Fanfic: Nem sempre o amor pode está certo. 1º Temporada e 2º Temporada | Tema: web novela

– MABI NARRANDO –

Acordei um tempo depois com alguém cima de mim.
– sai... – resmunguei sem abrir os olhos.
– bom dia princesa.

Virei-me e abri os olhos, era o Lucas, com uma flor na mão. Olhei pra ele sem acreditar e fechei a cara.
– me deixa dormir Lucas. Sai.
– como?! – ele exclamou assustado – o que foi Mabi?
– da licença Lucas, por favor.
– eu hein?! Que mau humor Mabi.
– depois conversamos.

Ele saiu e eu voltei a dormir puta, não acreditando que eles haviam mesmo passado a noite fora. Acordei junto com a Karen em torno de umas 11:30 com cheiro de churrasco. Pegamos nossas coisas de higiene, toalha e roupas, acordamos a Deb e a Carol e estávamos indo pra sede quando vimos que os meninos tinham chego e que havia dois carros lá, do Caio e do Felipe.
– ué? Eles foram buscar os carros? – a Carol me perguntou.
– não sei Cá, não perguntei, expulsei o Lucas hoje da minha barraca.
– quero vê a desculpa que eles vão dar – a Deb disse olhando pra barraca deles.
– é muita cara de pau! Cada vez me surpreendo mais com eles – a Karen completou.

Subimos até a sede, esperamos pra tomar banho e fomos nos trocar. Coloquei um biquíni novo, era cortinha em baixo, amarelo e em cima top tomara que caia que cruzava no meio dos seios, cor branca, por cima pus uma saia soltinha, de elástico na cintura e babado embaixo, branca e de tecido leve e calcei havaianas. Prendi o cabelo em um trança lateral e pus meus óculos escuros.

Voltamos pras barracas e as meninas foram logo pro riacho, arrumei nossa “cama” dentro da barraca e vi o Dudu e o Rodrigo comendo na barraca deles, tinham acabado de acordar, os cabelos estavam bagunçados, estavam apenas de short e de óculos escuros. A Karen veio até mim reclamando de fome, eu disse que iria me aproximar deles pra filar o café da manhã, já que nosso isopor estava com os gostosões e eu nem queria passar perto deles. Ela riu e concordou.
– bom dia – dei um sorriso.
– imagina Dudu, acordar todo dia com uma coisa linda dessas sorrindo pra você – o Gabriel disse ao me olhar.
– se eu dormisse com ela, não iria nem querer acordar – o Paulinho disse se aproximando.

Eu estava corada, morrendo de vergonha.
– nem eu, vai que é um sonho – o Rodrigo concordou rindo.
– ai gente, bando de bobos – eu disse sem jeito.

A Karen se aproximou de nós.
– bom dia meninos – ela também sorriu.
– oi maravilha – o Gabriel falou sério.
– imagina acordar todo dia com uma coisa linda dessas sorrindo pra você – o Gabriel pra Karen dessa vez.

Eu e o Dudu rimos.
– o que foi? – a Karen perguntou.
– ele usou a mesma cantada pra mim – disse baixinho pra ela que riu também.
– vocês poderiam nos acordar todo dia? – o Rodrigo disse rindo – juro que meu humor está melhorando 25% cada vez que uma de vocês aparece.

Nós coramos e mudamos de assunto.
– to com fome – ela disse.
– eu também – fiz beicinho – tem algo pra gente?

– eu? – Gabriel respondeu enquanto tomava um iogurte.
– de comer Gabriel – a Karen revirou os olhos.
– então... – ele sorriu maliciosamente.

Todos riram.
– Mabi... – o Paulinho ia falando.
– ta na água com a Carol – eu o interrompi.
– eita, eu nem ia perguntar isso – ele disse rindo.
– sei... O que você ia falar?
– é, quero saber também – a Karen se pôs ao meu lado e cruzamos os braços.
– não me olhem assim, tenham piedade, eu não vou resistir desse jeito – ele disse fazendo cara de dó.

Rimos da cara dele e ele desceu atrás da Débora, provavelmente.

– tem suco, frutas, iogurte, leite... O que vocês querem? – o Dudu ofereceu.

Eu e a Karen nos olhamos e olhamos pra eles.
– você não tem nada que adolescente comem não? – eu perguntei.
– vocês são adolescentes né? – a Karen completou.

