Fanfics Brasil - Capitulo 126 Nem sempre o amor pode está certo. 1º Temporada e 2º Temporada

Fanfic: Nem sempre o amor pode está certo. 1º Temporada e 2º Temporada | Tema: web novela


Capítulo: Capitulo 126

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Depois que JP saiu do banheiro, lavou as mãos e procurou Raquel com os olhos. Avistou–a sentada em um banco conversando com um garoto. Chegou por trás dela e a abraçou, sentando de forma que ela ficasse por entre suas pernas.


–– pronto amor, vamos? –– disse dando um beijo no pescoço dela, que revirou os olhos.


–– JP, esse é um amigo da faculdade –– ela disse sorrindo –– e ele não é meu namorado, ok? –– disse para o amigo.


–– tudo bem –– ele riu –– vou indo então Raquelzinha –– o garoto lhe deu dois beijos e um cumprimento ao JP.


–– raquelzinha –– JP repetiu com voz de nojo e fazendo careta.


–– ah JP, estudamos juntos, nada a ver –– ela disse rindo.


–– não gostei dele –– ele mostrou a língua.


–– você não gosta de nenhum garoto que chega perto de mim –– ela revirou os olhos e saíram andando.


 


No meio do trajeto para voltar para a mesa, JP segurou Raquel pela cintura e a virou de frente, lhe beijando em seguida. Ela ficou surpresa, mas retribuiu ao beijo de forma calorosa. Estava morrendo de vontade daquilo. Pôs os braços em volta de seu pescoço enquanto ele lhe agarrava pela cintura.


–– pronto –– ela sorriu –– pode ir dormir feliz agora.


–– dormir? –– ele disse fingindo indignação –– com esse beijinho eu só posso ficar feliz por 5 minutos.


–– ta desprezando meu beijo, João Paulo? –– ela perguntou brava.


–– não, só to arrumando um jeito de conseguir mais –– ele disse com malicia.


–– leso –– ela riu e saiu andando.


 


Os dois chegaram à mesa e se sentaram. Olharam estranho o fato de a Carla estar ali conosco.


–– oi Carla –– JP franziu a testa e lhe cumprimentou com dois beijos.


–– oi João, oi Raquel –– Carla os cumprimentou.


–– então, vamos? –– Tati disse impaciente.


–– vai conosco Carla? –– Raquel perguntou andando ao seu lado.


–– ah não. Não quero ser vela –– ela riu –– só carona pra casa.


–– você não vai ser vela –– revirei os olhos e Tati me olhou feio.


 


Fomos em silencio até o carro. Liguei e sai dirigindo. Acabei que entrei em uma avenida e fui indo distraído enquanto ouvia  a Carla e a Raquel conversarem sobre a prova do estagio.


–– ah Bernardo –– Carla me chamou –– eu me esqueci de te falar o caminho.


–– que caminho? –– perguntei.


–– da minha casa –– ela disse como se fosse obvio.


–– eu sei –– respondi da mesma maneira que ela.


–– como sabe? –– Tati franziu a testa.


–– Ih... Puts –– JP exclamou e eu o repreendi olhando pelo retrovisor.


–– te deixei em casa uma vez –– falei pra Carla –– lembra não Tati? –– olhei pra ela.


–– ah sim, claro –– ela disse desinteressada, talvez lembrando que brigamos por esse motivo naquela ocasião.


 


Segundos depois o celular da Tati apitou. Era msg. Ela leu e guardou o aparelho.


–– quem era? –– perguntei mesmo já imaginando.


–– era mensagem –– ela disse sem me olhar.


–– não perguntei o que era e sim quem era –– falei a olhando, mas sem querer ser rude.


–– eita! –– ela exclamou –– calma estressadinho –– disse quebrando o clima –– era o Fred.


–– e quem ligou àquela hora? –– insisti.


–– o Fred, Bernardo –– ela revirou os olhos.


–– ótimo –– falei irônico –– quer que eu te deixe no apto dele?


–– ô! Estamos aqui –– o JP disse –– para de brigar aí, caramba!


–– diz isso pro teu amiguinho aí JP –– Tati falou irritada.


–– me dá esse celular Tatiana –– estirei a mão e esperei ela me entregar, mas ela não me deu.


–– pra que? –– ela perguntou assustada.


–– me dá, por favor –– falei sem olhá–la.


 


Ela me entregou o aparelho e eu desliguei, pondo dentro do porta luvas do carro.


–– enfim, teremos sossego –– falei sorrindo cínico.


–– nem tanto –– ela disse irônica e eu sabia que se referia a Carla.


 


Quando me lembrei da Carla, freei o carro, encostando a calçada mais próxima.


–– Carla, passamos do teu apto –– falei olhando.


–– é, passamos –– ela disse chupando o guaraná pelo canudinho.


–– você nem me lembrou –– comentei e voltei a dirigir.


–– não quis interromper –– ela disse entortando os lábios.


–– tudo bem. Vou dar um jeito de dar o retorno –– comentei.


–– Bê, pra onde nós vamos? –– Raquel perguntou encostando a cabeça no peitoral do JP.


–– não sei –– falei distraído com o transito.


 


Nesse mesmo momento meu celular tocou. A Tati pegou do porta treco e olhou o identificador.


–– Mabi –– ela disse e foi logo atendendo.


–– pode atender sim Tati... –– falei irônico e os três riram.


 


Tati conversou um pouco com a Mabi e desligou.


–– ela ta chamando pra ir lá no condomínio –– Tati disse –– estão sentados na calçada da sua casa, ouvindo musica... –– ela começou a falar.


–– no carro, bebendo e comendo pizza –– falei sorrindo e recordando.


–– isso –– Tati concordou –– quer ir lá?


–– se vocês não se importarem –– falei parando o carro e olhando pra eles, que disseram não –– quer ir Carla?


–– ah, não sei, porque to sobrando aqui... –– ela estava falando.


–– e vai sobrar lá também, porque só tem casal –– Tati disse a interrompendo.


–– nossa Tatiana, para de tratar a menina assim –– JP chamou sua intenção.


–– desculpa –– Tati revirou os olhos e virou–se pra frente.


–– vamos lá então –– falei sorrindo –– saudades daquela época –– comentei com um sorriso bobo.


–– saudades da época ou do que fazia naquela época? –– Raquel perguntou bagunçando.


–– ou de quem namorava? –– JP disse gargalhando.


–– ôu! –– Tati reclamou.


–– foi mal amiga –– Raquel disse tampando a boca.


–– to entendo nada –– Carla falou com cara de dó.


 


Raquel, que sentava no meio, pôs a boca no ouvido de Carla e sussurrou, sem que Tati ouvisse.


–– sabe a Mabi? –– ela perguntou e Carla assentiu –– Bernardo a namorou por muitos anos. Mas depois de muito rolo eles voltaram a ficar, só que ela tava gostando de outro... enfim. Ela namora um amigo do Bernardo, mas acho que ele ainda a ama. É o que todos dizem... –– Raquel explicou.


–– hum... –– Carla murmurou.


 


Minuto após entrei com o carro no condomínio. Estacionei na entrada na minha garagem e começamos a descer.


–– não acredito! –– Mabi berrou, acho que ela já tinha bebido –– Bê –– ela abriu os braços e correu até mim, se jogando no meu colo.


