Fanfics Brasil - Capitulo 11 Nem sempre o amor pode está certo. 1º Temporada e 2º Temporada

Fanfic: Nem sempre o amor pode está certo. 1º Temporada e 2º Temporada | Tema: web novela


Capítulo: Capitulo 11

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– MABI NARRANDO –

No caminho pra quadra encontramos a Karen sentada sozinha na calçada lanchando.
– oi? – eu fiquei surpresa.
– ahn... Ér. Oi meninas – ela disse sem graça.
– ta fazendo o que aqui Karen?
– nada... Só pensando.
– não te vimos essa semana toda na escola, o que houve? – a Carol perguntou.
– ah, eu vim todos os dias, estava por aqui.
– até o Rapha perguntou por ti e o Caio também – a Deb disse tentando animá–la.
– que bom.
– vamos indo pra aula, você não vai?
– sim, tchau.

Ela foi embora. Ficamos imaginando o que ela estava fazendo ali. Eu achava que as meninas a estavam ignorando e ela ficava sozinha ali, as meninas discordavam, enfim fomos pra aula.

Terminou a aula e estávamos quebradas... Pegamos o material e fomos pro pátio. Fiquei esperando o Felipe na saída quando vi o Lucas vindo com o rosto machucado, ele tinha um corte na boca e no supercílio que estava com curativo e um roxo no olho esquerdo.
– o que é isso Lucas? – fui correndo até ele.
– nada não – ele disse pondo a mão no rosto.
– como nada? Você ta machucado, me diz o que aconteceu – eu estava desesperada.

Olhei pro lado e vi o Pedro saindo com a farda suja de sangue, um corte na testa com curativo, um no nariz e na boca e com marcas roxas no olho esquerdo e no canto da boca. Olhei pro Lucas sem acreditar.
– não acredito... O Pedro vai me ouvir... – sai andando em direção a ele.

O Lucas correu e me segurou. O Pedro e os amigos dele ficaram nos olhando.
– não vale à pena.
– e ele vai parar quando Lucas? Nunca? – falei irritada.
– ele só quer atenção Mabi, não liga.
– mas ele não pode sair batendo em quem eu gosto assim do nada.
– hum e você gosta de mim é?
– claro seu bobo, você acha que fico contigo por quê?
– porque eu sou lindo – ele se gabou e eu ri.



Fomos em direção ao carro do Felipe e deixamos o Lucas em casa.

À tarde eu fiz dever e liguei pra Carol.


 


– Inicio da ligação –

– fala marreco.
– cadê o Diego? – eu fui direta.
– caraaaaaa o Diego, ele não apareceu na escola essa semana né?!
– Vou ligar pra ele. Beijos

– Fim da ligação –


Deitei na cama e fiquei lembrando do Diego, ele tava mudado, desde aquela noite na boate que não nós falamos mais. Liguei pro celular dele e estava desligado, liguei pra casa dele e a mãe dele me disse que ele tava em são Paulo com o pai dele. Achei estranho e liguei pra minha mãe.

– Inicio da ligação –

– oi minha filha.
– mãe, que saudades, como a senhora está?
– to bem querida e você?
– ah estudando muito, as aulas começaram essa semana.
– está se comportando? Seu pai nunca ligou reclamando de você, isso é bom.
– sou um anjo mãe – me calei um pouco– Mãe me diz uma coisa, o Diego ta morando com vocês?
– você não ta sabendo?
– o que mãe? Aconteceu algo com ele?
– o Rodolfo o colocou em um internato. Ele se cadastrou em um site de rachas naquela época em que pegamos vocês correndo e esqueceu de cancelar o cadastro, semana passada ele recebeu no e–mail umas atualizações de vídeos do último racha e tinha um do Diego correndo, o Rodolfo quase surtou.
– não acredito... – eu tava bege.
– é, ainda bem que você não estava filha, se não nem sei o que eu faria.
– eu tava mãe – falei seca.
– o Diego disse que tava sozinho. Quem de vocês está mentindo? – ela ficou furiosa.
– eu tava com ele, mas só assistir. Fui pra uma festa no mesmo lugar da corrida.
– melhor assim. Mamãe vai desligar, tenho que trabalhar, beijos filhota, te amo.

– Fim da ligação –


Eu fiquei passada. Liguei pra Carol e contei tudo. No início da noite entrei na internet, vi e–mail, Orkut e MSN. O Bê tinha me adicionado, eu não sabia como ele havia conseguido meu e–mail, mas aceitei. Esperei um pouco e logo ele e o Pedro vieram falar comigo.


 


– Início da conversa –

Pedro Vitor diz:
Oi amr.

♥ Mabi ;) diz:
Me esquece Pedro. Me deixa viver minha vida.

Pedro Vitor diz:
Gostou o que eu fiz com teu novo namoradinho?

♥ Mabi ;) diz:
Pelo o que eu vi o estrago em você foi maior.

Pedro Vitor diz:
Deixei um pouco pra próxima vez.

♥ Mabi ;) diz:
Você não cansa de fazer merda não Pedro?!
Porque vocês brigaram?

Pedro Vitor diz:
Ele falou coisa que não devia.

♥ Mabi ;) diz:
Tipo o que?

Pedro Vitor diz:
Aquilo foi só um aviso! Eu vou quebrar a cara de todos os moleques que você chegarem perto de você.

♥ Mabi ;) diz:
Você é muito nojento

– Fim da conversa –


Fechei a janela dele, o exclui bloqueando. Respirei fundo e fui teclar com o Bernardo, abri a janela dele e no subnick estava escrito “Como pode ser, gostar de alguém e esse tal alguém não ser seu. Fico desejando nós...” ♪


 


– Inicio da conversa –

Bernardo 8) diz:
Oi :)

♥ Mabi ;) diz:
Oi, como conseguiu?

Bernardo 8) diz:
Felipe :P

♥ Mabi ;) diz:
Ah! Não foi pra aula por quê?

Bernardo 8) diz:
Fiquei pensando em como conseguir o MSN da novata mais gata do colégio e acabei perdendo a hora.

♥ Mabi ;) diz:
Hahahahaha desculpa boa, mas não me culpe pela sua falta.

Bernardo 8) diz:
E quem disse que foi por você?

♥ Mabi ;) diz:
Ué, eu não sou a novata??

Bernardo 8) diz:
E quem disse que é a mais gata do colégio?

♥ Mabi ;) diz:
Aii desculpa ai, depois dessa eu vou sair.

Bernardo 8) diz:
Você podia ter dormido sem essa. :P

♥ Mabi ;) diz:
Vingança é feio, sabia?
Ei mudando de assunto, o Lucas e o Pedro se pegaram hoje.

Bernardo 8) diz:
Pv Idiota! O que foi dessa vez?

♥ Mabi ;) diz:
Não sei, ninguém me diz nada, o Pedro me disse no MSN que ia bater em todo cara que chegar perto de mim, mas não entendi porque o Lucas.

Bernardo 8) diz:
Ainda bem que eu bato bem :)

♥ Mabi ;) diz:
E esse subnick?

Bernardo 8) diz:
Trecho de uma música da Vanessa da mata.

♥ Mabi ;) diz:
O que significa?


 


Bernardo 8) diz:
Ih, ta doidinha é? Não sabe mais ler não?

♥ Mabi ;) diz:
¬¬
Já vou, beijos. Amanhã aparece na calçada pra combinarmos de sair.

Bernardo 8) diz:
Ok, bjs.

– Fim da conversa –


Fui no quarto do Felipe, jogamos um pouco de PS2 e fui dormir.

Sábado acordei tardão, aliás, a Clotilde me acordou pra almoçar. Comi com a família à mesa. À tarde o Caio e o Rapha apareceram pra jogar com o Fê, fiquei lá atrapalhando eles.
– alguém sabe me dizer o que foi entre o Pedro e o Lucas? – eu perguntei desconfiada.
– ah discutiram na sala – o Rapha deu de ombros.
– mas por quê?
– besteiras.
– afff vocês não vão me falar mesmo?
– foi por causa do conteúdo, o professor falou algo e eles discordaram – o Rapha disse sem paciência.
– e desde quando o Pedro presta atenção na aula?

Ninguém respondeu, eu me levantei e fiquei na frente pra TV.
– o que vocês estão me escondendo? Não saio da frente enquanto não me contarem.
– ah Mabi, sai daí, eu vou perder o jogo – Fê disse impaciente.
– por mim você pode ficar – o Caio fez uma cara de safado.
– e você Caio? Nem é da sala dos meninos, estava comigo fazendo educação física e já ta sabendo.
– os meninos me contaram... Ops! – ele disse tapando a mão na boca.
– caralho Caio, tu é foda mermão – o Rapha gritou.
– calma Rapha, quanto palavrão e uma frase só. Mas então?

Eu fiquei olhando pros três esperando uma resposta e eles se entreolhavam.
– ta Mabi, o que aconteceu foi o seguinte.

Eles me contaram tudo e eu fiquei super mal pelo Lucas, poxa ele apanhou por mim, mas sem merecer, do mesmo jeito que o Bernardo. Eu precisava fazer alguma coisa, alguém tinha que por um limite no Pedro. Peguei meu celular e liguei pra ele.


– Inicio da ligação –

– oi amor, deu saudades?
– seu idiota!!!!
– o que eu fiz amorzinho?
– deixa de ser cínico Pedro, se você encostar um dedo em qualquer amigo meu eu te ferro.
– calma gata. Vai ser queimar comigo por conta daqueles viadinhos?
– respeite pelo menos meus amigos, já que você não me respeita. Mas eu to te avisando, eu te denuncio pra policia, por agressão.

– Fim da ligação –


Quando desliguei o celular eu estava me tremendo toda, comecei a jogar meus travesseiros no chão de tanta raiva. Olhei pra janela e o Bernardo estava me olhando, fiquei sem graça e me sentei na cama, ele escreveu em um papel e pôs na janela “O QUE ACONTECEU?” eu escrevi “RESUMINDO? O PEDRO”, ele balançou a cabeça e pôs “ESQUECE ESSE IDIOTA”, eu coloquei “JÁ ESQUECI, ELE QUE NÃO ME ESQUECE” e logo em seguida meu celular tocou e era o Pedro. Hesitei em atender, mas no fim atendi.

– Inicio da ligação –

– o que foi agora?
– eu só queria pedir desculpa amor.
– às vezes desculpas não resolve Pedro.
– tudo bem, você quer que eu te deixe em paz? Beleza! Eu deixo você e teus amiguinhos em paz, mas isso não impede de eu tentar te reconquistar.
– você não me ferindo e nem ferindo meus amigos, por mim tudo bem, mas eu já te avisei que não tem volta.

– Fim da ligação –


Desliguei sem deixá–lo continuar, olhei pela janela e o Bê não estava mais lá, mas tinha outro recado “NÃO O CULPE, EU SEI O QUANTO É DIFÍCIL TE ESQUECER”, fiquei sem jeito e não respondi, sai do quarto, fui ver TV na sala, até que me lembrei do Lucas. Resolvi ligar pra ele.

