Fanfic: Mulheres Assassinas - The List | Tema: Sexo

 Andei pelos corredores escuros sem um sinal de vida, aliás quem seria o louco de andar pelo reformatório depois do "toque de recolha das dez"? Só eu mesmo. Mas afinal, o que mais de ruim poderia acontecer comigo? Quer dizer, o que de ruim não poderia acontecer comigo. Sorri amargamente, pelo o meu pensamento rabugento e realista.

  Parei em frente as escadas que levava aos dormitórios masculinos, desci as escadas imaginando como se cada degrau fosse um pedaço da minha vida, ao final da escada me apavorei ao ver que minha vida nunca foi boa e que nenhum sorri que dei foi devidamente satisfatório.   Enxuguei uma lágrima teimosa que insistia em escorrer pelo meu rosto, rapidamente me recompus como alguém estivesse me olhando. É claro que não havia ninguém, mas eu já estava tão acostumada a fingir que estava bem que aquilo era praticamente monótono.

  Quando me virei para subir novamente as escadas, senti duas mãos agarrarem minha cintura e tampar minha boca, me debatia tentando sair daqueles braços, mas minha força estava sendo em vão devido a força da pessoa que me segurava. Fui arrastada corredor a fora, batendo em qualquer objeto sólido que vinha pela frente...Mas, espere! Eu conhecia aquele corredor.

 - Me deixe sair  seu cretino!- Gritei enquanto Sales fechava a porta atrás de si- Por que me trouxe aqui? Me responde!- Ele não me respondeu, apenas se aproximou de mim, pegando em meus cabelos a principio delicadamente e depois me jogou em um sofá de canto, que eu já conheci .

-Que saudades, Rubi- Sorriu com um grande sorriso no rosto- Você não esperava me ver tão cedo não é verdade?

-Não. Na verdade eu esperava não te ver nunca-Sorri com uma raiva amarga contida na garganta.

-É por isso que eu gosto de você- Ele se aproximou, me fazendo afastar ainda mais de suas mãos- Tão inteligente, sínica e...- E me pegou pelo pescoço e sussurrou no meu ouvido-Selvagem- Fazendo aquela sensação antiga de enjoo voltar- E até indomável, bom , pelo menos era- Ele sorriu para mim. Idiota.

-Por que me trouxe aqui? O que quer comigo?- Perguntei tentando esconder o medo e agonia que estava sentindo.

-Soube que foi presa- Ele perguntou com um interesse no ar, mas despistando minha pergunta.

-Não fui presa. Fui interrogada- Ele franziu o cenho, indicando que aquilo não era um ponto importante- O garota da área 6 foi morto, durante uma festa e me culparam- Nossos quartos eram separados por áreas. Se chamava Área  por conta de " Área de risco" os números eram simplesmente por identificação e contagem de quartos.

-E por que não foi presa?- Ele perguntou insinuando minha culpa.

-Por que não fui eu!- Respondi já exausta de ficar negando a mesma coisa para todo mundo.

-Diz isso como nunca tivesse matado ninguém- Ele sorriu, se dirigindo para sua mesa. Foi o tempo exato em que pensei em agir.

-E nunca matei. Já te disse isso- Fui caminhando em direção a escrivaria que continha uma faca, àquelas de abrir correspondência-  Como você sabe que fui presa?- Peguei rapidamente a faca, verificando se ele ainda estava de costas e fui me aproximando aos poucos.

-Bom, mesmo longe eu estava de olho em você Rubi, em todos vocês.....-Antes que ele pudesse terminar de falar eu pulei  nas suas costas, mas antes que pudesse enfiar a faca em seu pescoço ele segurou minha mão com uma certa força fazendo com que a faca saísse do meu poder. Com a outra mão livre segurei em seu pescoço tentando enforca-lo, por um tempo consegui que ele perdesse o ar, mas depois ele correu de costas e me prensou várias vezes na parede até que eu caísse no chão.

-  Viu o que você fez!- Ele gritou irado, me deixando realmente com medo- Eu faço tudo por você e é assim que você me trata!-Ele suspirou, e depois passou as mãos em sua testa, do jeito monótono que ele sempre fazia- Você quer saber o que faz aqui?- Me agarrou pelo braço, me levando bruscamente até a frente de sua televisão. Eu não entedia mais o que ele queria, estava nervosa, assustada e com o pensamento de que aja o que houvesse eu iria morrer- Olhe atentamente Rubi- A imagem apareceu diante dos meus olhos como um pesadelo. Como ele havia conseguido aquilo?

