Fanfic: Nem sempre o amor pode está certo. 1º Temporada e 2º Temporada | Tema: web novela

Nesse momento a porta do quarto se abriu e a mãe de Lucas apareceu.

– crianças, que gritaria é essa? – ela perguntou com um olhar curioso.

– nada mãe. A Sra. Pode dar licença? – ele falou impaciente.

– Mabi, você está bem? – ela perguntou olhando pra garota que chorava.

– desculpa tia – Mabi disse chorando – mas eu preciso ir pra casa.

– não Mabi, espera – Lucas disse segurando–a pelo braço.

– me larga – ela soltou o braço e saiu pelo corredor.

A mãe dele olhou–a e depois olhou pra ele.

– o que você fez? – perguntou.

– discutimos mãe. Não se mete, ta? – ele disse chateado.

– tudo bem, mas você vai deixá–la sair desse jeito na rua?

– mas ela não quer falar comigo.

– e não vai querer mais ainda se você deixá–la ir sozinha... – a mãe dele disse olhando–o torto.

– a Sra. Tem razão – ele disse vestindo uma camiseta.

Mabi já andava pela calçada. Lucas a viu e correu atrás dela.

– Mabi! – ele gritou, mas ela não parou – Mabi, me espera.

– me deixa Lucas – ela disse parando na rua.

– droga Mabi, eu não queria brigar com você – ele disse chateado.

– e nem eu queria dormir no apto do Bernardo. Não fiz de propósito. Eu juro que foi sem querer Lucas. Eu estava lá deitada, lendo e...

Mabi nem terminou de falar a frase e Lucas a abraçou, beijando–a imediatamente. Ela não quis nem mais discutir. Entregou–se ao beijo pondo as mãos no pescoço dele. O beijo foi um misto de sensações.

– desculpa – ela disse dando selinhos ao final do beijo – eu prometo que não vou mais ficar tanto com o Bernardo.

– eu confio em você – ele disse olhando–a em seus olhos.

– confia mesmo? Acredita que não rolou nada?

– hurum – ele disse sorrindo – e confio no Bernardo também. Acho que ele tem amor pela vida – ele disse irônico.

Terminei de tomar o café em silêncio. Lavei tudo e fui pra casa do Fred. O Téo estava lá e ficamos jogando conversa fora até o JP chegar.

– fala apaixonado – falei zoando.

– se fode Bernardo! – ele disse puto.

– apaixonado? – Fred perguntou surpreso – por quem?

– mas é idiota mesmo – o Téo disse rindo.

– o JP gamou na noite com a Raquel – eu disse.

– não sei onde vocês tiraram isso – ele retrucou.

– quer que eu repita tuas falas? – eu disse rindo.

– não precisa – ele fez um gesto com as mãos pra parar – chega de zoação.

– e aí, alguma novidade? – perguntou o Fred a todos.

– vocês sabem como a Raquel ta? – JP perguntou.

– péssima – o Téo disse olhando de lado pro JP – a Lu disse que ela vive chorando pelos cantos.

– eu fui lá, mas as meninas não me deixaram conversar com ela – JP disse – não tem como algum de vocês conseguirem que ela fale comigo?

Eu e os meninos nos entreolhamos.

– pra que? – Fred perguntou.

– eu preciso vê–la – ele disse cabisbaixo.

– pra? – o Téo insistiu.

– queria vê–la gente. To preocupado – ele disse impaciente.

– eu posso tentar – o Fred disse.

– espera aí Fred – eu intervir – JP, não é melhor deixá–la quieta?

– concordo – Téo disse – vai que isso mexe mais com ela. Deixa ela se recuperar sozinha.

– eu prometo a vocês, que não vou fazer nada – JP disse com um ar triste – não queria vê–la nesse estado.

– e não acha que ela pode piorar se te ver? – perguntei.

– não sei... – ele disse jogando o corpo no sofá.

– to com saudades dela – ele disse olhando pro teto – queria pelo menos conversar, me explicar, sei lá... Preciso falar com ela.

– eu acho que você está sendo muito egoísta pensando só em você – o Téo comentou.

– vocês acham? – ele perguntou nos olhando.

– hurum – todos concordaram.

– eu vou... Vou... Vou dá um tempo então – ele disse nervoso – aos poucos tento ir falando com ela, né?!

– melhor – eu disse.

– e depois diz que não está apaixonado – Fred riu.

– e não to. Não confunde Fred. Somos amigos e eu me preocupo com ela.

– haram – falei zoando.

– vamos mudar de assunto? – ele sugeriu irritado.

– e a Tati, Bernardo? – Téo perguntou.

