Fanfic: Merdaa...O astronauta vermelho desceu! •1ª e 2ª Temporada•

—Consegui! —Exclamei feliz da vida me jogando no sofá da Anny.

—Consegui o quê? —Ela me perguntou, olhando-me desconfiada. —Não vai me dizer que continua com aquela idéia louca de se vingar do Christopher.

—Não, já te garanti mais de um milhão de vezes que não irei me vingar dele. —Resmunguei deixando os olhos em branco, irritada por todo dia ela me fazer jurar a mesma coisa, só por se sentir culpada, já que foi ela quem me contou.

—Mas então, qual a boa nova? —Ela se sentou ao meu lado com uma tigela de pipoca.

—Consegui um emprego. —Ouvi um barulho de algo caindo no chão, olhei para o piso e vi que ela havia derrubado toda a pipoca.

—Você está brincando, né? —Ela me perguntou, ainda parada como se estivesse em estado de choque.

—Não. —Eu respondi sorridente. —E já consegui alugar um apartamento. Vou me mudar hoje mesmo.

—Você cheirou o quê? Andou bebendo? Fumando? —Ela se levantou, parou em minha frente e começou a gritar descontrolada, como se eu tivesse anunciado o apocalipse. —Você tem noção do absurdo que está falando? Dulce, acorda! Você está grávida de quase quatro meses. Daqui a algumas semanas você mal agüentará o peso do seu corpo e inventa de voltar a trabalhar?!

—Acabou? —Perguntei quando ela parou de me metralhar com suas acusações. —Não mata ninguém organizar arquivos no computador, atender telefonemas e marcar consultas. E é trabalho provisório. Além de que meu chefe me garantir que será bonzinho comigo.

—Bonzinho? Bonzinho com você? —Ela arqueou uma sobrancelha. —Vamos lá, Dulce Maria, trate de explicar tudo direitinho, porque eu não estou entendendo nada de nada.

—Bom... —Me levantei do sofá e comecei a andar pela sala em círculos, parecendo uma barata tonta. —Lembra do Cleber, um antigo amigos.

—Aquele que o Christopher odeia, e que há alguns anos atrás quase saíram na porrada? —Anahí perguntou boquiaberta.

—Sim... É esse mesmo. E não me venha dizer que ele está afim de mim, e que sempre foi apaixonado por mim, além de toda a babozeira que você e seu primo cismam em afirmar, pois nada no mundo vai me fazer desistir. Vou seguir em frente minha vida. Voltar a ser dependente e não vou aceitar nem um centavo sequer do dinheiro que seu primo quer dar ao bebê de pensão.

Eu falei categoricamente, com o nariz empinado, um sorriso de lado a lado e a confiança que há muito tempo eu havia perdido. Agora eu era de novo independente. Eu me sustentava, eu tinha meu próprio teto (mesmo que temporário) e o meu próprio emprego, além de um chefe que me jurou de pé junto ser bonzinho comigo. O que mais eu poderia pedir? Tudo estava bom demais do jeito que estava.

—Eu não vou deixar você matar o meu primo de segundo grau e afilhado, que ainda nem nasceu, com suas loucuras. Não vou mesmo.

—Anahí, desiste. Nada irá me fazer mudar de opinião. —Revirei os olhos com um suspiro cansado. Por que era tão difícil para ela entender?

—Você não entendeu, Dulce. Eu não vou fazer nada, mas o Christopher sim. Espera ele ficar sabendo disso, e pior ainda ele descobrir pra quem você vai trabalhar. O Christopher vai te matar, literalmente, e de brinde matar esse tal de Cleber.

—Não vai, não. —Afirmei veemente.

—Vai, sim e agora mesmo.

Ela saiu da sala batendo o pé nervosa, indo em direção a porta. Ela não faria o que eu acho que ela faria, ou faria?

Continua...