estremeceu—Não sei dizer o que é isso que estou sentindo, mais é forte suficiente para fazer, com que eu espere o tempo que for, até que você esteja preparada para um relacionamento. E digo que até lá, farei de tudo para que você goste de mim e não vou deixar que nem um outro garoto chegue perto de você—Marcos continuou com a expressão séria.


 


As palavras fugiram da boca de Camila, diante daquela declaração. Ela não esperava que ele dissesse aquilo. Camila respirou fundo e depositou um beijo terno nos lábios de marcos.


 


–É bom saber disso—Camila falou assim que se separou dele. Marcos sorriu abertamente e roubou um selinho de Camila e se pôs de pé.


 


–-Vamos, Bruna e Marcelo devem estar esperando pela gente—Marcos ofereceu a mão a Camila que aceitou.


 


Eles foram para a lanchonete e encontraram o Marcelo e a Bruna já comendo. Por incrível que pareça ela estava se divertindo, ainda mais depois da conversa entre ela e marcos. Eles comeram e foram numa loja de roupas. Camila e Bruna experimentaram varias roupas e os meninos diziam se ficavam boas. Bruna comprou uma calça jeans escura e uma blusa de uma alça vermelha e sapato de salto alto vermelho também. Camila comprou um vestido preto que ia até os joelhos e com flores brancas na barra e uma sapatilha azul. Depois, eles resolveram passear pela cidade.


 


–-Vou comprar um suco—Disse marcos e o Marcelo foi com ele.


 


–-Não sabia que você e o marcos, estavam tão íntimos assim.--Comentou Bruna ao ver Camila e Marcos de mãos dadas.


 


–-A gente se beijou ontem no ginásio.—Camila confidenciou baixinho.—E hoje, resolvermos que iriamos devagar.


 


–-Minha nossa...—Exclamou Bruna—Imagine quando a bruxa popular ficar sabendo. Queria ser uma mosca para ver a cara dela louca de ódio.—Bruna disse rindo e fez Camila ri.


 


–-Você não pode contar para ninguém.—Sussurrou Camila—Não quero precipitar as coisas.


 


–-Tudo bem. Mais ela vai ficar chocada com a noticia. A bruxa popular perdeu o namorado para a novata.—Bruna penava na reação de Paula.


 


Os dois casais continuaram com o passeio. Camila não se divertia assim ha muito tempo. E por um momento ela esqueceu-se de tudo. Até de que queria ir embora, para ficar longe da família do David. Estavam na praça, sentados e conversando.


 


–-Vou comprar uma agua, alguém vai querer?—Camila perguntou, e só a Bruna quis.


 


Camila andou em direção a um mercadinho, quando uma mulher vestida com roupas de cigana apareceu na sua frente.


 


–-Posso ler sua mão, mocinha?—Perguntou a mulher para Camila.


 


–-Não obrigada—Camila não precisava de ajuda desse tipo--Não precisa—Camila recusou.


 


Camila desviou-se da mulher, mais a estranha pegou sua mão e quando olhou para ela arregalou os olhos.


 


–-Vejo que você tem um grande poder. Igual ao meu.—Disse a cigana—Vejo um grande sofrimento em sua vida—A cigana pegou no ponto fraco da Camila—Também vejo que irá sofrer ainda mais.


 


–-Impossível—Retrucou Camila pensando no que o kelvin fez a ela, nada poderia ser pior.


 


–-Vejo que uma coisa muito ruim vai lhe acontecer—Camila estremeceu. Tentou puxar sua mão de volta, mais a cigana segurou sua mão com mais força—E parte deste sofrimento irá acabar quando encontrar seus pais.


 


–-Meus pais estão mortos—Camila disse com certa satisfação por a cigana ter errado. Pelo menos naquele ponto.


 


–-Os verdadeiros, estão vivos—Rebateu a cigana.


 


–-O quê?—Perguntou Camila espantada com a revelação.


 


–-Camila, está tudo bem?—Marcos apareceu atrás dela.


 


–-M-meus pais...--Gaguejou.--M-meus...--Camila olhou para a mulher que já estava longe—Espere, volte—Gritou Camila correndo atrás da mulher estranha mais não a encontrou, ela sumiu num piscar de olhos.