–– oi pequena –– falei pegando–a no colo e lhe beijando no rosto.


 


Ela prendeu as pernas dela na minha cintura e as mãos em meu pescoço. Depois de tempinho ela soltou as pernas e se afastou de mim.


–– que bom que você veio –– ela disse atropelando as palavras.


–– começaram a beber cedo, hein?! –– falei reparando que ela tava um tanto bêbada.


–– preciso fazer xixi –– ela fez uma careta e foi se afastando.


–– vai lá –– falei balançando a cabeça e rindo.


 


Ela saiu andando, parou e olhou pra trás percebendo a Tati ali.


–– Tati, amiga –– ela gritou e abraçou–a quase derrubando–a no chão.


–– oi Mabi –– ela disse rindo enquanto tava abraçada na Mabi.


–– vem aqui comigo –– ela saiu puxando a Tati pra dentro de casa.


 


Eu sorri e me aproximei do banco e das cadeiras. A Carol, Karen e Deb vieram falar comigo. A Karen e Deb me deram um beijo no rosto e a Carol abriu um sorrisão quando me viu.


–– que saudades! –– Carol disse me abraçando forte.


–– você também ta bêbada? –– perguntei rindo.


–– ainda não –– ela disse apontando para um isopor próximo –– mas pretendo –– ela riu e eu também.


–– eu tava com pena do Lucas, agora to começando a ficar com pena do Felipe também –– comentei cerrando os olhos.


–– pena por quê? –– ela disse erguendo as sobrancelhas –– ele vai aproveitar muito meu porre –– ela piscou com malicia e eu fingi estar chocado.


–– você não presta mesmo –– eu ri.


–– gente, vocês que não conhecem, esses são: JP, Raquel e Carla –– apresentei todos.


–– Débora, Karen e Carol –– a Carol disse cumprimentando o pessoal.


 


Depois de todos os cumprimentos fomos nos sentar. Como não tinha muito lugar, a Raquel se sentou em uma cadeira vaga, a Carla ao meu lado no banco e o JP ficou de pé.


–– cadê os machos de vocês? –– perguntei observando que não havia nenhum ali.


–– Rapha e Caio foram trocar pneu do carro dos pais do Rapha que furou na estrada do sitio –– Deb explicou –– o Lucas foi pra casa tomar banho, né Carol?


–– é –– ela respondeu mexendo no isopor  –– ele teve aula hoje à tarde, foi comer e tomar banho.


–– e o Felipe? –– perguntei.


–– aquele ali? –– Karen disse mostrando o Felipe saindo de casa.


–– ah não... Olha quem resolveu aparecer –– era o Felipe gritando pra mim.


 


Mas antes que eu pudesse me levantar ele pulou nas minhas costas.


–– fala viadinho! –– falou rindo.


–– aí caralho –– reclamei, derrubando–o no chão.


–– porra, eu tava todo cheirosinho pra Carol e você me joga no chão –– ele reclamou levantando, fazendo as meninas rirem.


–– preço da saudade –– falei sentando de novo.


–– pega aí Bê –– a Carol esticou uma cerveja pra mim –– vocês querem? –– perguntou pros outros.


 


O JP e a Carla pegaram uma cerveja e o Felipe deu um gole na da Carol, sentando–se no colo dela depois.


–– você bebe Carla? –– perguntei vendo–a abrir a lata.


–– não costumo –– ela respondeu sem me olhar –– mas vou abrir uma exceção hoje já que estou de carona –– ela olhou pra mim e sorriu.


–– eu também estou de carona hoje –– falei olhando cínico pra Raquel que não estava bebendo.


–– ah não –– ela riu quando entendeu –– me dá uma latinha aí também.


–– a Tati leva o carro –– Felipe comentou.


–– ela não sabe dirigir –– eu falei.


–– dorme ai no teu pai pô –– ele disse indicando a casa –– quando os meninos chegarem vamos lá pra casa do Rapha beber na piscina. E se você for embora eu nunca mais falo contigo –– ele fez bico, me fazendo rir.


–– ah dá pra dormir aí não –– comentei –– tenho que deixar a linda donzela em casa hoje ainda. Sã e salva –– falei olhando pra Carla ao meu lado e dei um sorriso bobo.


 


Ela deu um sorriso sem jeito e quando eu voltei olhar pra frente o Felipe me olhava com as sobrancelhas erguidas. Eu fiz uma careta pra ele que balançou a cabeça negativamente com um sorriso malicioso nos lábios. Ainda bem que a Raquel estava conversando com a Karen, a Carol e a Deb. Apenas o JP havia prestado atenção.


–– será que meus velhos tão aí? –– perguntei.


–– o tio Luiz saiu daqui umas 8 da noite, disse que tinha plantão –– a Carol comentou –– ele até perguntou se você viria pra cá, ai a Mabi disse que ia ligar.


–– hum... –– murmurei e me levantei –– vou dá uma olhada lá.


 


Fui até ao portão e empurrei, ele nunca ficava trancado mesmo. Rodei a chave na fechadura e girei a maçaneta. Pelo visto não tinha ninguém em casa mesmo. fui até os quartos e estavam vazios. Entrei no meu e acendi a luz. De lá deu pra ver a Tati e a Mabi conversando enquanto a Mabi passava um treco no corpo. Ela deveria ter tomado banho. Desliguei tudo e fui pra sala. Peguei o telefone e liguei pra minha mãe.


 


–– oi amorzinho, mamãe não pode falar agora porque to cheia de pacientes. Mas mamãe te ama, ta? –– ela disse ao atender o celular.


–– também te amo mãe –– revirei os olhos.


–– ta bom bebê. Beijos –– ela disse já desligando o celular –– ei –– ela gritou –– você ta ligando ai de casa? –– perguntou surpresa.


–– é –– eu ri –– vim pra casa do Rapha e resolvi dar uma passada aqui.


–– ô filho, eu e seu pai só voltamos amanhã pra casa. Plantão... –– ela começou a se explicar.


–– eu sei mãe, eu sei –– interrompi –– só pra avisar que eu e mais 4 amigos vamos dormir aqui, ta?


–– tudo bem, mas não baguncem a casa, viu?


–– ta mãe –– falei com tédio, pois já sabia das ordens.


–– e nada de sexo nos móveis da casa –– ela disse sussurrando.


–– beijos mãe –– desliguei rindo.


 


Fechei a casa toda e voltei lá pra fora. A Tati e a Mabi também estavam voltando. O JP estava sentado no meu lugar, mas nem reclamei. Parei ao seu lado, me escorando no muro e ele me olhou.


–– você bem que podia me deixar sentar ai, né Raquel? –– JP disse pra ela fazendo bico.


–– fique a vontade –– ela se levantou fingindo não ligar.


 


O JP se sentou na cadeira e esticou a mão pra Raquel. Eu aproveitei e sentei ao lado da Carla de novo.


–– to bem de pé –– ela disse esnobando–o.


–– ô raquelzinha, faço questão –– ele JP fazendo cara de coitado.


–– garoto chato –– ela resmungou e foi até ele, se sentando.


–– reclama, mas gosta, né? –– Tati disse rindo e parou na minha frente, sentando no meu colo em seguida.


–– enche não Tatiana –– Raquel deu de ombros.


