Fanfic: Nem sempre o amor pode está certo. 1º Temporada e 2º Temporada | Tema: web novela
Um mês depois...
Passou um mês e está tudo indo bem. O estágio ta bombando e a facul também. Eu e a Carla estamos bem mais juntos. Já que saímos juntos, estudamos juntos e ainda trabalhamos juntos. Ela deu um tempo do Diego. Pelo menos ela me disse que não tava mais a fim e ele me disse que tinha parado de insistir porque ela parecia não querer mais. Eu até gostei disso, porque ela merece um cara que a leve a sério. A Tati, bom, ela não fala comigo de jeito nenhum. E quase não a vejo no apto. Só a vejo na faculdade e com o Fred e as meninas do prédio. Confesso que ainda não me acostumei em vê–los juntos, apesar do tempo. Perguntei da Liane se ela sabia se rolava algo entre os dois, mas ela e a Raquel negaram. Mas tenho minhas dúvidas. Cada dia a mais vejo a Tati um pouco mais solta com ele. As atitudes dela mudaram, não sei. Obvio que eu não esperava que ela ficasse sofrendo por mim quase dois meses... Mentira, eu esperava sim. Esperava que pudesse até voltar. Não sei que merda de sentimento é esse que não me deixa esquecê–la. Já a Mabi... Olha, voltamos a nos falar, mas tudo superficial e só quando o Lucas ta perto. Ela não fica mais sozinha comigo. Nem na sala de aula quando a Carla ou o Diego não chegaram. Ela me cumprimenta e senta longe de mim. Não a recrimino, porque se ela me der bola, eu juro que não resisto. Só desisti de correr atrás dela. Quer dizer, de lutar contra o sentimento por ela. Ele sempre vai existir. Vai sempre me perseguir. Ela sempre vai ser meu primeiro beijo, minha primeira namorada, a menina com quem eu perdi a virgindade e meu primeiro amor. Ah, e a Suzana, bom, a Su... A Su e eu temos saído sempre. Finais de semana, durante a semana também, sempre transamos, aliás, sempre nos vemos. Algumas baladas que eu vou com o Diego ou com o resto da galera eu fico com outras meninas, até transo com outras, mas a maioria das vezes é com a Suzana. Eu gosto dela. E acho que ela desencanou desse papo de me conquistar. Já a vi ficando com outros caras algumas vezes, mas acho que ela nem sabe que eu vi. Enfim, não me importa.
[...]
Tatiana narrando
Nesse tempo que passou, eu e o Fred estamos cada vez mais amigos. Tenho saído bastante com ele. Claro que fazemos programas mais tranqüilos, tipo teatro, cinema, praça, shopping, até porque não curto muito balada. Ele tem me ajudado bastante a superar o Bernardo. E confesso que tenho me sentido confusa às vezes. Ele não dá em cima de mim, é bem lerdo, mas fico com ciúmes quando estamos juntos e a Ellen liga pra ele. Não sei se ele faz isso na minha frente ou não, mas sempre ele tenta fugir dela. Não sei direito, não toco nesse assunto com ele. Só falo quando ele que resolve falar e eu apenas escuto. Sei o quanto é ruim amar alguém, mas não querer ficar com essa pessoa por inúmeros motivos. Quanto ao Bernardo, quase não o vejo mais. Encontramo–nos no café da manhã e no almoço da faculdade. Mas nem nos falamos. Em casa é só um bom dia. Ele não fala mais nada e eu não procuro conversa. Claro que isso me dói bastante. Tenho certeza que ele se quer pensa em mim. Há essa altura eu sou apenas uma ex dele. O sentimento ainda não acabou dentro de mim, só que essa frieza dele tem me matado aos poucos. Talvez seja a hora de eu procurar foca esse sentimento em outra coisa.
Era mais um sábado e eu não tava a fim de sair com o pessoal. O Fred me disse que iria sair com a Ellen mais cedo. Ok, fiquei chateada, mas não esquentei com isso. A Liane tava ficando com um garoto que ela conheceu na faculdade. O JP e a Raquel tão firmes no namoro quanto o Théo e a Luiza. O Diego e o Bernardo iam pra pegar mulher que eu sei. E só restaria eu e a Carla. Ou seja, sem chances. Tomei um banho demorado, pus um short jeans folgadinho, uma regata e me joguei na frente da TV. Demorou uma meia hora e a campainha tocou. Fui lá atender entediada. Era o Fred.