– Inicio da ligação –

– alô – ele disse sonolento.
– oi Lu, eu te acordei?
– não, quer dizer, acordou...
– desculpa, não queria incomodar, só saber se você ta melhor.
– você nunca me incomoda. Adorei acordar ouvindo tua voz.
– ain assim eu fico sem jeito. Mas me diga como você ta.
– to bem, acordei com dor de cabeça, mas agora à tarde tomei uns analgésicos e acabei apagando.


– tadinho, e teus pais? Falaram muito?
– não... Só enquanto assinavam meu termo de suspensão – ele disse irônico.
– você foi suspenso? – eu fiquei surpresa.
– eu e o Pedro, uma semana. Vai sentir saudades minha no colégio?
– claro que não.
– não? Eita – ele disse triste.
– eu não vou sentir saudades porque vou todo dia à tarde na tua casa, posso?
– claro.

Nisso os meninos desceram e me ouviram falando com o Lucas. O Caio sentou do meu lado no sofá e ficou gritando no celular pro Lucas.

– ai viadinho, ainda ta de cama? Deixa de ser frouxo. Sua menininha.
– aff Caio, sai! – eu empurrei o Caio e os meninos riram.
– vou desligar Lucas, mais tarde nos vemos. E obrigada mais uma vez, não precisava me defender.
– claro que precisava, faço isso por qualquer amigo.
– é, amizade acima de tudo – eu disse triste – beijos – desliguei.

– Fim da ligação –


 


Fiquei triste em saber que o Lucas só me vê como amiga, mas também como eu iria querer que ele me levasse a sério? Ele ficou comigo quando eu tinha namorado e um ex mal resolvido, ainda sim ficava com outros caras na balada, talvez ele achasse que era apenas um desses caras. Mas é melhor assim, não tinha mais o Pedro pra atrapalhar, nem o Lucas pra me levar a sério e apesar de no fundo eu ainda amar o Bernardo, não tinha condições de voltar com ele, então o que restava era aproveitar a vida.



À noite chegou e eu não tinha noção nenhuma do que fazer e nem pra onde ir, olhei pela janela e os meninos estavam lá em baixo conversando. Quando eu estava descendo a Carol me ligou.

– Inicio da ligação –

– abigaaaaaa
– oi carolzinha
– vamos pra uma rave em campo belo?
– uia vamos, mas quando?
– hoje né?!
– hum... Beleza, vou falar com os meninos.
– não tem como ir só nós não? To a fim de paquerar à vontade. Chama a Karen e a Deb, noite só de mulheres.
– ah Carol, to sem carro, lembra? Se o Felipe me emprestar dá pra ir, mas eles vão querer. Porque não posso chamá–los?
– ah, então chama, mas hoje eu queria beber todas, me acabar na pista e beijar o máximo possível de gatinhos, de preferência desconhecidos.
– e desde quando você não faz isso? Você acha que os meninos nos atrapalham?
– ah, certeza que o Caio vai ficar com a Deb, ai a Karen vai ficar com cara de tacho e você vai ficar nos beijos com o Lucas, ai o Bê vai se chatear e vai beijar outra e você vai vê e vai ficar triste... Enfim, o de sempre.
– você tem razão isso sempre acontece – eu disse rindo – mas eu me divirto com os meninos mesmo assim.
– eu também, mas pelo menos hoje, eu queria sair com as minhas amigas pra beber, dançar e beijar outros caras. Logo agora que você está solteira, não precisa ficar dando perdido ou se escondendo.


– vou pedir o carro do Fê, mas não garanto, eles vão querer ir.
– afff taaaa, chama logo esses meninos, mas promete que você e as meninas vão curtir comigo?
– ta Carol, prometo. Beijos.

– Fim da ligação –


Desci e fui lá na calçada atrás do Fê.
– hello.
– oi delicia – o Caio como sempre me zoando.
– oi gostosura – eu disse pro Caio rindo.
– opa, ta cada vez ficando melhor...
– vocês vão sair hoje? – eu perguntei.
– estamos conversando sobre isso, porque você vai? – o Bê disse.
– to querendo, mas to sem carro né?!
– e você quer meu carro emprestado? – o Fê perguntou.
– haram – disse com um sorriso enorme no rosto.
– vai sonhando... – ele me cortou e os meninos riram.
– ai Fê porque isso? Empresta ai vai.
– onde é a festa?
– que festa? – eu disse desconfiada.
– fala logo, se não nada de carro.
– Carol ligou me chamando pra uma rave em outra cidade.
– onde? Campo belo?
– é, como sabia?
– estávamos pensando em ir.
– a Carol queria ir só nós, meninas, mas acho que vocês iriam querer ir.
– e porque só vocês? A gente é tão incomodo assim? – o Rapha disse intrigado.
– não, ela só queria se divertir conosco, agora que eu to solteira de verdade.
– ahhh mais agora que eu faço questão de ir – o Felipe disse – vocês não vão dar perdido na gente e sai pegando deus e o mundo lá não.
– concordo! – o Caio disse.
– affff ta bom, não faço questão de ir só meninas mesmo – dei de ombros – mas Caio você preste bem atenção – disse olhando sério pra ele – não fica com a Deb e nem com a Karen hoje, por favor.
– por quê? O que posso fazer se sou gostoso? – ele se gabou.
– poxa, você fica com uma a outra fica com cara de tacho a noite toda.
– então eu fico com as duas, simples.
– se elas toparem por mim não tem problema, só não quero ninguém saindo de lá chateado.
– então avisa isso também pros amiguinhos aqui ow – ele disse apontando pro Bê e pro Lucas – porque um sempre sai puto na historia.


– não sei de onde você tirou isso Caio, ta ficando leso – o Bê disse nervoso – por mim a Mabi fica com quem quiser.
– fico mesmo – eu concordei.
– ah gente, nós também não tem nada sério, a Mabi faz o que quiser – o Lucas disse cabisbaixo – somos só amigos.

Confesso que fiquei triste em ouvir isso, principalmente do Lucas, mas fazer o que? O jeito era tentar me divertir.
– então pronto, todo mundo solteiro e feliz – o Rapha encerrou o papo.

Subi e liguei pra Carol. Depois pras meninas e combinamos tudo. Tomei banho, pus um short jeans curto, uma bota estilo cowboy bege e uma blusa colada de manguinha e um casaquinho curto e cavado, por cima. Desci e os meninos já estavam esperando, todos de bermuda, tênis e camiseta. Fui perto do Lucas só pra provocar.
– boa noite – dei um sorriso.
– ta bonita – ele disse me olhando da cabeça aos pés.
– sempre fui – eu me gabei.
– hoje ta mais, é pra alguém em especial?
– não tem ninguém em especial, é só pra caso apareça um gatinho querendo ficar comigo...
– ele pode não ser tão gatinho assim?

Eu ri e nessa hora a Natasha e a Mel apareceram lá de carro, desceram e foram nos encher. O Bê nem deu bola pra Mel e a Natasha foi lá com o Lucas.
– oi bebezinho, quanto tempo... Vai sair?
– oi Nat, vamos sim.
– rave, né?!
– é.
– nós também, podemos nos encontrar lá?

Ela falava com ele olhando pra minha cara e eu já estava ficando irritada.
– claro – ele sorriu.

Ai que raiva!! Minha vontade era pular no pescoço daquela oferecida.
– bom Lucas, já vou indo, tenho que pegar as meninas – eu disse – a gente se encontra lá na entrada.
– desculpa, mas acho que ele vai estar ocupado demais comigo – ela disse sorrindo cinicamente.
– por mim... O Lucas é solteiro, fica com quem quiser, somos apenas amigos, né Lucas?
– é – ele disse sem graça.

Sai de lá bufando. Fui buscar as meninas e fiquei a metade do caminho sem abrir a boca.



Parte inferior do formulário



– o que você tem Mabi? – a Carol perguntou.
– nada.
– diz logo.



Eu olhei pra ela e pras meninas com uma cara triste.
– porque eu não dou sorte com homens?
– o que foi agora amiga? – a Deb falou.
– desde sexta que o Lucas ta com uns papos de amigos, amigos... Depois disse pro Caio na minha frente que somos só amigos e eu podia ficar com quem eu quisesse. Aí sei lá, agora à noite ele tava de sorrisinho pra Natasha, confirmando encontro com ela na rave.
– mas a Nat só quer usar ele Mabi – a Karen falou.
– eu sei, ele também não gosta dela, mas deve servir pra beijar na boca né... Aliás, agora não sei mais se ele não gosta dela.
– você ta gostando dele Mabi? Digo pra namorar – a Deb perguntou.
– sim, não, ah não sei, não poderíamos namorar agora, acho perigoso por causa do Pedro, mas podíamos ficar até a situação melhorar.
– ow amiga, ta apaixonadinha – a Carol mangou de mim.
– e o Bê? A Mel sempre falava que vocês ainda se gostavam – a Karen perguntou.
– é, ela tem razão, mas não dá com ele, não tenho confiança pra voltar, cansei de sofrer por ele.
– ta certa Mabi, agora você sofre só pelo Lucas, né?! – a deb me zoou.


Nós rimos.
– ai amiga, não temos sorte com homens mesmo – a Karen disse triste.
– por quê? Você ta afim de quem Karen? – a Deb perguntou curiosa.
– ah, ninguém... – ela respondeu, nós a olhamos feio – ai meninas... Ta Deb, eu sou apaixonada pelo Caio desde que fui morar no condomínio, 1 ano e meio mais ou menos, mas ele quer você... Fazer o que.
– ah eu nem sou apaixonada por ele, só gosto de ficar, por mim, se você quiser... Hoje eu quero aproveitar pra beijar outros.
– ah não, ele não quer nada sério, só beijar mesmo, tenho medo de me iludir – a Karen deu de ombros.



Eu fiquei apenas olhando pras duas. Nenhuma queria admitir o interesse, era hilário.
– ebaaa isso aí, vamos nos libertar desses homens, hoje só ficamos com os carinhas de fora da cidade – a Carol gritou.
– ah, posso só dá um beijinho no Lucas? – eu fiz cara tristinha.


– affff... Você que sabe, mas dá pra beijar mais alguém e não ficar de agarrinho só com ele?

Nós rimos e paramos o assunto ao chegar ao local. Descemos e encontramos os meninos lá na frente. Todos entraram na rave e começamos a beber e dançar, logo uns guris iam se aproximando e íamos dançando com eles. Olhei em volta e a Carol e a Deb já estavam beijando, a Karen era a mais tímida e eu não parava de procurar o Lucas. Nós duas fomos até um dos bares de lá, enquanto esperávamos no balcão eu o vi beijando a Nat, meu coração ficou pequeno, eu mostrei pra Karen que me puxou de lá voada.
– Mabi, você pode ter o homem que quiser aqui, inclusive o Lucas, mas não se deixar cair nesse joguinho da Nat não, ela não gosta dele, só quer te ver triste mesmo. Se o bobo do Lucas não te quer, aproveita!



