Fanfics Brasil -    ∙ Paradoxos Draco, How Would I Know? ⋆ HP ⋆ +18

Fanfic: Draco, How Would I Know? ⋆ HP ⋆ +18 | Tema: Harry Potter, HP, Hentai, +18, Drastoria


Capítulo:    ∙ Paradoxos

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P A R A D O X O S


 


Pansy Parkinson, sentada na sala de julgamentos do Ministério da Magia, esperava justiça. Na verdade, mais do que isso: vingança contra os homens que tão cruelmente maltrataram sua família e a desonraram diante de todo o mundo bruxo. 


O juiz, um homem de semblante arrogante, arregaçou as mangas de suas vestes enquanto olhava todos os presentes. O seu rosto denunciava cansaço ao mesmo tempo em que parecia quase que inexpressivo, como se não estivesse vivo, mas havia algo de falso em tudo aquilo. Algo que a morena sentia, mas não compreendia.


 


— Diante das sentenças dadas, por outros, tornou-se claro que seguir as ordens de Você-Sabe-Quem era uma questão de vida ou morte, para muitas famílias — disse o juiz.


Sim, sim, pensou Pansy. Vida ou morte. Algumas pessoas ali presentes, com seus rostos acalorados e suas mentes desejosas por uma boa condenação, baixaram a cabeça submissamente. De repente, apresentavam uma constrição humilde que fez a ex-sonserina sentir vontade de gargalhar no seu melhor tom sarcástico.


— Porém, houveram procedimentos de maneira errônea — prosseguiu o juiz. — O réu teve sorte de não tirar a vida de outras pessoas, apenas omitindo a chance de que Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado fosse derrotado muito mais rapidamente, ou eu lhe trancafiaria em Azkaban por vinte anos ou mais!


O juiz fez uma pausa, os seus olhos cerrados com tanta força que ficava difícil saber se lutava contra a emoção aflorada ou uma ira intensa. Ele olhou brevemente para Pansy quando sua expressão se suavizou, logo focando a vista em uma pilha de relatórios sobre a sua mesa, apenas para fugir da ansiedade que havia naquela jovem.


— Devido aos fatos aqui apresentados, a conduta que o réu manteve durante a guerra, e levando em conta o fato de que a lei preza por justiça, eu consequentemente o condeno a dez anos de reclusão. Tal pena se iniciará de imediato — arrematou o juiz.


Somente tanto tempo vivendo sob o medo impediu que a frustração e o ódio transparessessem no rosto de Pansy. Sua mãe encontrava-se de cama, amargurada com a possibilidade que se materializara naquele momento: seu marido seria enviado a Azkaban. A garota agora observava algumas pessoas sorrirem, aglomerando-se. Estavam felizes e até mesmo riam.


O gosto amargo subiu à garganta de Pansy de modo tão intenso que ela precisou separar os lábios, buscando por ar. Lutava contra o choro e os gritos que queriam se fazer ouvir, quando duas mulheres caminharam livremente com o olhar confiante, sem nem mesmo notá-la ali. A garota deixou-as passar sem dizer nada, cerrando os dentes. Então vieram os mais nobres membros da corte, os quais lhe olharam, envergonhados, mas ao mesmo tempo triunfantes.


Fora de controle, Pansy gritou com todas as suas forças:


— Vocês hão de sofrer como eu estou sofrendo... hei de fazê-los pagar pelo erro que estão cometendo.


 


* * * 


 


No apartamento espaçoso e decorado de modo simples, Blaise Zabini estava absurdamente embriagado. Deitado sem muita boa postura num sofá marrom, bebia diretamente da garrafa de whisky de fogo, vez ou outra pegando alguns cubos de gelo num balde de cristal ao lado e levando-os diretamente à boca para cortar um pouco do ácido.


Eram oito horas da noite e ele continuava ignorando a lareira crepitante, talvez porque nem mesmo a estivesse notando, já que sua mente estava muito mais ocupada em recordar-se da bela garota que estivera ao seu lado no dia anterior. Já fazia algum tempo que estava vivendo desse modo tão miserável e agora dava-se conta disso. Não havia uma garota para deitar-se ao seu lado por uma noite inteira, sorrindo ao acordar pela manhã; tampouco havia amigos com quem pudesse divertir-se um dia ou outro, jogando conversa fora. Sua carreira era a única coisa concreta que lhe restara, mas diante de toda a sua boêmia também começava a afundar. Houve época em que era respeitado, quase que vangloriado, e as pessoas se sentiriam lisonjeadas em ver-lhe. Porém, atualmente só lhes causava aborrecimento.


