Fanfics Brasil - 8 Inalcanzable *Portiñon*-Finalizada

Fanfic: Inalcanzable *Portiñon*-Finalizada | Tema: Rebelde, Portiñon


Capítulo: 8

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Depois daquele almoço em família a gente não passava um único dia sem se ver. A gente saia, ia assistir um filme, ia ao circo, saia com alguns amigos de Dulce, que acabaram se tornando meus amigos também, jantávamos fora com ou sem nossa família, fazíamos piqueniques, passávamos a tarde lendo, jogando vídeo game e até íamos no Grupo de Apoio regularmente. Todos sabiam que estávamos namorando e todos estavam muito felizes pela gente.


Quando eu estava muito cansada e ofegante, Dulce ia para minha casa e ficava lá deitada do meu lado até eu me sentir um pouco melhor, então ia atrás de alguma coisa pra gente fazer, ler, jogar ou assistir. E quando sua perna doía mais e a deixava meio desconfortável para andar eu ia para sua casa e ficávamos o dia inteiro deitadas conversando ou simplesmente dormindo.


Meu aniversário de 18 anos chegou e eu disse que não queria nenhum presente, ela prometeu que não me daria nada. Mas ela me acordou às 6:00h da manhã e me entregou uma caixa.


Eu: “Eu disse que não queria nenhum presente e você prometeu que não me daria.”


Dulce: “Não é um presente se não estiver embrulhado em papel de presente.”


E me deu aquele seu sorriso torto que eu tanto amo. Eu abri a caixa, fina e comprida e deu um grito de animação ao reconhecer o conteúdo. Era a varinha de Sirius Black, uma réplica exata em resina. Um verdadeiro item de colecionador. Eu coloquei a caixa com cuidado na cama e me joguei nela para abraçá-la. Dulce riu, me beijou e disse para mim descer que ela ia ajudar minha mãe a fazer o café e poderíamos começar a comemorar. Eu sabia que era da coleção dela de varinhas e aquele simples gesto de me dar algo que, para muitas pessoas parecia apenas um graveto com desenhos, significava que ela realmente gosta de mim. Um potterhead nunca, jamais, dá algo de sua coleção para alguém a menos que essa pessoa signifique muito para ela. E, apesar de não ser do seu personagem favorito, eu sei o quanto foi difícil se livrar dele para me dar.


Mais alguns meses se passaram e eu nunca foi tão feliz na minha vida. A gente nunca tinha passado de beijos, pois ela tinha medo de fazer algo que meus pulmões frágeis não suportariam. Mas eu estava ansiando por ela. Precisava dela. Também não tínhamos dito que nos amávamos, apesar de saber que a gente fazia. Até aquele momento, nosso “te amo” era dito com “você tem uma pele legal”, equivalente de um “eu te amo” para um potterhead, sussurrado em alguns momentos bem pensados.


Era julho quando eu liguei para ela logo depois de acordar, algo que fazíamos todo dia como um ritual antes de sequer levantar, e percebi pela sua forma de atender que havia algo errado.


Ela não falou seu famoso: “Boa dia, Anahi Giovanna” ou “bom dia, senhorita Mau Humor” ou usou seu apelido que havia inventado para mim “bom dia, duende” por eu ser mais baixa que ela. Foi um simples “bom dia” e logo perguntei: “O que aconteceu?”


Ela suspirou. “Minha perna está doendo.” Respondeu. “Tomei um remédio pra dor, deve passar logo.”


“Eu também tenho câncer, Dul. Eu sei que remédios para dor não adiantam em nada.” Falei.


“Bom, senhorita Eu-Também-Tenho-Câncer, só estou tentando te deixar despreocupada.” Eu sabia que ela estava tentando fazer uma brincadeira, mas sua voz não parecia em nada quando ela tinha um sorriso iluminando seu rosto.


“Estou indo aí.” Disse, já me levantando.


Dulce não me respondeu, sabendo que dizer para eu não ir seria quebrar nossa regra de apoiar enquanto a outra estava com dor. Eu me troquei em tempo recorde, tomei um suco e comi uma maçã e dirigi até sua casa. Seu irmão atendeu a porta e nem ele tinha o famoso sorriso Saviñon. Seu cabelo, que ele pintava constantemente, estava pintado de azul claro, mas ele não exalava a alegria que seu cabelo fazia.


