Fanfic: Ascensão das Sombras. | Tema: Original
Quando completei 150 anos de vida, eu, Lario, comecei a prestar serviços para o Estado, que me enviou para trabalhar na Biblioteca da Vida. Eu dormiria lá, comeria lá e talvez nunca mais veja minha família, e só depois de uns setecentos anos poderia me aposentar e voltar para casa. (já comentei que nossa raça pode viver séculos?)
Mas, no fim, até que tiver sorte. São poucos os que são convocados para trabalhar na Biblioteca da Vida, mas mesmo quando voltasse para casa, não poderia dividir meus conhecimentos com ninguém, afinal, a Biblioteca é um lugar proibido, por algum motivo.
O trabalho na Biblioteca não era tão difícil, basicamente era tirar pó dos cristais. Às vezes, nos meus horários de folga, passava a noite lendo os mesmos cristais que limpei durante o dia. Gostava de todos os tipos: ficção, ação, romance... mas meus preferidos eram os de histórias passadas.
Ao ler os cristais de história descobri a existência dos demais povos e de outro grupo de minha espécie que podia voar livremente pelos céus e utilizar como bem entendiam os ventos, alguns mais fortes poderiam até criar furacões. Ahh... quanta inveja, ao ler sobre eles me imaginava um ser livre, que pode ir e vir como bem quisesse, podendo me aproximar mais do meu próprio elemento: o ar.
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Anos se passaram e o tédio já tomava conta de mim, todo dia limpava as seções de cristais... os incontáveis cristais... e o pior: já tinha lido dos mais variados assuntos história, administração, culinária, geologia, hidrografia, como voar em dez dias, domando animais, guia rápido de seu bichinho, etc... e nada mais me prendia a atenção.
Mas não posso reclamar, na Biblioteca conheci criaturas bem diferentes, de diversas espécies e etnias, serpentes do mar, povos de fogo, plantas falantes, pássaros, monstros de pedra e alguns espíritos da natureza. Tive até oportunidade de conhecer o poderoso Ignitium o espírito moderador do fogo... e até mesmo algumas garotas interessantes, tanto do reino da água quanto do ar.
Certo dia, ou melhor, certa noite, estava na seção de cristais sobre os povos do vento, queria ler mais algum guia de como criar pássaros, até que encontrei um cristal diferente, ao invés de parecer um cristal prismático como os outros, esse parecia uma esfera, levemente achatada. Estava escrito: Os dias obscuros dos Litriks. (o povo que escolheu o caminho da luz). O cristal revelou um segredo que a muito foi escondidos de nós pela alta cúpula.
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A história começou quando um dos deuses, responsável pelo caminho do equilíbrio, queria iniciar uma guerra que abrangesse todos os povos. Ele acreditava que devido todos estarem estáveis em suas regiões, o equilíbrio estava pendendo para o lado do bem, por isso, uma guerra era necessária para restaurar o mal.
Desse modo, Eky, deus do equilíbrio, contatou o seu representante no nosso conselho através de uma áurea, e secretamente ambos começaram a planejar o golpe de Estado para remover os outros quatro representantes. Porém, sabiam que apenas utilizar de habilidades do elemento luz não adiantaria, além do mais, o representante do caminho da Vida era muito poderoso.
Com isso, um deus e um mortal se uniram para criar um elemento que fosse tão poderoso quanto o elemento da Luz. Então seus desejos egoístas criaram um elemento exclusivo a eles, mortal e deus, o elemento: Trevas.
Depois de passados alguns anos o plano foi finalmente posto em ação.
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Após ler isso, me dei conta de que não estava mais na Biblioteca da Vida, e sim, em um enorme salão com cinco tronos vazios, e o do meio se elevava acima dos demais. O salão era redondo com paredes de pedra, enquanto o teto dava vista para um céu, que neste dia apresentava densas nuvens de chuva, a qualquer instante iria cair uma tempestade.
No chão havia um desenho enorme sol com quatro raios, cada qual com um escrito deferente. Estes diziam: Eky, deus do equilíbrio; Mirot, deus da mente; Tiost, deus do éter; Arka, deusa da emoção. Mas ainda sim, no centro do sol, entalhado em ouro brilhante estava o nome: Supérium deus da vida.
De repente as portas do salão se abriram. Adentrou no salão uma figura encapuzada, trajando uma túnica negra. Como não esboçou qualquer reação em minha direção, presumi que não notara minha presença, então entendi que estava dentro do castelo no dia em que o golpe de Estado aconteceu. Tudo feito pelo cristal, aquilo era apenas uma lembrança.
A figura tirou o capuz, tinha uma cabeleira negra, e sua pele era a mais pálida que eu já vi (olha que meu povo era o mais branco), e no seu rosto se evidenciavam apesar de tudo, traços negros.
Ele retirou do pescoço um amuleto com a forma de uma balança, em seguida, segurando a balança, esticou o amuleto a sua frente, pronunciou algumas palavras e uma esfera branca surgiu em sua frente, esta, cresceu e depois explodiu em chamas brancas que adquiriram uma forma parecida com os humanos.
O “espectro” começou a falar com o ser vestido de túnica:
-- Antes de destronarmos Óreon, o representante da vida, precisamos eliminar Sintis, ele, como seguidor do caminho da mente, é muito inteligente e já há tempos suspeita de nosso plano. Após matá-lo você voltará aqui e desenhará uma balança com o sangue dele e pronunciará aquelas palavras que disse ao me invocar, e por fim destruirá os outros quatro tronos.
-- Sim mestre, como desejar. — Colocou o capuz, ajoelhou-se em seguida levantou-se para ir embora, até que o espectro (que eu deduzira ser Eky, deus que planejou o golpe) o impediu.
-- Krios, confio a você esta missão. Não me desaponte. -- Em seguida Krios se virou e adentrou no castelo, e Eky explodiu em luz.
Alguma coisa me puxou para seguir Krios, que andava com passos firmes, mas sua feição mostrava-se apreensivo. Ele recitou alguma fórmula e um cajado com chamas negras surgiu em sua mão. As chamas deslizaram para a ponta do cajado, onde surgiu um cristal branco com uma balança gravada no centro, esta era o símbolo do equilíbrio.
Depois de uma sequência de incontáveis corredores, finalmente Krios chegou á frente de uma porta com o nome Sintis gravado, parou por um ou dois segundos e empurrou-a. O cômodo possuía apenas um colchão e um enorme quadro com o desenho de um espectro com raios de luz saindo de sua cabeça. Em cima do colchão encontrava-se Sintis (eu supus) meditando.
--Finalmente chegou, Krios. Estava esperando por você.
-- Por mim tudo seria diferente, mas você sabe, ordens são ordens. Além do mais, você não iria concordar comigo.
-- Bem, então vamos acabar logo com isso. -- Sintis levantou-se, esticou a braço e logo em seguida apareceu um cajado e com um raio de luz, surgiu uma esfera com raios luminosos envolta, na ponta do cajado. Ficou óbvio que haveria uma batalha...
Autor(a): larizg
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Sintis removeu o manto branco que lhe cobria o corpo e abriu as enormes asas. Quase imediatamente Krios avançou com uma esfera, de coloração negra, na mão, ao se aproximar de Sintis este se defendeu com o cajado e uma grande explosão ocorreu. Uma nuvem de fumaça dominou a sala, eu já não conseg ...
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