Fanfic: Nem sempre o amor pode está certo. 1º Temporada e 2º Temporada | Tema: web novela

Estávamos apenas os meninos sentados na calçada, ouvindo música e conversando. Eu estava com a cabeça no mundo da lua. Não conseguia entender porque essa coisa da Tati ficar escondendo nosso rolo do Fred. Se ele dizia não gostar dela, não tem porque isso. Os meninos conversavam enquanto e o Lucas estávamos aéreos. Depois de um tempo vimos a Mabi sair de casa, arrumada.

– a Mabi vai sair pra onde? – Lucas perguntou ao Felipe.

– não sei – ele disse curioso.

Ficamos olhando pra ela entrar no carro, depois descer e entrar em casa de novo. Poucos segundos depois ela saiu e antes que abrisse a porta pra entrar, o Felipe assoviou. Ela parou e ficou olhando.

– vou lá – ele disse.

Correu até ela e parou em sua frente.

– vai sair? – Felipe perguntou.

– vou – ela olhou por cima do ombro de Felipe e avistou o Lucas sentado – esfriar um pouco a cabeça.

– vai onde?

– sair com o André.

– Mabi! – Felipe exclamou advertindo–a.

– só vou conversar com ele Felipe. Que droga! – ela disse irritada.

– calma ô – ele riu – vai conversar sobre o Lucas?

– é – ela deu de ombros – não quero conversar com vocês porque são amigos dele. Obvio que irão defendê–lo.

– não é bem assim... – Felipe a olhou torto – eu não sei o que aconteceu, mas sei que o Lucas não é burro pra errar desse jeito.

– justamente Felipe. Ele não é burro – ela cruzou os braços – ele é um idiota que ficou olhando pra bunda daquela vadia quando a conheceu e na primeira oportunidade que teve, estava com ela, semi nua, no banheiro – ela disse brava.

– ah Mabi... Para, né? – ele fez uma careta – o Lucas é louco por ti pô. Se liga!

– não sei Fê. Não sei – ela disse triste – naquele dia da pizzaria, nós brigamos por causa dela. Não gostei do que ele falou sobre ela.

– o que ele falou?

– o Bê tinha dito a ele que ela era boa de cama. Aí depois que ele a conheceu, ele disse pro Bê, dentro do carro, que ela parecia mesmo ser boa de cama – ela disse de cabeça baixa – e se ele tivesse ficado com vontade de experimentar?

– ele não faria isso – Felipe disse levantando o rosto dela – você sabe, né?

– eu achava que sabia – ela disse cabisbaixa e entrou no carro – mais tarde eu volto.

– tudo bem – ele disse balançando a cabeça negativamente.

Mabi ligou o carro, mas antes que saísse, abriu o vidro e pôs a cabeça pra fora.

– Fê – ela gritou, fazendo o parar e voltar até ela.

– diz.

– não fala nada pro Lucas do André, ta? – ela pediu fazendo careta.

– Mabi, Mabi – ele disse a olhando feio – o que você vai fazer?

– nada Felipe! – falou brava – só to precisando desabafar com o André. Não vou fazer nada demais e justamente por isso não quero o Lucas chateado comigo.

– certo – ele revirou os olhos.

– obrigada – ela deu um sorriso torto.

Saiu dirigindo dali e Felipe voltou pro seu lugar.

– onde ela foi? – perguntei.

– espairecer – ele disse olhando pro Lucas de canto.

– ela ainda não acredita em você? – Caio perguntou.

– não – Lucas disse seco – e não faça piadinhas.

– eu? – Caio se fez de indignado – jamais faria isso.

– ah claro. Você nunca faz – Rapha disse rindo e todos riram em seguida.

– onde a Tati está? – Felipe me perguntou.

– dormindo – falei bufando.

– e você ta emburrado porque ela dormiu? – Rapha perguntou erguendo as sobrancelhas.

– Fred – resmunguei – sempre o Fred – revirei os olhos e soltei a respiração de uma vez.

– e o que o Fred tem a vê com a Tati estar dormindo? – Caio perguntou confuso – eles estão dormindo juntos?

– não, ô idiota – falei rindo, assim como os meninos – meu pai ta desconfiado de nós dois, então a Tati ta preocupada, achando que se eles descobrirem minha mãe vai achar que mentimos pra ela... Enfim – apoiei o queixo no braço e pus no meu joelho.

– ta, aí ela dorme com o Fred pra esconder o lance entre vocês? – Caio perguntou em dúvidas.

– caralho Caio – Felipe riu – a Tati não dorme com o Fred. Entendeu não?!

– tem certeza? – ele questionou a mim.

– ô, para de falar, ok? – Rapha disse ao Caio, quando viu minha cara de confuso.