Ele me deu bom dia e me deixou entrar, eu não esperei ele falar nada e subi direto para o quarto. Dulce estava encolhida na cama, os olhos fechados, coberta com a colcha laranja. Eu suspirei e deitei ao seu lado, por cima da colcha.


“Bom dia, Chuck.” Sussurrei em sua orelha, passando meu braço em volta dela. Acabei me acostumando a usar seu apelido graças aos seus amigos que só a chamavam assim.


Dulce se virou para mim e sorriu. “Bom dia, Duende.” Respondeu. “Já estou melhor, a dor está passando.” Declarou.


“Que bom.” Eu disse, beijando sua testa suavemente.


Ficamos deitadas lá por mais uma hora, antes que ela declarou que realmente precisava ir ao banheiro. Eu soltei meu braço dela e ela jogou a colcha pra longe, levantando devagar, testando sua perna.


Foi quando eu vi que ela usava uma camiseta larga do Pernalonga e uma cueca boxer marrom, com a costura amarela, e as caras do Tico e Teco na bunda. Eu segurei uma risada, lembrando que era a primeira vez que a via tão sem roupa. Dulce pareceu não perceber com quão pouca roupa ela realmente usava e andou até o banheiro do corredor, que era apenas dela, já que ela havia banido os homens de usá-lo por nunca levantarem a tampa.


Ela demorou uns cinco minutos e quando voltou seus cabelos estavam penteados e eu tinha quase certeza que ela havia escovado os dentes. Ela ainda usava as mesmas roupas, ou melhor, quase nada delas, e eu deixei meus olhos vagarem por seu corpo. Ela estava sem sutiã, eu podia dizer, e na frente de sua cueca estava escrito Tico e Teco na coxa direita e era nessa mesma coxa que eu vi uma cicatriz disforme, acima do joelho, subia e sumia debaixo das “pernas” da cueca.


Dulce percebeu que eu estava olhando e se virou rapidamente para pegar uma calça no seu guarda roupa. Eu já havia a visto de calção, mas todos eles iam para baixo do joelho e eu nunca havia visto sua cicatriz. Ela deve estar pensando que eu estava enojada com aquela linha meio torta. Eu me levantei depressa e atravessei o quarto para abraçá-la por trás e segurar suas mãos, que pegavam a primeira calça à vista.


“Não.” Eu sussurrei, beijando seu pescoço levemente. “Desculpe-me por olhar, eu estava admirando esse seu belo corpo e você deve admitir que é impossível não ver.”


Ela suspirou e deixou a calça cair no chão, seus ombros também despencaram e ela olhou para baixo, provavelmente olhando sua cicatriz. “Você...”


“Você é linda.” A cortei, tendo certeza que ela ia perguntar se eu a achava feia por aquilo, ou que eu não queria nem chegar perto daquela cicatriz. “Nunca duvide disso. Essa cicatriz faz parte de quem você é e eu não tenho nenhum problema com ela.”


Ela relaxou um pouco, mas não totalmente. Foi um movimento súbito, que nem eu mesma notei o que fazia, até que eu senti minhas mãos apalpando seus seios perfeitamente redondos por cima da camiseta. Ela suspirou e segurou minha mão com as suas.


“Anahi...”


Ela ia me interromper, tenho certeza, tinha medo de acabar me deixando mal. “Eu te amo.” Sussurrei em seu ouvido. Suas mãos ficaram moles sobre as minhas, ela fora pega totalmente de surpresa. Dulce se virou para mim, procurando nos meus olhos a verdade. “Eu te amo.” Repeti mais alto, sorrindo. “Demais.”


Dulce sorriu também e me beijou. Minhas mãos subiram novamente, dessa vez por dentro de sua camisa e eu segurei seus seios de novo. “Eu te amo.” Ela falou para mim, enquanto beijava meu pescoço e me levava lentamente para a cama, onde ela me deitou com cuidado.


Dulce abriu o zíper do meu vestido e eu tirei sua camiseta, maravilhada pela visão que recebi.