–– oi –– ele sorriu de lado –– fazendo o que?
–– eu que pergunto o que você faz aqui –– falei dando as costas e entrando em casa.
–– ué, já cheguei –– ele deu de ombros e veio atrás de mim, fechando a porta.
–– to vendo um filme –– eu disse e entrei no quarto.
–– eu aluguei uns –– ele mostrou duas capas pretas com DVDs dentro –– quer ir lá pra casa ver? –– perguntou parando na porta.
–– não sei. A Ellen pode não gostar –– falei em tom de brincadeira.
–– ela não tem nada o que gostar –– ele revirou os olhos –– vamos.
Caminhou até a TV e desligou, jogando o controle em cima da cama.
–– tenho escolha? –– perguntei.
–– não –– ela sorriu de lado e virou–se pra sair.
Apenas calcei minha havaiana e sai atrás dele. Entramos no elevador em silêncio e saímos no andar do apto dele. Quando entramos, ele jogou as chaves sobre a mesa da sala de jantar dele e foi para o quarto.
–– vou só tomar um banho –– ele falou –– mas pode ficar aqui no quarto.
–– eu espero aqui mesmo –– gritei lá da sala.
–– deixa de coisa Tati –– ele gritou de volta –– eu me troco no banheiro, oras.
Levantei do sofá e fui até o quarto dele. Eu já tinha entrado lá outras vezes, pra ver filmes ou esperá–lo pra alguma coisa. Mas sempre achei estranha aquela situação. Sentei na cama e me encostei a cabeceira. Em poucos minutos ele saiu apenas de bermuda de velcro e foi até o guarda–roupas pegar uma camiseta. Vestiu e sentou ao meu lado.
–– quer uma pipoca? –– ele perguntou sorrindo.
–– seria bom, né? –– dei de ombros –– vamos lá fazer, vem.
Eu me levantei e fomos até a cozinha. Enquanto conversávamos, fiz nossa pipoca e ele pegou os refrigerantes. Pusemos um filme, que pro meu azar, era um drama. Contava historia de um casal apaixonado que se separavam e depois cada um encontrava um novo amor. Chorei desde a parte em que eles se conheceram, até eles conhecerem outras pessoas. O Fred estava deitado enquanto eu sentava de perna cruzadas sobre a cama e derramava lágrimas sobre minha vasilha de pipocas.
–– não é justo! –– resmunguei no final.
–– o que não é justo? –– Fred perguntou confuso.
–– eles tinham que ficar juntos no final –– falei chateada.
–– por quê? –– ele ergueu a sobrancelha.
–– como assim porque, Fred? –– perguntei indignada enquanto ele se levantava e tirava o filme do DVD.
–– ué Tati, eles se amaram, mas não deu certo –– Fred deu de ombros –– conheceram outras pessoas e foram felizes.
–– eles iriam ser felizes juntos –– falei como se fosse óbvio –– não com outros.
–– quem garante? –– ele perguntou sorrindo cínico.
–– você não entende de amor –– resmunguei e me deitei na cama.
–– até parece, né Tatiana? –– ele falou cerrando os olhos e se deitou ao meu lado –– namorei a Ellen por tanto tempo. Eu a amei de verdade e sofri bastante por ela.
–– você ainda a ama e ainda sofre bastante por ela –– falei revirando os olhos –– mesmo depois de tudo que ela te fez, você ainda anda atrás dela feito um cachorrinho –– falei fazendo cara de nojo.
–– olha quem fala –– ele falou cerrando os olhos –– vive sofrendo pelos cantos pelo Bernardo enquanto ele ta por aí transando com a Suzana.
–– nem me lembre dessa vadia –– fechei os olhos e entortei os lábios –– como que alguém consegue se envolver com uma mulher daquelas?
–– ela é gostosa demais! –– o Fred falou sorrindo –– deve ser legal também.
–– legal sou eu, né Frederico?! –– falei irritada –– ela é uma vaca.
–– é, você é legal também –– ele disse cínico e riu enquanto eu lhe dei um tapa.
–– e a Carla? –– perguntei o olhando –– você acha que ela e o Bê têm alguma coisa?
–– ainda não –– ele respondeu fitando o teto –– sinceramente, a Carla colocaria o Bernardo nos eixos.
