Fanfic: Nem sempre o amor pode está certo. 1º Temporada e 2º Temporada | Tema: web novela

– MABI NARRANDO –

O sol já estava raiando. Quando olhei, levei um susto, disse pro Lucas que precisávamos ir, nos vestimos e fomos até a piscina de mãos dadas.
– ihhhhhhhhh assumiram casal? – o Caio perguntou.
– não – eu disse rindo.
– acho que isso ai não vai pra frente não – o Bê implicou.

Ignoramos ele, olhei pro Felipe, pra Carol e pra Karen.
– vocês pretendem ficar vermelhos como? Tomando sol aí ou querem que o papai e a Marta deixem nossa pele só no couro? – eu fui irônica.

Eles nem tinham percebido, todo mundo se vestiu e fomos andando pra casa. A Carol e a Deb dormiram na minha casa.

Domingo acordamos super tarde, fizemos um lanche e eu e o Fê fomos deixar as meninas. Ao chegar em casa eu vi que tinha um envelope na caixa de correio. Fui lá e peguei, quando eu estava entrando em casa o Lucas apareceu, o chamei pra subi pro quarto, sentamos na cama.
– o que é isso Mabi? – ele perguntou.
– não sei... Estava no correio, é pra mim, vamos abrir né, não tem remetente.

Abri o envelope e tinha um bilhete dobrado e minha correntinha.
– aí não acredito, a corrente que eu ganhei do Di – eu disse super feliz.
– nem sabia que você tinha perdido. Quem achou?
– ah perdi na rave e não sei quem achou, não tem nada falando aqui.
– e o bilhete?
– não sei.

O Lucas ficou me olhando sem entender nada, eu peguei o bilhete e estava escrito “que bom que você também adorou aquele beijo, foi o melhor da minha vida”.
– que beijo Mabi? – ele estava irritado.
– um cara na rave que me beijou, estava escuro, não vi quem era – eu disse olhando pra ele e ele fez cara feia – Nem vem reclamar, você sabe que eu fiquei com outros caras lá.
– é, eu sei... – ele disse.
– então não vai ficar emburrado aí.

– vou não. Mas não sabe quem era, não?
– não, mas deixa pra lá, foi alguém sem importância nenhuma.
– hum...
– pelo menos voltei a ter minha correntinha – eu sorri.
– beijando desconhecido... Rum! Pelo menos gostou do beijo?

Hesitei em falar, mas respondi um pouco desconfiada.
– não – eu menti pra não chateá–lo.
– duvido.

Eu me calei e ele se levantou.
– espera Lu, não vai começar de novo, né? Achei que tudo estivesse resolvido.
– eu te conheço Mabi. Você gostou sim.

Eu fiquei calada novamente, realmente o beijo tinha sido muito bom.
– não é melhor que o seu.
– e você gosta do meu?
– sim e muito.
– então você gostou do dele.

Eu fiquei séria e ele foi indo embora.
– e a Nat? Você também deve gostar do beijo dela, já que ficam sempre que dá.
– não confunde. Eu não gosto de ficar com ela.
– ah não é? Não me engana Lucas, não sou boba. Se não gostasse não teria ficado na rave.
– eu não quis ficar com ela.
– e porque ficou?

Ele se calou e olhou pro outro lado.
– hein? – eu insisti.
– pergunta do Bernardo, ele vai saber te responder.
– por que ele?
– esquece, to indo.
– ai Lucas, não vamos começar a brigar de novo.
– não vou começar nada, mas me dá um tempo pelo menos pra passar a minha chateação? – ele disse indo embora.
– droga! – eu balbuciei.

À noite o Felipe veio ao meu quarto perguntando por que o Lucas saiu esquentadinho daqui, expliquei pra ele, mostrei o bilhete e depois que ele saiu fui deitar. Fiquei pensando em quem seria esse cara e imaginando porque ele faria isso, inclusive mandou consertar, já que quando senti quando a corrente arrebentou no meu pescoço assim que engatou em alguma coisa. E o Lucas era muito bobo, ele pode ficar com a Nat e eu não posso ficar com ninguém. Aliás, porque ele citou o Bernardo? Fiquei encucada com isso.