Resolvi deixar pra lá e ficamos bebendo e dançando e um gatinho me puxou.
– olá, prazer guilherme.
– oi, sou Mabi e essa é minha amiga Karen.
– ta a fim de dá um role comigo e com meu amigo ali?
– vamos? – olhei pra Karen que concordou.


Ficamos de papo um pouco com eles e depois nos beijamos, o beijo era bom, o cara era lindo, resolvi aproveitar. Olhei pra Karen e ela também tava no maior amasso. Depois de muitos beijinhos voltamos pra pista pra dançar e beber, o Rapha e o Caio estavam parados lá, eu cutuquei a Karen.
– beija o Rapha – e pisquei pra ela.


 


Ela hesitou, mas foi lá, chegou no Rapha e deu maior beijão nele. O Caio ficou boquiaberto. Quando ela terminou o beijo voltou lá comigo e saímos andando e rindo. Encontramos a Carol e a Deb e ficamos na pista. Lá pelas 3 da manhã eu já tinha ficado com mais dois meninos, até que vi o Lucas e o Felipe lá parados, o Lucas me olhava, mas resolvi não retribuir o olhar. Às 5 e pouco da manhã estávamos cansadas de tanto dançar, eu nem estava bebendo mais porque iria dirigir, resolvi ir comprar água, alguns cantos ainda estavam escuros apesar do céu estar clareando. Do nada eu sinto um cara me puxar, entramos em um cantinho atrás de uma caixa de som. Ele me agarrou e me beijou, eu tentei resistir, o empurrei, mas ele era mais forte e aos poucos fui cedendo ao delicioso beijo dele, ficamos por uns minutos ali, até que ele saiu correndo e eu se quer vi quem era, coloquei a mão no pescoço e percebi que minha correntinha havia caído, a procurei no chão, mas como não dava pra enxergar nada, não achei... Droga! Foi o Diego quem me deu. Comprei água e encontrei as meninas, depois fomos atrás dos meninos, eles estavam indo embora e resolvemos ir também. Deixei cada uma em casa, menos a Carol e fomos pra minha dormir.

Domingo acordamos perto do almoço, comemos e depois voltamos pro quarto, ela ficou na internet e eu ouvindo música no meu ipod.
– amiga... Amiga... Amigaaa... Mabi porra! – ela gritou.
– ahn? Foi mal, estava ouvindo aqui.
– como foi ontem? Você não comentou nada.
– ah, legal...
– que Mané legal, beijou quantos? Eu nem contei, só tinha cara gato lá, fiquei louca.
– affff vai lavar tua boca com alvejante, vai que você pega sapinho – eu zoei – e eu beijei três, alias quatro – eu disse pensativa.
– ta pior que eu amiga, nem lembra quantos beijou – ela riu.
– não é isso, é que antes de ir embora, um cara me puxou e me deu um beijo, muito bom por sinal, tive até impressão de deja vu do beijo, me lembra alguém – eu ri.


– e quem era o cara? Não conhece?
– problema é esse... Eu não o vi, estava escuro no local.
– ah, esquece. E o Lucas?
– ah nem me fale, o vi beijando a Nat – fiz cara de triste – mas também só a Nat, mais ninguém.
– ai amiga, vocês não tem nada sério, podiam beijar quem quiser, fica assim não, vocês ainda podem ficar... Ou ele acabou tudo? Nem ficar mais vocês vão?
– não, ele não disse nada, a única coisa que ele acabou foi com as minhas esperanças de ficar com ele ontem quando sorriu pra Nat.
– bom, vocês não tem compromisso, mas ele também não tem com a Nat – ela sorriu maliciosamente – você podia deixar de ser bobinha e cai matando nele e deixar ela fora da situação, o que acha?
– é, pode ser...



O Felipe entrou no quarto e nos interrompeu.
– gatinhas, vocês poderiam me ajudar a lavar o MEU carro que VOCÊS sujaram ontem na estrada?
– ah Fê desculpa, deixa que a gente lava só, né Carol?


Ela concordou e mandou um beijinho pra ele quando ele saiu do quarto.
– pegou ele ontem? – eu a encarei.
– haram – ela abriu um sorrisão.
– e o papo de não ficar com os meninos do grupo e tal, furou?
– sai daí marreco, vamos lá lavar a joça com rodas.

Coloquei um short de malhar azul e a parte de cima de um biquíni, por cima pus uma blusa branca comprida e a Carol também, descemos rindo e nos deparamos com o Fê, Caio, Rapha e Lucas na sala vendo DVD.
– nem convida né? – eu disse brava.
– ah é filme de luta, vocês gostam? – o Caio disse.
– ah não... – a Carol deu de ombros.
– imagina Caio, eu treino Boxe e não gosto – eu disse irônica.
– putz! Esquecemos disso... – o Rapha disse botando a mão na testa.
– eu disse, mas vocês teimaram – o Lucas falou virando os olhos.
– sentem aqui então – o Felipe bateu com as mãos no colo dele.
– não, agora vamos lavar um carro, sabe?! – eu falei com sarcasmo.


– carro? Aquilo é uma joça com rodas – ela mangou dele, sabia que ele odiava que falassem mal do carro dele – borá deixar as coisas aqui, se não vai molhar tudo Mabi – ela disse tirando a sandália e a camisa.

Eu concordei e tirei a camisa branca, o ipod e os chinelos, prendi meu cabelo em um rabo de cavalo e pus meus óculos de sol. Os meninos nem prestavam mais atenção no filme, só nos olhavam.
– querem ajuda? – o Rapha disse e o Caio logo se ofereceu também.
– precisa não gatos – eu falei sorrindo.
– se quiserem lavar os lá de casa também, tem dois – o Lucas disse.
– ué Lucas, pede pra Nat – eu tirei os óculos e pisquei pra ele.

Nós saímos da sala e fomos lá pra calçada, os meninos ficaram lá zoando o Lucas. Lavamos enquanto brincávamos, foi bem divertido, o carro ficou brilhando, mas nós ficamos imundas. Entramos molhadas em casa cantando alto e pulando “isso não é sonho, nem filme, nem coisa de segundo, havaiano em sua cama é a melhor coisa do mundo...” ♪ Eles nós olhavam sem entender nada. A Marta apareceu na sala.
– meninas, meu chão... Está todo molhado, bora já pro banho vocês duas – ela saiu correndo atrás da gente dando tapas nos nossos bumbuns.

Entramos no quarto rindo e nos trancamos, tomei meu banho e depois foi a Carol, quando fui fechar a janela pra me trocar, o Bê estava na dele, ficamos nos olhando por um tempo e ele escreveu em um papel “TUDO BOM?” eu respondi “SIM E COM VOCÊ?”, ele pôs “TAMBÉM, E AÍ, A FIM DE CONVERSAR?”, eu ri dele e pus “JÁ OUVIU FALAR EM TECNOLOGIA? COMPUTADOR, INTERNET, MSN?”, ele ficou rindo e pus em seguida “PRECISO SAIR, DEIXAR A CAROL” e fechei a janela pra me vestir, a Carol saiu do banho e se trocou também, eu abri a janela e tinha outro recado “QUER COMPANHIA PRA NÃO VOLTAR SOZINHA?”, eu mostrei pra Carol e ela disse pra eu aceitar, mas não o vi na janela. Descemos e os meninos já tinham ido. O carro estava estacionado na frente de casa, quando eu passei do portão, me surpreendi com o Bê encostado no carro do Fê. A Carol se assustou também e riu.
– rápido você, hein? – ela disse.
– nem sempre, tem coisa que tem que ser demorado pra ser gostoso – ele disse com cara de safado.

Entramos e fomos conversando até lá, como nos velhos tempos. Na volta ele veio no banco da frente comigo.
– nem me contou sobre a rave – ele reclamou.
– ah, foi boa, nem ti vi lá, você sumiu.
– boa eu sei que foi. Diz ai quantos pegou.
– credo! É você e a Carol que só falam em pegar...
– ow tadinha, pura e inocente a menina. – ele virou os olhos.
– ta, chato! Fiquei com três carinhas e um que não sei quem era.
– como não sabe? – ele riu.
– eu não o vi, me beijou de surpresa e depois correu.
– é cada louco...
– e você?
– ah, preferi aproveitar a festa dançando e bebendo com meus amigos.
– não beijou ninguém? – fiz cara de surpresa.
– só uma – ele fez cara de coitado – e o Lucas?
– o que tem ele?
– ficaram?
– não.
– por quê?
– não quero falar disso.
– brigaram? – ele perguntou curioso.

Eu fiquei em silêncio.
– ok, foi mal – ele resmungou.
– ah Bê, é que não me sinto bem falando disso com você... – eu disse em tom de desculpa.
– disso o que Mabi? Qual o problema? Sempre fomos amigos, ou não?
– to com fome, quer comer? – mudei de assunto.
– pode ser – ele disse virando os olhos.

Paramos na praça da luz, pedi uma jarra suco de laranja e um pedaço de torta de queijo. Ele pediu torta de frango. Comemos enquanto falávamos de situações engraçadas do passado.
– você se lembra daquele boneco do Batman que você tinha?
– lembro, sumiu – ele disse triste.



Eu ri.
– foi você não foi? – ele olhou feio pra mim.


Eu continuei rindo.
– ah queria um boneco atlético pras minhas barbies.
– caraca Mabi, até hoje eu procuro esse boneco. Os outros também foi você?


– haram – eu segurei o riso – alguns eu usava pra brincar, outros foi por raiva mesmo, de quando você cortou o cabelo da minha Barbie noiva. Não deveria ter te perdoado nunca.
– mas perdoou, me deu até beijinho – ele sorriu – nosso primeiro selinho.

Eu sorri me lembrando.
– época gostosa, né? As descobertas...
– eu preferi quando eu te agarrei e enfiei a língua na tua boca. Aquilo que foi gostoso – ele disse safado.


Eu dei um tapa no braço dele.
– seu sem vergonha!
– nem sou, nunca passei dos limites com você. Só quando você me permitiu.
– é verdade, você sempre foi muito respeitador – eu disse me levantando pra ir pagar.
– deixa que eu pago – ele foi em direção ao caixa.

Quando voltou fomos andar pela praça.
– e cavalheiro – eu sorri.
– ah, eu sempre fui. Mamãe me ensinou assim – ele parou sentando em um banco.
– ow guti guti.

Parei na frente dele e apertei suas bochechas, ele rapidamente se levantou e me deu um selinho. Eu fiquei sem reação, então ele me pegou pela cintura e me beijou. No inicio eu não cedi, pensei no Lucas e em tudo do passado. Ele insistiu e eu fui ficando confusa, mas acabei me deixando levar. Quando percebi, já estava com as mãos na sua nuca, aproveitando aquele beijo. Ele foi parando aos poucos e sorriu pra mim. Eu estava séria.
– o que foi?
– você não devia ter feito isso Bê.
– porque não? Você não queria?
– não.
– porque Mabi? Se a gente se gosta, qual o problema? Eu te quero de volta.
– ah Bê, to cansada de sofrer sabe? Não dá certo entre nós dois. Não quero mais.
– tem certeza?