–– você acha? –– perguntei curiosa.
–– ela parece ser madura e o Bernardo é um moleque ainda –– ele respondeu –– todos nós somos. A Carla é bonita, tem um corpo lindo e é séria. Mas ela tem uma coisa que parece com você.
–– o que? –– perguntei já fazendo cara de nojo.
–– vocês não precisam ser uma Suzana da vida para serem lindas –– ele me olhou sorrindo –– vocês têm uma beleza simples –– eu retribuí o sorriso e ficamos nos encarando.
Se tinha uma coisa que eu gostava no Fred eram seus olhos. Era parecido com os do Bernardo e aquilo me encantava. Fiquei o observando por um tempo até me dar conta que ainda sorria para ele. Desviei o olhar para o teto enquanto ele se deitou de lado, ficando de frente pra mim.
–– vocês vão voltar? –– ele perguntou.
–– não sei Fred –– respondi com sinceridade –– eu o amo ainda. Deixei-me envolver demais por ele e agora fico que nem uma besta sofrendo.
–– enquanto ele ta aproveitando a vida de solteiro –– o Fred completou.
–– é –– entortei os lábios –– mesmo que voltemos a nos falar, não sei se conseguiria apenas ficar com ele. Sem misturar sentimentos, sabe?
–– ok –– ele disse seco.
–– não sei se conseguiria ser como você e a Ellen –– eu continuei.
–– como eu sou com a Ellen? –– ele perguntou surpreso.
–– ah Fred –– eu ri –– a hora que a Ellen quer uma companhia, ela te liga e você vai correndo... Ela faz o que quiser de você.
–– não é bem assim, Tati –– ele disse indignado.
–– claro que é –– eu franzi a testa e continuei rindo –– você ainda a ama e ela sabe disso. Vai ficar sendo capacho dela até quando? –– perguntei indignada.
–– eu não vou falar disso com você –– ele se sentou na cama e riu debochado.
–– claro que não –– revirei os olhos –– porque sabe que é verdade.
–– olha –– ele se levantou da cama e ficou parado em frente a mesma me olhando –– eu sou apaixonado por uma garota que me trata como o melhor amigo dela há meses. Eu tive que ficar agüentando-a chorar por causa do ex namorado dela por vários dias e até hoje tenho esperanças que ela o esqueça e resolva me dar uma chance –– ele falava tudo de uma vez e eu fiquei calada –– enquanto isso, tem minha ex namorada pela o qual eu ainda sinto alguma coisa e que não me deixa em paz. Eu tenho vontades, carências, desejos... Jamais voltaria a namorar com a Ellen pelo fato como ela me enganou, mas eu também não posso passar a vida toda esperando você decidir viver sem o Bernardo! –– ele terminou e pôs as duas mãos na cabeça, provavelmente se arrependendo do que havia dito.
–– desculpa se eu o conheci primeiro e me apaixonei por ele antes de você se declarar pra mim –– falei chorosa –– eu to confusa, ok? Eu gosto de você, desde quando você se declarou pra mim, mas não é algo que se compare ao que eu sinto por ele. Ele é canalha, cachorro, não presta, mas é dele que eu gosto. Eu queria que fosse mais fácil esquecê-lo e gostar só de você...
–– você gosta de mim de que forma? –– o Fred perguntou assustado, me interrompendo.
–– gostar como homem e mulher –– respondi quase me arrependendo –– mas não tenho certeza disso –– desci da cama e calcei meus chinelos –– eu não deveria ter falado isso. Não quero te dar esperanças sobre algo que eu não tenho certeza –– saí andando para o corredor.
O Fred veio atrás de mim, me chamando, mas eu não parei. Assim que rodei a maçaneta da porta de saída, ele pôs a mão na porta e fechou, parando atrás de mim.
–– como que você fala isso e do nada vai embora? –– ele perguntou arfando.
–– eu não tenho certeza do que eu disse –– falei do mesmo modo de tão nervosa que eu estava.
–– mas você disse... –– ele falou e juro que eu pude sentir um sorriso em seus lábios.
–– eu to confusa fred –– falei e fiz uma pausa –– não sei se é só amizade ou algo a além disso. Eu to carente e talvez esteja confundindo o carinho que recebo de você.