Os dias se passaram, não tínhamos muito tempo de ficar brincando essa semana porque era semana de prova, fizemos 2 provas por dia, era muito puxado, saiamos de uma e já íamos pra outra, nem intervalo dava pra aproveitar porque usávamos pra ter mais tempo nas provas.

Na sexta à noite eu e as meninas fomos lanchar, as peguei em casa e fomos comer sanduíche.
– como você e o Lucas estão? – a Karen perguntou.
– não estamos Kaka – eu disse triste.
– como assim? Você não me contou nada sua vaca! – a Carol disse assustada.

Contei a elas o que aconteceu no domingo anterior e ficamos falando sobre homens. Deixei–as em casa e voltei pra minha, subi, tomei banho e pus um baby doll. Deitei-me na cama e fiquei escutando música. Tinha uma semana que eu não entrava na internet, mas nem sentia vontade. Eu estava morrendo de saudades do Lucas.

Fui ao quarto do Fê e ele estava jogando com o Rapha e o Caio.
– quero brincar – eu disse manhosa.

O Caio e o Rapha se olharam e riram.
– não faz assim Mabi, depois eu te ataco e você não sabe por que – o Rapha disse.
– vem delicia, vem, borá brincar – o Caio disse fazendo cara de safado – senta no meu colo que eu deixo você jogar.
– sai daí Caio – eu ri – olha a Karen e a Deb.
– nem me lembra Mabi, to com saudade das minhas lindas, musas, gostosas, deliciosas...
– “minhas lindas, musas, gostosas, deliciosas...”? Se manque Caio, quer todas – o Rapha disse interrompendo–o e depois lhe empurrou.

Eu e o Fê rimos. Entrei no quarto e deitei a cabeça no colo do Fê, ele me fez carinho e continuaram jogando.
– qual é a de vocês? – eu olhei pros dois.
– como assim? – o Rapha questionou.
– Deb e Kaka, quem é de quem, quem pega quem...

Eles se olharam e não souberam responder.
– às vezes eu pego a Deb – o Caio disse.
– e eu a Kaka – o Rapha disse.
– outras vezes eu pego a Kaka – o Caio continuou.
– e eu a Deb – o Rapha concluiu.

Eu os olhei e eles tinham uma cara de sem vergonha.
– vocês não prestam!

Ficamos até quase meia noite jogando e depois todos foram dormir.

Sábado à noite nos encontramos na calçada. A Karen disse que estava com vontade de ir dançar e beber na praça da luz, ela ouviu dizer que ia ter um DJ que tocava funk. Eu me animei logo porque adoro dançar independente da música. Combinamos tudo, liguei pra Carol e a Deb. Todos iam, até o Lucas que não estava falando comigo, só me olhava de rabo de olho. Subi, tomei banho e fui fechar a persiana, tinha um recado do Bê “VAI BEM GOSTOSA, VIU?”. Sentei na cama e fiquei pensando nele, mesmo chateada pela atitude dele no dia do jogo, eu não conseguia odiá–lo. Acredito que ele só tenha me provocado porque tinha bebido demais. Falando em beber, hoje eu ia tomar todas, adorava beber batida de frutas e depois dançar é a melhor coisa que tem, aproveito que o Fê vai está lá pra cuidar de mim e vou me divertir horrores. Voltei a pensar no Bê e cheguei à conclusão que a culpa da minha briga com o Lucas não era do Bê, então não tinha porque não falar com ele. Abri a janela e pus “PODE DEIXAR ;)” e fechei a janela de novo. Escolhi uma roupa boa pra dançar, pus um shortinho de seda preto, uma blusa tomara que cai cinza, colada, com umas faixas no busto que se entrelaçavam e um peep toe preto. Fiz make e cabelo. Desci e como sempre os meninos já estavam lá embaixo prontos, eles eram rápidos.
– ta gata hein maninha?! – o Fê disse me olhando da cabeça aos pés.
– eu já estava com saudades dessa frase – eu ri e o abracei.

O Lucas me olhava com uma cara de cachorro pidão, eu ri do meu pensamento. A Karen estava vindo se aproximando, ela vestia uma calça jeans colada, uma bota cowboy e uma blusa de alcinha.
– mas quem é essa ruiva gostosa hein? – eu disse.

