Fanfic: Nem sempre o amor pode está certo. 1º Temporada e 2º Temporada | Tema: web novela

Todo mundo ficou olhando desconfiado pra eles. A Débora realmente estava irritada. Em menos de 5 segundos, ela se afastou de nós e o caio foi atrás dela. Ela pegou o carro dele e foi embora. Ele voltou lá conosco, triste.

– ela foi embora – ele disse desconfiado em nossa frente.

– também pudera, né?! – Carol revirou os olhos.

– eu falei alguma mentira? – ele perguntou indignado.

– o problema é esse Caio. Você é muito sincero – a Mabi disse.

– cara, se eu minto, ela fica com raiva. Se eu falo a verdade, também – ele resmungou e acabou nos fazendo rir.

– e o que você está esperando pra ir atrás dela? – a Karen perguntou.

– um carro... – ele falou com careta – ela foi com o meu.

– Bernardo, você nos leva? – o Lucas perguntou.

– claro. Sem problemas – dei de ombros.

O Lucas jogou as chaves pro caio que foi atrás da Deb. Terminamos de comer a pizza e ficamos conversando. Depois decidimos ir embora. O Lucas e a Mabi ficaram ainda de papo com a Karen e o Rapha. Eu mandei uma mensagem pra avisar a Suzana que já ia e logo ela foi lá comigo. Encostamos ao meu carro e ficamos lá trocando uns beijos.

– poderíamos ir pro teu apto, né? – ela sugeriu.

– ah, não sei... – falei em duvidas.

– por quê? Aquela tua colega vai estar lá?

– vai.

– eu prometo ser discreta – ela falou fazendo cara de santa.

– sei não Suzana...

– ô Bê... – ela disse manhosa.

Seus braços estavam envolvidos no meu pescoço e minhas mãos na cintura dela. Ela iniciou outro beijo, dessa vez mais quente. Ela passava a língua pelos meus lábios e me deixava doidinho. Depois desceu beijando meu pescoço e suas mãos foram por dentro da minha blusa.

– tudo bem – falei não resistindo mais – vamos. Vou deixar meus amigos em casa e te pego em casa. Certo?

– claro – ela sorriu e me beijou de novo.

Dei um sorriso e ela voltou pra mesa do irmão. Chamei a Mabi e o Lucas e entramos em meu carro.

– ela parece mesmo bem legal – o Lucas falou se referindo ao eu ter falado que ela era boa de cama.

– é muito legal mesmo – eu falei dando um sorriso cínico.

– do que vocês estão falando? – Mabi disse desconfiada.

Eu e o Lucas estávamos sentados no banco da frente e ela sozinha atrás. Eu e ele trocamos uns olhares e eu não resistir, dando uma risada no final.

– nada amor – o Lucas disse disfarçando.

– hum... Não gostei dos risos cínicos de vocês – ela disse sentando em nosso meio.

– mas não é nada Mabi – falei.

Eu olhei pro Lucas, que mordia o lábio pra segurar o riso.

– a Suzana pode até ser bonita, mas você não ficaria com ela porque ela é legal – ela me disse.

– aí Mabi, você pensa isso de mim? – fiz drama.

– ah não – ela disse de repente – sexo! Você me disse algo a ver com sexo, Bernardo. É disso que vocês estão falando, né?

– então... – falei sorrindo.

– amor, é que ele me disse que ela era boa de cama. Só isso – o Lucas disse rindo.

– e desde quando vocês falam sobre sexo? – ela perguntou desconfiada.

– ah, só comentei – eu disse.

De repente ela começou a estapear o braço do Lucas.

– seu sem vergonha, você disse que ela parecia ser boa de cama, é? – ela disse.

– não amor, aí Mabi. Para – ele tentava se esquivar e eu ria.

– calma Mabi, eu só comentei isso, ele não teve culpa – eu me intrometi.

– mas ele disse que ela parecia mesmo ser boa de cama – ela disse furiosa – vai lá dormir com ela hoje então pra descobrir. Idiota – murmurou encostando–se no banco de trás do carro.