–– você sabe que quando quiser receber outro tipo de carinho que não seja de amigo, eu to aqui –– ele respondeu –– meu sentimento por ti ainda é o mesmo de meses atrás e se você quiser tirar a dúvida dos teus sentimentos por mim, eu não vou me magoar. Vou continuar sendo teu amigo, porque eu gosto de você de verdade, não é apenas uma paixão. É amor de amigo também.
–– eu queria simplesmente conseguir tirar essa duvida, mas não consigo. Tenho medo de me envolver de novo e... –– falei fechando os olhos.
–– e qual o problema de se envolver comigo, tatiana? –– ele perguntou indignado e segurou no meu braço, me virando de frente a ele.
–– e que se eu realmente estiver gostando de você? E a Ellen? Eu to cansada de ser trocada, fred. Cansada de me envolver com alguém que já tem um outro alguém –– falei choramingando.
–– desculpa, tati, mas você ta se referindo à suzana? –– ele perguntou parecendo confuso.
–– não –– fechei os olhos e abri tentando engolir o choro –– você acha mesmo que o Bernardo esqueceu a Mabi? –– perguntei pra ele que não respondeu –– depois que terminamos, ela ta estranha comigo. Ta distante. De mim e do Bernardo. Percebeu que ela não almoça mais conosco? Fazemos boxe juntas, mas ela nem me busca mais...
–– mas ela não tem namorado? –– ele perguntou cerrando os olhos.
–– tem –– revirei os olhos –– como se isso fosse impecilho para o Bernardo. Tenho certeza que algo aconteceu entre eles. E mesmo que não tenha sido o motivo do nosso término, eu não tenho como concorrer com ela. Nossos sentimentos nunca vão ser como o amor que eles sentem. E eu quero um homem com os sentimentos só pra mim. Não quero dividir o Bê com a Mabi e nem você com a Ellen –– falei de uma vez e me virei pra saindo dali o mais rápido possível.
Entrei no meu apto e me joguei na cama. Passei o restante da madrugada e parte do domingo todo ali. Eu precisava esquecer o Bernardo. Para de chorar por ele e parar de achar que eu esteja gostando mesmo o Fred. A história iria apenas se repetir.
[...]
Bernardo narrando
Acordei perto do horário do almoço e fui até a cozinha. Estava morrendo de fome. A Suzana me deixava assim depois de uma noite de sexo no apto dela. Era onde passavamos a noite quando seu irmão não estava. Eu não tinha mais a trazido aqui por respeito a tati. Quando não era lá, era no carro, banheiros de balada ou iamos para um motel. E eu cada vez mais enrolado com ela. Passei pelo quarto da tati e ela ainda dormia. Fiquei observando-a por alguns minutos e dei um sorriso involuntário. Eu não sei se ainda gostava dela o suficiente para voltarmos, mas sentia um carinho imenso. Pelo menos era o que eu achava. Fui até a cozinha só tinha miojo na gaveta. Esquentei a água, pus o miojo e fui pro meu quarto tomar um banho. É, esqueci a panela no fogo. Quando voltei aquilo tinha grudado na panela de uma tal forma... Só me restou duas opções: jogar a panela no lixo e ir almoçar na casa de alguém. Peguei meu celular e liguei pro amor da minha vida.
–– bom dia joãzinho! –– falei animado.
–– filho da puta, me deixa dormir! –– o JP respondeu irritado.
–– Nossa, é assim que você atende seu amigo? –– fingi estar indignado.
–– fala –– ele disse se espreguiçando.
–– vamos almoçar lá nas meninas? –– perguntei esperançoso.
–– se manque Bernardo, já são quase três horas da tarde –– ele riu –– eu já fui lá, compramos marmitas e comemos. Até a luiza tava de ressaca hoje.
–– puta merda! –– resmunguei –– acabei de acordar e to faminto.
–– vai comprar comida, infeliz. Falou! –– ele disse desligando na minha cara.
Eu ri do meu desespero e voltei pro meu quarto. Joguei-me na cama e disquei o número da Carla.
–– bom dia princesa da manhã! –– falei dengoso e ela gargalhou, me fazendo rir também.
–– não fiz comida hoje, Bernardo –– ela respondeu ainda rindo.
–– merda... –– resmunguei –– to com fome, carlinha –– falei manhoso.