Ela riu sem graça e os meninos a olharam. O Rapha e o Caio ficaram surpresos, na verdade boquiabertos, olhavam a Karen de cabo a rabo.
– ai Mabi, para!
– cadê o Bernardo? Ele vai conosco? – o Caio perguntou.
– ta vindo aí – o Fê respondeu – passamos a pouco na casa dele e ele estava se vestindo.
– Karen você vem conosco né? – o Caio perguntou.
– acho que não Caio, vou com a Mabi. O carro de vocês está cheio.
– vem no meu colo – ele piscou pra ela que corou na hora.

O Bê chegou, combinamos quem ia com quem. O Lucas não parava de me olhar e eu retribuía, tinha vontade de ir falar com ele, mas fiquei com medo dele me rejeitar. O Bê parou do meu lado.
– ta melhor do que eu pedi, hein? – ele disse perto do meu ouvido.

O Lucas me olhou com cara de nojo e saiu de perto.
– Felipe eu vou com você, ta? – ele disse.
– pow Lucas eu vou com o Caio e o Rapha. A Mabi vai com meu carro, ou você  vai com ela e a Karen ou com o Bernardo.
– afff vou com meu carro mesmo.
– deixa de coisa, vai com ela. Quem sabe vocês conversam, né?!
– hum... Ok! – o Lucas concordou.

Entrei no carro e ele e a Karen entraram em seguida. Fiquei quieta, coloquei música e eu e a Karen fomos falando sobre as provas, ela sabia que o clima não estava bom, então tentava me ajudar. Pegamos as meninas em casa.
– to doida pra Dançar até o chão hoje – a Karen disse.
– eu to doida é pra beber todas – a Deb disse e a olhamos assustadas.
– eitaaaa arroxada! – a Carol gritou – eu quero é beber todas, dançar até o chão e pegar todos os gatinhos.

Nós rimos.
– safadaaaa – gritamos.
– e você Mabi? – a Deb perguntou.
– ah! Eu quero beber muito e dançar bastante, esquecer aquelas malditas provas da semana.
– e você Lucas? Ta quieto aí – a Karen o instigou.
– ah, é que vocês estão em um papo de mulher aí...
– que nada – a Carol deu de ombros – mas então o que quer pra hoje à noite?

– então, eu quero também beber todas, dançar até o chão e pegar todos os gatinhos ahhh – ele disse imitando a gente.

Caímos na risada. Quando ficamos em silêncio a Carol voltou a perguntar.
– sério o que você quer hoje?
– eu preferia está em casa, na minha cama, dormindo.
– ouxi! Por quê?
– você já se apaixonou Carol?
– ahn, não... Por quê? – ela respondeu meio retraída.
– porque dói.

Em duas palavras ele conseguiu acabar comigo. Aquilo me doeu demais. Eu queria ter pulado no pescoço dele e ter lhe dado um beijão, mas o medo de me machucar era maior. Ainda mais agora que eu vi que ele realmente não esqueceu a briga. Ficamos caladas até chegar à praça. Procuramos os meninos, sentamos em uma mesa e começamos a beber. Eu tava tentando criar coragem pra falar com ele e enquanto isso eu bebia vários e vários copos de batida de frutas. O funk começou e fomos dançar, eu e a meninas não parávamos um segundo. Os meninos até tentavam, mas era muito comédia. O Lucas ficava me vigiando com os olhos, aonde eu ia ele me olhava, até uma hora que o procurei e não o vi.
– você devia beber menos... – ele disse por trás de mim.
– e você devia beber – eu disse sorrindo.
– pra que?
– pra esquecer os problemas.
– mas amanhã eles estão de volta e ainda traz de brinde uma ressaca ferrada – ele riu torto e ri dá cara dele.
– melhor não pensar muito no amanhã, curtir o hoje e hoje você deveria beber.
– não posso, eu sou o que não bebe.
– não entendi.
– um bebe e o outro não, pra impedir do que bebe fazer besteira – ele deu aquele sorriso lindo.
– não sorri assim pra mim – falei triste.

Nessa hora um cara chegou em mim e foi logo me cumprimentando.
– oi Mabi, tudo bom gata?
– ahn, oi, ér... Guilherme né? – eu fiquei surpresa.