– ah Mabi, você não vai ficar com raiva por causa disso, né? – perguntei.

– e você também fique na sua! – ela disse grosseiramente.

– tudo bem – falei assustado e me calei.

Fomos uma parte do caminho, calados. Continuei a dirigi até o condomínio.

– amor? – o Lucas falou se virando pra trás.

– o que é? – ela perguntou ainda brava.

– eu te amo – ele disse carinhoso.

– que bom – ela sorriu cínica.

– poxa Mabi, deixa de frescura...

– é mesmo Mabi – eu disse – estamos entre amigos, não estamos? – ergui as sobrancelhas, olhando–a pelo retrovisor.

– frescura não Lucas. Mas tudo bem, só que se vocês quiserem conversar sobre isso, que não seja na minha frente, ta? – ela disse.

– é que não tem nada demais... – o Lucas disse.

– ai Lucas, você está parecendo o caio – ela revirou os olhos – muito legal eu ficar ouvindo meu ex namorado falar pro meu namorado, que a garota que ele está pegando é boa de cama!

– foi mal – ele disse – desculpa?

– ta – ela disse mal humorada.

– ah Mabi, isso são coisas comuns entre os homens – falei.

– eu sei, mas só entre vocês... Não gostei do comentário do Lucas na minha frente.

– já pedi desculpa amor – ele disse revirando os olhos.

– e eu já desculpei... – ela deu de ombros – quando eu vou contar as coisas pra Carol e pra Karen, não falo na tua frente – ela disse pro Lucas.

– como assim contar? – ele perguntou.

– ué, comentar – ela deu de ombros.

– você comenta sobre mim? – ele perguntou surpreso.

– também – ela respondeu.

– explica! – ele pediu.

– ah Lucas. Do mesmo jeito que vocês comentam, nós comentamos. A Karen fala do Rapha, a Carol do Felipe e de outros caras que ela já ficou e eu falo de você, já falei do PV, do Bê, do André... – ela foi falando e abaixando o tom de voz.

– nem fala desse André, Mabi – eu pedi.

– melhor mesmo – o Lucas virou a cara.

Depois de uns minutos, ela voltou a perguntar.

– vocês já falaram de mim?

Eu olhei pro Lucas surpreso com a pergunta.

– claro que não Mabi – ele disse – a gente não se falava mais naquela época.

– é... – falei sem demonstrar interesse no assunto.

Ficamos em silêncio de novo e ela o quebrou, minutos depois.

– Bêêê?

– oi – respondi normalmente e percebi que o Lucas olhou pra ela pelo fato de ela falar manhosa comigo.

– ela é melhor que eu? – ela perguntou.

Eu freei o carro bruscamente com o susto que eu levei.

– Mabi! – o Lucas gritou – que pergunta é essa?

– oras Lucas, eu só quero saber – ela disse ainda manhosa.

– melhor deixar isso pra lá – falei sorrindo sem graça.

– eu quero saber, oxi! – ela disse – fala, quem é melhor de nós duas?

Eu fiquei inerte, olhando pro volante. O Lucas estava do mesmo jeito, olhando pro painel do carro, bufando de raiva. Se duvidar, dava pra ver até a fumaça saindo da cabeça dele.

– ok – ela disse emburrada – achei que estivéssemos entre amigos. Mas pela sua falta de resposta, eu já devo imaginar a resposta.

– não é isso Mabi – tentei explicar – só que não tem como comparar.

– por quê? Ela é infinitamente melhor? – ela disse revirando os olhos.

– não, porque com ela é sexo, com você foi amor – eu disse quase gritando.

Ela se calou e ficou na dela. O Lucas continuava na mesma. Se ela queria tirar ele do sério, conseguiu. Liguei o carro e comecei a dirigir.

– posso perguntar uma coisa? – o Lucas perguntou e nenhum de nós dois respondeu – você está com ciúmes do Bernardo? – ele perguntou pra ela.

