Fanfic: Nem sempre o amor pode está certo. 1º Temporada e 2º Temporada | Tema: web novela

Os dias se passavam rápido e eu não gostava nada disso. Ainda mais agora que eu estava bem com a Tati. Obvio que preferia estar com ela no nosso apto, mas só de pensar no Fred cercando–a, já me deixava nervoso. Ela estava regulando nossos amassos por conta da minha mãe. Meu pai estava bem desconfiado, então ou esperávamos chegar tarde da noite para eles estarem dormindo ou quando eles tinham plantão. Mas claro que nem sempre eu agüentava. Tê–la por perto e não poder tê–la, era algo complicado.

Já era quinta-feira e meus pais não tiravam plantão há três dias. Eu não agüentava mais de vontade de beijá–la. Toda noite depois que todos dormiam e eu ia ao seu quarto, mas ela já tinha desmaiado de sono. Nesse dia apenas minha mãe ficaria de plantão. Meu pai foi para o expediente normal. Pra variar, ela tava lavando a louça do almoço que havia feito para nós.

– larga isso – falei me encostando dela por trás.

– não Bê, nem invente – ela disse se afastando.

– droga! – resmunguei – quero voltar pro apto – fiz um bico.

– sua mãe ficaria magoada – ela disse guardando o resto da louça.

– ainda temos quase duas semanas – bufei – vai ser assim?

– assim como Bê?

– eu sem poder te tocar, te beijar... – falei me aproximando dela e a abraçando.

– assim eu não resisto – ela disse sorrindo e eu beijei seu pescoço – só um pouco, ta? E nada mais que beijos. Teu pai pode voltar a qualquer momento.

– ele vai demorar, pode ter certeza – eu falei entre os selinhos – vem.

Puxei–a pela mão e fomos para o meu quarto. Ela se sentou na cama, mas eu fui me deitando por cima dela, beijando–a. Minhas mãos exploravam toda e qualquer parte do seu corpo enquanto ela movimentava a língua dentro da minha.

– é desse jeito que você quer que eu me contente apenas com beijos? – perguntei sorrindo.

– acho que eu também não resisto a você – ela disse me olhando séria.

– to começando a gostar disso – falei voltando a beijá–la.

Pus minhas mãos por dentro da blusa fina que ela usava e fui tirando.

– vamos deixar isso pra noite, ta? – ela disse abaixando a blusa e se sentando na cama.

– ah Tati, para pô – resmunguei jogando o corpo na cama.

– aí Bernardo, você fala como se eu só fosse importante pro sexo – ela disse chateada.

– não é isso Tati – bufei – mas você sabe que eu to morrendo de saudades de você – sorri com malicia e a puxei pela mão.

Ela caiu deitada na cama e revirou os olhos.

– tarado – ela disse impaciente – eu te avisei Bê. Aqui não.

Fingi que nem escutei o que ela falou e pus meu corpo sobre o dela, beijando–a em seguida. Ela pôs as mãos em minha nuca e passou a conduzir o encaixe de nossos lábios. Minhas mãos apertavam sua cintura e minha excitação era evidente.

– eu fico com você aqui, mas você precisa se controlar – ela disse parando o beijo.

– claro. Controle absoluto – falei voltando a beijá–la com emergência.

Alguns minutos se passaram e o beijo continuava. Eu já tinha me controlado o máximo que eu podia. Estava ficando difícil. Voltei a invadir sua blusa com minhas mãos que estavam na cintura dela e ela não reclamou. Subi até alcançar seus seios. Ela não usava sutiã e eu não me importei nenhum um pouco com isso. Desci os beijos imediatamente para os seios dela, brincando com minha língua neles. Entre as coisas que ela gemia, eu apenas entendia “Bê”, “não” e “para”. Então achei melhor ignorar. Ergui mais a blusa dela, tirando–a de vez. Em seguida tirei a minha e voltei a brincar em seus seios. Minha mão escorregou por dentro do shortinho de malha dela e invadi sua calcinha. Meus dedos brincaram com seu clitóris, fazendo–a contorcer–se mais ainda. Com a outra mão forcei o short pra baixo, tirando–o junto com a calcinha.