O Lucas se afastou sem nem dizer nada. Eu apenas fiquei olhando ele indo.
– isso. Conhecemos-nos na rave, lembra?

Continuei a bater papo com o Guilherme e ele me chamou pra dar uma volta. No meio do caminho ele tentou me beijar, mas eu não quis. Fugi dele e quando estava entrando na pista esbarrei em alguém.
– aii desculpa, eu... – olhei, era o Bê.
– ah de novo, já devia imaginar que era você.
– oxi, por quê? Sou tão desastrada assim?
– não, é que você pede logo desculpas – ele riu – tava indo onde com tanta pressa?
– Ah, canto nenhum, ia ao bar e depois dançar – dei de ombros.
– posso acompanhar?
– olha Bê, eu não...
– eu não vou te agarrar Mabi, prometo, nem to bebendo muito hoje – ele me interrompeu.
– ah, não ia falar isso, mas vamos.

Passamos no meio da pista de dança e eu vi o Lucas beijando a Nat em um banco que fica na área externa da praça. Meu coração despedaçou naquele momento. Não sabia nem o que fazer, fiquei parada no meio da pista e o Bê me puxou.
– o que foi Mabi? Ta pálida – ele disse assustado, na verdade eu vi que ele também tinha visto o beijo, mas fingiu que não.
– ah, nada, só preciso de uma bebida.
– tem certeza? – ele perguntou e eu confirmei com a cabeça.

Ele pediu uma cerveja pra ele e eu uma batida de abacaxi com vodka. Bebemos e fomos pra pista, depois pedi outra e mais outra e outra, eu já tinha perdido a conta de quantas batidas eu tinha bebido, sentia tudo girando e não tava nem aí. Eu estava na pista dançando, mas parece que eu não sentia meu corpo. O Bê estava dançando comigo e realmente não tentou nada. Fui ao bar pegar outra bebida e o Lucas se aproximou de mim.
– Mabi, chega né?!
– é Lucas, chega – olhei com raiva pra ele.
– então para de beber, por favor.
– engraçado Lucas, eu não era a que bebia? Então porque você que fez a besteira?

Ele me olhava estranho, como se não soubesse do que eu estava falando. Segurei o rosto dele com uma das mãos e virei em direção a Nat que estava dançando com a Mel e um outro cara.
– Mabi, deixa eu...
– só falta agora você me culpar alegando que eu tinha que impedi.

Ele abaixou a cabeça e não conseguia olhar nos meus olhos. Eu sai andando e ele segurou no meu braço, me virei olhei pra ele, depois pro meu braço e voltamos a nos encarar, ficamos naquilo algum tempo. Ele foi soltando meu braço devagar e eu fui pra pista. Cheguei lá e olhei pra trás, ele continuava no mesmo lugar. Eu me aproximei do Bê e comecei a dançar com ele. Logo a Mel se aproximou de nós dois. A minha vontade era dá na cara dela.
– Bê vem aqui – ela disse segurando ele pela mão.
– to a fim não Mel.
– vem logo.
– me larga, não vou com você.
– Bê, deixa de coisa, vem amor.
– que amor o que? Ta sem noção é?
– Bernardo, não me deixe com raiva – ela foi ficando irritada – vem logo amor, precisamos conversar.
– não tenho nada pra falar com você Mel, aliás, não tenho nada com você. Deixa-me em paz, ta?

Ela ficou olhando pra ele perplexa.
– licença Mel – eu disse entrando entre ela e o Bê.
– deixa meu namorado vadia.
– namorado? – eu perguntei – é Bê? – olhei pra ele.
– não – ele disse sorrindo – tenho nada com essa daí não.
– o que ta acontecendo hein? – ela perguntou.
– você não foi falar mentiras pro Pedro? Então... Agora que eu to solteira e vou fazer o que você disse pro Pedro que eu fiz com o Bê.
– sua vaca! Pensa que vai roubar meu namorado é? Bernardo vem logo, se você não vier não precisa mais falar comigo.
– então fala com minha mão Mel – ele disse se virando pra ela.

