Fanfic: Merdaa...O astronauta vermelho desceu! •1ª e 2ª Temporada•

—Bem... —Ela me olhou com aquele olhar de cachorro abandonado, suplicando para que eu não brigasse com ela e aceitasse a sua proposta. —Nos queremos que você volte para capital. —Ela falou rápido, para eu não ter tempo de interrompê-la.

—Sinto muito, mas não vou, não. —Respondi.

Voltar para a capital? Da onde eles tiraram essa idéia louca?

Ah, meu Deus, pensei assustada, eles não estariam apoiando o Christopher em suas loucuras, ou estariam?

—Vocês não estão apoiando o Christopher, ou estão? —Perguntei, temendo que meus próprios amigos estivessem armando contra mim.

—Não. Claro que não. —Respondeu Anahí. —Pouco me importa o que o Christopher quer ou deixa de querer. —Assegurou-me. —Mas... é que eu queria ver meu sobrinho-primo crescer, sabe?

—E não só ela. Todos nós. —Christian disse.

—Mas o principal de tudo não é isso. —Maite, acrescentou. —Nos sempre achamos injusto e errado a forma que você abandonou tudo na sua tentativa de esquecer o Christopher. E até hoje, a única pessoa que se ferrou com tudo foi você.

—Sem falar que já vai completar dois anos e você continua escondida nesse buraco, que você denomina de cidade pequena.

—Christian, eu não estou me escondendo de nada. —Respondi firme. Ora, cada uma. Eu me escondendo. Vê se tem cabimento.

—Ah, não? —Anahí sorriu venenosa. —Dulce, quando você se mudou pra cá nos brigamos justamente por isso. Por sua mania de pensar que seu mundo gira em torno do Christopher. —Eu abri a boca para me defender, mas ela me interrompeu falando: — Ele não quis mais, problema é o dele. Quem perde é ele. Em falar, você viu a vadia que ele está ficando?

—Hei! Minha prima não é vadia, não! —Exclamei por impulso, pois eu sempre defendia minha família de qualquer acusação, mesmo quando eu sabia que era verdade. Afinal há certas verdades que só nós, os familiares, devemos dizer. Como essa, por exemplo.

—Prima? —Os três arregalaram os olhos e me perguntaram boquiabertos.

—É. —Respondi sem jeito. —Ela é minha prima. Nenhum de nós três sabia, descobrimos semana passada, quando eu “conheci” a noiva dele.

Os olhos dos três que já estavam arregalados, conseguiram (sabe Deus como) esbugalhar mais.

—Mas...Mas...Como é possível eles não saberem? —Perguntou-me Maite, perplexa.

—Simples. Ela nunca conheceu meu marido, pois morava na Europa, e até mesmo quando eu casei, devido a alguns problemas ela não pôde vir. Então não tinha como eles saberem. —Respondi.

—Meu Deus, que confusão! —Exclamou Anahí, sem conseguir acreditar.

—Nem me fale. —Suspirei triste.

—Imagino como você deve ter ficado.

—Não, Anahí. Você não faz idéia de como eu fiquei.

Comecei a contar para os três aquele almoço catastrófico, de como os acontecimentos foram muitos para poucas horas, e como minha vida ficou de ponta cabeça com tudo.

—Jesus! Depois dessa não vejo alternativa a não ser você se mudar lá pra casa. —Anahí voltou com o assunto da minha “mudança” para a capital.

—Pra sua casa? —Olhei para ela, tentando achar indícios de que ela andava cheirando ervas ilícitas por aí, juntamente com seu primo. —Você pirou? —Perguntei. —Ir pra sua casa? Você se esqueceu que é casada? Quer dizer, até onde eu sei você ainda é casada.

—Ah, então você ainda não sabe da história? —Perguntou-me Maite, com um sorriso nos lábios.

—Que história? —Mais uma vez eu era a única que não sabia.

—O casamento moderno da Anahí. —Christian disse, olhando para May, fazendo com que os dois, em cumplicidade, caíssem na gargalhada.

- Hã? O que eu perdi por aqui?

—Seus dois chatos! Vocês riem porque nunca foram casados! Se soubesse como é, fariam o mesmo. —Se defendeu ela. Mas do que ela estava se defendendo?me perguntei boiando na conversa.

—De que diabos vocês estão falando? —Perguntei.

—Do meu casamento, Dul. —Respondeu-me Anahí.

—E o que tem ele?

—É que eu e o Poncho moramos em casa separadas.

—Vocês se separaram?! —Perguntei surpresa.

—Não. Nós só decidimos morar em casas separadas. Eu vou à dele quando me der vontade, e ele vai à minha quando quiser.

—Eles voltaram à fase de namorados. —Explicou-me May—Mas se denominam ainda casados.

Fiquei pasma sem saber o que falar. Anahí e suas idéias.

—Mas isso não vem ao caso agora. —Ela finalizou o assunto, brava. Pelo visto, não gostava que falassem de seu casamento. —O que importa é que eu terei o maior prazer de recebê-la em minha casa. E que eu tenho um quarto grande o suficiente para um bebê e sua mãe. Por que não ir e fazer minha família feliz, vendo seu tão sonhado herdeiro a caminho? —Ela sorriu, apelando para meu amor por sua família.

Golpe baixo, Anny.

CONTINUA...