– fecha a porta – ela sussurrou enquanto eu desabotoava o meu short.

– relaxa Tati, não tem ninguém em casa – falei quando fiquei apenas de cueca.

Ela deu um sorriso torto e me deu um selinho. Abaixei a cueca e me deitei sobre ela. Eu a desejava tanto. Estava com tantas saudades, que pulamos a parte das preliminares. Encaixe–me entre suas pernas e a penetrei imediatamente, mas com todo carinho de sempre. Eu beijava seu pescoço enquanto ela gemia e eu movimentava meu quadril.

– Bernardo, eu...

Quando ouvi aquela voz, pulei rapidamente para o lado da Tati e nos cobri com o edredom.

– pai, o que o Sr. está fazendo aqui? – perguntei assustado.

– eu moro aqui Bernardo – ele disse já de costa para os dois – se vistam e desçam, porque eu quero saber o que está acontecendo por aqui – ele disse bravo e saiu do quarto fechando a porta.

Olhei pra Tati e ela parecia estar em choque, mas levantou–se da cama imediatamente e foi vestindo suas roupas de forma desesperada.

– Tati – a chamei, mas ela não me olhou – desculpa.

– desculpa Bernardo? – ela disse grosseiramente, fazendo eu me assustar – eu te falei várias vezes isso, hoje inclusive. E você dizia que não iria acontecer. Ta vendo agora? Como sou burra! Como sou burra! – ela repetia.

– calma amor – falei indo pra perto dela, mas ela andava para trás se afastando de mim – meu pai é tranqüilo.

– mas não é assim que as coisas funcionam – ela disse chorando – teu pai é amigo do meu. E se ele resolver ligar pro meu pai e dizer o que aconteceu?

– Tatiana, para – eu disse em tom de voz alterado – nós não fizemos nada demais. Somos maiores de idade e...

– mas a casa não é nossa! – ela berrou de volta – que vergonha! – ela chorava – como eu vou olhar na casa dos teus pais agora? – ela disse por último e saiu do quarto.

Vesti o short e a camiseta e fui até a sala. Ela não havia descido, mas meu pai estava sentado no sofá. Parecia estar desconfortável. Assim que ele pôs os olhos em mim, balançou a cabeça negativamente.

– já pensou se fosse tua mãe? – ele me disse olhando sério.

– desculpa pai, mas...

– Bernardo, já parou pra pensar se tua mãe pega vocês dois? – ele gritou – vocês moram sozinhos em um apto. Porque não fazem essas coisas lá?

– porque começamos há ficar um dia antes de vir pra cá – eu disse me sentando no sofá.

– e porque não esperaram até voltar pra lá? – ele perguntou indignado.

– 1 mês pai? – perguntei mais indignado ainda – o Sr já ficou 1 mês sem sexo?

– Bernardo! – ele me repreendeu.

– desculpa... – baixei a cabeça e cocei a nuca.

– olha... – ele abaixou a cabeça e apoiou os cotovelos nos joelhos – a casa também é sua, mas eu acho muita falta de respeito fazer esse tipo de coisa aqui.

– pai, eu não to trazendo mulher da rua aqui pra casa. É a Tati. A gente se gosta e...

– justamente Bernardo. A Tatiana é filha do Álvaro. Um amigo meu e de sua mãe. Imagine se ele fica sabendo disso? – ele perguntou nervoso – ele confiou em nós todos quando pôs a filha dele pra morar com o meu filho.

– tudo bem pai – respirei fundo – eu errei em transar com ela aqui, mas pra mim isso é não é nada demais. Se não fosse aqui, seria no apto. Nós nos gostamos, eu to apaixonado por ela e isso não vai mudar – falei como um desabafo – sexo não é o fim do mundo.

– vocês estão se prevenindo pelo menos? – meu pai me perguntou sério.

– então... – cerrei os olhos fazendo uma careta.