– o que tem? – perguntei como se não soubesse do que ele se referia.

– como vocês estão? – ele disse rindo.

– como assim? – JP perguntou assustado – vocês estavam juntos? Nem sabia...

– não exatamente – falei receoso – definitivamente não rola.

– não? – Fred perguntou surpreso.

– ela é complicada demais. Não dá pra mim.

– então ta, né? – Téo disse rindo – to duvidando muito disso.

– e a Suzana? – JP perguntou em um tom desanimador.

– ela me ligou, mas nem atendi.

– se quiser, eu retorno pra ela – Téo disse piscando pra mim.

– saí daí, namoradinho perfeito – falei jogando uma almofada nele – deixa a Lu escutar isso.

– ela me capa – ele disse rindo.

– vai sair mais com ela não Bernardo? – JP perguntou.

– não sei... – falei fazendo careta – por quê? Interessado? – perguntei com malicia.

– não – ele respondeu fazendo careta também.

– não to falando dela, to falando de mim. Interessado em mim? – falei zoando–o e eles riram.

– saí fora! – JP disse rindo pela primeira vez essa tarde.

– e você Fred? – Téo perguntou.

– eu? Ah, to devagar sempre... – ele sorriu de lado.

Demorou alguns minutos e o celular do Téo tocou. Era a Luiza chamando–nos pra ir ao clube. Fomos nos vestir e em pouco tempo estávamos lá na portaria. Elas já haviam saído na frente. Chegamos ao clube e elas estavam em uma mesa. Aproximamo–nos, colocamos nossas coisas lá em cima e a todas, menos a Luiza, nos olharam de cara feia.

– será que vocês poderiam se sentar em outra mesa? – ela perguntou olhando pras meninas.

– por quê? Tem bastante espaço aqui – Téo deu de ombros.

– porque queremos conversar – a Liane disse rudemente.

Nem questionamos. Saímos de lá e sentamos-nos à mesa mais próxima.

– o que deu nelas? – Fred perguntou.

– não sei – dei de ombros.

Na mesa das meninas, todas, menos a Luiza estava de cara fechada.

– acho que não foi boa idéia chamá–los, né? – Luiza perguntou fazendo uma careta.

– péssima! – Liane respondeu.

– não to a fim de ver a cara do JP tão cedo – Raquel disse irritada.

– e eu a do Bernardo – Tati respondeu.

– e eu dos dois – Liane também falou emburrada.

– eu, hein?! – Luiza disse rindo – o que aconteceu? Quer dizer, do JP eu já sei. Mas e o Bernardo?

Tatiana e Liane se olharam e depois voltara o olhar pra Luiza.

– você sabe que a Tati gosta dele, né?! – Liane começou a falar.

– gostava! – Tati corrigiu.

– então, ele a beijou mais duas vezes – ela continuou.

– sério? – Luiza perguntou abismada – cara, ainda acho que ele é a fim de ti – ela disse empolgada.

– menos Lu, bem menos – Tati disse com voz de tédio – no dia seguinte ele levou a Suzana pra dormir lá no nosso apto.

– hã? – ela exclamou boquiaberta – aquela loira da bunda de silicone? Que filho da puta esse Bernardo!

– e ontem, depois de me beijar e jurar que não tinham mais contato, ela ligou.

– o Bernardo está pior do que o JP – Raquel comentou sem interesse.

– não imaginava que ele era tão sem vergonha – Luiza comentou olhando pra mesa dos meninos.

– essa carinha bonitinha, engana – Liane disse e todas concordaram.

Na mesa dos meninos o assunto também não era diferente.

– acho que é por minha causa – JP falou.

– minha também – falei – a Tati nem olha na minha cara, quanto mais falar direito comigo.

– por causa da Suzana? – Téo perguntou.

– um incidente que ocorreu – eu disse.

– o que foi? A Tati te pegou no ato com a Suzana? – Téo disse mangando.

– quase – fiz uma careta – ela dormiu lá em casa e a Tati a encontrou só de calcinha e uma camisa minha, lá na cozinha de casa.

– eu não me importaria de encontrá–la na minha cozinha – Téo disse rindo.

– e eu não tenho essa sorte – Fred concordou.

– nem eu – Téo disse balançando os ombros – uns com tantos e outros com tão poucos.

– uns com tanto e outros sem nada – Fred fez uma careta e eles dois riram.

Eu acabei rindo também, mas percebi que o JP estava com o pensamento longe. O celular dele tocava e ele se quer havia percebido. Seus olhos estavam concentrados na mesa à frente. Especificamente na Raquel.