–– porque você não vai pedir da tua mulherzinha cozinhar pra você? –– ela falou irônica.
–– por isso que eu estou ligando pra você –– falei no mesmo tom e ela desligou o celular na minha cara.
Gargalhei e fui vestir uma roupa. Pus uma calça, um all star e uma camisa lisa. O boné como de costume e peguei meu carro, indo direto pro apto dela. Assim que toquei a campainha, ela atendeu e revirou os olhos quando me viu.
–– sabia que é feio desligar o telefone na cara dos outros? –– falei adentrando a sala e me jogando no sofá –– tive que gastar gasolina vindo aqui.
–– eu não te convidei –– ela falou cínica enquanto penteava os cabelos.
–– você não precisa convidar –– pisquei pra ela –– vamos almoçar?
–– claro, né?! –– ela revirou os olhos –– e você vai pagar –– piscou de volta.
–– você só me explora, Carla –– falei indignado.
–– eu não sou tua mulher? –– ela disse irônica e jogou o cabelo sobre o ombro penteando.
–– engraçadinha –– fiz uma careta –– mas eu pego teu almoço sim. Você sabe que eu pago mesmo.
–– e tem que pagar mesmo, você come de graça na minha casa quase todo dia –– ela disse erguendo as sobrancelhas, fazendo-me calar a boca –– porque você não retornou a ligação?
–– porque eu iria vir aqui –– dei de ombros –– queria ver de perto você se remoendo de ciúmes da Suzana –– falei sorrindo e ela gargalhou.
–– eu não teria ciúmes de você, Bernardo –– ela disse pondo o cabelo pra trás e indo pro quarto.
Eu me levantei e fui atrás dela.
–– não é o que parece –– falei rindo.
–– nem tudo que parece, realmente é –– ela entrou no banheiro e parou em frente ao espelho, piscando pra mim.
Fiz uma careta e me encostei ao arco da porta enquanto ela se maquiava. Fiquei olhando para as suas pernas descobertas por um short folgadinho e não muito curto e subi até sua bunda que continuava gostosa mesmo a roupa não sendo colada.
–– para de olhar para minha bunda –– ela disse me fazendo despertar.
–– não estou olhando –– revirei os olhos e me joguei na cama dela.
–– eu vi pelo espelho, cínico! –– ela disse rindo e eu fiquei sem graça.
–– se acha a última coca-cola do deserto –– falei fazendo uma careta –– tenho a Suzana, pra que eu olharia pra você?! –– falei a provocando.
Ela pôs a cabeça na porta do banheiro e me fuzilou com os olhos.
–– não me compara com aquela... –– ela ia falar algo e se calou –– porque você não vai almoçar com ela e me deixa em paz, hein?!
–– porque ela não sabe cozinhar pra mim –– provoquei mais uma vez. Levantei da cama e parei atrás dela no banheiro.
–– é mesmo –– ela sorriu cínica –– esqueci que ela só serve pra dar pra você, né?! –– ela falou passando o batom.
–– e dá muito gostoso –– apoiei os braços no balcão da pia, a prendendo entre eles e aproximei a boca do ouvido dela –– faz o serviço direitinho –– sussurrei e vi seu braço arrepiar e sua expressão ficar séria –– você deveria aprender com ela, sabia?
Ela deu um passo pra trás e me empurrou. Olhei-a rindo e ela me fitou de olhos cerrados.
–– sou bem melhor que essa oferecida, mas a nossa única diferença, é que você nunca vai saber como eu sou na cama –– ela disse cheia de si e saiu do banheiro.
Continuei rindo e fui atrás dela no quarto. Enquanto ela pegava a bolsa dela, segurei em sua cintura e a virei de frente pra mim. Nossos lábios ficaram bem próximo e por um instante me senti nervoso. Ela me olhou sem sorrir e depois olhou para minha boca.
–– não gosto dessas tuas brincadeiras –– ela falou sem humor.
–– desculpa –– falei a soltando –– foi por impulso.
–– você sabe que eu não gosto –– ela disse brava e saiu andando para a sala.
–– é, eu sei... –– revirei os olhos e fui atrás –– vamos almoçar, vai –– estiquei a mão pra ela que olhou desconfiada.
–– tudo bem, vamos –– ela fez uma careta e segurou em minha mão.