– Lucas, você sabe dos meus sentimentos pelo Bernardo e ele também sabe. A única coisa que eu quero é que ele seja feliz. E na minha visão, ele não vai ser feliz com a Suzana. Uma relação não sobrevive só de sexo. É só um complemento. E acho que ele está desperdiçando o tempo dele com essa garota, enquanto tem outra que vale muito a pena.

– mas... – o Lucas iria começar a falar e ela o interrompeu.

– e eu estou com ciúmes de você. Nunca te vi olhando pra uma garota como olhou pra ela, Lucas. Nunca ouvi você falando o que você falou sobre ela. E eu sou insegura sim, de achar que você pode me trocar por outra garota mais bonita, ou de querer transar com outra mulher porque ela é mais gostosa... Há quanto tempo que você só faz sexo comigo? E se tiver curiosidade? Quiser experimentar? – ela dizia com a voz chorosa – se você se interessou em saber se ela é boa de cama é porque teve interesse nela. Isso quer dizer que nossa relação não está tão boa assim pra você...

– amor, a Suzana nem é tão bonita assim... Só tem o corpo bonito – ele disse interrompendo–a.

– mas você ficou bem empolgadinho.

– Mabi, eu que estou ficando com a Suzana. Os meninos só falaram de brincadeira – eu disse pra tentar amenizar.

– eu não preciso experimentar nada amor, eu te amo e só quero você, ta? – ele disse olhando pra ela, que assentiu com a cabeça.

Antes de pararmos na casa do Lucas, ela quebrou mais uma vez o silêncio.

– e eu estou sim com ciúmes do Bernardo.

Eu e o Lucas franzimos a testa e olhamos pra ela.

– eu queria tanto que você ficasse com a Tati – ela disse – e não com essa ridícula.

– entende que a Tati não me quer, Mabi – falei.

Enfim estacionamos na casa dele e eles desceram. Liguei pra Suzana e fui para a casa dela. Depois seguimos pra minha. Entramos no elevador e ela já foi me beijando. Quando chegamos ao apto, fomos rapidamente pro meu quarto. Os beijos foram ficando mais perigosos e quando eu percebi, já estava sem roupa por cima dela. Eu beijava seus seios enquanto a masturbava. Depois de ela me fazer sexo oral, transamos e caímos na cama, cansados.

No condomínio, Mabi e Lucas já haviam se acertado e estavam passando a noite juntos no quarto dele. Já o Caio e a Deb estavam na mesma. Os dois permaneciam discutindo desde a hora que saíram da pizzaria. Estava na casa dele, onde os pais não estavam.

– não adianta Caio, você sempre vai falar idiotices – ela disse brava.

– mas era de brincadeira Deb. Entende – ele pediu.

– entender que meu namorado fica olhando e falando de outra mulher na minha frente? – ela disse indignada – não dá.

– Deb, desculpa – ele falava tentando ficar na frente dela e ela tentava escapar.

– não Caio. Não dá. Deixa–me ir. Não quero nunca mais olhar pra tua cara.

– não vou deixar você sair daqui – ele gritou.

– por quê? – ela pôs as mãos na cintura e olhou feio pra ele.

– porque não quero ficar brigado com você – ele disse relaxando os ombros – não consigo dormir desse jeito.

– pensasse isso antes de falar asneira.

– que merda, viu?!  – ele berrou – sou muito idiota, muito!

– ainda bem que admite – ela disse dando de ombros.

– fala como se não me conhecesse. Você sabe que eu sempre brinco e falo besteiras. Saí involuntariamente.

– mas você parecia um cachorro no cio Caio. Você estava babando nela. Quem me garante que você não faz pior quando está sem mim?

– ah não! – ele disse rindo sarcasticamente – você está insinuando que eu não sou fiel?

– não é isso... – ela disse em dúvidas.

– está sim Débora. E eu não to acreditando nisso – ele disse surpreso.

– não inverte as coisas Caio.

– invertendo o que? Você está insinuando que eu dou em cima de outras mulheres quando estou sem você! – ele disse exaltado.