– será? – me questionei.

– deixa pra lá o que o Caio fala – Lucas deu um tapinha no meu ombro.

– vocês acham que ela tem alguma coisa com o Fred? – perguntei olhando–os.

– não – o Rapha e o Lucas disseram juntos.

– eu acho – o Caio falou.

– por que você desconfia? – Felipe perguntou ignorando o Caio.

– hoje eu perguntei pra ela se iríamos falar pro pessoal do prédio que estamos juntos... E ela disse que iria primeiro resolver algo com o Fred – falei cabisbaixo.

– aí tem! – Felipe falou entortando a boca.

[...]

Já era quase meia noite quando Mabi saiu de casa, indo para a praça da luz encontrar com André. Estacionou o carro e logo o viu sentado em um banco. Desceu e foi até ele.

– oi dé – ela disse parada em sua frente.

– oi gatinha – ele se levantou e deram um longo abraço – o que você tem?

– ah dé... – Mabi disse com os olhos marejados – o Lucas...

– o que tem? – André perguntou assustado.

Mabi contou toda a situação no seu ponto de vista.

– Lucas não seria capaz Mabi – ele disse balançando a cabeça.

– tenho minhas dúvidas – ela falou olhando–o de lado – então porque ele não saiu do banheiro? Ficou lá, com ela mostrando o sutiã... Como se aquele micro vestido cobrisse alguma coisa – ela disse emburrada.

– olha, isso não sei te responder. Mas se ela é desse jeito que você falou, deve bem ter segurado ele de algum jeito. Não me leve a mal falando isso, mas o Lucas é tapado, Mabi.

– ah dé, não fala assim dele – ela riu – então você acha que eu devo conversar com ele?

– pelo menos ouvi–lo, né? – ele segurou na mão dela e sorriu – ué, cadê a aliança? – franziu a testa.

– devolvi a ele – ela disse entortando a boca.

– ah Mabi, para, né?! – André riu – acho que você exagerou agora.

– ta dé, ta – ela revirou os olhos – vou falar com ele – deu um sorriso de lado.

– que bom, mas vamos comer. To faminto – ele disse se levantando.

Andaram até uma lanchonete e pediram lanche.

– e a academia volta quando? – ela perguntou.

– nem sei Mabi. A gerência me informou que a reforma acabava em uns 10 dias.

– to com saudades de treinar com você – ela disse sorrindo.

– eu também, fofinha – ele apertou a bochecha dela.

– fofinha, dé?! – ela indagou inconformada – para, né?

– ta bom. Gostosa – ele riu.

– melhor assim – disse rindo

Continuaram a comer e conversar pelo resto da noite. Já era uma hora da manhã, quando decidiram ir pra casa. Mabi entrou em seu carro e André no dele. Antes de sair do estacionamento, ele abriu o vidro e falou a ela.

– vou te seguindo, ta? Acho perigoso você ir sozinha pra casa.

– ta – ela sorriu e saíram dirigindo.

Ela parou em um semáforo e o carro de André, logo atrás do dela. Assim que ficou verde, ela acelerou para passar pelo cruzamento, quando um carro veio do lado oposto, cruzando o sinal vermelho. André freou bruscamente e viu o carro de Mabi girar no asfalto. O motorista do outro carro passou direto, sem nem parar para prestar socorro. André desceu e correu até lá. O carro de Mabi estava parado no lado oposto da avenida. Algumas poucas pessoas que estavam por perto se aproximaram. Mabi estava no banco, sentada, com a cabeça no volante. Parecia estar em estado de choque.

– Mabi, você ta bem? – Andre perguntava um tanto desesperado – Mabi!

– hã, oi – ela disse olhando pra ele – to. To bem. Só zonza.

– que bom, consegue descer? – ele disse mais aliviado.

– ta. Desço.

Ela desceu do carro e ele a abraçou. As pessoas próximas começaram a perguntar informações e ligaram para a polícia.

– quer que eu ligue pra alguém? – Andre perguntou.

– pro meu pai e pro Fê – ela disse e ele se afastou com o celular em mãos.

– querida, você estar bem? Sofreu alguma coisa? – uma senhora perguntou.

– to bem, mas ainda estou assustada, minha cabeça dói.

– você tem um corte aqui – ela disse apontando para a cabeça de Mabi.

– Mabi – Andre a chamou – celular do seu pai está fora de área, do Felipe não atende. Em casa também.

– ah, o Fê ta na calçada e meu pai saiu pra jantar – ela disse – mas tudo bem, obrigada.

– vamos esperar os policiais chegarem e eu te levo em um hospital – ele disse e ela assentiu com a cabeça, abraçando–o de lado.

[...]