Eu a abracei de lado e lhe dei um beijo na testa. Achamos um restaurante bem gostoso e ficamos por lá. Depois de comer me deu um sono absurdo e vim o caminho todo de volta para o apto dela, bocejando.
–– posso tirar um cochilo aí? –– perguntei antes de estacionar em frente ao prédio.
–– claro, teu sofá ta sempre preparado –– ela disse rindo.
–– valeu –– agradeci ironicamente, fazendo uma careta.
–– ué, você quer o que? –– ela perguntou revirando os olhos.
–– uma cama quentinha e gostosa, oras –– falei como se fosse obvio.
–– então vá para a sua casa –– ela riu e abriu a porta do carro.
–– aí Carla, você não cansa, não? –– falei abrindo a porta também.
–– do que? –– ela virou-se e me viu rodear o carro, parando ao seu lado.
–– de me cortar –– falei a abraçando de lado.
–– você ta achando que é quem pra dormir na minha cama? –– ela perguntou cheia de si.
–– sou teu amigo –– eu sorri largo e ela deu um sorriso lindo –– ará! Amoleci teu coração?
–– não se iludi –– ela fez uma careta e eu gargalhei.
Entramos no apto dela e eu me joguei no sofá. Carla foi para a cozinha e logo voltou com uma xícara de chá na mão. Sentou-se próximo à mim e bebeu enquanto via televisão. Eu acabei adormecendo e quando despertei, ela não estava mais lá. Fui até a cozinha e bebi um pouco de suco de caixinha, depois fui à procura dela. Abri a porta do quarto devagar e a vi deitada na cama, mexendo ao celular. Olhei no meu relógio e havia se passado apenas uma hora de quando eu dormi. Dei duas batidas na porta e pus minha cara em uma fresta.
–– posso entrar? –– perguntei.
–– já acordou? –– ela sorriu e se sentou.
–– pois é, calor demais –– fiz cara de coitado.
–– senta aí então –– ela revirou os olhos rindo e bateu para o lado dela na cama.
Fechei a porta e dei um pulo na cama, deitando ao seu lado e pondo a cabeça sobre a coxa dela.
–– que gostoso –– falei sorrindo.
–– ei, abusa não –– ela empurrou minha cabeça fazendo uma cara de brava.
–– to falando do clima geladinho, pô –– resmunguei me aconchegando no travesseiro dela –– cheiroso –– falei fungando –– tem teu cheiro –– sorri.
–– eu sou toda cheirosa –– ela deu de ombros se gabando e pôs o celular na cabeceira.
–– não me tenta, Carla –– falei cerrando os olhos, mas de forma maliciosa.
–– não to fazendo nada –– ela riu e se deitou –– você que vê duplo sentido em tudo.
–– você é muito chata! –– falei indignado e ela riu.
–– sou chata só por que eu não sou oferecida ou por que não me jogo pra cima de você? –– perguntou erguendo as sobrancelhas.
–– você não precisa ser oferecida e nem se jogar pra cima de mim –– eu fiz cara de tédio –– basta me dar uma chance –– pisquei e ela que fez cara de tédio agora.
–– chance pra eu me fuder? –– ela sorriu cínica –– não, obrigada, agradeço desde já.
–– aí Carla, por que você iria se fuder? –– perguntei revirando os olhos.
–– Bernardo, não adianta que eu não vou ficar com você –– ela disse se sentando –– eu não sou maleável como a Tatiana, nem te amo como a Mabi, muito menos oferecida como a Suzana.
–– e é isso que mais me atrai em você –– falei sério a olhando nos olhos –– você é diferente, sexy, séria, sexy, madura, sexy, inteligente, sexy, focada, sexy –– falei brincando e ela abriu um sorriso se divertindo –– gostosa, sexy, linda e sexy, além do mais, você é...
–– sexy! –– ela me interrompeu gargalhando –– e você é um sem vergonha.
–– ta vendo –– falei indignado –– eu elogio e ainda levo patada.
–– tudo bem, quer falar disso? Vamos falar –– ela se virou de frente pra mim e cruzou as pernas estilo borboleta –– eu não quero ficar com você por que somos amigos. Não quero estragar a amizade que tem entre nós dois, até por que se nós ficarmos, eu posso me apaixonar e isso não seria legal.
–– gostei da parte de você se apaixonar por mim –– eu brinquei e ela me deu um tapa –– aí, doeu pô –– reclamei passando a mão sobre o braço.