– vai ficar com raiva de mim agora? – ela gritou.

– eu to há quase um ano sem transar com ninguém porque eu to esperando minha namorada estar pronta pra isso e ela vem me dizer que eu dou em cima de outras mulheres... Você quer que eu faça o que? Fique feliz?

– Caio, me diz uma coisa – ela disse se aproximando dele – você já me traiu?

– não confia em mim? – ele perguntou espantado.

– não sei... Depois de hoje, eu não sei – ela disse triste e sentou–se no sofá.

– amor, não aconteceu nada hoje – ele disse sentando ao lado dela – só que aquela garota que o Bernardo ta pegando... Ela é muito bonita – ele disse em um tom ameno pra não piorar as coisas.

– você deveria ter dito essas coisas quando estivessem sozinhos com eles.

– foi mal. Errei. Mas você duvidar de mim por causa disso, nada a vê – ele disse bravo.

– Caio, você ainda gosta de mim como gostava antes?

– você acha que se eu não gostasse de você, eu não estaria esperando você se sentir pronta?

– você deve me achar uma criança por conta disso, né? – ela perguntou cabisbaixa.

– é isso que você acha de mim? Você acha que eu tenho essa mentalidade? – ele perguntou.

– aí caio, para de responder com outra pergunta! – ela disse irritada.

– Débora... – ele começou a falar calmamente e se calou – deixa pra lá...

– fala agora – ela pediu.

– você não vai me entender.

– se você tentar...  – ela deu de ombros.

– é que assim... Se eu tivesse solteiro, não faria tanta diferença, mas eu estou contigo e às vezes nossos beijos ficam mais animados e é difícil resistir a você – ele disse com receio.

– eu tenho medo Caio...

– medo de que amor?

– não sei. E se for ruim e você não me quiser mais? E se você me comparar com outra que você já foi pra cama? E se eu não souber o que fazer?

– mas eu vou te ajudar amor – ele disse paciente – não to te pedindo pra fazer isso logo, mas seria bom – ele deu um sorriso malicioso e ela lhe advertiu com o olhar – desculpa. Só que eu não entendo teu medo.

– o Paulinho e eu terminamos porque eu não quis transar – ela disse desconfiada – você vai fazer o mesmo?

– ah Débora, por favor, né? Vai me comparar a esse idiota? – ele disse irritado – melhor irmos dormir mesmo. Essa noite já deu o que tinha que dar.

– você foi mais idiota que ele, hoje à noite – ela disse emburrada.

– ta bom, diga o que você quer que eu faça – ele disse – porque estou vendo que você não vai esquecer as besteiras que eu falei hoje.

– não sei Caio. Tuas palavras estão doendo ainda. Acho melhor eu ir embora mesmo, quero ficar sozinha – ela pediu de um jeito grosso.

– beleza Débora – ele se deitou no sofá – se é o que você quer, vai. Falei besteira. Admito. Mas estou aqui pedindo desculpas e você continua emburrada.

– tem coisas que desculpas não resolve, Caio – ela disse seca.

– só falta terminar comigo por isso. Vai querer? – ele perguntou olhando–a.

– você quer? – ela perguntou deitando–se ao lado dele no sofá.

– faça o que achar melhor – ele deu de ombros – estamos junto há 9 meses, 1 semana e 2 dias, e você ainda duvida do meu amor por você. Ainda se sente insegura ao meu lado. Eu não entendo isso Débora – ele disse pensativo – talvez você não me ame como eu te amo – ele disse sincero.

– você conta os dias? – ela perguntou abobada.

– e as horas também – ele disse sério – conto cada segundo ao teu lado.

– eu não sabia – ela disse dando um meio sorriso.

– Deb, você não tem noção do quanto eu gosto de você – ele disse passando a mão no seu rosto – se você soubesse, nunca duvidaria de mim.

– desculpa, se fui muito boba duvidando – ela disse corando.

– e me desculpa se fui muito idiota fazendo coisas pra você duvidar de mim – ele disse sorrindo.