Fanfic: Nem sempre o amor pode está certo. 1º Temporada e 2º Temporada | Tema: web novela

– FELIPE NARRANDO –

Nós ficamos nos olhando. Até quebrarem o silêncio.
– viado! Bichona! Frouxo – o Caio falava alto enquanto jogava almofadas no Lucas.
– cara porque vocês se metem tanto na minha vida sexual? – o Lucas perguntou irritado.
– se é que você tem uma né?! – eu disse com sarcasmo.
– torra não Felipe. Não sou vocês não, que ficam com a guria, come e depois some.
– ihhhh sou assim não Lucas, não venha generalizar – o Bê disse irritado.
– é, o Bernardo pega a Mel, some, mas ela sempre acha ele depois – eu falei zoando e todos riram.
– essas duas são gostosas demais – o Rapha disse sentando na cama.
– d–e–m–a–i–s – o Caio disse pausadamente.
– eu já vi com menos roupa, aliás, ali não tem nada que eu não tenha visto – eu disse dando de ombros.
– eu também – o Bernardo concordou.

Os meninos olharam pra nós dois.
– ah não, agora termina, nem invente de falar só a metade – o Rapha disse.
– até eu quero saber agora – o Lucas falou.
– ah, eu já fiquei com a Carol e ela é tão boa quanto parece. Já a Mabi é minha irmã, eu já a vi só de calcinha – eu disse me gabando, mas na verdade eu a vi assim pelo mesmo motivo da Carol.
– eu também fiquei com ela e não a vi nua, tu ta de onda Felipe – o Rapha falou duvidando.

– eu usei visão de raio x, por isso que eu sei – eu falei sério e os meninos riram – porra, vocês são lerdos hein?! Nós transamos cara!
– e tu Bernardo, se explica logo aí porque essa é a segunda vez que tu fala nisso – o Caio pediu.
– e eu falo quantas vezes eu quiser sem ter que explicar o porquê.
– affff bichisse!

A Mabi pôs a cabeça na porta e chamou a gente pra ir ao clube, saímos e fomos andando, cada um passou em casa e trocou de roupa.

– MABI NARRANDO –

Fomos andando pro clube, eu ia na frente com a Carol e o Felipe e os meninos atrás bagunçando conosco. Ao chegar ao clube pegamos uma mesa, cadeiras e pedimos lanches e refrigerantes. Depois de comer a Carol me chamou pra nadar. Tiramos a roupa e ficamos de biquíni.
– cuidado pra não perder esse pedaço de pano que restou – o Felipe gritou.
– credo Felipe, deixa a Mabi – a Carol falou brava.
– to falando isso pra você também – o Felipe disse rindo.
– ah taaaaa se eu quiser fazer topless aqui eu faço e ainda convenço a Mabi a fazer.
– convence! Convence! Convence! – os meninos gritaram.

Rimos e entramos na água, ficamos nadando e toda hora chegava uns meninos na gente pra conversar. De longe eu vi a Mel, Karen e Natasha chegando, foram direto na mesa dos meninos. O Bê levantou e saiu com a Mel, as meninas sentaram nos nossos lugares. Eu cutuquei a Carol que estava de papo com um guri.
– presta atenção.
– afffff essas piranhas não podem ver carne fresca que vem atrás – a Carol disse irritada.
– o Bê já saiu com a Mel, ele não tem jeito não – eu disse triste.
– é foda. Vamos lá?
– sei não. Quero me estressar não.
– e vai deixar a Natasha dá em cima do Lucas?
– ah ele sabe o que faz, não temos nada.
– mas eu não vou deixar, vamos – a Carol disse saindo da piscina.

Eu a olhei desconfiada.
– tem certeza que isso é pelo Lucas? – eu disse rindo.
– e pelo Rapha também, não quero beijá–lo depois dele pegar aquela lazarenta – ela deu de ombros e eu sai rindo.

Chegamos lá, a Natasha estava na minha cadeira ao lado Lucas e sentada em cima da minha roupa e a Karen estava entre o Rapha e o Caio, eles estavam conversando.
– dá licença querida – eu disse pra Natasha.
– ah, pode pegar – ela riu cínica.
– com esse peso todo em cima, fica difícil né?! Levanta logo – eu disse enquanto puxava minha roupa debaixo dela.

