Fanfic: Nem sempre o amor pode está certo. 1º Temporada e 2º Temporada | Tema: web novela

– MABI NARRANDO –

Ficamos eu e o Dudu a sós de novo. Ele me olhou e sorriu. Sempre ficava parado com as mãos nos bolsos e sorrindo.
– quer comer? – ele ofereceu.
– hurum.

Saímos de lá e fomos atrás do churrasco. Tinha muita gente em volta. Pegamos um prato e fomos pra fila, chegou nossa vez de servir, pegamos carne, salada e mais coisas lá e fomos atrás de um lugar pra sentar. No caminho encontrei com o PV.
– oi amorzinho.
– oi Pedro.

Ele olhou pro Dudu e olhou pra mim.

– e ai Eduardo?!
– fala PV, beleza?
– se você não tivesse com a minha mulher estaria melhor.

O Dudu apenas riu.
– deixa de coisa Pedro. Não sou tua mulher e nem estou com Dudu.
– ah sim, achei que tivesse mudado de namoradinho.
– aff Pedro. Deixa-me ir. Tchau.
– ta confortável lá? Se não tiver, já sabe, minha barraca está a sua disposição – ele piscou.

Eu nem respondi, virei de costas e continuei a andar.
– você ta feita de ex, hein?! – ele comentou.
– ow nem me fale. Preciso escolher melhor meus namorados.

Acabou que fomos sentar lá perto do riacho, nas mesinhas de madeiras por lá.
– os dois vão ficar nos procurando feito doidos – eu disse.
– te garanto que não, devem ficar ocupados.
– hummm... Entendi – eu sorri.
– só nós sobramos aqui – ele disse enquanto comia.
– é – eu disse sem jeito.
– o que nós dois faremos? – ele me olhou e sorriu.
– nós três – disse o Bernardo sentando conosco.

O Dudu abaixou a cabeça, só levantou os olhos e encarou o Bernardo, depois deu uma risada.

– e ai pirralho?! – deu um sorriso.

Eu olhei feio pra ele.
– oi meu amor.
– ai Bernardo. Perseguição agora é? – eu disse brava.
– não, foi ao acaso – ele sorriu cínico – na verdade é eu tenho que está sempre por perto né? A concorrência ta aumentando – ele disse sorrindo pro Dudu.
– é incrível como vocês não se garantem – o Dudu falou de cabeça baixa ainda.
– o que você disse?
– que vocês não se garantem, ficam perseguindo as meninas como se fossem donos delas.

O Bernardo baixou a cabeça e deu uma risada sarcástica.
– eu não to ouvindo isso – ele balançava a cabeça de forma negativa – Ainda mais de você.
– se não quer ouvir, então se manda.

– moleque você quer apanhar é? – o Bernardo disse se pondo em pé.

O Dudu não se levantou. Eu estava parada vendo aquilo, sabia que não ia sair coisa boa. Resolvi me intrometer.
– ow vocês dois, vão brigar mesmo? – eu disse brava em um tom mais alto.
– não se preocupa Mabi – o Dudu disse sorrindo – não gosto de briga, muito menos quero lhe causar confusão.

Ele se levantou me deu um beijo no rosto e saiu. Eu fiquei sentada olhando pro Bernardo.
– sabe o que eu mais detestava no Pedro?
– Mabi, desculpa é que...
– ele adorava me controlar. Eu era como um animal de estimação pra ele.
– mas eu não te trato assim – ele disse ainda tentando se desculpar.
– não? Tem certeza? Já percebeu que desde que viemos pra cá você não para de arrumar confusão?

– a culpa não é minha Mabi. Primeiro tenho que agüentar você de melação com o Lucas e agora esse pirralho aí o tempo todo contigo. Não dá, não tenho sangue de barata.
– ai Bernardo me deixa, ta?! Eu preciso respirar um pouco, quero ficar sozinha – me levantei e sai andando.
– pro Lucas você não diz isso...

                                                                      
Eu parei e olhei pra trás.
– para de falar do Lucas! Você diz que quer me fazer esquecê–lo, mas é você que não para de falar nele e de se comparar com ele – disse o encarando.
– Mabi, me responde uma coisa...

Eu apenas o olhava.
– você não vai deixá–lo pra ficar comigo não né?!