– ah não Bernardo! – ele exclamou furioso – isso já é burrice!

– calma pai, estamos sim – eu sorri, tentando ser convincente.

– ta falando sério? – ele me encarou desconfiado e eu assenti com a cabeça – tudo bem. Melhor então.

Assim que ele terminou de falar a Tati desceu as escadas com sua bolsa na mão.

– que isso Tati? – perguntei quando a vi.

– vou voltar pro apto – ela disse em pé próxima ao sofá – Sr Luiz, me desculpe pelo o que aconteceu. O erro não será repetido.

– ah Tatiana. Não precisa ir embora. Foi só um episodio falho – meu pai disse – se vocês prometerem se comportar, eu não falo nada pra Paula.

– eu prometo – falei de imediato.

– não promete o que você não cumpre – Tati disse me olhando brava e eu suspirei pesado.

– valeu por acabar com as chances de ficarmos juntos – falei baixinho pra ela.

– eu escutei Bernardo – meu pai disse – e sei que você não vai se comportar, mas pedi isso pra Tatiana.

– muito obrigada Sr Luiz, mas eu vou voltar mesmo. Sinto–me muito envergonhada por isso – Tati disse de cabeça baixa – não vou conseguir agir normalmente com o Sr. Mas queria lhe pedir uma coisa.

– peça – papai a olhou atento.

– não conte nada pro meu pai e nem pra dona Paula, por favor – ela disse nervosa – eu sinto muito em ter mentido pra ela, dizendo que eu e o Bernardo não tínhamos nada.

– realmente... Ela se chatearia muito – meu pai falou.

– ela iria encher o saco, isso sim! – falei – se duvidar iria por babá pra gente.

– então, vou esperar o táxi lá na frente – ela disse pegando a grande bolsa e me olhando feio – obrigada pela hospitalidade – disse abraçando meu pai.

– ah não Tati, para de coisa! – falei ficando de pé – fica poxa.

– não vou me sentir à vontade Bernardo – ela disse suspirando.

– pai, eu... – começaria a falar, mas ele logo me interrompeu.

– sua mãe não deixaria você voltar antes das férias pro apto – ele disse com as mãos nos bolsos.

– ela passa mais tempo na clinica do que comigo – resmunguei – não faz diferença eu aqui ou lá.

– deixa de ser criança, Bê – Tati disse me encarando – daqui 10 dias você volta.

– 10 dias é tempo suficiente pro Fred – sussurrei pra mim mesmo.

– hã? – ela perguntou.

– nada. Vamos lá pra fora conversar – falei pegando a bolsa dela e a puxando pela mão.

Quando chegamos ao portão, a olhei de braços cruzados.

– agora fala – pedi.

– o que? – ela me olhou confusa.

– vai fugir porque está com raiva de mim?

– não Bernardo, só estou muito envergonhada do seu pai. Desculpe–me, mas não tenho cara pra ficar os 10 dias aqui – ela disse indignada – e depois, você não sossega o fogo, vai acabar acontecendo de sua mãe nos pegar também.

– vai nada Tatiana – reclamei.

– meu deus! – ela exclamou – são menos de duas semanas, coisinha! – ela disse me empurrando e sorrindo – quando você voltar eu vou estar lá. Qual o problema?

– o problema é que eu não vou estar lá agora, mas o Fred, com certeza vai ta – falei emburrado.

– ah não. Não começa Bê – ela reclamou – estamos juntos, não estamos?

– e ele sabe? Não Tatiana – eu disse me alterando – você não quer contar.

– o que te faz pensar que eu tenho algo com ele? – ela perguntou com as mãos na cintura.

– o jeito que ele te olha. É obvio que ele é a fim de você – falei indignado por ela perguntar aquilo – e sem contar que o fato de você nos esconder pra ele, já me faz pensar inúmeras besteiras.

– claro, claro – ela riu irônica – eu fiquei meses chorando e sofrendo por ver você com aquela vagabunda, pra agora que nós dois ficarmos eu te trair com o Fred, né?

