Fanfic: Mulheres Assassinas - The List | Tema: Sexo

Fui até o alojamento, olhando o quarto. Senti falta do MEU quarto, dos meus amigos. Eles não voltariam mais. O que me lembro bem, era André. Sentia falta dele. Mesmo. Eles não voltariam mais. Voltou à minha mente, a noite em que eles estavam sendo queimados. O fogo não me consumia, não chegava até mim. Meu coração começou à doer novamente. Saí rapidamente do meu quarto, andando à passos rápidos, procurando alguém. Não havia ninguém naquele maldito reformatório. Precisava me distrair. Saí correndo pra área livre, sem nem ligar pra nenhuma regra, ou pros vermelhos. Minha respiração estava acelerada, minha cabeça doía muito, e meu coração também. Olhei minhas mãos, estavam trêmulas e levemente arroxeadas. Eu estava com frio, mas estava no ponto onde batia sol da área livre.
André estava na minha cabeça, o sorriso, os abraços, o beijo. A forma como ele tentava gritar e não conseguia quando o fogo o consumia. Queimei minhas mãos tentando salvá-lo, e ainda havia marcas disso na minha pele. Ele se debatia, e eu entrei em desespero.
Caí, ajoelhada no chão da área livre. Agora os outros, eles também tentavam gritar, e meus músculos doíam pelo esforço de tentar sair daquele lugar. Senti meu corpo tremer, e descargas elétricas estavam sendo passadas por ele. A minha pulseira. Olhei pra cima, chorando e querendo gritar. A pulseira não era nada comparada à minha dor sobre aquela noite. Sentia o cheiro de carne queimada. Não sabia se era das leves pontas da pulseira que adentravam minha pele para que pudesse dar choque, ou se era a lembrança daquela noite. Tentei rastejar no sentido contrário, mas agora até meus músculos doíam. Consegui. Cheguei até a sala uma sala do prédio. Rubi passou por mim, e eu quase pude ler sua mente. A verdade, é que estranhamente, eu conhecia muito bem cada expressão daquela garota. Minha dor de cabeça voltou, e eu quase não resisti. Vi ela sorrir, por cima de outros sentimentos. Entrei na sala. Meu Deus, ia explodir desse jeito! Meu corpo estava trêmulo, e meu braço com a pulseira, estava meio acizentado, doentio.
A  última coisa que vi, foi Eduardo e Rubi muito ao longe. Rubi voltou rapidamente pro prédio, e Eduardo não. Não consegui ver muito.
A última que senti, foi o chão no meu rosto.