– JP – o cutuquei e ele me olhou.

– oi.

– teu celular – falei apontando.

– ah sim. Valeu – ele disse recusando a ligação.

– ué, recusando mulher?! – Fred disse ao olhar pro nome no visor do aparelho dele.

– não to com cabeça pra isso – ele respondeu de forma mal humorada.

Eu e os meninos nos entreolhamos e fizemos uma careta de espanto. Aquela reação dele era simplesmente estranha.

– querem ir pra água? – perguntei a fim de quebrar o clima tenso do JP.

– vamos – o Fred concordou.

Levantamos e fomos pra piscina. Um tempo depois as meninas entraram e ficaram afastadas de nós. Realmente o clima entre os grupos estava péssimo. Próximo de 1 h da tarde sentamos pra almoçar, mas elas também ficaram em uma mesa separada. Quando voltamos pra mesa perto da piscina meu celular tocou. Era a Mabi.

– oi Mabi.

– oi Bê. Está ocupado?

– claro que não. Diga.

– sabe o que é. Tive maior briga com o Lu por causa de ontem, então não to querendo brigar mais. Ficaria chateado se eu não fosse a tua casa hoje?

– claro que não Mabi. Mas como vocês estão?

– já fizemos as pazes.

– que bom – eu disse de verdade – então você quer que eu termine o trabalho sozinho?

– não. Se quiser eu faço sozinha – ela disse.

– não precisa.

– quer fazer junto?

– você que sabe – falei – quer que eu vá aí?

– você viria? – ela perguntou animada.

– sim – dei de ombros – aproveito e vejo meus velhos. Pode ser amanhã?

– claro – ela concordou sorrindo – até amanhã então.

– até.

– vai pra onde amanhã? – Téo perguntou.

– no meu condomínio. Vou ver meus pais e terminar meu trabalho com a Mabi.

– tua ex? – Fred perguntou.

– é. Ontem acabamos adormecendo lá em casa e hoje de manhã tinha umas 30 e poucas ligações do namorado dela. Ela disse que deu maior briga.

– mas rolou alguma coisa entre vocês? – Fred perguntou.

– claro que não – falei olhando–o feio – eu jamais desrespeitaria o Lucas. E ela também.

– nem se ela quisesse? – Téo me olhou erguendo as sobrancelhas.

– só se um dia, eles estivessem separados e sem nenhum sentimento. Então, isso é improvável... Ficamos um tempão enrolados e ela preferiu a ele – dei de ombros.

– mas pode ser que role mais pra frente – Fred insistiu.

– difícil Fred. Muito difícil – falei sorrindo amarelo.

– e se ela aparecesse bem sensual e gostosa se insinuando? – Fred perguntou.

– mas ela já é sensual e gostosa – Téo disse dando–lhe um tapa na cabeça – anta!

– ah pow, vocês entenderam – Fred falou.

– ela não faria isso – eu disse rindo.

– porque não? E se acontecesse...

– porque ela tem noção do perigo – pisquei pro Fred que balançou a cabeça rindo.

– diz aí Bernardo, quem é melhor? Suzana ou a Mabi? – Téo perguntou baixinho.

– ou a Tati? – JP perguntou entrando no papo.

– Ih JP, sem essa. Nunca fui pra cama com a Tati não – falei irritado.

– mas bem que queria, né? – o Téo disse.

– quem não queria uma das três? – Fred disse rindo.

– ou as três – Téo deu de ombros.

– vocês são muito caras de pau – eu disse cerrando os olhos.

– ah, e você é um santo, né Bernardo?! – Téo disse rindo.

O celular do Fred apitou, avisando mensagem. Ele leu e fechou a cara. Ficamos calados esperando ele falar. Depois de um tempo ele comentou.

– a Ellen me mandou um e–mail e agora uma mensagem.

– não acredito! – Téo exclamou.

– a Ellen? – JP perguntou franzindo a testa.

– é – ele disse desinteressado – saudades e outros bla bla blas.

– ela quer voltar? – perguntei.

– ela disse que volta pra cá no 2º semestre – ele disse sem empolgação – deve largar o namorado dela lá por causa da distância e quer voltar comigo porque vai morar aqui – ele fez uma careta.

– e você vai querer voltar? – Téo perguntou.

– não.

– não enquanto ela esta longe, né? – JP disse.

– concordo – falei.

– é. Não queria nem encontrá–la pra não cair em tentação – ele disse respirando fundo.

Continuamos conversando sobre outros assuntos até o entardecer. Depois fomos pra casa e acabei dormindo cedo. Ninguém estava a fim de sair.