Ela levantou puta e eu peguei minha toalha e sentei na cadeira.
– eu não sou gorda – ela disse irritada – e eu tava sentada ai.
– não antes de mim, vaza.
– Lucas – ela falou manhosa e ficou olhando pra ele esperando alguma atitude.
– Mabi, ela estava sentada aqui, não seja malvada, isso é feio – ele disse irônico.
– ah desculpa Nat – eu falei mais cínica ainda – fica à vontade.

Levantei, ela sentou–se toda cheia de razão e eu sentei no colo do Lucas de frente pra ela e o abracei.
– sobre o que vocês conversavam? – eu disse com ar de sarcasmo.

A Carol riu e os meninos também.
– bom já que não tem onde eu sentar... – a Carol disse sentando no colo do Rapha.

A Natasha se levantou com raiva e chamou a Karen que saiu às pressas atrás da amiga. Eu olhei pro parquinho e vi a Mel tentando beijar o Bê e ele se esquivando, mas logo ele cedeu e eles se beijaram. A Carol viu que eu vi e foi lá comigo.
– vamos nadar amiga?
– to afim não Carol – eu disse triste.
– deixa de coisa, vamos – ela me puxou pela mão.

Entramos na piscina e nos escoramos na borda.
– eu vi – ela disse.
– o que? – me fiz de desentendida.
– você olhando pro Bê e a Mel juntos.
– ah, isso. Normal, só olhei porque eles estavam no meu campo de visão. Já me acostumei com os dois juntos.
– ele parecia não querer... – ela disse sem terminar a frase.
– mas a beijou.
– igual quando ele te traiu, ela pode ter forçado a barra.
– acho que o Bernardo é grandinho o suficiente pra dizer não pra Mel. Se junto comigo ele não foi capaz de dizer não a ela, não vai ser agora que ele vai, né?!

– quem sabe se vocês se acertarem? – ela me disse olhando de lado.
– ah Carol nem me faça esse olhar... Eu não quero voltar com ele. Não preciso de ninguém pra me magoar mais ainda, já basta o Pedro me estressando.
– ta Mabi, tudo bem, eu só acho que vocês se gostam e deveriam ter uma chance, nem que seja só pra por o passado em pratos limpos.

Eu não disse nada, apenas sai da piscina, irritada, e me deitei na cadeira próxima à piscina.
– eu acho que vi um gatinho.

Abri os olhos e estavam em minha frente o Caio, o Rapha e o Lucas, sorrindo.
– seus bestinhas – eu disse rindo.
– posso fazer carinho no teu gatinho Mabi? – o Caio disse se referindo à tatuagem de um gato que eu tenho no quadril.
– pode não, ele é bravo, vai te arranhar.
– vaza daqui Caio – o Lucas disse brincando.

Os meninos saíram e o Lucas deitou na cadeira ao meu lado.
– ta assim pelo Bernardo?
– hã? Não...
– sei.
– sério, não to nem aí pra ele.
– hum, que bom então porque ele e a Mel estão ali na maior pegação – ele disse apontando pra um canto.

Automaticamente eu olhei e não tinha ninguém. Olhei de volta pro Lucas e ele ria.
– pra quem não se importa você foi bem curiosa né?

Eu ri sem graça.
– quer sair daqui?
– hurum – eu disse balançando a cabeça em sinal de positivo.

Nós levantamos e eu coloquei o short, regata e as havaianas, então saímos.
– já vão? – o Fê perguntou quando passava pela gente.
– a Mabi não ta bem – o Lucas disse.
– aconteceu alguma coisa? Ta passando mal? – o Fê tava assustado.

O Lucas apontou pro parquinho onde a Mel estava com o Bernardo. O Fê apenas me deu um beijo na testa, ele sacou na hora e nós subimos em direção à saída do clube. Passamos próximo ao parque e o Bernardo ficou nos fuzilando com os olhos.
– Quer ir pra tua casa? – o Lucas perguntou.
– não. Daqui a pouco o pessoal deve ir pra lá.
– quer ir pra minha?
– ah, pode ser – eu disse tímida.

Entramos e fomos direto pro quarto dele. Estava bem arrumadinho e tinha o cheiro dele no ambiente. Sentei na cama e ele deitou ao meu lado.

– ta melhor? – ele disse acariciando as pontas do meu cabelo.

– to, obrigada.