–– você estuda lá na facul, né? –– Mabi disse olhando para Carla.


–– hurum –– ela disse assentindo com a cabeça –– te conheço de lá também.


–– ah sim... Você paga matéria comigo e com Bê, né? –– Mabi perguntou se sentando no colo da Karen.


–– é... Todas as disciplinas do Bernardo, acho que ele paga comigo, né? –– ela perguntou pra mim.


–– é. Acho que são 5 –– eu disse pensando.


–– essa faculdade ta bem servida de mulheres bonitas, né? –– Felipe comentou com um sorriso e a Carol lhe deu um beliscão –– ai Carol –– ele resmungou olhando pra ela que sorria pra Carla.


 


A Tati passou os braços em volta do meu pescoço e me olhou.


–– vê se não vai beber muito –– ela disse pra mim –– porque ta todo mundo bebendo e eu não sei dirigir.


–– vamos dormir aí em casa, pode ser? –– falei encarando–a.


–– por mim –– ela deu de ombros.


–– e você Carla? –– perguntei olhando pra ela.


–– o que? –– ela me olhou e perguntou.


–– dormir em casa –– falei –– essa casa ai de trás é dos meus pais. Se ficarmos muito bêbados, melhor ficar por aí.


–– por mim não tem problema não Bernardo. Se todos toparem... –– ela disse também dando de ombros.


–– o JP e a Raquel vão ficar no quarto de hospedes –– eu disse piscando pra ela que riu.


–– e nós vamos ficar no teu quarto, né? –– Tati disse manhosa em um tom de voz baixo no meu ouvido que me deixou arrepiado.


 


Eu nem respondi pra não dar corda pra ela. Juro que se a Tatiana resolvesse me provocar naquela situação, eu ficaria com raiva. Primeiro porque eu tinha certeza que ela só me provocou por causa da Carla que estava ali e segundo que já não bastava ela estar no meu colo? Eu to na seca há dias. Uns minutos depois o Lucas chegou e em seguida o Rapha com o Caio. Cumprimentamos todos e fomos pra casa do Rapha. As meninas foram logo pondo musica e guardando as bebidas na geladeira. O Felipe chegou pra mim e disse que precisava de mais gelo e o Caio queria bebida quente.


–– eu to cansado de dirigir –– Rapha disse jogado no sofá.


–– eu também to mortão –– o Caio disse –– pneu dos teus pais poderia ter furado mais perto, né? –– ele disse olhando feio pro Rapha.


–– relaxa amor, depois eu te faço uma massagem –– Rapha disse passando a mão na perna do Caio, que puxou fingindo indignação.


–– vai me achando fácil, vai... –– Caio virou a cara e nós rimos.


–– borá lá Bernardo? –– o Lucas me chamou.


–– vou também –– Felipe disse –– querem alguma coisa? –– ele perguntou pras meninas.


–– chocolate –– Carol disse.


–– e sorvete –– Mabi falou empolgada.


–– e calda de sorvete também –– Carol falou em seguida.


–– hum... Isso ta me dando idéias –– Felipe disse puxando a Carol pela cintura e lhe beijando no pescoço.


–– credo, vocês tão no cio, é? –– Caio fingiu estar envergonhado –– a mulher de vocês não dá todo dia não, é? A minha dá –– ele disse serio.


 


A Deb deu um tapa no braço dele e ficou envergonhada, mas era tarde demais, todo mundo estava rindo. Aproximei da Tati e lhe dei um selinho.


–– alguma coisa? –– perguntei.


–– não –– ela deu de ombros –– aliás, refrigerante. Vou beber com vodka –– ela disse sorrindo.


–– beleza –– concordei –– e você Carla?


–– nada não, valeu –– ela deu de ombros.


–– cadê minhas chaves? –– perguntei pondo as mãos nos bolsos.


–– eu as vi na cozinha –– Mabi disse indo até lá.


 


Eu fui atrás dela. Estavam sobre o balcão.


–– Bê, e amanhã? Ta de pé? –– ela perguntou sobre o jantar da Tati.


–– ta sim... Falou com o Lucas? –– perguntei.


–– ele reservou o restaurante e o motel –– ela disse baixo –– mas a reserva do restaurante é só até as 8 hs, ta?


–– beleza –– falei sorrindo e ela riu e abaixou a cabeça –– o que foi? –– perguntei erguendo as sobrancelhas.


–– como as coisas mudam, né? –– ela comentou –– ano passado, eu lembro que você me agarrou aqui nessa cozinha. Você roubou meu morango –– ela disse rindo ainda –– me deu um beijo bem gostoso e ainda queria que eu decidisse entre você e o Lucas –– ela abaixou a cabeça, provavelmente envergonhada.


–– eu lembro mesmo –– falei sem jeito –– mas agora estamos aqui novamente. Você feliz com o Lucas e eu tentando salvar meu namoro.


–– ah Bê, não fala assim –– ela me deu um tapa –– vocês vão ficar bem.


–– tomara –– sorri e lhe dei um beijo na testa.


–– amanhã ta de pé, né?! –– ela perguntou esperançosa.


–– claro... Mas como eu vou fazer? –– perguntei confuso –– eu aviso?


–– claro que não Bernardo –– ela revirou os olhos –– marquei o restaurante para às 8 h, ai quando tiver perto do horário, você diz a ela pra se arrumar. Certo?


–– bem pensando... –– falei confuso com tudo isso.


–– vai ser incrível –– ela disse pulando de felicidade –– meu celular –– ela disse tirando do bolso –– é o Di, vou mandá–lo vir pra cá.


–– e eu vou lá comprar bebida, ta? –– disse acenando com a mão.


 


Sai e encontrei os meninos na sala. Entramos no carro e fomos direto pra distribuidora.


No caminho conversávamos sobre as garotas.


–– e aquela garota? –– Felipe perguntou com malicia.


–– quem? A Carla? –– franzi a testa.


–– quem mais seria? –– Lucas revirou os olhos.


–– o que tem? –– perguntei fingindo não saber do que se tratava.


–– gata, né? –– Felipe disse sorrindo.


–– muito –– concordei.


–– e você não aprende a ficar com uma só mulher, né? –– Felipe falou me olhando de lado.


–– mas eu to só com a Tati –– eu disse com voz de tédio.


–– eu vi a troca de sorrisos, viu?! –– ele falou sorrindo.


–– que troca? –– Lucas ergueu as sobrancelhas.


–– ih perdeu manezão! –– Felipe disse zoando–o –– os dois trocaram sorrisos e olhares lá na calçada.


–– não troquei nada com ninguém Felipe. Não viaja –– revirei os olhos –– basta a Tatiana com o ciúme possessivo dela.


–– vocês estão melhor? –– Lucas perguntou parecendo receoso por falar na frente de Felipe.


–– não –– respondi frio.


–– foi mal aí –– Lucas disse erguendo a mão e jogando o corpo no banco de trás.


–– não, pô, não quis ser grosso... –– falei tentando consertar –– mas é que isso tem me irritado tanto, sei lá. Espero que a idéia da Mabi amanhã dê certo.


–– vocês tão brigados? –– Felipe perguntou curioso.


–– é... Tem um melhor amigo dela atrapalhando a gente... Ele me tira do sério, mas deixa esse assunto pra lá. Nem quero pensar naquele idiota –– resmunguei –– e eu ainda fui amigo dele –– falei lembrando.