 


Estávamos deitadas lado a lado na cama, eu estava muito ofegante, mas sua respiração já tinha se normalizado. Foi totalmente diferente do que eu pensei que seria. Foi carinhoso, cheio de amor, sem dor e calmo. Não houve gritos, não houve palavra nenhuma, foram apenas toques simples, mas que me deixavam tão extasiada.


Eu deitei a cabeça em seu ombro e ela me abraçou, beijando minha testa. “Como se sente?”


“Nunca estive tão bem na minha vida.” Respondi com um enorme sorriso.


“Tem certeza? Sua respiração está muito acelerada.”


“Tenho.” Levantei minha cabeça e a beijei, antes de suspirar de felicidade e deitar minha cabeça em seu ombro de novo. “Eu te amo.”


“Eu também te amo.”



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Autor(a): chavinonyportinon

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 24



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  • Emily Fernandes Postado em 05/09/2017 - 21:00:38

    Meu Deus. Eu nunca chorei tanto com uma fanfic, como eu chorei aqui. Gente que coisa louca. Sério acho que preciso pensar duas vezes antes de voltar a ler essa fic. Ela é linda, não posso negar mas é muito triste e acaba com a gente. Meu Deus os detalhes dos sentimentos de ambas são intensos. Só posso dizer pra você escrever mais histórias. E me deixar chorando por horas. Acho que já é a terceira fic sua que me desmancho em choro.

  • giovannamaria Postado em 27/02/2016 - 19:31:46

    MADONA MIA! Desidratei, não quero mais ler essas novelas de câncer, é demais pra mim, mas parabéns, muito bem escrita e linda a web.

  • tammyuckermann Postado em 30/08/2015 - 03:34:28

    Omg nunca chorei tanto no final de uma fanfic, espero q continue escrevendo mtas historias boas. *-*

  • justin_rbd Postado em 11/05/2014 - 20:55:52

    ja tem um tempo que eu li sua fanfic ,mas agora me cadastrei no site e favoritei ela,é um pouco triste,mas amei e parabéns voce ja pensou em escrever um livro? eu tb leio sua fanfic RBD La fmília: Loucuras em Família portinon e herroni parabéns!!!!

  • cmilla Postado em 17/04/2014 - 11:48:29

    meu deus !! acabei de ler um crime perfeito e ela era perfeita, na verdade todas as suas fanfics são perfeitas !!!

  • mari.vondy2020 Postado em 09/04/2014 - 22:51:09

    Um tempo atrás eu favoritei "RBD La fmília: Loucuras em Família" ali estava o link dessa fic, e ontem a noite decidi ler e Uau... Que fic perfeita, aprendi muito com ela. Temos que viver um dia como se fosse o último. Agora estou aqui chorando muito, essa fic foi muito perfeita. Parabé, essa fic foi incrível...

  • maria_eleonora Postado em 29/09/2013 - 14:27:13

    caraca, acabei de ler essa madrugada.. ontem fui em uma livraria so para garantir o meu livro.. a historia é realmente emocionante.. Chorei pankas aqui.. minha irmã olhou para mim e perguntou 'Ta chorando por quê ?' eu so soube dizer 'porque a vida é injusta com as pessoas, o amor é lindo e o sofrimento infelizmente faz parte, mas as vezes passa dos limites.. espero que elas sejam felizes onde elas estiverem' e ela respondeu 'vou fingir que entendi'.. eu falei aquilo mais pra mim do que pra ela.. parabens sua web foi perfeita.. poucas web's me fazem chorar e se emocionar.. e as suas sempre fazem isso comigo.. parabens mas uma vez.. bjs

  • dannyk Postado em 27/09/2013 - 19:14:55

    ameeeei - choreeeei - me dreprimiiii - ~~apenas destruida~~ jesus, nunca chorei tanto numa fic antes -- PERFEITAAAA ♥

  • portinons2vondy Postado em 26/09/2013 - 23:47:04

    acho que nunca chorei tanto lendo algo como chorei com essa web ( é eu tento me controlar mais sou um caso perdido besta demais) amei sua web perfeita apesar de muito triste :(

  • Valesca Postado em 25/09/2013 - 23:13:56

    ei ansiedade causa infarto sabia posta mais por favor


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