Sai caminhando rápido em direção ao carro. Entramos e fiquei calada.
– tem certeza que não quer tentar?
– não – eu o olhei triste.
– não quer ou não tem certeza?


Eu fiquei calada. Sempre o amei desde pequena, mas o tempo passou, tiveram as magóas, a Mel, as brigas e agora o Lucas. Eu não sabia se o meu amor pelo Bê ainda era de namorado.
– não sei se ainda te amo como namorado.
– não sabe?


– é.
– e se fizermos um test drive? Ficamos juntos uns dias e você vê se ainda tem sentimento por mim.

Eu me calei por um tempo.
– posso pensar? – eu perguntei.
– claro! – ele sorriu grande – o tempo que quiser.

Eu o olhei e sorri sem graça. Não fazia a mínima idéia do que fazer.
– já que você está respondendo tudo, me responde outra coisa?
– diz.
– o que houve com o Lucas? Não ficaram por quê?

Eu o encarei por uns segundos e decidi falar.
– a Nat chegou antes de mim – eu disse emburrada.
– mas você ficou com outros caras, ele também podia, né não?
– claro, mas ela ficou com ele bem no inicio da festa, aliás, lá em frente de casa ela já estava urubuzando ele.
– você ficou chateada?
– não... – eu disse disfarçando.
– Mabi...
– taaaaa... Fiquei, um pouco... Bem pouquinho... – me calei e voltei a falar – ainda to muito chateada.
– mas por quê? Não entendo.
– ela não gosta dele, só quer usá–lo pra fazer ciúmes pro Rapha – eu disse irritada e ele riu.
– e você gosta dele por acaso? – ele continuou rindo.



Eu me calei novamente.
– se não quiser falar...


Continuei calada.
– você gosta dele Mabi? – ele disse um pouco surpreso.


Continuei calada.
– Mabi, você ta a fim do Lucas? To te perguntando... – ele se irritou.
– Bê...
– você ta a fim do Lucas – ele me interrompeu em tom triste.
– eu não disse nada.
– o seu silêncio disse por você – ele falou olhando pra longe pela janela.

Fomos o resto do caminho todo calados. Quando estacionei em casa os meninos estavam na calçada. O Bê desceu do carro e só deu tchau, eu fui atrás dele chamando–o, mas ele não falou comigo, passou pelos meninos e eles o chamaram também, ele parou e se virou, eu parei onde os meninos estavam e fiquei olhando pra ele também, o Caio e o Rapha apenas perguntavam o que tinha acontecido, ele não respondia, ficou me olhando fixamente, depois balançou a cabeça em sinal de negativo, abriu a boca pra falar algo, mas não falou, entrou em casa.


– o que aconteceu Mabi? – o Caio curioso.
– não sei Caio, fomos deixar a Carol e estava tudo bem, estávamos conversando e ele deve ter se chateado com algo que eu falei... – eu menti.



Eu olhei pro Lucas e ele me olhava sério.
– e o que você falou? – ele me perguntou.



Eu fiquei calada, me virei e fui pra casa. Deitei na cama, mas não conseguia dormir, peguei um papel, escrevi “DESCULPA, NÃO POSSO MANDAR NO MEU CORAÇÃO” e colei na janela, fechei e me deitei de novo, o Fê entrou e deitou comigo.
– vai me contar?



Continuei calada.
– ok, eu descubro sozinho – ele disse se levantando.
– Fê...



Ele se deitou de frente pra mim, eu me virei e deitei de conchinha com ele.
– não sei o que falar – eu disse.
– me conta o que aconteceu, o Lucas hoje tava todo pra baixo, e depois ficou todo nervosinho quando você desceu e mal falou com ele, aliás, cortou o guri.
– ah, a gente tava ficando e já tínhamos combinado de poder ficar com outras pessoas, mas eu não sentia necessidade, sabe? Ai depois ele falou que só éramos amigos... Sei lá Fê.
– ele te deu o fora?
– não, ele disse que éramos amigos em relação à me defender quando brigou com o Pedro e também ontem quando o Caio falou aquela parada de ficar com ele e o Bê ficar com ciúmes, sei lá... Achei que ele não queria arrumar confusão ali, mas no celular estava só eu e ele...
– e por isso vocês não estão se falando?
– não, fiquei mais chateada porque ele ficou com a Nat ontem... Ele sabe que ela só usa pra fazer ciúmes no Rapha e mesmo assim fica com ela.
– mas você ficou com outros ontem... Ele ia chupar o dedo a noite toda?
– ele ficou com ela antes de eu beijar alguém.
– ih, então complicou, sei não, não conversamos sobre isso. E com o Bernardo o que houve?
– ele fez as mesmas perguntas que você, aliás, perguntas parecidas, sobre o Lucas e não gostou das respostas.
– o que você respondeu?


Eu contei a ele mais ou menos o papo. Quando terminei, ele ficou surpreso.


– não sei, não falo muito disso porque não entendo esse sentimento. Eu gosto do Lucas mais do que gostava do Pedro. Mas com o Bê é amor, sabe? Só não sei que tipo de amor.
– sei, mas se você ama o Bernardo, porque não fica com ele?
– ele me beijou hoje.
– sério? Nossa!! Ow vida amorosa conturbada, hein?!
– nem me fale.
– e ai?
– segredo, viu?
– claro né – ele me olhou feio.
– não senti “aquilo” no beijo. Meu coração não bateu tão mais forte como antes.
– e o que ele falou?
– não disse isso pra ele, mas ele pediu pra voltar.
– e você?
– pedi pra pensar, mas não sei se quero deixar o Lucas e ficar com ele – fiz uma pausa – nem sei se tenho algo com o Lucas ainda – eu ri.
– então porque não volta de vez com o Bernardo? Custa tentar?
– a gente precisa falar disso de novo? – fiz careta.

Ele riu e me abraçou e ficamos conversando noite à dentro.

De manhã cedo nós acordamos na minha cama, dormindo abraçados. Acordei no susto.
– Felipe, sai, rápido – eu o empurrei da cama quando ouvi passos no corredor.
– bom dia Mabi... – a Marta disse surpresa pelo Fê esta no meu quarto – oi filho, o que ta fazendo aqui?
– ahn, ah mãe tenho que acordar essa daí todos os dias, se não... Já viu né? mulheres...

Ele saiu do quarto todo desconfiado e depois descemos pro café.

A semana na escola foi um porre, o Lucas não foi a semana toda, o Pedro também não o que era um alívio e também não vi o Bê nenhum dos dias, ainda bem porque eu não tinha a resposta. A Karen já estava andando conosco e as bruacas nos olhavam feio.

A semana seguinte tínhamos provas, então o pessoal passava as tardes e noites estudando, nem íamos pra calçada, eu também me isolei, nem na internet entrava, só às vezes olhava na janela do Bê pra vê se tinha recado e nada.

Na sexta depois do almoço meu celular tocou, era o Lucas. Atendi feliz.


 


– Inicio da ligação –

– oi lu.
– to bravo com você – ele disse irritado.

Eu me assustei e fiquei muda no celular.

– Mabi? Alô?
– oi, to aqui, diz.
– você ficou de vir aqui toda a semana e nem apareceu, hoje é meu último dia de folga...
– ahh – eu disse aliviada – eu estava estudando, sabe que tem prova semana que vem né?
– sei... Estudei também, mas to precisando de ajuda em matemática.
– ah, acho que a Nat sabe o assunto – eu disse brava.
– sabe não, preciso também de alguém pra me trazer as coisas e eu copiar, to de castigo sabe?
– ela também tem...
– mas ela não é da minha turma.
– nem eu.
– aff Mabi. Vai continuar com isso até quando?
– até quando você vai ficar com ela?
– e até quando você vai ficar com o Bernardo?
– eu não to com ele.
– e nem eu com ela.

Ficamos mudos no celular.

– Mabi, eu só fiquei com ela na rave porque você disse que eu era solteiro e então imaginei que você iria ficar com o Bernardo e blá blá blá, achei então que eu não era nada pra você... Ela me agarrou lá e eu me deixei levar.
– você que me disse que éramos só amigos.
– não, eu disse que também éramos amigos... Ou eu estava ficando com uma inimiga e não sabia? – eu ri.
– desculpa, fui boba.
– eu também fui infantil, me perdoa?
– claro bestinha...
– agora corre aqui que meus pais só chegam às 18 horas, e traz teu caderno, a parte de copiar a matéria é quase verdade.
– porque quase?
– porque quem vai copiar pra mim é você. Beijos!

– Fim da ligação –


Ele desligou e eu fiquei rindo sozinha. Tomei banho, pus uma saia jeans e uma blusa frente única. Cheguei lá, ele tava só de bermudão. Entrei e ele fechou a porta, me virei pra ele e senti meu coração batendo mais forte, ele me puxou pela mão e me abraçou.
– saudades do teu cheiro – me disse no ouvido.



Arrepiei-me toda e fiquei sem graça, me afastei dele e ele sorriu.
– saudades do teu sorriso – eu disse tímida.


 


Ficamos nos olhando e estendi o meu caderno pra ele. Ele o pegou e veio na minha direção, parou na minha frente, bem pertinho de mim, dava pra sentir a respiração dele. Jogou o caderno no sofá e me beijou sem nem me tocar. Eu tava com muitas saudades daquele beijo, ele me beijava numa calmaria que dava pra sentir cada local na minha boca em que a língua dele explorava.
Ele me puxou pro corpo dele e fomos caminhando até o seu quarto, sem parar o beijo. Chegando lá me deitou na cama e o clima já foi esquentando, o beijo foi ficando intenso. Ele desceu pro meu pescoço e já desamarrou minha blusa deixando meus seios nus e os beijou carinhosamente.  Meu coração estava pra sair pela boca de tão acelerado que batia, me veio na cabeça o beijo com o Bê, não senti por ele isso que eu estava sentindo pelo Lucas, o que me deixou mais confusa sobre o que fazer. O Lucas parou de beijar meus seios e os chupou, eu fui ao delírio. Sussurrei pra ele não parar, então foi tirando minha blusa, depois desabotoou minha saia e jogou no chão. Eu o olhava e dava pra ver que ele estava muito excitado, eu também estava, queria muito aquilo. Ele beijou minha barriga, desceu para as pernas indo até meus joelhos e subindo até as coxas. Nesse momento eu delirava de prazer, ele mordiscava minhas coxas e ia em direção à minha virilha, eu estava entrando em transe, percebi que não iria agüentar mais, então pedi pra ele parar, o puxei e deitei por cima dele, continuamos o beijou e fui descendo pelo pescoço, orelha e peitoral. Dava pra ver por cima do short dele que estava bem excitado. Desabotoei sua bermuda e também a joguei no chão, fiquei olhando pra ele uns segundos e eu via na cara dele que ele estava com muito tesão. Abaixei a cueca dele e peguei o pau com uma das mãos, quando ia masturbá–lo a campainha tocou.
Olhamos-nos assustados, ele se levantou pôs apenas o short e saiu, uns segundos depois ele voltou correndo.
– se veste, o Caio e o Rapha estão aí.