Ela ficou com cara de otária nos olhando. E foi se afastando. Eu já estava fora de mim, então sai da frente dela e fiquei de costa pro Bernardo, me encostei nele e comecei a dançar no ritmo dele, nossos corpos estavam cada vez mais colados. Ele passou os braços em volta da minha cintura e beijou meu pescoço. Eu dançava e olhava pro Lucas que estava próximo de nós e com certeza não acreditava no que via. O Bê chegou ao meu ouvido e sussurrou.
– desse jeito eu não agüento. Depois não reclame se eu te agarrar.

Eu me virei pra ele sorrindo e mordi o lábio inferior dele.
– não vou reclamar não.

Automaticamente ele me puxou pra si e me deu um beijo. Ficamos naquele beijo por uns minutos e apesar de muito gostoso, era uma sensação estranha. Ele me segurava com força e me beijava com muita vontade, mas por trás disso não senti muito amor, não sei o que sentia. Aquela sensação me deixava assustada. Eu parei o beijo e fiquei olhando pra ele toda desconcertada. Olhei pro lado pra disfarçar e vi o Lucas conversando com o Felipe. O Bê foi lá com eles e eles foram pro estacionamento, puxei a Carol e fomos atrás. Eles estavam discutindo sobre quem iria dirigir, o Lucas queria ir pra casa, mas ele havia prometido pro Felipe que não ia beber pra levar o carro com o Fê, eu e a Carol.
– pow Lucas, espera um pouco aí cara. Dá pra agüentar não?
– dá não Felipe, sério mesmo.
– o que não dá pra agüentar Lucas? – eu cheguei falando.

Ele se calou e virou o rosto pro outro lado.
– ele ta morrendo de dor de cabeça – o Felipe disse.

Eu cai na risada.
– a Nat não tem remédio não?
– Mabi não começa ta?! Vai pra lá se esfregar com o Bernardo vai – ele estava irritado.
– eu não estava me esfregando em ninguém, estava apenas dançando.
– cuidado, porque do jeito que você esta bebendo e do jeito que ele adora aproveitar a situação, é bem capaz de vocês irem parar em outro lugar no fim da noite.
– eu não estou me aproveitando de ninguém Lucas – o Bê disse.
– ah ta que não se aproveita né Bernardo? Precisa sempre de um meio pra agarrar a menina, é joguinho, é fazer intriga entre a gente, é dando bebida pra ela.
– ai Lucas, cala a boa – eu gritei e me afastei deles com a Carol.

– FELIPE NARRANDO –

Fiquei lá vendo os dois discutirem, eu estava um pouco zonzo, não entendi muito o que eles falavam.
– olha Lucas, o clima entre a gente não ta legal a um bom tempo...

– porque será hein Bernardo?! Você vive dando em cima da menina que eu to ficando e ainda quer que tudo fique bem? Você já teve sua chance com ela... – Lucas disse com sarcasmo interrompendo o Bê.
– mesmo assim vou te dar um conselho – o Bê respirou fundo e continuou – você tem a mulher que eu quero pra mim, a mulher pelo qual eu to fazendo o possível e impossível pra reconquistar, a mulher que eu amo desde éramos criança, a mulher que eu perdi a 3 anos atrás e até hoje me arrependo da burrada que eu fiz, a única por qual eu faço coisas erradas só pra ter a oportunidade de beijá–la e o que você faz? Fica com a Nat. Que se quer gosta de ti e há essa hora está correndo atrás do Rapha.
– não me julgue Bernardo, porque você fazia o mesmo com a Mel. E outra coisa, se você gosta tanto da Mabi, deixe–a ser feliz com quem ela quiser. Para de implicar conosco.
– eu não to atrapalhando ninguém – ele disse cínico – você mesmo que se atrapalha.

Ele saiu e eu fiquei só olhando.
– o que foi Lucas? Porque a Mabi ta puta? – eu perguntei.
– ela deve ter me visto com a Nat.
– bicho, porque tu ainda fica com essa guria?
– porque o Bernardo me disse hoje cedo que ele e a Mabi estavam conversando a semana toda e que tinham combinado de ficar hoje. A Nat deu em cima de mim, eu não ia ficar sozinho.
– eu acho que a Mabi nem falou com o Bernardo essa semana – eu o olhei estranho – tem certeza?
– não sei Felipe. Ela gosta dele que eu sei. Estamos brigados e hoje no carro ela disse que queria se divertir, então acho que é verdade.