Ainda tomando de sua garrafa de whisky, ele viu as chamas da lareira tornarem-se esverdeadas, mas continuou a beber até que a pessoa estivesse diante de si. Ela era tão doce, com seu rosto calmo e seus olhos negros, pequena e frágil, que Blaise sentiu-se feliz em vê-la após tanto tempo. A senhora Zabini já não o via desde que o filho saíra de casa, argumentando que estava na hora de viver por si mesmo.


— Onde diabos você estava? — perguntou ela.


— Por aí — ele sorriu de canto, denunciando seu real estado.


Ela não achara aquilo nada lisonjeiro. Vencera a distância entre eles em alguns poucos passos e o agarrara pelos ombros, mas, ao notar-se tão frustrada, controlou sua raiva e sentiu-se triste pelo filho. Ele poderia ter se tornado um rapaz glorioso, mas estava apenas cavando seu próprio túmulo.


— Ora, mãe... Acalme-se.


Ele estava rindo. Afastou-lhe as mãos agora trêmulas e rolou os próprios olhos, respirando de modo descompassado por causa de todo o álcool em seu sangue. Não percebia o real significado de tudo aquilo.


— Seu estupido! — disse ela, com a voz chorosa. — Está destruindo a si mesmo, Blaise. Será que sempre viverá como um inconsequente, sem conseguir dignidade o suficiente para sequer olhar-me direto nos olhos?


Nenhuma resposta fez-se ouvir, então a senhora Zabini desapareceu pela lareira de modo tão repentino como havia surgido. Blaise sentou-se no chão com o rosto entre as mãos, o desespero e a humilhação dominando-o por completo. Então, pensou de fato sobre o que se tornara e sentiu vergonha. Porém, só havia uma pessoa que podia salvá-lo, um lugar em que encontraria as portas abertas, mesmo depois de tudo que fizera. Ele voltaria para o único homem que tinha o poder e a sensatez que ele precisava naquele momento, a lealdade na qual ele ainda acreditava. Malfoy.


 


* * *


 


Charles Greengrass, com o rosto sereno que lhe era característico, olhava para sua mulher, procurando qualquer solução para o problema que tinham em mãos. O problema tinha nome e sobrenome, mas isso não era o mais interessante sobre ele e, sim, seu sangue. Os Greengrass não eram aficionados pela questão do sangue puro, na verdade, mas temiam que suas boas alianças fossem destruídas com o que estava prestes a se passar.


Daphne era uma boa garota. Conseguira uma vaga satisfatória como obliviadora no Ministério da Magia e tal trabalho lhe permitira conhecer muitos lugares e pessoas a cada dia que se passava. Fora exatamente assim que ela conhecera Dimitri, um rapaz russo que compartilhava da sua vivacidade. Ele, porém, era filho de trouxas e isso fizera Daphne sentir grande medo de apresentá-lo para a família, tal como acontecia naquele exato momento.


— Você desonrou minha filha? Engravidou-a para que tivéssemos de aceitá-lo em nossa casa, uma vez que somos bem vistos na sociedade em que vivemos? — perguntou Charles ameaçadoramente.


Dimitri, assustado como estava, sentiu a voz fugir momentaneamente, então tossiu algumas palavras:


— De modo algum! Juro por Morgana que nunca abusei da bondade de Daphne, pois a amo e a tenho com todo o respeito. É com esse mesmo respeito que estou pedindo-lhe a mão em casamento. Sei que não tenho direito de fazê-lo, mas gostaria de casar-me com ela.


A mulher de Charles, Ophelia, foi quem tomou as rédeas da conversa.


— Pare de ignorância — disse, olhando o marido. — Não se lembra de quando éramos jovens, loucamente apaixonados? Você sabe o que deve fazer. Dimitri pode instalar-se por aqui discretamente.


Daphne já chorava exageradamente. Era belíssima, doce e inteligente. Conseguiria facilmente qualquer outro rapaz, mas, por peça do destino, fora justamente apaixonar-se por aquele estrangeiro do sangue impuro.


— Preciso dele para viver! — disse ela em tom choroso. — Compreende-me, pai, e não me deixe sofrer assim.


Charles olhou-a com surpresa. Sua menina sempre fora muito cautelosa, obediente, e nunca lhe dera nenhum desgosto. Não ceder a tais caprichos, principalmente quanto implorados com tamanho sentimento, era como negar a sua própria vida. A felicidade de Daphne também era a sua. Assim, decidiu que havia apenas um modo de resolver aquilo. Teria de encontrar Lucius Malfoy.


 


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Autor(a): missavinon

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R E E N C O N T R O   Pansy Parkinson, Blaise Zabini e os Greengrass, entre outros tantos membros do que um dia fora a famosa elite bruxa, receberam corujas sobre a celebração gloriosa que ocorreria na mansão dos Malfoy na última sexta-feira de março. O anfitrião, Lucius Malfoy, jamais esquecia dos velhos companheiros, embora ...


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