Eles riram.
– o que vocês querem? – o Rodrigo perguntou.
– toddynho, chocolate, biscoito, pão, refri, queijo, presunto... Coisas normais pra um café da manhã.
– tem sim – o Gabriel mostrou o isopor – eles estão querendo fazer média.

Fomos lá, pegamos pão com queijo e presunto, um toddynho e dois pacotes de bolacha de chocolate.
– eita, nos saquearam – o Dudu disse rindo.
– vocês vão se alimentar ou alimentar o acampamento inteiro? – o Gabriel nos zoou.
– nem é, só tem 4 pães, 4 toddynhos e 2 pacote de biscoitos. Depois pagamos né Karen?! – ela concordou rindo.
– vou levar pras meninas.
– deixa que eu levo pra elas – o Rodrigo se ofereceu, pegou as coisas e desceu.

Eu e a Karen ficamos comendo o nosso conversando com os meninos.
O Lucas e o Felipe apareceram lá conosco.
– ta cheio de comida no nosso isopor e no de vocês também. Precisa tomar café aqui? – o Lucas disse parando atrás de mim e da Karen.
– ouviu alguma coisa Karen?
– não Mabi, vocês ouviram meninos?

Os meninos não responderam, apenas fizeram uma cara de quem segurava a risada.
– ta cheia de graçinha né Mabi?! – dessa vez era a voz do Felipe.
– sempre fui cheia de graça – eu me levantei e fiquei olhando pros dois.
– vamos tomar café conosco? – o Lucas chamou.
– já tomei, to satisfeita – eu disse chupando o toddynho pelo canudinho.
– porque você ta tão brava hein? O que eu fiz?
– espero que tenha aproveitado muito bem a noite de vocês.
– que noite Mabi? Fomos à cidade pegar bebida e os carros, nada demais. Você sabe que é longe – o Felipe tentou explicar.

– nos poupe, ta Felipe – a Karen se levantou e foi andando.
– a gente pode conversar? – o Lucas pediu.

Fiquei olhando pra ele, no fundo eu sabia que ele não estava aprontando nada.
Mas pow, precisa passar a noite fora com os meninos sem nem avisar?
– mais tarde – fui seca.
– deixa de coisa Mabi, fala com o Lucas – o Felipe se intrometeu.
– dá um tempo Felipe, porque você é o primeiro a aprontar essas coisas.
– ah meu deus – ele riu – agora a culpa é minha.

A Karen me puxou pela mão e saímos andando, só demos tchau com as mãos pro Dudu e pro Gabo. Fomos andar pelo rancho. Sentamos e ficamos vendo o pessoal jogando futebol, depois fomos ver o vôlei, bater papo com os professores que estavam na piscina só aproveitando. Quando foi lá pelas 14 horas o pessoal anunciou churrasco, fomos comer. Depois resolvemos descansar na barraca, deitamos e cochilamos mesmo estando muito calor por 1 hora. Às 15 e pouco resolvemos pegar sol. Chamei a Carol e a Deb, pegamos nossas cangas, boné, óculos, bronzeador, protetor labial e rosto e fomos. Procuramos um lugar perto do riacho. Esticamos as cangas, tiramos a roupa e ficamos só de biquíni. De onde estávamos dava pra ver os 5 emburrados. Sentados bebendo e nos olhando.
– vi o Felipe de papo com uma guria lá no riacho – a Carol disse bufando enquanto passava protetor no rosto.
– nem me fale, hoje à noite eles vão aprontar todas aqui – a Deb disse em tom triste.
– quero nem ver o Rapha com mulher nenhuma – a Karen também falou em tom triste.
– e eu achei que tivesse me acertado com o Lucas – eu bufei – sempre alguma coisa atrapalha.

Olhamos pra eles e nos entreolhamos.
– e aí, vamos ficar aqui lamentando por eles ou vamos curtir? – eu disse tentando animá–las.

– é mesmo, temos os mais gatos nos nossos pés – a Deb também tentou nos animar.

Eu e a Karen olhamos pra Deb e caímos na risada.
– menos Deb, menos, que não temos ninguém aos nossos pés – eu disse.
– os vizinhos – ela deu de ombro.
– eu estava gostando dele – a Carol disse cabisbaixa – pela primeira vez sentia algo forte por alguém – ela olhou pra gente triste.

Nós a abraçamos e ficamos tentando animá–la, os meninos só observavam e vira e mexe mexiam com alguma menina.
– Carol pensa que você ta pegando o gato do Rodrigo. Aproveita amiga, depois você se resolve com o Felipe – a Deb disse.
– ta, ta – ela se sentou na canga e começou a passar bronzeador nas pernas.