Nessa hora eu me calei. Não sabia o que responder.
– e dessa vez eu exijo uma resposta – ele disse se aproximando.
– quer a verdade Bernardo?
– quero – ele ficou cara a cara comigo.
– eu não sei quem escolher.
– ainda gosta de mim? – ele estava bem próximo de mim, eu sentia sua respiração.
– e–u gos–to dos do–is – eu disse gaguejando.
– pelo menos tenho 50% de chances – ele sorriu.

Afastei-me um pouco.

– você é doido Bernardo – eu disse balançando a cabeça de forma negativa – eu não agüentaria essa situação no seu lugar.
– eu sou doido, esse é o problema. Sou doido por você.

Eu sorri fraco ainda sem acreditar naquilo. Eu sabia que pegava pesado com ele às vezes, mas ele bem que me merecia, me tirava do sério. Ele pôs as mãos no meu rosto e deixou escorregar pra minha nuca, me puxando para um beijo bem tranqüilo e devagar. Foi escorregando a outra mão até a minha cintura, puxando meu corpo de encontro ao dele. Eu terminei o beijo com um selinho.

– FELIPE NARRANDO –

Chegamos à cidade depois de uns 35 minutos, era pequena, parecia ser interiorana, mas não sabíamos, fomos procurar bebidas, só achamos ice e cerveja em poucos locais aberto, era feriado, quase todos os estabelecimentos estavam fechados.
– e agora? – o Caio perguntou – isso tem lá no rancho. Quero bebida mais forte e uns lanches também, só tem os das meninas, não quero nada delas.
– cara, só se formos a cidade – eu sugeri.
– porra Felipe, não, vamos levar umas 6 horas pra ir e voltar, não compensa – o Rapha reclamou.

– que nada moleque, correndo dá pra fazer em até 4 horas – o Caio me apoiou.
– pelo menos pegamos o nosso carro e trazemos mais coisas, não precisamos voltar de ônibus. Borá lá... – eu disse tentando convencê–los.

O Lucas me olhava estranho e eu já sabia por quê. Acabou que os meninos toparam ir, menos o Lucas, mas fomos mesmo assim. Saímos de lá e fomos rumo a nossa cidade. Chegamos lá em quase a metade do tempo que o ônibus levou.

– MABI NARRANDO –

Quando eu e o Bê terminamos o beijo ouvimos uma risada um pouco de longe e foi se aproximando.
– ora ora, acho que alguém mentiu pra mim não é?!

Olhei pra trás e era o Pedro se aproximando. O Bernardo jogou a cabeça pra trás e deu uma risada. Eu fiquei séria, dividia o olhar entre os dois.
– do que você está falando Pedro? – eu perguntei apreensiva.
– a tua namoradinha tinha razão né Bernardo? Vocês devem ter dormido juntos naquele dia e me enganaram muito bem com todo aquele showzinho – ele disse pondo–se em pé com os braços cruzados em minha frente.

– você acredita em quem quiser PV – o Bê disse sorrindo.
– eu não credito em vocês, isso acabou de me ficar claro.
– então se não quiser acreditar no que a Mel te falou, por mim não tem problema, não faz diferença alguma.
– não rolou nada Pedro. A Mel mentiu pra você e não eu.

– Mel... Mel... Ela até que é gostosinha... Ficamos umas vezes, mas logo dispensei. O Bernardo teve razão em trocá–la por você, você é bem melhor – ele disse olhando pra mim e em seguida passou a mão em meu queixo.
– você é nojento Pedro.

Ele apenas sorriu fraco.
– me digam uma coisa... Por acaso o Lucas não sabe disso não né? – ele disse apontando pra mim e pro Bê.

Eu e o Bê nos olhamos e não respondemos.
– era o que eu imaginava – o Pedro abaixou a cabeça e riu, depois levantou e olhou pra mim – é bom saber que não fui o único a ser enganado.

Virou-se e saiu. Eu olhei pro Bê com o uma cara furiosa.
– droga Bernardo! E agora?
– agora o que Mabi? A culpa não é minha, ele apareceu.
– ta ta, a culpa é toda minha... – pus as mãos na cabeça e fiquei apreensiva.
– ta nervosa por quê?
– porque ele vai falar, com certeza.
– vai falar pro Lucas, grande coisa – ele revirou os olhos.