– não acredito – sai vestindo minha roupa – não abre o portão agora não...
– eles estão tocando a campainha da sala – ele fez careta.
– o que? – eu disse assustada.
– é, eles pulam o muro e apertam a campainha da sala.
– pra que isso?
– sei lá, sempre fazemos isso – ele disse rindo.

Corremos pra sala, o empurrei pro banheiro e disse pra ele tomar banho e fui abriu a porta.
– iae manezinho... – o Caio ia me cumprimentar quando viu que era eu – ué, erramos de casa Rapha?
– não besta! O Lucas ta no banho, entra logo aí – eu disse tentando ser natural.
– e o que vocês estavam fazendo sozinho aqui, hein?! – o Rapha disse insinuando algo.
– estudando dãããã... – eu disse apontando pros cadernos.

O Lucas saiu do banheiro só de toalha e todo molhado, eu ri e os meninos perceberam.
– iiiihh qual foi? – o Caio perguntou.
– de toalhinha rosa... – apontei pro Lucas.
– sabia que tu era menininha – o Caio e o Rapha zoaram.
– ahh torra não, é da minha mãe.

Ele saiu e pôs um short. Ficamos conversando até quase 18 horas e depois fomos pra casa. Cheguei em casa e encontrei o Fê na sala.
– tava onde?
– no Lucas.
– hum... e aí? Entenderam-se?
– sim – eu sorri.
– ta feliz demais, o que rolou?
– nada – eu continuei sorrindo.
– ah não nasci ontem não Mabi, vocês por acaso transaram?
– pior que não, o Rapha e o Caio atrapalharam – eu disse triste – caramba!
– e o Bernardo?
– ok, acabou com meu dia Felipe! Parabéns! Eu nem tinha me lembrado de pensar no que o Bê me pediu.
– e agora? Você ficou ontem com o Bernardo e hoje com o Lucas. Da pra decidir não?
– esse é o problema, minha relação com o dois é muito instável. Não estou segura com nenhum dos dois.
– mas se fosse pra escolher agora...
– o Lucas – eu disse rápido.
– nossa! Nem terminei a pergunta. Ta decidida hein?

Eu ri sem graça.
– alias, ta é apaixonada – ele me mangou.
– Fê posso te contar uma coisa? Não tem a vê com eles.
– diz.


– Eu sei que isso pode parecer estranho pra uma menina falar, mas eu to na seca de sexo, não to agüentando mais, tem o que? 1 mês? Ou mais... Sei lá, não sabia que eu ficaria assim. To me achando pervertida.
– calma, isso é normal, ainda mais pra você que namorou por 3 anos e com certeza não ficava uma semana sem transar, né?
– 1 semana? Rum, o Pedro queria todo dia... Nesses últimos meses que era no máximo 2 vezes por semana porque já não tinha sentimentos. Depois de hoje na casa do Lucas, ai que eu to subindo pelas paredes, acho que se ele sussurrar no meu ouvido eu fico doidinha – nós rimos – Mas mudemos de assunto, deixe minha virgindade temporária pra lá.
– beleza – ele não parava de rir – vamos fazer o que hoje?
– vou estudar e dormir, amanhã a gente arruma o que fazer, ta?

Dei um beijinho no rosto dele e fui pro quarto. Estudei, depois tomei banho e fui fechar a janela, tinha um recado do Bê “EU TAMBÉM NÃO” e outros dois embaixo “NÃO ME PEÇA ALGO QUE NEM VOCÊ PODE CUMPRIR” “AINDA QUERO MINHA RESPOSTA”. Fiquei um pouco triste porque afinal eu amava o Bê, mas depois de hoje com o Lucas, a situação ficou pior ainda de decidir. Eu sabia que era melhor eu e o Bê não ficarmos juntos, pelo menos pra mim não ia ser fácil esquecer o passado ao lado dele, mas parece que ele pensava diferente. Coloquei minha camisola, uma calcinha e deitei na cama sem sono, fiquei ouvindo música no escuro, até que senti alguém me cutucando.
Levei maior susto, era o Felipe.
– ai que susto Fê.
– eu to batendo na porta há quase meia hora, depois abri a porta e fiquei te chamando... – ele disse bravo.
– ah, eu tava ouvindo música. Mas o que você quer?
– ta fazendo o que? To sem sono, ainda são 23 horas.
– nossa ta cedo ainda. Eu to só ouvindo música, também to sem sono. Porque você não vai ver filme com o papai e tua mãe?
– porque hoje não tem a família aqui. Teu pai viajou hoje à tarde e só volta amanhã e a mamãe saiu com as amigas pra comemorar sabe deus o que.


– sério? Que gostoso...


– gostosa é você com essa camisola – ele disse mordendo os lábios.
– besta! To falando de sair com as amigas, é tão legal – eu sorri.
– estamos sozinhos aqui e sem nada pra fazer.
– Quer sair? – eu perguntei.
– não... Deita aqui, vamos ficar conversando – ele disse se deitando.
– tem nem graça isso, vamos jogar?
– to a fim não...
– ta, ta! – eu me deitei ao lado dele.

Ficamos conversando por quase 2 horas, só baboseiras.
– e o Diego? – ele perguntou.
– sinto tanta falta dele. Não tive mais noticias além daquelas, o Rodolfo deve ter tido vontade de matá–lo.
– é mesmo, muito arriscado aquilo. Não sei pra que.
– ele gosta do perigo, adrenalina – pensei um pouco – e eu aprendi com ele.
– vocês corriam muito?
– ah, ele sim, eu só às vezes, outras vezes nós saiamos de madrugada escondido pra correr nas avenidas vazias, só pra ter adrenalina correndo nas veias.
– posso fazer uma pergunta indiscreta e pessoal?
– você vai fazer de qualquer jeito. Fala logo.
– vocês... Tinha um caso?
– não.
– um dia você me disse que passou a noite com ele. Qual é a de vocês?
– a nossa era que ele mexia comigo, uma atração carnal, ele me provocava e eu não resistia. Ele foi o meu segundo.
– o que? Sério? Você não namorava o PV ainda?
– já sim – eu disse com vergonha.
– então... – ele disse surpreso.
– eu não me sentia preparada pro Pedro ainda, só tinha tido uma relação e ai eu e o Diego vivíamos feito cão e gato, até que um dia rolou... Eu ficava com ele uma vez por semana... O outros dias eram só provocações – eu fiquei pensativa – não deveria ter continuado com o Pedro desde aquela época. Já tinha tudo pra não dar certo. Com o Bê eu aprendi o que era amor e com o Diego o que era prazer.
– ah, esquece o passado... Vamos falar de coisas boas.
– tipo o que?
– tipo você... – Ele disse apertando meu nariz.
– ai, isso dói.
– dói é? Posso dar um beijinho?



Ele beijou meu nariz, depois minha bochecha e me deu um selinho.
– felipeeee... – eu disse brava.
– ta, parei.


 


Ele passou o braço por cima da minha barriga e ficou me fazendo carinho. Foi descendo a mão até minha coxa e subiu minha camisola.
– Felipe, não vou mais falar – eu disse irritada.
– to parando.

Ele se aproximou mais e beijou meu pescoço.
– posso te fazer feliz hoje? – ele sussurrou no meu ouvido.

Eu me tremi todinha, subiu um arrepio e não consegui esconder.
– teu corpo diz que sim e você?
– eu digo que a Marta nos mata se pegar a gente aqui.
– mas ela não volta agora, relaxa.

Eu o olhei feio e ele virou meu corpo de frente pro dele, nem deu tempo de eu dizer nada, ele logo me beijou. Ficamos por uns minutos ali, o ritmo do beijo foi aumentando e ele foi puxando meu corpo pra cada vez mais perto do dele. Eu já estava excitada, aquela sensação carnal tinha tomado conta de mim e resolvi me entregar ao momento. Passei a perna por cima dele e ele alisou minhas coxas, em seguida abaixou as alças da minha camisola, beijou meus ombros e desceu pros seios, logo começou a chupá–los. Eu gemia baixinho, enquanto ele lambia meu corpo descendo em direção à minha bct. Ele parou e tirou minha camisola, eu apenas o olhava, não conseguia se quer falar. Ele se aproximou do meu ouvido e disse: quer que eu pare, quer? – eu sussurrei que não, ele me riu e mordeu o lábio inferior, depois me beijou agressivamente e pôs a mão dentro da minha calcinha. Eu quase cheguei ao êxtase nesse momento. Ele continuou com a mão lá, passava os dedos pelo meu clitóris em círculos, aquilo estava me deixando louca. Ele beijou meu pescoço e desceu até minha virilha, puxou minha calcinha com certa brutalidade, em seguida passou a língua na minha virilha e foi em direção à minha bct, nesse momento eu estremeci.


– calma, estou só começando – ele disse e eu apenas sorri.


 


Então ele começou um sexo oral super gostoso, eu delirava, segurava a sua cabeça e forçava contra minha bct. De repente ele subiu, beijou meu pescoço e colocou três dedos dentro de mim, mexendo até me fazer gozar. Eu sentia uma sensação deliciosa, meu corpo precisava daquilo, eu estava deitada na cama, completamente nua, sem forças pra mais nada.
– o Diego já te deu um orgasmo desses? – sussurrou no meu ouvido.


Depois levantou–se e foi saindo do quarto. Eu fiquei chocada. Que filho de uma mãe! Esse Felipe não presta cara. Quando ele já estava na porta eu o chamei.
– Fê, e você? – sorri maliciosamente.
– por hoje é só, amanhã a gente continua – ele piscou.

Eu só vesti minha calcinha, virei pro lado e dormir.

Sábado acordei cedo e tomei café com a Marta, ela tava com uma cara de ressaca. O Fê não tinha acordado ainda.
– onde foi ontem Marta?
– Mabi, você acredita que eu e minhas amigas fomos a uma tal de Remix. Muito legal, dancei e bebi muito, adorei o lugar.
– ah, lá é bom mesmo – eu disse sorrindo.


 


Continuamos a conversa por um tempo, depois subi e dormir de novo. Acordei pra almoçar, olhei e o Bê não tinha deixado nada na janela. Desci pra cozinha e sentei a mesa, o Fê ficava me olhando com uma cara de safado que eu não agüentava, estava segurando meu riso enquanto meu pai falava da viagem.
Terminei de comer e subi, estudei mais um pouco e depois usei o notebook.

Tinha um depoimento do Bê no meu Orkut.
“Você disfarça, Joga a sedução, Me enfeitiça, Enche de ilusão. Você só brinca com o meu coração, Só faz chantagem, Com essa paixão” ♪
To esperando a resposta.