-O que é isso?- Não acreditando no que meus olhos estavam vendo.

-Isso é você, mantando Dave, desligando a energia do salão, e levando o rapaz de volta para o Salão morto- Suspirei pesadamente, eu estava perdida. Uma lágrima caiu dos meus olhos, Sales a secou delicadamente, me trazendo repugnância- Minha doce e inocente, Rubi- Ele sorriu - Você e sua amiga vagabunda, achou mesmo que eu iria embora por uma simples ameaça?- Ele tinha razão, como fomos estúpidas! Sales não tem medo de nada, não iria embora simplesmente por uma ameaça de uma ex prisioneira do reformatório dele- Mas sabe...Você não é tão burra- Girei os olhos impaciente- É sério! Eu vi e revi esses vídeo várias vezes e ainda não entendi como você conseguiu: Matar esse rapaz em apenas 2 minutos, que foi o tempo de você desligar a energia, levar o rapaz para o salão cheio sem que ninguém percebesse e depois sair- Ele sorriu pensativo- Isso só em dois minutos....Você teve ajuda?

-O que você quer?- Olhei para ele com tanta raiva, que poderia mata-lo apenas com aquele olhar.

-Essa é a parte que eu gosto " O que eu quero?"- Ele repetiu a frase fingindo pensar- Eu quero que você volte a ser minha putinha- Eu sorri, ao ver o tamanho da imbecilidade que ele tinha- Sorri?! Pois então fique sabendo que você vai ser toda minha, vai fazer o que eu quiser na hora em que eu quiser.

-Sabe que eu posso pegar todos esses documentos na hora que eu quiser né?- Cruzei os braços.

-Você pensa que os únicos arquivos que eu tenho contra você são esses?- Meu sorriso desapareceu do meu rosto, trazendo o dele a tona- Eu tenho vários " bode expiatórios" de olhe em cada passa seu com esse vídeo em mãos, ou seja, seu castigo não vai ter fim-Desgraçado! Ele estava falando a verdade- Admita Rubi, não tem nada que você possa fazer- Ele tirou de um envelope amarelo várias fotos com as imagens do vídeo. Me rendi a ele sem conseguir pronunciar uma palavra- Bom, mas agora abusando um pouquinho do meu poder- Ele sorriu, me fazendo gelar- Eu quero que você se afaste daquele seu "cão de guarda".

-Andrew....Não! O Andrew não!- Entrei em desespero, deixando todas as lágrimas que eu havia segurada até em tão virem a tona- Por favor, Sales.

-Não adianta implorar, amor-Ele se aproximou tocando meus lábios e secando minhas lágrimas- O meu maior prazer é ver você e aquele cara sofrendo- Ele gargalhou- É como Romeu e Julieta- Enxuguei minhas lágrimas, como se qualquer força superior tivesse tomado conta de mim. Empurrei ele contra a mesa. Ele arregalou seus olhos surpreso.

-E seu eu não fizer?- Ele ficou ainda mais surpreso diante da pergunta. Na cabeça dele estava se passando seu gostava verdadeiramente do Andrew a ponto de me sacrificar por ele. E não precisou nem ele deduzir- Sim, Sales eu faria qualquer coisa para não me afastar da única pessoa que tenho no mundo.

-Devido ao seu papel de Mártir. As coisas mudaram. Então lá vai minha proposta- Ele me olhou nos olhos, com a mesma fúria que eu estava. Agora  ele percebia que nós dois estávamos de igual para igual- Se você não se afastar desse cara, além de ir para prisão eu mando matar ele. E você sabe que eu tenho muitos recursos para isso. Então me diz, vai fazer ou não? Agora a oferta está boa para você, Rubi?- Me afastei dele um pouco inconsciente, eu faria qualquer coisa pelo Andrew, mas isso era questão de me sacrificar, não ele. Sales olhou para mim esperando uma resposta, eu apenas balancei a cabeça derrotada.

-Ótimo..-Ele sentou confortavelmente em sua cadeira como se nada tivesse acontecido- Agora abaixa aqui Rubi e me chupa, estava com saudades- Ele sorriu e fechou os olhos.

Bom pessoal, voltando em grande estilo. Esperamos que ainda tenhamos leitores. Beijos