Fanfic: Inalcanzable *Portiñon*-Finalizada | Tema: Rebelde, Portiñon

Anahi morreu apenas três meses depois de minha irmã. Acho que todos nos conformamos com o fato de que ela não poderia viver sem Dulce e até seus pais perceberam que quando Dulce morreu, eles não perderam apenas sua nora, mas perderam também sua filha.

Um mês depois do enterro de Anahi, que tinha seu tumulo ao lado do de minha irmã, comecei a construir um puxado no jardim da minha casa, exatamente no mesmo local que Dulce e Anahi costumavam ficar. Coloquei lá dentro todos os pertences da minha irmã e os pais de Anahi me deram todas suas coisas também, dizendo que não poderiam aguentar olhar para aqueles objetos sem lembrar de sua querida filha. Então coloquei tudo lá, misturando os objetos e as roupas dentro do pequeno guarda roupa que levei pra lá, deixando o quarto com uma cara bem delas. Fiquei satisfeito com meu trabalho, mas meu pai se recusava a entrar naquele quarto, enquanto eu ia todos os dias para apenas olhar as coisas.

Ah, caso vocês estejam curiosos, Christopher teve uma filha com sua agora esposa. Deu-lhe o nome de Maria Flor, o primeiro nome era uma homenagem à minha irmã. Poncho e Maite se casaram em seu último ano de faculdade e tiveram seu primeiro filho dois anos depois, o pequeno Vitor Matheus, e logo depois veio uma linda menininha chamada Luiza, o nome que Dulce falou que seria de sua filha se chegasse a ter a oportunidade.

Quanto a mim, casei-me com a ex que Dulce tacou uma camisinha dentro da casa dela. Nos encontramos um dia na rua, nos olhamos e, sem dizer nada, começamos a rir daquele dia. Convidei-a para tomar um café depois e, dois anos depois estávamos casados.

Minha primeira filha nasceu apenas duas semanas atrás, seu nome é Maria Giovanna. Minha irmã maluca e a esposa dela adoravam se chamar pelos segundos nomes e essa foi minha forma de lembrar delas. O maravilhoso é que ela tem os cabelinhos loiros de minha esposa, que são bem parecidos aos de Anahi, mas os olhinhos são verdes como os meus e os da minha irmã. Ela poderia se passar por filha delas, por isso chamei-a assim.

Meu pai morreu um mês depois do meu casamento. Tenho certeza que ele só estava esperando que eu me arrumasse na vida para partir e se juntar à minha mãe, minha irmã e minha cunhada. Tenho uma sensação que eles estão felizes juntos agora e espero que estejam mesmo.

Sinto falta da minha irmã todos os dias. E toda vez que acordo, por apenas cinco segundos, esqueço que ela está morta, então tudo volta à mim, então fico depressivo por um tempo, até conseguir me distrair um pouco. Minha irmã foi como uma mãe pra mim, sempre me cuidando e me protegendo e perdê-la foi como perder metade de mim. Oro todos os dias para que ela esteja bem e feliz, aonde quer que esteja, e para que possa me encontrar com ela algum dia.

Jamais vou esquecer-me da minha irmã, ou de Anahi. Eram pessoas tão incríveis e de bom coração, que morreram para uma doença tão cruel. Mas todos os dias, ao me lembrar que ela não está mais comigo, a primeira coisa que irei pensar é: eu te amo e sinto sua falta. Logo depois mentalizo o rosto alegre de Dulce, depois o de Anahi, depois o de meu pai, então dos três juntos e levanto logo depois.

Porque as pessoas que foram tão especiais para sua vida não podem ser esquecidas, mesmo depois da morte...