– não precisa agradecer. To aqui pra o que você precisar.

Olhei pra ele e ele sorria pra mim, lindo como sempre. Deitei de frente pra ele e ficamos nos olhando.  Ele me beijou, um beijo calmo e carinhoso, e aos poucos eu fui relaxando e esquecendo tudo. O Lucas era o único que me fazia esquecer o Bê e o Pedro.

O celular dele tocou, olhamos era o Caio, provavelmente o procurando. Ele não atendeu, continuou me beijando.

– BERNARDO NARRANDO –

Eu consegui me livrar da Mel e fui pra piscina com os meninos. Eles estavam dentro da água conversando. Eu logo percebi que nem o Lucas e nem a Mabi estavam ali, será que eles não teriam voltado depois que passaram por mim? Pulei na água onde os meninos estavam.
– até que fim a loira te largou hein?! – a Carol disse.
– ahh ela queria discutir a relação, fazer as pazes, essas coisas – eu disse impaciente.
– ihhhhh coisa de casalzinho – o Caio bagunçou.
– que nada, essa menina só quer me torrar a paciência, até agora eu não entendi o que ela queria, porque nem relação nós temos pra ser discutida.
– mas as pazes foram feitas, né?! Tava na maior pegação ali – o Felipe disse.
– cadê o Lucas? – eu perguntei mudando de assunto.
– sabe que eu não sei, ele tava deitado ali naquelas cadeiras de sol – o Caio disse procurando – vou ligar pra ele já já.

Continuaram a conversa e eu fiquei procurando os dois com os olhos. Todos saíram da piscina e foram se vestir. O Caio ligou no celular do Lucas que não atendeu. No caminho de volta pra casa eu notei que eles não tinham voltado mesmo.
– o Lucas sumiu mesmo hein?! – comentei.
– a Mabi também Bernardo, não sei se você percebeu isso – o Rapha disse irônico.
– foi só uma observação – eu disse.
– ele sabe se cuidar sozinho, não se preocupe – o Felipe disse.
– também não vi a Mabi saindo sozinha – o Caio falou – devem estar juntos, vamos pentelhar – ele pegou o celular e ligou de novo. Mais uma vez o Lucas não atendeu.
– deixa que o Lucas sabe cuidar muito bem da Mabi – o Felipe falou rindo.
– e como sabe hein?! – a Carol disse pra me irritar.
– ah gente, só falei porque não o vi saindo do clube.

– você ta preocupado mesmo com ele ou com a Mabi? – o Felipe falou.
– ah que saco, não posso mais perguntar nada – eu sai irritado.

Fui andando na frente deles, pensando onde o Lucas e a Mabi deveriam estar, com certeza na casa dela. Era só o que me faltava, a Mabi largar o Pedro ficar com Lucas e eu não ter nenhuma chance com ela. Cheguei em casa, nem me despedi dos meninos, fui pro banho e fiquei tentando lembrar pra que eu fiquei com a Mel, o menina chata. Depois acabei me lembrando que a beijei quando vi a Mabi no colo do Lucas. Não sei o que eu tenho que fazer, mas preciso reconquistá–la antes do Lucas. Se é que isso é possível.

– MABI NARRANDO –

Continuamos a nos beijar, o beijo foi ficando intenso e o clima estava esquentando. Nossos corpos estavam colados, minha mão estava por dentro da blusa dele acariciando suas costas e a mão dele estava na minha cintura. Ele me apertava contra ele, eu estava adorando aquilo e não iria agüentar ficar muito tempo só nos beijos. Resolvi perder a vergonha, me deitei por cima dele e tirei minha blusa, ele me olhou e me puxou para continuarmos o beijo, em seguida desamarrou a parte de cima do meu biquíni e deitou por cima de mim, beijou meu pescoço, desceu para os meus seios e depois minha barriga.
Eu tirei a blusa dele e passei as unhas no seu peitoral, ele desabotoou meu short e tirou, logo em seguida tirou o dele também e veio pra cima de mim. Nessa hora não tinha mais como resistir, eu queria muito aquilo, eu tava gostando, tanto da situação, quanto dele. Ele continuou a me beijar e desamarrou uma lateral do meu biquíni, nessa hora o celular dele tocou, ele não parou pra atender e desamarrou a outra lateral. De repente ele parou, saiu de cima de mim e sentou na beira da cama.
– o que foi Lucas? – eu disse espantanda.
– não dá Mabi – ele disse colocando as mãos no rosto.
– mas, o q–u–e aconteceu? – eu disse gaguejando um pouco.