Eu fiquei olhando feio pra ele.
– eu sei que você ta achando isso ótimo Bernardo, mas eu me importo com o Lucas, você sabe disso.

– infelizmente sei. Mas uma hora ele vai ter que saber.
– não pelo PV. Quando eu me decidi eu falo com ele.
– e quando você vai se decidi?
– não sei Bernardo. Vocês me deixam mais confusa do que eu já estava.

Ele ficou parado me olhando e começou a rir do nada.
– você ta pouco se importando com o Lucas né?!

– sinceramente? Ele sabia que eu te queria de volta, se envolveu contigo porque quis agora ele que agüente as conseqüências. E outra, se ele não fosse tão mané, não deixaria você ficar com outro.
– apesar de gostar muito dele, não temos nenhum compromisso. Teoricamente não estou o traindo com você.
– você não gosta dele Mabi... Isso é qualquer outra coisa menos paixão – ele me instigou.
– gosto sim Bernardo e muito – eu disse furiosa – sei lá, eu acho que você não quer ouvir isso, mas eu sou apaixonada pelo Lucas.

– se fosse não estaria comigo.

Eu fiquei furiosa, dei um tapa no rosto dele. Ele ficou parado me olhando e sorriu.
– beleza Mabi.

Eu fiquei olhando pra ele sem acreditar que tinha feito aquilo.
– dês–cul–pa Bê – eu disse gaguejando – mas você mereceu.
– eu mereci?
– Você não tem o direito de falar essas coisas, nem de duvidar dos meus sentimentos. Só quem sabe deles sou eu, só quem sabe o quanto eu to sofrendo por ter que decidir entre vocês, SOU EU – eu falei alto – mais ninguém.
– desculpa, eu só estava...

– eu estava quieta no meu canto – comecei a chorar e falar mais alto – quando você veio me procurar com essa proposta idiota. Eu já tinha te esquecido.
– não me culpe sozinho não, você também quis, eu não te obriguei a ficar comigo nenhuma vez se quer – ele disse passando a mão no local do tapa.
– se você não resiste quando fica perto de mim, você acha que eu iria resistir? Justamente por isso que eu me mantinha longe de você, eu te amei por anos Bernardo, recebi muito amor seu, mas também recebi muita patada. Do mesmo jeito que com o Pedro. Apaixonei-me pelo Lucas e pretendia me envolver com ele sim. Melhor tentar com outra pessoa, do que sofrer por quem já me fez sofrer.

– pretendia? Não pretende mais? – ele sorriu.

Eu não falei nada, as lágrimas não paravam de cair e eu sai andando.
– ei, me espera Mabi – ele gritou.
– me deixa sozinha, ta?

Sai andando sem saber pra onde ir. As lágrimas escorriam pelo meu rosto, eu sabia que o Pedro não ia esquecer aquilo e muito menos deixar pra lá. Fui ate as barracas procurar a Karen, precisava conversar com alguém. Não a encontrei, quando eu estava indo pra sede esbarrei em alguém.
– ain foi mal – ela disse.

Eu olhei e era uma garota, novinha, loirinha, bem bonita.
– ah tudo bem – sorri fraco.
– você ta chorando? – ela perguntou – aconteceu algo? Ta bem?
– ah não, tudo bem. Só uma briga a toa – sorri forçado.
– ah sim... Tudo bem. Sou Alice, to no acampamento ao lado do seu.
– ahh me lembrei de você agora, você é irmã do Rodrigo né?
– isso, ele falou de mim? – ela perguntou contente.
– sim.
– Ta indo pra onde?

– to procurando a minha amiga, a Karen, uma ruivinha, sabe?
– sei, a vi beijando o Gabo lá na pista agora pouco.
– ah ta – dei um sorriso – Vou indo então Alice.
– ta bom, tchau Mabi.

Eu parei e a olhei.
– não disse meu nome, como sabe?
– o Dudu não para de falar de você – ela sorriu.

Dei um sorriso e fui pra minha barraca. Olhei no meu celular e já tinha 3 horas que os meninos tinham saído.