–– Bernardo, você não leva as coisas a sério –– ela continuou enquanto fitava a parede –– você não ta muito a fim de levar um relacionamento e nem tem condições para isso agora.
–– como você tem certeza disso? –– perguntei séria.
–– por que você ainda sofre pelas tuas duas ex namoradas enquanto come metade da cidade e ainda tem uma loira super gostosa à sua disposição –– ela disse erguendo a sobrancelha como se fosse obvio aquilo.
–– eu não gosto da Suzana –– eu revirei os olhos.
–– mas ama a Mabi e ainda gosta da Tati –– ela me repreendeu –– aí eu vou ficar com você uma vez, se eu gostar eu vou querer mais e mais e você vai fazer o que, Bernardo?
–– quer falar sério? –– eu perguntei me sentando também –– você é uma mulher, mulher, você ouviu? Você não é uma garota ou uma menina, Carla. Uma mulher que encanta qualquer um. Não é muito difícil ficar encantado por você ou se apaixonar. Você é incrível e isso tem me deixado fascinado.
–– o que você quer dizer com isso? –– ela perguntou me interrompendo.
–– você tem medo de que? –– eu perguntei sem respondê-la.
–– eu não gosto de pessoas que brincam com a minha cara –– ela disse me fitando –– e como todo mundo, não gosto de sofrer por amor, só que eu evito entrar em relacionamentos que sei que não dará certo.
–– aí Carla você é pessimista demais –– eu franzi a testa e ri –– você não quer me beijar por que ta com medo de sofrer por amor? Nossa...
–– não Bê, eu não quero te beijar por que o que você sente por mim é só uma atração, uma curiosidade –– ela disse cheia de certeza.
–– quem te garante? –– eu levantei a sobrancelha.
–– eu sei –– ela deu de ombros.
–– você só vai saber se me beijar –– eu sorri largo e ela revirou os olhos.
–– quer apostar? –– ela disse fazendo uma careta.
Autor(a): raquel_gomes
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 60
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sharonvondy60 Postado em 13/11/2013 - 07:05:01
A web Ja acabou Mahri '-' . acho que ela vai respostar em Cilada, Vc vai voltar a acompanhar ?
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sharonvondy60 Postado em 13/11/2013 - 07:02:03
Awn Ameiii o FiNal muito Lindo me emocionei ate por tudo ter acabado bem T..T Saudades agora "-"
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mahri Postado em 12/11/2013 - 14:42:25
Ela começou a postar cilada,mas perdeu os capítulos aí começou essa web,só que ela ta demorando mt pra acabar
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sharonvondy60 Postado em 12/11/2013 - 14:29:43
Cilada . essa Web ta aqui No site ? Menina Vc Sumiu, Vc ta bem pelo menos ? #volta logo.
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mahri Postado em 10/11/2013 - 02:09:59
Ei tava lendo a web cilada,só que não consegui ver o final pq deletaram, tem como vc me dizer se a Bah e o Rick ficao juntos?
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sharonvondy60 Postado em 08/11/2013 - 05:01:44
Hum, Ta CompLicada a historia Hein : /
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mahri Postado em 07/11/2013 - 23:48:15
Nosso Amor e Ódio Eterno... Vício
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sharonvondy60 Postado em 07/11/2013 - 12:48:11
Mahri : Kkkk... eu to lendo pela 2 Vez. Realmente a primeira Vez deles Foi Awnn Perfeita ? verdade o liu e um best Mesmo. Quem diria que o mateus ficaria com a beth ? eu gostei . pensei que a paula ficasse com um dos irmaos da larissa . e Eu pensava que o lucio era drogado, mas ja desconfiava que ele lutava por ai mesmo tbb . Ahhh
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mahri Postado em 06/11/2013 - 00:45:46
Sharonvondy60: não eu não tenho webs. Eu já li pela 3 vez terminei hj,eu amo o cap da 1 vez deles;não tem como não se apaixona pela web e não amar o Lúcio,fiquei com pena do Alex em relação ao filho,mas ele mereceu. Adoro o Liu um super amigo ele eu tbm adorava as cantadas baratas do Martins kkkkkk
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sharonvondy60 Postado em 05/11/2013 - 15:05:08
mahri : Voce tem Webs ?