 


–-Camila espera, o que aconteceu?—Marcos perguntou confuso, quando a alcançou.


 


Camila andava em círculos, com a mão na cabeça. Por que aquela mulher lhe disse aquilo? Ela acertou sobre as outras coisas, mais o que ela disse sobre seus pais, não podia ser verdade. Camila era adotada? Por algum motivo, a filha que a diretora entregará para adoção veiu a sua mente, e isso aumentava a dor que crescia em seu peito. Ela estava ficando tonta, tudo a sua volta girava ficando preto. Não enxergava mais nada e acabou desmaiando. Marcos a pegou antes que pudesse cair no chão.


 


Devagar, Camila abria os olhos. Marcos era a única coisa que via a sua frente. Quando despertou totalmente marcos a sentou no chão.


 


–-Está tudo bem?—Ele perguntou preocupado com o seu estado.


 


–-Estou bem... Eu acho.—Respondeu confusa.


 


–-O que aquela mulher disse para te deixar assim?—Marcos perguntou. Ele viu como Camila tinha ficado ao ouvir o que a cigana dizia. Ela parecia que iria ter um enfarte a qualquer hora.


 


–-Ela falou...—Camila fez uma pausa e balançou a cabeça--Eu já não me sentia bem quando saímos.—Ela resolveu que era melhor mentir—Será que pode me levar de volta para a escola?—Ela pediu mudando de assunto.


 


–-Claro—Ele ajudou-a se levantar—Vamos chamar os outros.


 


Eles caminharam de volta para a praça onde Bruna e Marcelo estavam. Marcos contou o que aconteceu e eles voltaram para o carro. Camila ficou calada o caminho todo. Devia acreditar em uma cigana? Não sabia. A noticia de que seus pais verdadeiros estavam vivos, a atingiu como uma bomba. E por que não parava de pensar na filha da diretora? Isso era outro assunto totalmente diferente.


 


(...)


 


Chegaram à escola, e Marcos levou Camila direto para os dormitórios, preocupado com seu estado. Tudo que ele queria, é que ela ficasse bem.


 


–-Quer que eu lhe faça companhia?--Ofereceu marcos.


 


Camila sentou-se na cama e ficou calada por um momento e o olhou.


 


–-Não—Camila disse com uma voz suave. Ela não queria fazer alarde.


 


–-Quer ver a enfermeira ou tomar algum remédio?—Insistiu marcos.


 


–-Não precisa—Disse Camila forçando um sorriso.


 


Marcos andou em sua direção, agachando-se na sua frente e pegou as mãos delas a olhando calado.


 


–-Se precisar de qualquer coisa, sabe que pode me procurar—Disse Marcos olhando diretamente em seus olhos. Ele beijou o topo de sua testa e foi para a porta—Tente dormir um pouco—E fechou a porta.


 


Agora estava sozinha com seus pensamentos. Tinha que tirar essa historia toda a limpo. Ela resolveu ligar para sua tinha, mais não hoje, queria descansar. A revelação sobre seus pais foi demais. Tinha que organizar seus pensamentos.


 


–-Bruna?—Marcos a chamou quando a encontrou no corredor.


 


–-O que foi?--Ela perguntou.


 


–-Será que pode ficar de olho na Camila por mim?—Ele perguntou—Ela disse que não estava se sentindo bem quando saímos e acabou desmaiando. E ela não quer ir à enfermaria--Ele explicou—Se ela piorar, você mim avisa?—Pediu.


 


–-Claro. - Bruna respondeu e voltou a caminhar e parou—Marcos?—Ela o chamou—Camila me contou o que houve entre vocês hoje. E novamente eu lhe digo: Cuidado com a Paula—Bruna avisou.



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Autor(a): BiaRuz

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Camila acordou no dia seguinte renovada, teve uma noite sem pesadelos e dormiu feito uma pedra apesar do dia difícil que teve. Camila vestiu seu uniforme, tomou o café da manhã e foi para a aula atrasada.   –-Oi—Marcos disse assim que Camila entrou na sala—Está melhor?   –-Estou, não foi nada grave&mdas ...


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