Não aceitei e nem recusei, mas também não respondi. Simplesmente deixei lá. Aquilo ele mandou só pra eu ler e mais ninguém, além do mais a última coisa que eu queria era brigar com o Lucas e me estressar mais ainda com o Pedro. Uma vez que ele vivia entrando no meu Orkut e deixando recados insolentes. Entrei no MSN e fiquei batendo papo com um pessoal do antigo colégio.

À noite tomei meu banho, fiquei na frente do guarda roupas pensando em por uma lingerie mais sensual, eu queria provocar o Lucas. Escolhi uma calcinha pequena, amarela clarinha, com renda e tirinhas nas laterais e um sutiã de bojo que fazia par com a calçinha. Vesti um shortinho jeans e uma camisa caída em um ombro. Chamei o Felipe fomos pra calçada decidir o que fazer.
– gente, não me leve a mal não, mas não to nem um pouco a fim de ir pra balada – o Caio disse e o Fê confirmou.
– eu to a fim é de beber, podemos ficar aqui mesmo, só tem que comprar mais bebida – Rapha falou.
– ai! Vocês são um bando de mortos. Tem nem graça ficar aqui, vamos lá na praça da luz então – eu dei a idéia.
– ah nem... – eles falaram em coro.

Nisso o Lucas vem vindo andando em nossa direção. L–I–N–D–O de morrer! Ele me viu e deu aquele sorriso.
– meu sorriso preferido – eu disse sorrindo.
– ihhh começou a melação – o Fê disse e os meninos me zoaram.


– boa noite princesinha – o Lucas me cumprimentou com um beijo na bochecha – fala bando de quenga – ele cumprimentou os meninos.
– e o castigo sua bicha? Mamãe liberou foi? – o Caio zoou.
– acabou – ele sorriu – vamos pra onde hoje?
– canto nenhum, preguiça ta dominando geral aqui – o Rapha disse.

Eu estava distraída só ouvindo eles conversarem quando o Bê aparece. Ele sentou em uma cadeira e cumprimentou os meninos sem graça.
– iae...
– fala Bernardo, ta sumido hein? – o Fê falou.
– as provas né...
– é, deixou todo mundo doido – o Rapha concordou.

Meu celular tocou e era a Carol perguntando o que iríamos fazer. Eu disse que não sabia e mandei ela vir pra cá com a Deb. Depois de uns 20 minutos elas chegaram, o irmão da Deb tinha ido deixá–las. A Carol ligou pra Karen que logo em seguida apareceu lá na calçada. Ficamos conversando sobre as piranhas da escola e os meninos só falando de mulher. Afff! Nós decidimos entrar pra beber água e comer algo, quando voltamos, eles estavam em um papo bem animado, falavam de sexo, posições, fantasias, playboy, filme pornô, meninas gostosas da escola, enfim, só sacanagem. O Caio deu a idéia de irmos pra casa dele, porque não teria ninguém e podíamos falar mais a vontade. Todos toparam, não tinha pra onde ir mesmo. Ao chegar lá, percebi que o Lucas tinha vergonha de falar dessas coisas, assim como eu, a Karen e a Débora, já a Carol, Felipe, Caio e o Rapha eram os mais pervertidos, o Bê era um meio termo. Estávamos bebendo uma garrafa de vodka com limão, quando secou e eu me ofereci a ir comprar e chamei o Lucas. O Bê já nos olhou torto e os meninos ficaram nos zoando.  Pegamos o carro do Caio e fomos até uma loja 24 horas.
– esses meninos são doidos né?! – eu disse.
– só falam putaria, mas é engraçado – ele riu.
– você é bem tímido pra essas coisas.

Ele apenas concordou com a cabeça.
– você é virgem?


 


Ele ficou surpreso com a pergunta e riu.
– não. É que eu sou envergonhado pra essas coisas. E também não tenho essa vasta experiência sexual que os meninos têm.
– ah, desculpa a pergunta na lata, é que eu pensei, sei lá.
– que isso, tudo bem – ele se calou por um instante – posso te contar uma coisa? – ele falou sério e eu concordei – eu só transei com namoradas até hoje, só tive 2 e foi só com elas, nunca rolou com alguém que conheci na mesma noite ou ficante. Por isso travei com a Carol, você já deve saber disso, né?! – ele me olhou de lado, eu apenas ri.

Achei aquela declaração a coisa mais fofa do mundo. Sorri pra ele e dei um selinho. Compramos mais vodka, tequila, cerveja e ice. A noite prometia. Eu tinha planos de ficar com ele a sós naquela noite, mas com o Bê lá eu fiquei receosa. Na volta eu pedi pra ele parar o carro em um estacionamento, pulei pro banco dele, sentei no seu colo e comecei a beijá–lo, ele nem estranhava mais, sabia que eu era doidinha mesma. Beijávamos-nos e parávamos e continuávamos, ficamos naquele beijo por uns 20 minutos. Quando terminei, sentei no banco do passageiro e pra ele disse pra ir, na maior cara de pau. Ele riu. Chegamos lá e começamos a beber vodka e tequila. Fui a cozinha pegar gelo pra por na vodka com refri. Achei morangos em um potinho e peguei dois. Ao fechar a porta da geladeira eu me deparei com Bê. Ele me olhava.
– oi Mabi.
– oi Bê – eu disse comendo um.
– quanto tempo, né?
– é, tem um tempinho mesmo.
– e a minha resposta?
– ah Bê, não tenho ainda – eu disse me escorando no balcão da cozinha.

Ele veio pra minha frente e me pressionou no balcão.
– você precisa de mais tempo?
– ér... Não. Eu preciso me decidir – eu disse pegando o segundo morango.

Sentei–me em um banquinho que fica próximo ao balcão e mordi um pedaço do morango.
– quer ajuda pra decidir quem escolher?

Eu fiquei sem saber o que falar. Ele se aproximou de mim, se encaixou entre minhas pernas e pôs as mãos nas minhas coxas.
– Bê, melhor não...


– você não quer ou não quer aqui?
– não sei se quero, mas sei que aqui não... – eu sussurrei.

Ele aproximou seus lábios dos meus lábios e mordeu o meu inferior, soltando devagarzinho.
– então vamos lá pra casa.

Eu continuei parada lá sem ação. Ele se aproximou do meu ouvido e falou baixinho.
– não vou deixar você se arrepender.

Mordeu um pedaço do morango que estava na minha mão, piscou pra mim e foi pra sala. Eu fiquei boquiaberta. Não sabia o que falar, nem o que pensar, muito menos por quem me decidi. Eu senti um arrepio quando o Bê fez aquilo, mas não podia pensar que era amor enquanto poderia ser apenas atração física. Nisso o Lucas entrou na cozinha e meus pensamentos foram interrompidos.
– o que o Bernardo queria aqui?
– morangos... – eu sussurrei.
– o que?
– ele veio pegar morangos.
– hum, sei... Ele não te beijou não né?
– não né Lucas.

Ele ficou me olhando estranho e eu o puxei pra um beijo. Sentada na cadeira, o puxei para entre minhas pernas e ele logo agarrou na minha cintura. Enquanto nos beijávamos ouvir passos na cozinha. De repente respinga água em nós dois.
– ai – eu me assustei porque estava gelada.
– que isso? – o Lucas perguntou.

Olhamos e era o Bernardo.
– desculpa, mal aê, caiu aqui do copo – ele disse e sorriu cínico.
– Bernardo, por acaso você está incomodado conosco? – o Lucas perguntou bravo.


– claro que não Lucas – ele foi mais cínico ainda.

O Lucas olhou feio pra ele e saiu da cozinha. Eu fui indo atrás enquanto o Bê estava abaixando enxugando a água.


– Mabi, me estica aquele pano ali – ele apontou.

Voltei e peguei o pano, me abaixei até ele.
– Bê, para! Por favor.
– não to fazendo nada – ele sorriu.
– Acho que você já bebeu demais.
– que nada. Só começando.
– bern...

Ele nem me deixou terminar de falar, inclinou seu corpo pra cima do meu, encostando nossos lábios e caímos no chão. Ele me encarou com aqueles olhos penetrantes, eu fiquei hipnotizada por um momento. Ele foi esfregando os lábios dele nos meus e eu fiquei nervosa.
– Bê, não quero – eu o empurrei um pouco.
– você não me quer?
– não – eu virei o rosto.
– tem certeza disso?
– absoluta.

Ele me encarou com um ódio no olhar.
– vai me trocar pelo Lucas?
– não estou trocando ninguém por ninguém.
– beleza. Espero que não se arrependa – ele disse se levantando e me esticando a mão.
– com certeza não tanto quanto você quando me traiu com a Mel.

Eu sai da cozinha e ele ficou bufando lá. Eu não sabia por que fiz aquilo, mas não queria perder o Lucas. O Bê, eu senti que tinha perdido quando ele ficou com a Mel pela primeira vez. Voltei pra sala e o Caio estava falando de fazer umas brincadeiras, ai ele teve a idéia de brincar de verdade ou conseqüência.
– afff essa é muito manjada – eu disse.
– e o que sugere?

A Carol teve uma idéia, pegou um papel escreveu algumas vezes PERGUNTA, TEQUILA, BEIJO E ROUPA. Dobrou e colocou dentro de um pote. Os meninos se olharam desconfiados.
– simples, roda a garrafa, quem cair com o bico da garrafa pra si, tira um papel, o que sair tem que fazer. Ou vira um copinho de tequila ou dá um beijo em alguém ou pede uma peça de roupa ou responde uma pergunta.

Todos concordaram e fomos pra cozinha, sentamos em volta do balcão, cada um em um baquinho, formando uma roda. Nessa hora a gente tinha mais álcool no corpo que a garrafa tinha de vodka. Começamos a brincar e foi saindo só perguntas. Depois de muitas perguntas bestas dos meninos do tipo: “você pegou fulana aquela vez?”, “como é ciclana?”, “o que rolou com a beltrana?”


Uma hora a garrafa caiu pra mim e pra Karen, ela sorteou pergunta.
– porque você chegou chorando na casa do Rapha naquele dia? Você disse que brigou com as meninas, mas não disse o motivo, se importa?
– ah – ela olhou desconfiada – é chato falar disso, mas vocês estão sendo tão legais comigo que acredito que posso confiar em vocês – ela respirou fundo e continuou – A Mel discutiu comigo. Ela vive reclamando do meu peso, dizendo que nenhum cara me dá bola porque eu preciso emagrecer, eu fiquei triste porque ela é minha amiga, tinha que me dar força e não me magoar assim.


Liguei pra Natasha e ela falou a mesma coisa que a Mel e disse uma outra coisa ainda – ela nos olhou triste e falou – Que eu sou virgem porque estou acima do peso, nenhum cara iria me querer se eu não emagrecesse.