–– você sempre tem um amigo querendo roubar a tua mulher, né?! –– Felipe disse segurando o riso e olhou para o Lucas que lhe deu um empurrão.


–– ta ficando pior que o Caio, hein?! –– falei rindo do que ele havia falado, pois fazia sentido.


–– cuidado, que o Lucas conseguiu, viu?! –– Felipe piscou pra mim ainda dando gargalhadas.


–– vai te foder Felipe –– resmunguei irritado.


–– calma pô, to só zoando –– ele disse acalmando o riso.


–– nem teve graça –– Lucas disse fazendo careta –– hein Felipe, já falou pro Bernardo da festa?


–– que festa? –– franzi a testa.


–– vai ter calourada no final de semana que vem lá da minha faculdade –– ele disse –– a galera toda vai. E ai? Topas?


–– hum... É, acho que vou sim –– falei sorrindo de lado. Sinceramente? Nem tava muito a fim de ir.


–– você que sabe –– Felipe deu de ombros –– se quiser, só avisa que combinamos a hora e o local lá. E é open bar, viu?!


–– bom... –– falei entortando a cabeça pro lado –– gostei dessa parte –– eu ri um pouco mais animado.


 


Compramos as bebidas, sorvete, chocolate, calda de chocolate, salgadinhos e também pizzas e logo voltamos pra casa do Rapha. Entramos pelos fundos da casa por causa das cervejas e do gelo. Acabamos nos deparando com o pessoal na área de fora da casa. Tocava um som baixo e todos pareciam alegres, conversando bastante. Mabi, Carol e Karen estavam na piscina de biquíni. Tati estava sentada na borda e Caio ao seu lado com Deb em uma cadeira atrás. A Raquel e o JP estavam mais afastados, trocando beijinhos. Acho que tinham se acertado. Fiquei feliz. O Rapha estava na cozinha arrumando umas bebidas e a Carla... Bom, senti falta da Carla, mas fiquei com medo de perguntar e a Tati se sentir mal. Já que o Felipe tinha comentado aquilo no carro comigo, os outros também poderiam ter percebido.  Cheguei lá com o Rapha e pus as ices no congelador, já que a cerveja ocupou todo o isopor.


–– compraram bastante, né? –– ele comentou.


–– dizendo o Felipe que vai ficar até de manhã –– falei dando de ombros.


–– ah claro, e eu não durmo não, né? –– Rapha disse indignado e eu ri –– e você, bebendo aí, quem vai dirigir?


–– vamos ficar na casa dos meus pais. Eles estão de plantão mesmo –– falei dando um gole na ice.


–– você e quem? –– ele cerrou os olhos.


–– eu, Tati, JP, Raquel e Carla... –– falei estranhando a pergunta dele.


–– tua casa só tem 2 quartos além do quarto dos teus pais. Você vai dormir com o JP e as meninas no de hospedes, é? –– ele perguntou rindo.


–– engraçadinho –– forcei um sorriso –– vou deixar o quarto de hospedes pro JP e pra Raquel. Eles merecem –– pisquei pro Rapha que riu.


–– e vai dormir com as duas? –– ele perguntou olhando discretamente lá pra sala –– ela é gata –– ele disse sorrindo.


–– ela quem? –– perguntei fingindo nem saber.


–– a Carla. É Carla, né? –– ele perguntou confuso.


–– sim. Carla –– falei erguendo as sobrancelhas.


–– ela é bem na dela, mas é muito linda –– ele disse enquanto cortava uns limões.


–– gostou mesmo dela, hein?! –– falei me irritando não sei nem porque –– vou dizer pra Karen.


–– ixi, já com ciúmes? –– ele perguntou surpreso, mas rindo –– ta pegando? Achei que tava sério com a Tati.


–– não to pegando –– falei indignado –– nenhuma das duas, pra ser sincero –– fiz uma careta –– eu e a Tati não estamos bem, mas não quero falar disso.


–– certo –– ele sorriu –– mas se precisar, to aqui –– ele pôs limão no copo com vodka e açúcar.


–– valeu –– dei um meio sorriso –– vou lá com o pessoal.


 


Peguei minha ice e sai dali andando tranquilamente. Quando passei pela sala pra ir à área externa, reparei que o Diego e Carla estavam conversando no sofá. Parei e os olhei surpreso. Ela sentava normal, com as pernas cruzadas e uma bebida na mão. Ele estava com uma perna embaixo do corpo e sentado de frente pra ela. Os dois conversavam e riam. Aproximei deles e joguei meu corpo no sofá a frente deles.


–– buenas –– falei sorrindo.


–– e ai Bernardo?! –– Diego me cumprimentou esticando a mão e eu dei um toque rápido.


–– beleza? –– perguntei dando um gole na ice.


–– sim e contigo? Ta melhor com a mulher? –– Diego perguntou sorrindo e reparei que Carla olhava pra ele.


–– na mesma –– dei de ombros –– e você, o que faz aqui?


–– ah, liguei pra Mabi pra perguntar uma coisa da faculdade e ela acabou me chamando pra vir –– ele disse mantendo o sorriso.


–– ah sim –– balancei a cabeça concordando –– ela me ligou, já tava bêbada –– revirei os olhos e o Diego riu.


–– só pra variar, né? –– ele disse mantendo a risadinha.


–– e vocês vieram juntos? –– ele perguntou pra Carla.


–– é... Fui comprar um guaraná e eles estavam na praça –– ela explicou –– ai aceitei carona –– Carla sorriu antes de dar um gole na bebida que tinha em mãos.


–– carona... hum, sei –– Diego disse me olhando e eu fiz cara de tédio diante a malicia dele.


–– ai a Beatriz ligou e acabei topando vir –– ela continuou –– mesmo não conhecendo ninguém, me senti bem aqui. O Caio e o Raphael são engraçados –– ela riu.


–– Caio não presta –– falei me lembrando das merdas que ele falava.


–– acho que ele melhorou foi muito com a Deb –– Diego disse balançando a cabeça negativamente com um sorriso nos lábios.


–– e você Diego, como está lá no apto? Sozinho? –– perguntei com malicia de propósito.


–– sozinho, acredita?! –– ele fez bico e olhou pra Carla.


–– não acredito não –– sorri cínico pra ele.


–– pois acredite... Pois estou sozinho e abandonado, à procura de uma mulher pra cuidar de mim –– ele continuou o drama e eu revirei os olhos.


–– tadinho... –– Carla riu –– logo você arruma uma lá pela faculdade –– ela piscou pra ele.


–– é, logo arrumo –– ele suspirou fingido.


–– mas é dramático –– brinquei –– e as corridas? –– falei mudando de assunto.


 


Na verdade, perguntei só por perguntar mesmo, pois não estava nenhum pouco interessado no assunto. Passaram alguns minutos e eu continuava ali batendo papo com os dois. A Carla começou a falar mais do que o Diego, então comecei a perceber que alguma coisa ele iria tentar ali. Parecia que minha presença estava incomodando. Logo a Tati se aproximou.


–– ta fazendo o que aqui Bê? –– ela disse se sentando no meu colo.


–– ah, conversando –– dei de ombros.


–– então vem aqui pra fora comigo –– Tati disse manhosa.


