Fanfic: Merdaa...O astronauta vermelho desceu! •1ª e 2ª Temporada•

Obvio que eu aceitei. Nunca se diz não a uma festa, muito menos a uma festa elegante e chiquerérríma. Onde eu passarei horas olhando os vestidos das mulheres, que ao contrario da minha pessoa, têm dinheiro o suficiente para esbanjar com estilistas famosos e seus modelos exclusivos, um sonho para qualquer mulher, inclusive para mim.
Claro que como toda boa mulher ficarei em pensamentos xingando-as de vadias, e procurando incessantemente um defeito no vestido (nem que seja um reles fio fora do lugar) para me sentir melhor, e para completar minha terapia observarei cada centímetro de seus corpos até descobrir o que nelas é falso. Já lhes adianto que a grande maioria dos narizes, seios (quando são fartos), e até mesmo as belas panturrilhas são frutos de cirurgiões milagrosos que fazem aquelas mulheres grotescas virarem lindas moças. Mas vamos deixar de cuidar da vida dessas pessoas e vamos cuidar da minha.
Bem, eu estou desempregada... Se eu já sou pobre trabalhando, vocês já podem imaginar minha situação atual sem emprego, fora que não tenho um vestido descente para ir a festa, nem dinheiro para alugar, muito menos para comprar. A única solução é apelar para o guarda-roupa de uma única pessoa a disposição. Pessoa esta que eu quase matei mais cedo. Sim, a Anahí deve ter um vestido perfeito para eu usar.
Liguei para seu celular na maior cara-de-pau. Vocês devem me entender: brigas, brigas, vestidos e festas à parte. Espero que Anahí compartilhe comigo essa maneira de pensar.
—Dul? —Ela perguntou receosa. —Eu juro que não fui eu quem contou pro Christian. Juro!—Ela se apressou em me explicar. Mas que droga! Até o Christian já sabe?
—Não liguei para brigar, Anny.
—Ufa! —Ela suspirou aliviada. —Mas então por que me ligou?
—Bom...Am... —Eu estava procurando a melhor forma de pedir. —Eu preciso... De um favorzinho seu. —Falei temendo que ela respondesse: “Não, só porque você quase me matou, sua vaca”.
—Um favor? Que favor?
—O Chris me convidou para uma festa...E... —Eu estava procurando a melhor forma de falar. — Bem, a festa é de gala. Com pessoas importantes, ricos e famosos, e eu não quero fazer feio, mas o problema é que... Bem, não sei se você sabe, mas fui demitida e...
—Demitida?
—Uma longa história, depois eu te explico. —Longa mesmo e até escolhermos minha roupa eu sabia que teríamos tempo de sobra para contar as novidades. —Mas voltando ao assunto...Eu queria que você me emprestasse um dos seus vestidos.

Ela não pensou nem duas vezes para me responder. Gritou um sim, e me puxou para dentro de seu apartamento, me mostrando suas roupas (Uma mais linda que a outra, tenho que assumir).
Apostamos em um vestido preto de uma seda importada (Anahí sempre fora exigente com suas roupas, normalmente é tudo fora do país), aparentemente não havia nada no vestido de grande destaque. Ele era liso, simples, que deixava as costas à mostra, com um grande decote, mas como Anahí nunca se satisfaz com nada simples, me emprestou um colar de ouro branco com esmeraldas. A sandália era de salto alto e fino, preta, que fazia par com a pequena bolsa.
Em meu cabelo foi feito um coque. Não sei porque, mas eu estava me sentindo um máximo. O único problema foi o absorvente, que pelo vestido ser fino, marcava, fazendo parecer que eu estava com uma calcinha igual a da vovó (Acreditem é a maior calcinha do mundo. Não sei como ela consegue usar aquilo. É tão grande!).
Como eu não queria me dar ao trabalho de voltar para casa, o Christopher me buscou no apartamento da Anny, cumprimentando-me com um: “Uau, amor. Você está magnífica! Estou vendo que você me dará muito trabalho”, me cobrindo de beijos.
Era um sonho, mas se bem conheço os meus, eles depois de um tempo se transformam em um pesadelo.

Continua....