Nós ficamos nos olhando, os meninos se sentiram mal, pois sempre mangavam da Karen dizendo que ela era criança e na verdade ela só era retraída por conta as amigas que a colocava pra baixo. Eu levantei e a abracei, disse que ela não precisava nada daquilo e que podia contar conosco.
Continuamos jogando. O Caio fez a Carol tirar a blusa. O Felipe beijou a Débora, depois a Carol. O Rapha foi a mesma coisa, além da Karen. O Fê e o Rapha estavam só de cueca e o Bernardo, Lucas e o Caio de bermuda. Ai a garrafa caiu pra Carol e o Bernardo, ele sorteou pergunta.
– porque você ficava com a Mel se não gostava dela?
– porque a Mabi não me queria e ainda não quer – ele disse me encarando.

Todos se calaram, eu olhei pro Lucas e ele estava sério.
– quem disse que ela não te quer? – o Caio perguntou.

Olhei feio pra ele que se desculpou.
– se me quisesse não estaria com o Lucas – o Bê respondeu.
– ela não está comigo – ele rebateu.
– então, se me quisesse ela estaria comigo e não está.
– se você não fizesse tanta merda, a gente poderia estar juntos até hoje – eu disse seca pro Bernardo já irritada com as respostas dele.


– ok, vamos mudar de assunto. Cadê a tequila? Quero todo mundo sem roupa e se beijando – o Caio disse e todos riram.

Rodamos a garrafa e caiu pra mim e o Rapha. Sorteei roupa.
– ahhh não acredito... Que delicia! – ele gritou e todos riram – tira a blusa minha linda, tira – ele sorriu maliciosamente.

Tirei a blusa e fiquei de short e sutiã.
– joga pra mim, joga?! – o Rapha disse.
– vai te catar Raphael – eu falei brava.

Pergunta do Felipe pra Carol.
– você já fez sexo à três?
– posso te responder isso depois que a gente fizer – ela falou sensual.
– uouuuuuuuuu precisando do terceiro me avisem hein – o Caio disse interessado.

Todos rimos e ficamos mangando dela. O Lucas tirou o Bernardo que sorteou pergunta.
– você e a Mabi já transaram? – ele disse encarando o Bernardo.

Eu fiquei perplexa. Olhei pro Lucas com “cara de WTF?” e ele estava sério.
– boaa Lucas, essa é a pergunta que não quer calar – o Caio e o Rapha disseram.

O Bê me olhou e eu assenti com a cabeça.
– sim – ele disse seco.
– quando? – o Caio perguntou.
– sai fora Caio, é só uma pergunta – Bê disse.
– porra, fala pela metade, assim não dá – o Rapha falou e o Caio concordou.
– é, fala logo, que até eu to surpresa – disse a Débora.
– por mim vocês não precisam falar – disse a Karen.
– também acho, deixa a intimidade deles em paz – a Carol ficou irritada.
– ah Carol, ta todo mundo aqui se abrindo, falando baboseira e contando suas vidas, porque eles seriam exceção? – o Caio disse e o Fê concordou, ele não estava nada sóbrio.

Todos começaram a falar e ficou uma bagunça.
– já faz tempo – eu disse gritando e todos se calaram – eu e o Bernardo perdemos a virgindade juntos com 13 anos, satisfeitos?

Todos se olhavam e ficou aquele silêncio na sala.
– precoce! – o Caio disse pra mim e ninguém agüentou, todos caíram na risada – roda logo isso aí Deb.

A Débora tirou o Lucas que sorteou beijo. A Deb ficou olhando pras meninas e a Carol interrompeu.


– o beijo é na Mabi, claro, eles estão doidinhos por isso – falou olhando pro Bernardo que tava de cara feia.

O Lucas sentou perto de mim e ficou me olhando. Eu não agüentei e cai no riso.
– ahh deixem de graça, essa não é a primeira vez, vai logo! – Felipe gritou.
– não com tanta gente nos olhando né – eu estava sem graça.
– eu já me acostumei, sempre tem alguém olhando mesmo – o Lucas disse se referindo ao Bernardo.

Ele inclinou o corpo dele pra perto de mim e começamos a nos beijar. Puxou-me pela cintura e encostamos mais nossos corpos. O pessoal ficava contando 1 minuto pra cada beijo, pra não demorar muito e dar de brincar mais. Quando foi terminando o tempo, eles ficaram fazendo contagem regressiva. Em vez de parar o beijo, o Lucas deitou–se com o corpo em cima de mim e aumentou o ritmo do beijo. Todos ficaram bagunçando.
– querem um quarto não? – o Caio ofereceu.
– que Mané quarto, deixa minha irmã ai seu imoral – o Fê fingiu estar bravo.

Nós rimos e ele terminou o beijo me dando selinhos e descendo até meu pescoço. Eu estava vermelha de vergonha, se tivesse um buraco eu me enfiava ali na hora. Olhei disfarçadamente pro Bê e como sempre ele estava de cara fechada. Rodamos a garrafa e o jogo continuou. Já tínhamos virado vários copos de tequila e feito inúmeras perguntas imorais, até a Karen estava mais solta e brincando à vontade. Eu e a Carol estava de short e sutiã, a Deb estava de saia e top de ginástica, a Karen estava vestida por completo. O Caio fez a Karen tirar o short e em outra rodada o Felipe a fez tirar a blusa, ela hesitou e ficou fazendo drama.
– ai gente, tenho vergonha.
– a não Karen, não vale, ta todo mundo jogando... – a Carol reclamou.
– é, eu to só de cueca e não reclamei – o Caio tentou convencê–la.
– mas você não tem o corpo como o meu.
– claro que não, o seu é mais gostoso – ele piscou.


 


Ela corou e aceitou tirar a blusa. Ficou só de calcinha e sutiã, mesmo morrendo de vergonha. O que ela não tinha nem direito de sentir porque o corpo dela era lindo, bem mais bonito que o da Mel e da Nat, mas com certeza as piranhas fizeram a cabeça da menina. Assim que ela ficou de lingerie, o Caio a olhou dos pés a cabeça, assim como o Rapha, só que mais disfarçadamente. A Deb tirou o Caio que sorteou roupa. Ele hesitou, disse que não queria tirar, achávamos que era drama dele, brincadeira, mas depois de muito insisti ele disse que não ia mais brincar.
– deixa de graça Caio, foi você que começou a brincadeira – o Rapha tava puto.
– pow, me deixem, quero não.

Os meninos se olharam e voaram pra cima dele, o Bernardo e o Felipe seguraram pelos braços, o Lucas, as pernas e o Rapha tirou a bermuda dele. Nós só riamos. Quando abaixaram a bermuda deu pra perceber por cima da cueca que ele estava totalmente excitado. Os meninos o soltaram em uma velocidade luz. Ele ficou super sem graça.
– aê Karen hein – o Felipe zoou.

Ela corou. Nós caímos na risada e ele foi ficando vermelho.
– tenho culpa não se vocês são um bando de viadinhos – ele disse puto.
– viado não Caio, o interessado na Karen aqui é você – o Felipe respondeu.
– você ta interessado na Karen? – o Rapha perguntou surpreso.
– me errem suas bichinhas – o Caio disse sentando emburrado.

Continuamos rindo e mangando dele. O relógio marcava 4 da manhã e não tínhamos nem pretensão de parar a brincadeira, já tinha ido a garrafa de tequila e vodka, estávamos bebendo ice e os meninos cerveja. Todos os meninos estavam de cueca à exceção do Lucas. O Felipe rodou e a garrafa ficou entre a Deb e a Carol.
– e ai? – ele perguntou.
– as duas sorteiam oras – o Bê deu idéia.


Elas tiraram, cada uma um papel e nos dois saíram roupa. Todos riram. Elas se levantaram e tiraram o short juntas. A Carol, claro, fez uma dança sensual só de zoação, achamos foi graça e a Deb fez charminho. Depois que tiraram o Felipe ficou olhando pra duas.


– olha, ele não é viadinho não – o Caio mangou.

Olhamos e o Fê também estava bem excitado. A Deb corou e a Carol adorou, né?! Eu e a Karen nos acabamos de ri e ficamos tirando onda com a cara do Felipe.
– duvido que os dois ai não estejam também – o Caio disse pro Bê e pro Rapha.

Como estávamos sentados, o balcão escondia as partes da cintura pra baixo.
– era só o que faltava – a Deb disse sem graça – vamos brincar gente, não quero ver mais ninguém de pipi duro aqui.

Caímos na risada.
– pipi é Deb? – até o Lucas a zoou.
– mas eu quero vê – a Carol sempre safadinha.

Eu e ela corremos pra trás do Rapha e ele realmente estava. Quando ela foi com o Bê, eu voltei pro meu lugar.
– quer ver não Mabi? – ele me provocou.

O Lucas só olhou feio pra ele, eu me sentei, segurei na mão do Lucas e sorri.
– não o seu.
– tomaaaaaaaaaaaa – o Caio gritou – podia ter dormido sem essa hein Bernardo.
– aos velhos tempos – eu disse rindo.

Das meninas, só eu estava de short e sutiã. A garrafa caiu do Bê e pra mim. Tirei o papel de roupa e o pessoal me zoou. Olhei feio pra eles de brincadeira e levantei pra desabotoar o short.
– aê Lucas, agora me zoa vai – o Caio gritou – vamos tirar o short do Lucas também que eu quero que me...

O Bê o interrompeu, falando bem alto.
– não... O short não. Eu quero o sutiã, por favor – ele sorriu maliciosamente estendendo a mão.

Todos o olharam surpresos.
– ta doido né Bernardo? – eu disse furiosa.
– oxi, é o jogo... Se quiser ajuda...
– deixa de graça Bernardo, não tem ninguém sem roupa aqui – o Lucas se meteu.
– eu fico se você quiser, gato – o Bê provocou o Lucas.
– se fode Bernardo, sabe nem brincar.
– opa... Vamos com calma aí – o Felipe disse.
– to calmo Felipe, mas no jogo ela tem que tirar a peça que eu pedir, então... To esperando calmamente – o Bê sorriu.
– mas ela tem o short pra tirar ainda – a Deb comentou.
– por debaixo do short ainda tem a calcinha e calcinha por calcinha eu já a vi de biquíni – ele sorriu cinicamente.


– Bernardo, acho que você bebeu demais, já ta até soltando o diabinho que há dentro de você – o Rapha comentou rindo e todos riram.
– mas o que tem por debaixo desse sutiã você também já viu, né?! Então basta – a Carol falou pra ajudar.
– faz tempo, to precisando relembrar. Aliás, ta muito melhor agora.
– olha Bernardo, eu to sendo paciente, mas continua pra vê se eu não quebro a tua cara aqui – o Lucas estava irritado.

Ele se levantou pra ir em direção ao Bernardo e eu o segurei pelo braço.
– ta falando isso só porque é tua namoradinha, se fosse qualquer uma das meninas você estaria aproveitando – o Bê disse com sarcasmo.
– ela não é minha namoradinha, só acho falta de respeito com as meninas.
– se a Mabi tirar eu tiro também – a Carol falou séria.
– opa! Melhor ainda – Rapha riu.
– eu também tiro – a Karen e a Deb falaram.
– ok, ok podem tirar, ninguém aqui se importa mais com nada – o Caio falou todo feliz.