–– sério? –– perguntei fazendo careta.


–– ah amor –– ela me deu um beijo no pescoço e falou ao meu ouvido –– queria ficar contigo –– depois me olhou fazendo bico.


–– você andou bebendo demais, não acha? –– perguntei em um tom baixo, só para ela.


–– um pouquinho só –– ela piscou animada –– vou ao banheiro e quando voltar a gente vai ficar juntos, ta? –– disse se levantando e me dando um selinho.


–– ta amor, eu vou lá pra fora com você –– sussurrei pra ela e retribui ao selo.


 


Assim que ela se afastou Diego me olhou sorrindo com ironia.


–– vai ficar com tua namorada, rapaz! –– disse em tom de brincadeira –– aproveita pra fazer as pazes.


–– nossa, não sabia que você estava tão preocupado com meu namoro –– falei irônico.


–– torço mais do que você imagina –– ele disse sorrindo cínico.


 


Ergui as sobrancelhas pra ele e percebi que Carla ficou constrangida com a situação.


–– melhor irmos todos lá pra fora, né? –– ela disse –– vai que o dono da casa se incomoda.


–– não... –– Diego disse olhando–a –– ele nem liga –– deu de ombros.


–– mas se estão todos lá, melhor nos juntarmos à eles –– ela disse olhando para Diego e depois pra mim.


–– ta fugindo de mim? –– Diego perguntou sorrindo de lado.


–– porque eu fugiria? –– Carla perguntou franzindo a testa, mas com um sorriso nos lábios.


–– bom saber que não fugiria –– ele piscou e ela abaixou a cabeça, provavelmente constrangida e depois me olhou sorrindo.


–– atrapalho alguma coisa aqui? –– perguntei diante toda aquela cena.


–– não –– Carla disse imediatamente.


–– sim –– Diego disse junto com ela –– não? –– ele a olhou e franziu a testa.


–– sim? –– ela perguntou logo em seguida.


–– bom... –– suspirei confuso –– de qualquer forma, vou pegar uma bebida e esperar a Tati lá fora –– falei saindo.


 


Peguei uma cerveja e me sentei em uma cadeira de plástico. Eu não estava com ciúmes, claro que não. Obvio. Que não. Enfim. O Diego estava interessado nela, era visível e estava bem evidente também que ele estava aproveitando o clima de bebida e iria “cair matando”. Bastava saber se a Carla iria querer. Fiquei com aquilo na cabeça até a Tati chegar. Ela me abraçou e me deu um selinho.


–– vou entrar na piscina –– ela disse –– vem?


–– de roupa, né? –– perguntei cerrando os olhos.


–– claro Bernardo –– ela riu revirando os olhos –– vem comigo. Tira só a camisa e vem...


–– ah, não sei –– falei dando outro gole na cerveja –– não queria ficar todo molhado.


–– ah Bê –– ela fez um biquinho –– qualquer coisa a gente vai até tua casa e troca de roupa –– Tati falou com um sorriso malicioso nos lábios.


–– hum... É? –– perguntei interessado –– boa idéia, mas vê se não exagerar na bebida, viu? –– falei.


–– vou beber na medida certa –– ela piscou e saiu para a piscina –– não esquece que vou te esperar lá dentro –– disse se referindo à piscina.


 


Ela pulou com o pessoal e ficou lá rindo e bebendo. Eu senti que aquela noite nós acertaríamos. Ela ficava mais solta sempre que bebe e o fato de eu ainda estar com seu celular, desligado, não nos faria brigar pelo Fred hoje. Queria que tudo desse certo para que a surpresa de amanhã faça nosso namoro voltar como era antes. Não sei antes do que, porque sempre brigamos. Fiquei a observando dentro da piscina enquanto ela dividia um copo com bebida vermelha junto com a Raquel que estava na borda. Voltei meu pensamento naquela noite em que transamos dentro do meu carro depois de uma balada. Uma das melhores transas nossa e ela estava bêbada. Ri to meu pensamento, terminei a cerveja e me aproximei da piscina. Todos estavam lá dentro. Caio, Rapha, Felipe, Lucas, Mabi, Karen, Deb, Tati, Carol... Enfim, todos. Até JP e Raquel que estavam na borda, abraçados.


–– que casal lindo –– falei zoando.


–– nada de casal aqui –– Raquel disse mostrando a língua.


–– por enquanto –– JP sussurrou e eu ri;


–– ô Bernardo, trás umas ices pra gente lá de dentro –– Rapha gritou.


–– escravidão já passou, viu?! –– resmunguei.


–– quem manda ser o único seco aqui –– o Caio deu de ombros, mangando.


–– fazer o que –– revirei os olhos , mas fui.


 


Eu só fui porque queria passar pela sala. Não sei por que o fato de perceber que Diego queria ficar com a Carla me incomodou. Talvez fosse meu instinto. Ela é bonita e eu sou... Bom, eu sou homem. Difícil resistir quando está tanto tempo na seca. Passei para a cozinha e tentei nem olhar pra sala. Fiz duas caipirinhas, peguei umas ices e sai da cozinha equilibrando tudo com os braços e mãos. Dessa vez foi inevitável olhar para a sala, já que ouvir um risinho do Diego. Olhei de canto de olho e... BINGO! Eles estavam se beijando. Aliás, se comendo. Ela sentava no canto do sofá e o Diego estava quase sobre a garota. Uma mão dele estava na nuca dela, assim como as dela estavam na nuca dele, mas a outra mão estava na cintura, com o braço apoiado sobre a coxa, que estava cruzada. Se eu bem o conhecia, ele não iria parar por ali. Não duvido nada que ela terminasse a noite no apto dele. Desviei o olhar e fui pra área externa. Entreguei as bebidas para o pessoal, uma caipirinha pro Lucas e sentei na beira da piscina bebendo a outra caipirinha. As horas foram passando e todo mundo já estava bem animado. Até eu. Riamos de tudo e de todos. Relembrávamos o passado, um jogando na cara do outro as besteiras que fizemos.


–– lembram de como o Lucas era um frouxo? –– o Caio zoou –– ele tinha medo da Mari.


–– ah Caio, não fala assim dela –– o Lucas fez uma cara de dó.


–– bem sem sal aquela ali, hein?! –– Carol fez uma careta.


–– sou muito melhor –– Mabi disse se gabando.


–– sem duvidas –– ele disse abraçando–a por trás.


–– e o acampamento? –– Deb lembrou.


–– cara, e o Dudu, Mabi? –– Carol perguntou lembrando–se em um estalo –– sabe dele?


–– sei não... Karen que deve saber –– Mabi disse sorrindo sem graça.


–– ta lá na escola ainda –– ela deu de ombros –– pegando geral –– ela riu –– eles e os meninos do futebol.


–– ridículos aqueles meninos –– Caio revirou os olhos.


–– ô ciúmes –– JP gritou e todos riram.


 


E assim passamos o resto da noite. Quando já eram quase 4 h da manhã recolhemos as coisas. As meninas, que ficaram bêbadas logo, já tinham se secado, se vestido e estavam comendo algo. Depois de guardar tudo, foi a cozinha.  A Carla estava lá com a Raquel. Elas comiam sanduíches. Parei no balcão em frente a elas e sorri.


–– oi –– Carla disse com um sorriso.