– então eu vou contar pra ele que estamos juntos – falei quase gritando.

– não! – ela gritou de volta.

– ta vendo? – eu ri – se você não me disser o porquê disso, nem fale mais comigo.

Ela suspirou fundo, agoniada.

– ele gosta de mim – ela disse com tom de voz baixo.

– eu sabia – falei rindo com ironia – e qual o problema disso?

– ele já se declarou pra mim, mas eu disse que não queria namorar, queria estudar... Enfim, não quis dizer que eu estava interessada em você pra ele não te contar. Achei que você só queria me usar nas horas vagas – ela deu de ombros.

– não acredito nisso – suspirei forte – ele sabia que eu estava a fim de ti desde o principio. Claro que ele não te contaria. Ele também estava interessado – abaixei a cabeça e cocei a nuca – e ele também sabia que você gostava de mim. Falso! – balancei a cabeça negativamente.

– eu o entendo – ela disse fazendo uma careta – ele sabia que eu gostava de você e sabia que você gostava de mim...

– é, com ele você é compreensivo – resmunguei com mais ciúmes do que raiva.

– ele foi meu primeiro amigo aqui Bernardo. Foi o Fred que me ajudou quando eu pensava com saudades na minha mãe, quando eu queria que meu pai se importasse mais comigo ou quando eu falava ao telefone com a minha avó e ficava carente – ela disse com os olhos cheios d’água – como amigos, ele é muito importante pra mim. Não quero magoá–lo.

– você poderia ter falado essas coisas pra mim – falei puxando–a para um abraço – eu também me preocupava com você.

– você estava ocupado demais levando a Suzana pro nosso apto – ela disse escorada no meu peito.

– desculpa... Mas eu não sabia. Você me tratava mal, me ignorava... – falei fazendo careta e ela se afastou para me olhar.

– é que eu gostava de você, mas já tinha percebido como você era galinha – ela disse rindo e me mostrou a língua.

– isso não vem ao caso agora – falei mudando de assunto – mas e agora? Vai contar pro Fred?

– sério Bê? – ela fez bico – tenho medo de perdê–lo.

– como reserva? – falei brincando, mas juro que pensei nisso.

– ah Bernardo! – ela resmungou séria – não acredito que você pensa isso de mim.

– to brincando Tati – falei rindo.

– não, não tem brincadeira nenhuma. Você deve pensar isso mesmo – ela disse brava – e era justamente assim que eu me sentia em relação à Suzana. Que eu era uma reserva dela quando você não a pegava.

– deixa de besteira Tatiana – falei vendo o taxi se aproximar.

– espero que a minha falta, ou melhor, a falta de sexo nesses dias, não seja suprida por ela também – Tati disse brava e entrou no táxi.

– ei... – falei, mas não deu tempo.

O táxi acelerou e eu fiquei bufando de raiva na calçada.

[...]

Na hora do jantar a briga fora inevitável.

– mas mãe... – eu reclamava.

– meu filho, você passa 10 meses do ano longe de mim, o que custa ficar até as férias acabarem? – minha mãe dizia chorosa.

– Bernardo, se esforça vai – meu pai disse piscando pra mim. Só ele sabia o motivo de eu querer voltar pro apto.

– droga, hein?! – resmunguei – a sra nem fica comigo.

– eu sei, eu sei – ela disse triste – amor, e se eu tirar uns dias da clinica pra ficar com o Bernardo em casa – minha mãe disse olhando para meu pai.

– não mãe, tudo bem. Não quero atrapalhar seu trabalho – falei de imediato e meu pai segurou o riso.

– mas eu quero isso. Sinto sua falta, filho.

Por fim, meu pai concordou em ela tirar uma semana de folga. Eu não acreditei naquilo.

– jantares, cinema, teatro, piscina, parque... – ela dizia empolgada – vamos fazer uma programação por dia filho.

– legal mãe – sorri torto e meu pai piscou pra mim.

Que legal! Que L–E–G–A–L!

Pensei.

[...]