Eu nunca tinha visto a Carol daquele jeito, muito menos por um garoto. Era estranho.  Ela e a Deb já tinham se estirado na canga e eu e a Karen ainda passávamos bronzeador. O Dudu e o Gabriel vinham passando por nós e deram com a mão, a Karen os chamaram.
– Karen para de ficar me empurrando por Dudu, eu fico com vergonha – eu sussurrei pra ela.
– parece que os papéis se inverteram – ela riu – antes você que fazia isso comigo e com o Rapha, lembra?
– é mesmo – eu ri também.

Os meninos chegaram e a Karen deu um selinho no Gabo. Eu olhei meio que surpresa e o Dudu apenas sorriu.
– Gabo passa óleo em mim? Esse negócio de eu e a Mabi ficarmos passando uma na outra não rola, né amiga?
– é né – eu ri.

O Gabriel passou nas costas dela e eu fiquei esperando.
– Karen, você não vai passar em mim?
– não né Mabi – ela disse com desprezo.
– Carol, Deb?
– claro que não Mabi – elas viraram o rosto pra responder e voltaram a fechar os olhos.
– q–u–e–r ér aju–da? – o Dudu disse gaguejando.

Eu fiquei morta de vergonha por ele, mas aceitei. Virei-me de costas e ele ficou simplesmente travado. Olhei pra trás e ele estava olhando pro chão.
– Dudu, tudo bem?
– ahn ér, ta sim – ele sorriu tímido.

Ele espirrou o óleo nas minhas costas e começou a passar, depois foi descendo pra minha cintura e ao chegar no quadril, senti a mão dele saindo do contato em minha pele.

– chega aí, isso daí não é pra você por a mão não.

Olhei e pra variar era o Lucas.
– Mabi, parou, ta?! Chega! Se você está com raiva de mim eu entendo, mas...
– mas o que Lucas? – fiquei o olhando esperando uma resposta.
– mas você e esse garoto aí... – ele suspirou e grunhiu – grrrr ta passando dos limites já.

Eu não falei nada, continuei o encarando.
– vira, por favor – ele pediu.

Virei-me de costas, ele pegou o bronzeador das mãos do Dudu e espalhou na minha cintura e meu bumbum. Quando terminou me virou de frente com delicadeza e pôs a mão no meu rosto e me deu um beijo rápido.
– Eduardo, não se atreva a toca nela, se não eu acabo contigo – ele disse bravo e em seguida empurrou o pote do bronzeador com tudo no peito do Dudu e saiu.

Fiquei olhando ele ir, passou direto pelos meninos e sumiu no meio das barracas. Os meninos ficaram sentados olhando, depois o Felipe levantou e foi atrás dele. As meninas haviam se virado e ficaram olhando também. O Dudu estava imóvel.
– Dudu desculpa, o Lucas ta ficando doido, só pode, não acredito que ele fez isso...
– tudo bem Mabi – ele me interrompeu – ele está com ciúmes.
– mesmo assim desculpa, você não tem culpa de nada.
– não é que eu não tenha culpa, eu posso não ter feito nada, mas pode ter certeza que não é por causa dele – ele sorriu e se afastou, andando com as mãos nos bolsos como sempre, o Gabo foi junto.
– não sei como você resiste Mabi – a Carol disse.
– delicia, ele – a Deb disse.

Nós a olhamos e rimos.
– danadinha – a Carol disse beliscando ela.

Deitamos-nos e ficamos pegando sol, depois viramos de bruços e continuamos lá. Às vezes alguns meninos mexiam conosco, mas nem ligávamos, até que escutamos um “fiu fiu” bem de perto. Olhamos pra trás e era o Pedro com 2 amigos dele.
– boa tarde meninas – ele disse sorrindo.

As meninas os cumprimentaram, menos eu que apenas o olhava.
– o que foi Mabi? – ele perguntou com aquele sorriso sarcástico no rosto.
– nada Pedro.
– a gente pode bater um papo?
– não – falei seca e me deitei novamente.
– tem certeza?

Já percebi o que ele iria fazer, resolvi ir.
– rápido Pedro, muito rápido.

Levantei-me e sai andando ao lado dele. Olhei pro Bê de longe que coçou a nuca e fez uma cara nada boa, ele sabia do que se tratava.

– então... – eu perguntei.
– quero saber se você ta a fim de ir pra baladinha que vai ter aqui à noite, comigo.