–– oi –– retribui ao sorriso –– tudo bom?


–– hã, sim –– ela deu de ombros e olhou pra Raquel que riu.


–– ele ta bêbado, nem liga –– ela disse pra Carla sobre mim.


–– calunia isso. To sóbrio, sóbrio –– resmunguei –– cadê teu macho? –– perguntei pra Raquel.


–– não tenho macho, mas se você se refere ao JP –– ela fez cara de tédio –– ta no banheiro.


–– ah Raquelzinha, não fala assim dele –– fiz um bico –– vai dizer que você não vai dá–lo nenhuma chance dessa vez?


–– não conheço muito bem vocês, mas às vezes em que eu estive com ele, ele só falava de você –– Carla completou –– parece estar sofrendo um bocado.


–– não mais do que eu sofri por ele –– ela deu um sorriso torto e se levantou dali, indo pra perto da Mabi na sala.


–– hum... Dura na queda –– comentei vendo–a sair e depois olhei pra Carla –– e você?


–– eu o que? –– ela perguntou antes de dar uma mordida no pão.


–– cadê o Diego? –– ergui a sobrancelha.


–– ah, já foi –– ela disse sem demonstrar interesse nenhum.


–– e porque não foi com ele? –– perguntei desviando o olhar, mas percebi quando ela me olhou assustada ou surpresa.


–– desculpa se vou atrapalhar a noite de vocês hoje, mas... –– ela começou a dizer.


–– não Carla –– falei interrompendo–a –– não quis dizer isso... Só que eu vi vocês ficando, achei que iria pra casa com ele ou pra casa dele –– dei um sorriso sem graça no final.


–– claro que não Bernardo –– ela falou indignada.


–– foi mal... –– falei sem graça novamente.


–– ele até me ofereceu carona pra casa e me chamou pra dormir no apto dele –– ela disse revirando os olhos –– mas não nasci ontem, né? Sei muito bem o que ele quer.


–– e você não quer? –– eu disse me desencostando do balcão e me sentando no banquinho.


–– não... –– ela deu de ombros –– não sei que tipo de garota você pensa que eu sou, mas não sou descartável. Não sou só de uma noite ou sem compromisso...


–– desculpa mesmo Carla, mas é que nesse meio de faculdade, baladas... –– comecei a falar me sentindo um idiota por falar aquilo.


–– entendo –– ela assentiu com a cabeça –– mulher fácil é o que mais existe por aí, mas não sou dessas. Não sou um objeto ou uma válvula de escape pro sexo.


–– claro que não. Longe disso... –– sorri satisfeito com a sua resposta –– você parece a Tati.


–– é? –– ela ergueu as sobrancelhas –– quer dizer, não que eu ache que ela não seja assim, mas é que... Nada –– ela deu de ombros.


–– fala –– pedi.


–– não quero ser grosseira e nem falar coisas que só se passam na minha cabeça –– ela disse sem jeito.


–– então? –– pedi novamente.


–– você gosta desse tipo de garota? –– ela perguntou acanhada.


–– por quê? –– perguntei curioso.


–– é que a Tati parece ser tão na dela e eu também... –– ela disse rindo e depois tampou o rosto com as mãos –– aí deixa, to falando besteira. Vamos lá pra sala, vai.


 


Ela disse rindo e saiu dali sozinha. Fiquei tentando entender o que ele quis dizer. O resto da noite passou rápido. Do jeito que eu queria. Quando deu certa hora os meninos começaram a sair. Chamei quem ia lá pra casa e fomos andando. Entramos e fui direto para o andar dos quartos enquanto todos me seguiam. A Tati entrou direto no meu quarto, já que já conhecia. Abri a porta do quarto de hospedes e olhei pro JP.


–– o quarto de vocês –– falei com um sorriso.


–– hã? –– a Raquel ergueu as sobrancelhas.


–– ué Raquel, tem algum problema dormir comigo? –– JP perguntou fingindo estar indignado.


–– sem graçinhas, viu?! –– ela disse a ele e entrou no quarto olhando todo o cômodo.


 


Olhei pro JP que sorria. Balancei a cabeça negativamente e ri também. Virei pra Carla e ela revirava os olhos de forma divertida.


–– vem Carla –– a chamei e sai andando com ela me seguindo.


–– tem certeza que tem onde eu dormir? –– ela perguntou.


–– ah... Tem –– falei abrindo a porta do meu quarto.


 


Ela olhou a cama de casal e me olhou surpresa.


–– não vou dormir aí com você –– ela disse rindo, mas parecia nervosa.


–– claro que não vai –– a Tati disse revirando os olhos ao sair do banheiro enrolada em uma toalha.


–– você vai dormir com a Tati aí –– falei franzindo a boca, com medo da reação delas.


–– claro que não –– Tati disse indignada –– quero dormir com você.


–– não Bernardo –– Carla franziu a testa –– eu disse que só ficaria se não fosse atrapalhar. Eu pego um táxi, durmo no sofá ou ligo pro Diego...


–– não né Carla –– falei mais exaltado do que eu queria –– eu durmo em outro canto e vocês dormem aí.


–– eu durmo com você –– Tati disse dando de ombros e entrou no banheiro novamente.


–– que situação –– Carla suspirou –– você ta louco né? –– ela olhou pra mim com os olhos arregalados –– tua namorada me detesta e você ainda propõe uma coisa dessa. Só falta querer dormir com nós duas nessa cama.


–– existe essa possibilidade? –– perguntei mordendo o lábio, mas era de brincadeira.


–– vou nem te responder –– ela riu balançando a cabeça negativamente –– eu durmo no sofá.


–– que ótimo –– Tati disse saindo novamente do banheiro vestindo apenas uma camiseta minha que ficava comprida nela. Ela sorria com cinismo.


–– não precisa Carla, dorme aí pô –– falei quase me irritando –– que frescura vocês duas –– falei olhando uma e depois outra.


–– onde você vai dormir? –– Tati perguntou pondo a mão na cintura.


–– quarto dos meus pais –– falei como se fosse obvio.


–– eu não vou dormir lá –– ele disse inconformada –– já não basta aquele constrangimento das férias...


–– então dorme aí com a Carla –– dei de ombros.


–– dá licença –– Carla disse saindo do quarto e fechando a porta.


–– vai atrás dela agora –– Tatiana disse de forma irônica –– era só o que faltava... –– ela suspirou.


–– é pra eu ir mesmo? –– falei cerrando os olhos, sem entender o que ela havia insinuado.


–– idiota! –– Tati gritou e me jogou o travesseiro.


–– o que eu fiz? –– perguntei incrédulo pela reação dela.


–– Bernardo, você ta a fim dessa menina ou isso tudo é só uma vingançinha por causa do Fred? –– ela perguntou me encarando.


–– nem uma coisa, nem outra Tatiana –– falei impressionado pela capacidade dela de pensar besteira –– e não vem falar dele não, ta? Não me cansa.


–– vai tomar um banho e vem logo pra cama –– ela disse quase autoritária.


–– hum... Gostei –– falei mordendo o lábio inferior e olhando pra ela com malicia.


–– nem inventa –– ela resmungou e se sentou na cama, pegando um lençol e cobrindo as pernas.


–– ta falando sério? –– franzi a testa.