– eu não consigo, não assim.
– assim como? – eu coloquei minha blusa e amarrei meu biquíni e sentei ao lado dele.
– você tem namorado, isso não é certo.

Eu não sabia o que fazer, nem o que falar, ele estava certo, completamente certo, eu era a errada da história. Estava traindo meu namorado com outro cara, e mesmo sabendo que era errado, eu ainda queria muito aquilo.
– desculpa Lucas, eu... Eu... – fiquei gaguejando e ele veio e me abraçou.
– não precisa dizer nada. Eu deveria ter continuado.
– claro que não né Lucas. Passar por cima dos teus princípios só pra fazer o que eu queria, nada a vê.
– eu também queria, aliás, quero e muito, mas me sinto culpado assim. Você entende? Não estou pedindo pra você terminar com ele, de forma alguma... – ele falava todo atrapalhado.
– Deixa de coisa. Eu te entendendo – eu o interrompi, ele me olhou e sorriu – Vamos, se veste, me deixa em casa antes de sintam nossa falta.

Ele assentiu com a cabeça e eu me vesti. Ele veio e me beijou, o beijo calmo e carinhoso de sempre.
– adoro o seu beijo, não tem igual – eu disse sorrindo depois que ele me largou.
– o seu também, parece que tem doce na boca.
– eu penso a mesma coisa de você.

Nós rimos, ele me beijou mais uma vez e fomos indo em direção a minha casa.
Subi, tomei banho e me deitei. A Carol entrou no quarto.
– tava onde amiga?
– com o Lucas.
– hum... Carinha triste, vocês brigaram?
– não... É que... Ai to com vergonha de falar.
– afff amiga, desde quando escondemos coisas uma da outra?
– a gente tava se beijando, ia rolar sabe?! E na hora ele não quis.
– ahn? Esse Lucas é um frouxo mesmo... Porque ele não quis?
– ele disse que se sentia mal porque eu tenho namorado.
– owwwww que fofo, acho que ele gosta de você.
– ele não era frouxo? – eu olhei feio pra ela.
– ah não sabia o motivo. Mas deixa pra lá, vamos falar de outras coisas.
– hum... ta.

– o Bê ficou perguntando de você e o Lucas a tarde toda.
– problema dele, não íamos mudar de assunto? Rum!

Ela riu e ficamos papeando outras coisas até bater a fome, descemos à cozinha comemos bolo com suco e depois fomos dormir.

Quinta acordamos tarde, almoçamos e fomos pro computador, passamos a tarde toda bagunçando na internet. Quando deu 19:00 eu e a Carol saímos pra encontrar os meninos na calçada. Ficamos conversando bobagens, o Lucas me olhava desconfiado, mas eu não estava chateada. Levantei de onde eu estava e sentei ao lado dele.
– ta tudo bem? – ele perguntou.
– sim e com você?
– também, me desculpa por ontem.
– tudo bem, eu te entendi. É nosso segredo. – eu pisquei pra ele.
– você é incrível, sabia?
– obrigada – eu sorri– me diz uma coisa... – eu hesitei – a gente ainda pode se beijar ou ta terminado o nosso rolo?
– você pode me beijar quando quiser.

Nós sorrimos e o Bê ficou olhando de cara feia. Meu celular tocou e era o Pedro, achei estranho porque ele não tinha me ligado mais. Atendi já com receio porque ele ia frescar por causa da música que tava tocando no carro do Bê.

– Inicio da ligação –

– alô... – eu falei me preparando pra briga.
– ta na calçada do Bernardo, né Mabi?!
– to sim, por que Pedro?
– Mabi eu acabei de chegar em casa, a gente pode conversar? To passando aí – ele parecia nervoso.
– calma. O que foi?
– fiquei sabendo de uma coisa, preciso falar com você.
– ahn? Você ta doido?
– Mabi não me faz uma coisa dessas.
– Pedro não to entendendo.