– FELIPE NARRANDO –

Fomos ao supermercado de sempre e compramos as bebidas, comidas, lanches, fui em casa, tomei banho, troquei de roupa, o Lucas também, peguei meu carro, o Lucas veio comigo, o Caio pegou o dele, o Rapha veio dirigindo o carro do PV. Quando saímos pra vir pro rancho já eram umas 4 e pouco da manhã.

– MABI NARRANDO –

Fiquei deitada lá dentro, mas deixei a portinha aberta. Estava distraída pensando no que havia acontecido, quando alguém apareceu.
– oi.

Levantei-me e era a Alice com o Dudu.
– oi gente.
– a Alice disse que você estava mal.

Ela sorriu pra mim.
– ah que fofa, mas não foi nada não, só discuti com o Pedro e com o Bernardo.

A Alice se despediu e saiu, nos deixando a sós.
– o PV e o Bernardo? Teus ex?
– é. Mas não quero falar sobre.
– tudo bem. Quer beber? Conversar? Passear?
– ah, beber – dei um sorriso.
– quer subir ou ficar aqui?
– prefiro ficar aqui.
– ok, vou pegar bebida.

Ele saiu e voltou em uns 10 minutos ou mais. Sentou ao meu lado e ficamos conversando besteiras. Apesar de mais novo, ele era muito legal de papo. Ficamos por horas batendo papo e nada dos meninos voltarem. A Carol chegou com a Deb e as duas estavam bem “animadinhas” de tanta bebida, entraram na barraca da Deb e capotaram. A Karen apareceu com o Gabriel.
– e os pombinhos ai não vão dormir não? – o Gabo nos perguntou.
– ah o papo ta gostoso – eu disse.
– você não sabe o que é gostoso – ele disse rindo e olhou pra Karen.

Nós rimos e ela corou.

– vamos tomar banho no riacho, querem ir?
– essa hora? Ta frio – o Dudu disse.

Eu me animei pra ir.
– então fica ai no quentinho porque eu vou.

Levantei-me e fomos pro riacho. Tirei a regata, fiquei de short e top, a Karen caiu de roupa mesmo e o Gabriel tirou só a blusa. Caímos na água e fiquei lá segurando vela. Logo o Dudu apareceu.
– vai entrar não princesa? – o Gabriel zoou com ele.
– to a fim não – ele deu um gole na cerveja e sorriu.

O Gabriel estava abraçado de lado com a Karen.

– então ta, se você não quer, eu quero – o Gabriel disse rindo.

Ele se aproximou de mim e sem largar a Karen me abraçou também e me deu um beijo no pescoço. Nós três rimos. O Dudu também riu e balançou a cabeça.
– vocês são doidos – ele disse.
– doido é você de deixá–la sozinha aqui.
– quem disse que ela quer? – ele perguntou.
– ela quer, tenho certeza – a Karen disse olhando pra mim.
– Karen! Deixa de graça – eu a advertir – preciso vir não Dudu.
– beleza – ele sorriu e continuou a beber.

Eu vi umas meninas do 3º ano um pouco próximas de onde estávamos e fui lá. Fiquei batendo papo e vira e mexe olhava pro Dudu, ele estava distraído olhando pros lados e o Gabriel estava beijando a Karen. Perguntei das meninas as horas e já eram 4 da manhã, resolvi sair da água, sentei ao lado do Dudu.
– frioooo bruuuu – eu estava tremendo.
– ta doida entrar essa hora. Quer minha blusa? – ele ofereceu.
– não, vou me trocar.
– vou com você.

Eu o olhei, séria e ele riu.
– vou pra minha barraca, calma – ele disse sério e eu sorri – Só vou aproveitar a tua carona.
– ah ta, desculpa.

Subimos, entrei na barraca e troquei de roupa, pus um vestido de alcinha, folgado, bem levinho, pra dormir mesmo. Sai e o Dudu estava me esperando em pé lá perto, fui lá com ele e descemos novamente pro riacho, nos sentamos nos banquinho e ficamos fofocando sobre as pessoas ao redor. Quando estava pra clarear a Karen resolveu sair da água e a chamei pra dormir.