 


Ela nem me respondeu, deitou de costas pra mim e se cobriu. Entrei no banheiro meio que irritado com tudo. Tudo bem que não ia transar com a Tati se eu fosse dormir no quarto dos meus pais, mas mesmo assim fiquei decepcionado. Tomei meu banho, me enxuguei e pus um short de dormir, quando me lembrei da Carla na sala sem lençol e travesseiro. Aproveitei que a Tati tava dormindo e desci as escadas devagar. Ela estava no sofá vendo TV. Assim que cheguei perto do sofá ela me olhou assustada.


–– desculpa –– falei me aproximando.


–– tudo bem –– ela deu de ombros e voltou a olhar pra TV –– liguei a TV –– disse se desculpando.


–– fica a vontade –– sorri e sentei do outro lado do sofá.


 


Ficamos vendo TV e vez ou outra a via olhando de canto pra mim, do mesmo jeito que eu fazia.


–– vai dormir lá no quarto –– falei olhando pra ela.


–– claro que não –– ela disse sem me olhar –– sua namorada me enforcaria quando acordasse...


–– prometo que assim que amanhecer nós vamos, ok? Já to melhor, depois do banho acho que estou parcialmente bêbado... –– eu disse encostando a cabeça na parte de trás do sofá.


–– nem me fala, to imunda –– ela disse com uma careta.


–– imagina –– eu ri –– mas tem banheiro aí em baixo –– falei aprontando pra trás –– te empresto uma blusa minha pra você pôr.


–– igual a da sua namorada? –– ela perguntou irônica.


–– se você quiser –– respondi sorrindo cinicamente e ela me mostrou a língua.


–– quem mostra a língua... –– falei brincando.


–– pede beijo –– ela completou a frase rindo –– você não presta Bernardo. Vai beijar tua namorada, vai –– ela disse se levantando.


–– você não cansa, não é? –– falei rindo de um jeito descontraído.


–– de que? –– ela me olhou antes de se afastar.


–– de me dá fora –– falei mantendo o sorriso.


–– só quando você cansar de dá em cima de mim enquanto tiver namorada –– ela piscou e saiu andando –– aliás, onde é o banheiro? –– falou parando no caminho.


–– eu mostro –– falei me pondo em pé.


–– não precisa, só me diz onde é –– ela falou séria.


–– medo? –– perguntei provocando.


–– respeito –– ela ergueu as sobrancelhas.


–– à direita próximo a cozinha –– respondi cortando o assunto –– quer a blusa?


–– vou ter que aceitar –– ela deu de ombros.


 


Ela foi lá para o banheiro e eu subi pro meu quarto. Abri a porta devagar e a Tati ainda dormia. Observei–a por um tempo e depois desci com uma camiseta na mão. Bati na porta e uns segundos depois Carla pôs apenas o os olhos na brecha e esticou a mão.


–– quer ajuda? –– perguntei rindo só pra encher o saco dela.


–– aí... –– ela revirou os olhos –– vaza Bernardo.


 


Sentei no sofá e uns minutos depois ela apareceu vestida com minha blusa e o short que ela já estava. Confesso que preferia sem short, mas fazer o que. Fiquei olhando–a sentar do outro lado do sofá e cruzar as pernas.


–– o que? –– ela perguntou me olhando.


–– posso pelo menos imaginar? –– ergui as sobrancelhas pra ela.


–– nossa senhora –– ela revirou os olhos e depois riu –– desde quando eu te dei confiança, hein?! –– disse me olhando.


–– preferia que você desse outras coisas –– falei me divertindo com a cara de inconformada que ela fez.


–– Bernardo, para –– ela jogou uma almofada do sofá em mim, tinha o semblante sério.


–– desculpa –– eu disse parando de rir –– ta chateada? –– perguntei ao reparar o jeito em que ela havia ficado.


–– não gosto de você falando essas coisas... Apesar de ser engraçado, não me sinto bem –– ela disse um pouco sem jeito.


–– foi mal... –– suspirei –– umas vezes sai sem querer, outras é só pra te perturbar mesmo. Você fica vermelha –– a zoei.


–– mas se a tua namorada escutar, ela não vai entender que é só brincadeira –– Carla disse parecendo irritada.


–– é, você tem razão –– falei me tocando das brincadeiras que eu estava fazendo ––desculpa.


–– você reclama que sempre estão brigando, mas parece que não faz nada. Nem você e nem ela... –– ela continuou –– será que vocês querem mesmo continuar com isso? –– Carla me olhou com as sobrancelhas erguidas.


–– sinceramente Carla, não sei mais... Isso tudo me cansa, sabe? –– falei suspirando –– são mais de 8 meses tentando, tentando... e quando enfim ficamos juntos, ela parece não se importar tanto comigo.


–– você já a traiu? –– ela perguntou sustentando o mesmo o olhar.


–– não –– falei entortando a boca.


–– e sente vontade? –– ela perguntou virando o rosto em direção a TV.


–– ta interessada? –– falei rindo, já imaginava outro corte.


–– se você fosse solteiro –– ela deu de ombros.


–– olha... –– falei surpreso.


–– o que? –– ela perguntou franzindo a testa.


–– não me cortou –– sorri pra ela.


–– não foi necessário Bernardo –– ela revirou os olhos –– posso deitar no sofá?


–– claro... quer deitar no meu colo? –– perguntei já sorrindo.


–– preciso responder? –– ela fez cara de tédio e eu gargalhei –– você fala de propósito, né?


–– hum... Oi –– JP disse descendo as escadas –– sem sono?


–– leva teu amigo daqui –– ela disse pro JP –– ele ainda ta muito bêbado.


–– mentira, nem to –– falei mostrando a língua.


–– vocês dois, hein?! –– ele balançou a cabeça negativamente e riu –– to com fome –– ele disse passando a mão na barriga.


–– nem digo por que –– eu ri alto e a Carla corou.


–– vem aqui na cozinha, ô filho da mãe –– ele disse com cara feia.


 


Levantei–me e fui lá com o JP. Abri a geladeira e pus umas coisas sobre a mesa pra ele.


–– hum, tem até suquinho? –– ele disse e eu ri.


–– tratamento vip pra quem ta em lua de Mel –– falei zoando.


–– e cadê a tua lua de Mel? –– ele ergueu a sobrancelha.


–– Tati ta puta comigo –– falei sorrindo fraco.


–– deixa–me adivinhar... –– ele fingiu pensar –– por causa da Carla?


–– é –– eu fiz uma careta pra ele –– na verdade eu iria dormir no quarto dos meus pais e deixaria as duas no meu quarto, aí não dava problema porque eu não dormiria com nenhuma... –– dei de ombros.


–– já até sei que fim deu –– ele riu me olhando feio.


 


Terminamos de lanchar, ele voltou pro quarto, dando–me inúmeras recomendações sobre não agarrar a Carla, como eu fosse doido de fazer isso. Voltei pra sala e a Carla dormia no sofá. Sentei no canto que eu já estava e fiquei vendo TV, já que estava sem sono. Acordei com alguém berrando meu nome. Era a Tati. Abri os olhos e levei o olhar até a escada. Ela vinha descendo, apenas com a minha blusa e não tinha uma cara muito boa. Esfreguei os olhos e me espreguicei. Quando me dei conta percebi que a Carla deitava com a cabeça no meu colo. Cutuquei–a e ela se mexeu, me olhando.