– Fim da ligação –

Ele desligou, eu retornei e o celular deu desligado. Passou uns 20 minutos e o Pedro chegou lá chutado no carro. Parou do outro lado da rua, desceu e veio direto pra onde estávamos. Todos olharam pra ele. Parecia furioso. Eu levantei e fui andando até ele, que passou por mim sem nem falar, foi direto no Bernardo e o empurrou da cadeira. O Bê se levantou e o Pedro o segurou pela blusa e empurrou até o carro que estava na garagem.

– o que é isso seu otário? – o Bê perguntou.
– cala tua boca Mané.

O Pedro disse e em seguida deu um soco na cara do Bê.
– agora você vai ver – o Bê falou indo pra cima do PV.

Os dois caíram no chão e começaram a se socar. A Carol gritava muito, eu não sabia o que fazer, o Lucas me afastou dali e os meninos tentavam separar a briga. O Felipe segurou o Pedro e o Rapha o Bernardo, o Caio tava no meio e eu tava abraçada com a Carol e o Lucas na nossa frente.
– o que está acontecendo aqui PV? – o Felipe perguntou.
– esse idiota dormiu com a minha namorada – o PV disse cheio de raiva.
– quem te disse isso? Uma das fofoqueiras do teu grupinho idiota? – o Bê provocou.
– fique na sua, se não eu quebro o resto desta tua cara de imbecil – o PV gritou.
– tu não encosta o dedo em mim, se quiser ficar vivo.
– eu encosto a mão toda na tua cara agora, pra deixar a mulher dos outros em paz – o PV foi pra cima do Bê novamente.

Eles saíram na porrada novamente e os meninos os separaram.
– espero que tenha sido bom, porque foi a última vez que você encostou a mão na minha namorada.
– se tivesse acontecido teria sido muito bom, te garanto que eu posso proporcionar mais prazer pra ela do que você.
– se eu te deixar vivo você só vai dá prazer pros teus machos, seu viado.

Nessa hora eu fui lá com o Pedro.
– o que significa isso Pedro? Você ta louco? – eu gritava com ele.
– foi bom Mabi?
– ta falando do que Pedro?
– aproveitou bastante?
– Pedro... – eu disse baixinho.
– não tenta negar Mabi, me diz logo a verdade, é melhor pra todo mundo.
– Pedro, eu não sei nem do que você está falando.
– me disseram que você passou a noite com esse cara – ele começou a gritar – Não acredito Mabi, pedi tanto pra você ficar longe dele e a primeira oportunidade que você tem, você simplesmente transa com ele.
– que? Está louco Pedro? Você é ridículo.

– Mabi... Não nega – ele riu – espero que você tenha passado uma noite maravilhosa com ele, porque nunca mais vai se repetir.

Eu só balancei a cabeça em sinal negativo.
– não acredito que eu ainda to dando bola pra você – eu disse chorando.
– dá pra me largar Felipe? – ele pediu.
– então fique na sua – o Felipe o advertiu.
– A partir de agora você vai comigo nas viagens, não vou te deixar sozinha com esse cara por perto.
– ah, você vai me levar? Pra que Pedro? Vai deixar teu orgulho atrapalhar tuas farras? Vai me levar e me deixar no hotel como fez daquela vez? Vai me trancar no quarto como se fosse um animal preso enquanto o dono vai pra putaria com os amigos? Ta me achando com cara de que Pedro? Otária?
– então me diz que o que me contaram é mentira.
– agora você vem perguntar se é verdade né?! Deveria ter feito isso antes de chegar batendo no Bernardo e dando teu showzinho.
– então não é verdade?
– claro que não.
– infelizmente seu otário – o Bernardo o provocou.
– você fique na sua porque eu ainda quero quebrar tua cara – ele berrou.
– ninguém vai quebrar nada aqui – eu gritei – vai embora Pedro.
– vamos conversar Mabi...
– sem conversa, não tenho nada pra falar com você.
– mas amor... – eu o interrompi.
– não me chama de amor. Acabou tudo Pedro. Vai embora, eu não vou pedir de novo.
– amor vem aqui, deixa eu me explicar.
– explicar? Tarde demais.
– mas eu quero uma explicação, você não chega aqui batendo no meu amigo e ofendendo minha irmã sem motivo algum – o Felipe disse irritado.
– é Pedro, nos diz de onde você tirou essa história – a Carol perguntou.
– não posso dizer quem foi, mas me disseram que vocês ficaram. Isso é verdade Mabi? Não me faz acabar com ele.
– eu já disse que não é verdade. Mas quem te falou isso?