– vamos Kaka, to com sono – eu bocejei.
– ta amor, vamos, tenho só que me trocar, mas as duas estão na minha barraca e agora?
– pega uma roupa minha, vem.
– tem um cantinho lá na minha barraca, bem quentinho e se você quiser nem precisa trocar de roupa, é só tirar – o Gabriel sorriu maliciosamente.

Eu e a Karen rimos.
– deixa pra outro dia – eu pisquei pra ele – hoje a ruiva é minha.
– e eu iria dormir onde Gabriel? Você ia me por pra fora é? – o Dudu reclamou.
– você iria pro lugar da Karen – ele sorriu e olhou pra mim.
– nem inventa Gabo, NEM INVENTA – eu disse devagar a última frase.

Eles dois deram uma risadinha. Dei boa noite, apesar de já ser dia e eu sai puxando a Karen. Ela se trocou e nos deitamos.
– amiga, você não quer o Dudu não né? – ela perguntou.
– acho que já tenho problemas demais Kaka. Ele é uma fofura, não seria legal usá–lo.
– mas ele ta interessado, não rola nem uns beijos?
– quem sabe depois – eu pisquei pra ela – os meninos não voltaram mesmo.
– nem me fale, quero nem ver a cara de sem vergonha do Raphael e do Caio.
– e o Lucas? Ai que ódio!

Ficamos um tempo falando besteiras quando me lembrei da briga com o Bê. Fui contar a ela e as lágrimas saíram aos poucos.
– nossa Mabi, e agora? Será que ele conta pro Lucas?
– acho que sim, ele vai querer “se vingar” – fiz aspas com os dedos – de alguma forma de mim e do Bernardo.
– e se o Lucas descobrir? Acha que ele não fala mais com você?
– acho. E pior que nem sei o que fazer, gosto demais dele, muito mesmo, mas não consigo me livrar do Bernardo. É uma atração, um sentimento, algo me prende a ele, mas não consigo confiar o suficiente pra voltar, não sei se quero. Argh! Que sensação estranha.
– relaxa amor, não sofre por antecipação. Quando o Lucas chegar conversa logo com ele.
– ain amiga, não sei nem como contar, mas vou tentar. Vamos dormir agora.

Viramos-nos e dormimos.

– FELIPE NARRANDO –

Eu e o Lucas estávamos no carro conversando e ouvindo rádio, quando chegou a certa parte da estrada o sinal sumiu.
– põe pra tocar o cd que ta ai dentro – eu pedi.

Ele ligou e começou a rodar o cd do exaltasamba. Continuamos conversando e ouvindo música paralelamente, até começar uma música, eu e o Lucas nos calamos.
“Ela curte um funk, Ela é de balada, Ela gosta da night, Ela é de beber, Da um role junto com as amigas, Só volta pra casa ao amanhecer, Vive a vida tão intensamente, Não vejo maldade é só curtição, Quando a gente ama não vemos defeitos. Ela é a dona do meu coração ?”

Eu olhei pro Lucas e ele estava me olhando. Caímos na risada.
– essa música é a cara das meninas – ele disse.
– ow se é – concordei – só a gente pra agüentar elas.
– me diz uma coisa Felipe – ele pediu – tu gostas da Carol?

Eu me calei por um tempo antes de responder.
– gosto, mas não dá pra levá–la a sério.
– dá sim, você que não quer. Duvido que ela não aceite algo sério com você.
– agora não mais né – eu sorri – e minha irmã?
– preciso te pedir um favor.

Olhei pra ele e fazia cara de cachorro pidão.

– fala – respondi rindo já.
– dorme com a Carol?
– ah velho, ta vendo que não tem nem condições isso... Pra que?
– queria dormir com a Mabi na barraca dela.
– sei... Vou ver o que eu faço, qualquer coisa vai pra nossa, eu saiu de lá, arranjo uma barraca pra dormir, saca?
– sei, mas lá não dá, se o Rapha e o Caio aparecerem eu mato os dois, juro que mato. Sem contar que tem o Bernardo do lado.
– ta, vou vê como te ajudo, falow?
– beleza – ele disse sorrindo.

Chegamos ao rancho por volta das 6 e pouco da manhã, estávamos exaustos. O Lucas pegou uma flor no jardim e foi acordar a Mabi, depois voltou puto, acho que levou um corte. Eu cai e dormir.