–– Bernardo! –– Tati gritou de novo.


–– bom dia? –– franzi a testa tentando ver pela janela da sala se já havia amanhecido.


–– bom dia o cacete Bernardo. Dá pra explicar isso? –– ela indicou com a cabeça a Carla ao meu lado.


–– bom dia Tatiana –– Carla disse bocejando –– eu dormi no sofá e não fiz nada. Acredito que seu namorado também –– ela disse indiferente –– vou ao banheiro –– e se levantou.


–– dá pra subir? –– Tati perguntou a mim.


–– se você está pedindo, amor –– falei irônico e levantei, indo escada acima.


 


Chegamos ao quarto, sentei na cama. Ela parou a minha frente, mas andava de um lado para o outro, impaciente.


–– o que aconteceu lá em baixo? –– ela perguntou sem me olhar.


–– nada –– falei calmo.


–– porque estava dormindo no sofá? –– ela perguntou do mesmo modo.


–– dormi vendo TV –– falei mais uma vez calmo.


–– porque não dormiu no quarto comigo? –– ela quase gritou.


–– porque eu estava sem sono –– suspirei.


–– ah, mas o sono apareceu quando estava com ela, né? –– ela disse no mesmo tom.


–– Tatiana... –– respirei fundo três vezes para me controlar –– eu estava sem sono, desci, fiquei vendo TV com a Carla, depois o JP desceu, fomos lanchar na cozinha e quando voltei ela já dormia.


–– e precisava você dormir com ela?


–– eu apenas estava no mesmo sofá que ela –– falei impaciente.


–– ela estava com a cabeça no seu colo –– ela cruzou os braços.


–– eu não sei como, mas te garanto que não toquei nela –– falei passando as mãos nos olhos.


–– eu deveria ter ido pra casa e deixado o quarto pra vocês –– ela disse de forma ignorante.


–– e porque não ligou pro Fred pra vir te buscar? –– perguntei irônico.


–– porque você estava com meu celular –– ela gritou.


–– se me pedisse eu te entregava! –– gritei de volta.


 


Ela respirou fundo e percebi que seus olhos estavam cheios de lágrimas. Levantei–me e andei pelo quarto. Não queria brigar, mas estava difícil. Apesar da vontade que eu tive de ficar com a Carla, eu não fiz nada demais. Talvez nem fosse capaz de fazer, sei lá. Eu gosto da Tati. E muito. Mas a relação tava ficando cada vez mais difícil. Encostei–me na mesa do computador e cruzei os braços. Fiquei olhando pra frente e vi o quarto da Mabi. A janela estava fechada, mas eu comecei a me lembrar da época que estávamos juntos. Sofri muito com ela, mas mesmo assim eu a amei. Do mesmo jeito é com a Tatiana.


–– vou perguntar só mais uma vez: porque estava dormindo com ela? –– Tati parou em minha frente com as mãos na cintura.


 


Olhei para ela por alguns segundos, despertando dos pensamentos.


–– não dormi com ela Tatiana –– revirei os olhos, mais calmo dessa vez –– para de coisa, vai...


–– não por não querer, né?! –– ela deu um sorriso irônico.


–– quer saber? –– falei perdendo toda a paciência em segundos –– eu queria sim... Mas ela não quis –– disse irritado e ela ergueu as sobrancelhas, surpresa –– ta satisfeita agora? Vamos pra casa –– peguei minha roupa e vesti sem dar mais nenhuma palavra.


 


Ela se vestiu também calada. Às vezes a via me olhando de canto de olho. Parecia ainda assustada, mas seus olhos estavam lagrimejando. Peguei carteira e chaves e quando desci a Carla estava sentada no sofá com a roupa de ontem e minha camisa dobrada ao lado dela.


–– obrigada, viu?! –– ela disse com a expressão séria e me esticou a camisa.


–– de nada –– falei sem jeito, mas sem dar nenhum sorriso.


 


Peguei a blusa e deixei na lavanderia da casa. Depois alguém da lavava. Passei pela cozinha para voltar para a sala e a Tati estava sentada a mesa, comendo bolacha com suco. Abri a geladeira, peguei um achocolatado e pus em um copo. Bebi todo o copo escorado na pia de frente a ela, mas não nós olhávamos.


–– ta pronta? –– perguntei quando terminei e ela apenas assentiu com a cabeça –– vou chamar JP e Raquel.


 


Sai da cozinha, bati no quarto em que eles estavam e os chamei. Depois fomos para o prédio. No caminho deixei a Carla em casa, que se despediu apenas com um “até amanhã”. A Tatiana estava de cara fechada e eu também não falei nada.


 


[...]



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Autor(a): raquel_gomes

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Depois que chegamos ao apto, ela foi pro quarto dela e eu pro meu. Tomei banho, vesti apenas uma samba canção e dormi. Acordei depois do horário do almoço. Peguei o celular e ligou pro JP.   –– acordou bixa? –– perguntei. –– já to é almoçando –– ele disse –– c ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 60



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  • sharonvondy60 Postado em 13/11/2013 - 07:05:01

    A web Ja acabou Mahri '-' . acho que ela vai respostar em Cilada, Vc vai voltar a acompanhar ?

  • sharonvondy60 Postado em 13/11/2013 - 07:02:03

    Awn Ameiii o FiNal muito Lindo me emocionei ate por tudo ter acabado bem T..T Saudades agora "-"

  • mahri Postado em 12/11/2013 - 14:42:25

    Ela começou a postar cilada,mas perdeu os capítulos aí começou essa web,só que ela ta demorando mt pra acabar

  • sharonvondy60 Postado em 12/11/2013 - 14:29:43

    Cilada . essa Web ta aqui No site ? Menina Vc Sumiu, Vc ta bem pelo menos ? #volta logo.

  • mahri Postado em 10/11/2013 - 02:09:59

    Ei tava lendo a web cilada,só que não consegui ver o final pq deletaram, tem como vc me dizer se a Bah e o Rick ficao juntos?

  • sharonvondy60 Postado em 08/11/2013 - 05:01:44

    Hum, Ta CompLicada a historia Hein : /

  • mahri Postado em 07/11/2013 - 23:48:15

    Nosso Amor e Ódio Eterno... Vício

  • sharonvondy60 Postado em 07/11/2013 - 12:48:11

    Mahri : Kkkk... eu to lendo pela 2 Vez. Realmente a primeira Vez deles Foi Awnn Perfeita ? verdade o liu e um best Mesmo. Quem diria que o mateus ficaria com a beth ? eu gostei . pensei que a paula ficasse com um dos irmaos da larissa . e Eu pensava que o lucio era drogado, mas ja desconfiava que ele lutava por ai mesmo tbb . Ahhh

  • mahri Postado em 06/11/2013 - 00:45:46

    Sharonvondy60: não eu não tenho webs. Eu já li pela 3 vez terminei hj,eu amo o cap da 1 vez deles;não tem como não se apaixona pela web e não amar o Lúcio,fiquei com pena do Alex em relação ao filho,mas ele mereceu. Adoro o Liu um super amigo ele eu tbm adorava as cantadas baratas do Martins kkkkkk

  • sharonvondy60 Postado em 05/11/2013 - 15:05:08

    mahri : Voce tem Webs ?


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