Ele hesitou por um momento, todos olhavam pra ele curiosos pela verdade.
– eu te liguei um dia de tarde e uma menina atendeu, dizendo que você tinha deixado o celular na casa do Bernardo porque você tinha passado a noite com ele.

– que menina? Você ligou pro número certo pelo menos? – o Bê perguntou.
– claro que liguei, não sou otário como você não, eu sei o número da minha mulher.
– quem era ela? Quero que algum dos dois me diga – eu disse brava.
– não sei Mabi, nem sei quem poderia ter atendido teu celular na minha casa – o Bê disse confuso.
– eu esqueci meu celular lá no dia do almoço dos seus pais, depois fui buscar e sua mãe me entregou, acho que você nem viu – eu disse calma pro Bernardo.
– ela se apresentou com namorada o Bernardo, não lembro o nome.
– a Mel – o Bê disse.
– filha de uma putaaaaaaaa eu vou matar essa loira vagabunda – eu falei irritada.
– e eu te ajudo amiga – a Carol se aproximou – que vaca! O loiro deve ter comigo todo o cérebro dela, só pode.
– cara, essa garota passou de todos os limites agora – o Bê disse saindo.
– vai onde Bernardo? – o Caio perguntou.
– resolver isso agora.
– você ta de cabeça quente, deixa pra outro dia – o Lucas disse segurando no braço dele.

Ele parou por um tempo, olhou pra gente e respirou fundo.
– é, você tem razão. Valeu.

Eu fiquei olhando pros meninos que ainda estavam tão assustados quanto eu.
– Pedro vai embora. Eu não quero mais te ver – eu disse de cabeça baixa.
– Mabi a gente tem que conversar. Me desculpe.
– não tem desculpas agora. Você deveria ter conversado comigo antes.
– mas você negaria.
– claro Pedro, porque é mentira. Porque você não me ligou de lá e me perguntou?
– eu tava ocupado.
– com o que? Se divertindo na noite? Eu te ligava e teu pai dizia que você tinha saído e deixado o celular lá. No outro dia você me dizia que o aparelho tava com problema, estranho né Pedro?!
– Mabi, não era nada demais.
– elas não eram nada demais, né?!
– amor, foi só umas vezes, nada sério.
– foram várias vezes – eu disse balançando a cabeça. Comecei a chorar.
– não foram várias Mabi, acredita em mim.
– não to falando de você Pedro, to falando de mim.

– como de você? O que você fez amor? Entra no carro, vamos conversar lá em casa – ele falou me segurando pelo braço.
– me larga – eu gritei – não tenho nada pra conversar com você.
– claro que tem. Você me diz uma coisa dessas nada a vê e não quer conversar?
– não precisa Pedro. Eu só fazia com você o que você fazia comigo.
– Mabi, você não me... – ele nem conseguiu terminar a frase.
– eu te traia sim Pedro. Tanto quanto você. Mas ta tudo bem, não dizem que chifre trocado não dói? Porque em mim ta doendo menos do que toda essa sua arrogância de agora.
– para com isso Mabi. Eu te perdôo e tudo fica bem entre nós.
– você me perdoa? Ahh – eu ri – não tem mais nós, entende isso. Acabou.
– bem que meus amigos me falaram que você não prestava, que me traia.
– ahh teus amigos é? Te falaram foi? Espero que eles tenham te falado também que todos eles deram em cima de mim.
– eu não acredito.
– mas é verdade. E sabe o Leo? Ele me agarrou... A força, e se não fosse o Lucas me ajudar... – eu nem terminei, ele me interrompeu.
– eu confio neles.
– ta dizendo que eu to mentindo? Beleza... Vai lá com eles então. Porque quando eu disse que não dormir com o Bernardo você não confiou em mim né?!

Como eu estava muito nervosa, e não parava de chorar, resolvi sair de lá correndo. O Felipe e a Carol vieram atrás de mim.
– na boa PV, vai embora, hoje já deu o que tinha que dar – o Caio disse.

Lá do meu quarto eu ouvi o carro dele indo embora. A Carol me levou pro banheiro e me ajudou no banho. Vesti-me e deitei na cama, ela e o Felipe ficaram me fazendo carinho e eu dormi, nenhum de nós três havíamos trocado uma palavra se quer.

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mahri: tava cm sdds de vc já u-u kkkk