Todos riram, menos o Lucas que encarava o Bernardo com vontade de matá–lo.
– vocês estão de onda né? – o Lucas disse sério.

Eu não sabia o que fazer, fiquei pensando um pouco e pus as mãos nas costas pra desabotoar o sutiã.
– ah Mabi... Fala sério! – o Lucas se irritou mais ainda.

Olhei pra ele e ele estava realmente puto, achei melhor não tirar.
– já to indo gente – eu disse me levantando.
– ei, ei, espera... Tira logo o short então – o Bê resmungou.

Voltei e comecei a tirá–lo, e na hora me lembrei que eu estava com uma calcinha pequena. Putz! Mas não podia voltar atrás, iria dar mais confusão. Abaixei o short e me virei pra colocado em cima do balcão da pia onde estavam as roupas. Todos ficaram olhando, até as meninas, pelo menos a Deb e a Carol porque sabiam que eu não usava aquele tipo de calcinha.
– Uou! Se eu soubesse que tava tão bom, tinha pedido logo o short – o Bê disse com um sorriso no rosto.
– senta ai Mabi – o Lucas estava muito puto – e vocês estão olhando o que?
– concordo com o Bernardo – o Rapha disse e o Caio concordou.


– não conhecia essas lingeries aí não amiga – a Carol disse boquiaberta.
– nem eu – o Fê também estava surpreso.
– ai gente, é só uma calcinha, parem com isso – eu disse me cobrindo com as mãos.
– bem pequena por sinal – o Lucas comentou puto.
– bem gostosa isso sim – o Bê me encarava.
– cala boca aê Bernardo – o Fê disse bravo – piora não.
– ta ta, não falo mais nada. Mas posso perguntar uma coisa?
– diz ai – o Fê respondeu.
– ninguém vai querer ver minha cueca não? – ele disse cínico.

Os meninos riram.
– precisa não Bê, acho que já imaginamos – a Karen disse rindo.
– imaginou é? – ele piscou pra ela rindo.
– com certeza iria acontecer, né Bê?! Era obvio, acho que até eu to excitada com essa calcinha ai – a Carol zoou.

Eu fiquei sem graça.
– ah Carol, nem todos estão excitados né, só homens de verdade, frouxos não – Bernardo disse.
– ta a fim do que Bernardo? Quer brigar? – o Lucas disse super bravo.
– não Lucas, longe disso. Mas se a carapuça serviu.
– chega gente, parou – eu gritei e o Fê os acalmou.
– ok ok, acabou o show, roda logo isso ai – o Lucas cortou o clima.

A Deb rodou a garrafa e caiu pra ela e o Rapha, que sorteou beijo.
– a Karen – a Deb disse com um sorriso malicioso no rosto.
– de novo? Acho que já deu né? – o Caio deu crise de ciúmes.

Ficamos zoando ele, mas mesmo assim o Rapha e a Karen se beijaram. E ele ficou todo enciumado. E diga–se de passagem que beijou hein? O Rapha quase não deixa a Kaka respirar. Rolaram mais perguntas, bebidas e o Lucas tirou o short e o Bê o fez beijar a Débora, mas foi bem rápido e superficial. Todos reclamaram que nem língua eles usaram.
– ah gente, to cansada, a última rodada, ta? – a Carol disse com cara de sono.
– vamos tomar um banho de piscina? – a Deb perguntou.

Todos concordaram e o Rapha rodou a garrafa. Caiu pra ele dar o castigo pro Bê. Ele sorteou beijo. O Rapha nos olhou e ficou pensando.


– ah pow, sei lá, escolhe tu – o Rapha deu de ombros.
– quem de vocês? – o Bê perguntou pra gente.

Elas se olharam e nenhuma falava nada. Aí olharam pra mim com um olhar como se pedissem aprovação.
– o que? Tenho nada com isso não – eu dei de ombros – escolhe logo qualquer uma, Bernardo, quero ir pra piscina.
– já que tanto faz... – ele disse.

Ele se levantando e veio indo pro meu lado. As cadeiras em que estavamos são tipo de balcão de bar, aquelas que giram. Ele parou atrás de mim, virou a cadeira pra frente dele e me puxou pela cintura iniciando um beijo surpresa. Foi tudo tão rápido que não deu tempo nem de reagir. No começo eu resisti, coloquei meus braços em seu peitoral e empurrava, mas ele não me largava e aos poucos fui cedendo. Meus braços relaxaram e eu fui descendo as mãos no tórax dele. Ow delicia. Acabei-me entreguando ao beijo. Apesar dos meus sentimentos confusos, de saber se gostava dele ou não, o seu beijo ainda era bom. Os meninos fizeram contagem regressiva e ele foi parando o beijo com selinhos. Ao terminar ele apertou minhas bochechas com uma mão, fazendo minha boca ficar em forma de biquinho e cantou baixinho.
...minha linda flor, meu jasmin será, meus melhores beijos serão seus. ♪



Ele sorriu e me deu um selinho.
–você nunca deixou de ser gostosa – disse no final e foi pra piscina.

Eu fiquei sentada lá sem reação. O pessoal saiu pra piscina e ao dispertar, olhei pro Lucas e ele estava olhando para o outro lado. Fiquei parada ao lado dele, ele apenas levantou, pegou suas roupas e foi saindo. Eu corri atrás dele.
– Lucas... Espera.
– pra que Mabi?
– preciso falar contigo, por favor.
– falar o que? Pedir desculpas? Precisa não, foi o “jogo” né? – ele fez aspas com as mãos.
– você também beijou a Deb – eu dei de ombros.
– ah claro... – ele foi indo pra frente da casa – eu e a Débora já fomos namorados, nos amamos até hoje e eu to correndo atrás dela, soltando indiretas e dando em cima na cara dura, né?


– para Lucas, não foi nada disso.
– Mabi, entra.
– não, só volto com você.
– entra, por favor.
– não! – eu fiz bico.
– Mabi droga! Deixa de ser infantil.
– eu infantil? Dá-me um bom motivo pra entrar agora sem você.
– você de sutiã e calcinha minúscula no meio da rua do condomínio?

Eu nem tinha me tocado, entrei correndo e o puxei pela mão, sentamos no sofá e eu o olhei de um jeito safado.
– isso era pra você, sabia?
– era ou é? – ele fez cara de coitado.
– se você ainda quiser... – eu disse manhosa – mas antes preciso te pedir um favor – ele assentiu com a cabeça.
– não deixa nem o Bê e nem o Pedro fazer a gente brigar não, ta?

Ele nem falou nada, só concordou com a cabeça e me beijou. Eu nem havia colocado roupa e ele estava de bermuda. Levantei e me sentei no colo dele de lado, pus minhas pernas no sofá e continuamos o beijo que estava uma delícia. Minha mão direita eu passava nas costas dele e a outra agarrava na sua nuca, enquanto ele passava uma mão na minha coxa e outra na minha cintura.

– FELIPE NARRANDO –

Todos estavam na piscina zoando, menos a Mabi e o Lucas.
– o que te deu hoje Bernardo? – eu estava intrigado.
– acho que a bebida o libertou – o Rapha zoou.
– nada, por quê? – ele perguntou cínico.
– provocando a Mabi daquele jeito, o Lucas não gostou nada.
– problema dele, não me importo nenhum pouco. Eu gosto dela e quero ficar com ela, ele gostando ou não.
– é, mas ela tem que gostar né? – eu disse e ele sabia do que eu falava.
– no fundo ela gosta. Ainda fico com ela, vocês vão ver – ele retrucou.

Nem continuei o assunto, sai de lá e fui à cozinha pra pegar cerveja e ao entrar na sala percebi que os dois estavam no maior agarro no sofá, nem interrompi, peguei e voltei lá pra fora.
– Caio agora eu acho que precisaremos de um quarto.
– por quê? Pra quem?
– a Mabi e o Lucas estão no maior amasso ali no sofá, nem as roupas eles colocaram ainda – eu disse rindo.


– olha ai Bê, acho que o Lucas também não se importou nadinha com o beijo que você deu na Mabi – a Débora disse rindo.

Todos riram e ele fechou a cara.



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Autor(a): raquel_gomes

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– MABI NARRANDO – O sol já estava raiando. Quando olhei, levei um susto, disse pro Lucas que precisávamos ir, nos vestimos e fomos até a piscina de mãos dadas. – ihhhhhhhhh assumiram casal? – o Caio perguntou. – não – eu disse rindo. – acho que isso ai não vai pra frente não – o ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 60



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  • sharonvondy60 Postado em 13/11/2013 - 07:05:01

    A web Ja acabou Mahri '-' . acho que ela vai respostar em Cilada, Vc vai voltar a acompanhar ?

  • sharonvondy60 Postado em 13/11/2013 - 07:02:03

    Awn Ameiii o FiNal muito Lindo me emocionei ate por tudo ter acabado bem T..T Saudades agora "-"

  • mahri Postado em 12/11/2013 - 14:42:25

    Ela começou a postar cilada,mas perdeu os capítulos aí começou essa web,só que ela ta demorando mt pra acabar

  • sharonvondy60 Postado em 12/11/2013 - 14:29:43

    Cilada . essa Web ta aqui No site ? Menina Vc Sumiu, Vc ta bem pelo menos ? #volta logo.

  • mahri Postado em 10/11/2013 - 02:09:59

    Ei tava lendo a web cilada,só que não consegui ver o final pq deletaram, tem como vc me dizer se a Bah e o Rick ficao juntos?

  • sharonvondy60 Postado em 08/11/2013 - 05:01:44

    Hum, Ta CompLicada a historia Hein : /

  • mahri Postado em 07/11/2013 - 23:48:15

    Nosso Amor e Ódio Eterno... Vício

  • sharonvondy60 Postado em 07/11/2013 - 12:48:11

    Mahri : Kkkk... eu to lendo pela 2 Vez. Realmente a primeira Vez deles Foi Awnn Perfeita ? verdade o liu e um best Mesmo. Quem diria que o mateus ficaria com a beth ? eu gostei . pensei que a paula ficasse com um dos irmaos da larissa . e Eu pensava que o lucio era drogado, mas ja desconfiava que ele lutava por ai mesmo tbb . Ahhh

  • mahri Postado em 06/11/2013 - 00:45:46

    Sharonvondy60: não eu não tenho webs. Eu já li pela 3 vez terminei hj,eu amo o cap da 1 vez deles;não tem como não se apaixona pela web e não amar o Lúcio,fiquei com pena do Alex em relação ao filho,mas ele mereceu. Adoro o Liu um super amigo ele eu tbm adorava as cantadas baratas do Martins kkkkkk

  • sharonvondy60 Postado em 05/11/2013 - 15:05:08

    mahri : Voce tem Webs ?


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