Eu sorri.
– não dá Pedro.
– porque não Mabi? A gente podia se divertir. O que acha?
– acho que não dá. To a fim de ficar sozinha.
– e o Lucas?

Eu revirei os olhos e respirei fundo.
– porque você não conta logo pra ele e estraga tudo entre eu e ele?
– tadinho, deixa ele se divertir com você um pouco ainda.
– ai Pedro, que ridículo, eu vou contar... Você não vai conseguir fazer chantagem comigo.
– eu não vou é perder a oportunidade de acabar com a festa dele.

Ele sorriu maliciosamente.
– me esquece Pedro. Me esquece – sai andando rápido.
– certo... Mas a gente se esbarra por ai então – ele gritou.

Ele saiu andando e sorrindo. Não gostei nada daquilo, o Pedro não era de fazer esse tipo de coisa, sem insisti antes. Voltei lá com as meninas e a Karen me olhou como quem perguntava o que tinha havido.
– quer me chantagear – eu sussurrei.

A Karen revirou os olhos e eu ri.
– Mabi, preciso da tua ajuda aqui – era o Bê.

Eu já sabia do que se tratava, me levantei e fui com ele.
– oi Bê.
– ta menos brava?
– é, um pouco. Pelo menos com você.
– que bom – ele sorriu – só vim pedir desculpas, de cabeça fria. Realmente peguei pesado no que eu falei. Não vou me meter mais na sua relação com ele. Vou fazer minha parte em tentar te reconquistar e só.

– Bernardo... – fiz uma pausa e suspirei – eu... Não sei o que fazer.
– tudo bem – ele me deu um beijo na testa – A gente se encontra por ai? – piscou e saiu andando.
– ér... Claro.

Virei-me e voltei lá com as meninas, deitei bem pertinho da Karen e sussurrei.
– eu sei que esse menino ainda vai me dar muito problema, mas não consigo resistir a ele – suspirei.
– ah eu com um “problema” desses – ela fez aspas com as mãos e eu ri.

Ficamos no sol até umas 17 e pouco, depois descemos pro riacho. Tomamos banho, brincamos de bola na água com um pessoal que tinha lá. Vi o Felipe ficando com uma menina na água, pouco perto de onde estávamos, sorte é que acho que a Carol não viu. Subimos à noite pra tomar banho, pus um vestido leve fui pra barraca.

– viu a tenda? – o Dudu perguntou ao se aproximar.
– vi sim, o que é? Passei longe.
– tem uma bancada também, caixas de som, o Leo disse que contratou um DJ.
– mas esse gosta de exibir que tem dinheiro, hein?! – eu disse com desprezo.
– deve ter dedo do teu ex também.
– affff... Nem me fale dele.

Ele sorriu e saiu andando. Entrei na barraca pra me trocar e a Karen e a Carol chegaram, eu estava de lingerie quando elas entraram na minha barraca.
– ai suas doidas! – eu gritei – achei que fosse um dos meninos.

Elas riram e se desculparam.
– quero arrasar hoje – a Carol disse.

– você arrasa sempre Cá – a Karen disse piscando pra ela.
– ow ruiva que eu amo, vem cá, vem – a Carol pulou em cima da Karen e elas caíram no chão da barraca e ficaram rindo.
– lesinhas – eu comentei – o que vão vestir?
– quero um short curto e uma blusinha fresca – a Karen disse.
– hummm você nunca gostou de shortinho curto – a Carol disse.
– agora eu gosto – ela deu de ombros – e muito – completou sorrindo.
– isso é pro Rapha ou pro Gabriel? – eu perguntei.
– é pra quem quiser olhar. Inclusive praquelas piranhas se elas forem aparecer – ela disse se referindo à Nat e Mel.
– elas vêm é?
– parece que só hoje à noite ou sábado de manhã.
– eca! – eu e a Carol falamos juntas.

– e o que eu visto gente? – eu perguntei em dúvidas.
– algo que deixe o Dudu doidinho – a Carol disse fazendo cara de sem vergonha.
– sai daí Carol – eu joguei uma blusa nela – não vou ficar com ele.
– e com o Lucas? – ela questionou.
– ah, quem sabe – eu pisquei.
– ow o amorrrrrrrrrr – elas gritaram.
– põe um shortinho curtinho e tomara que caia, você fica linda assim – a Karen disse pegando um short da Carol.
– obrigada Kaka, mas esse short vai ficar mini em mim, a Carol é menor que eu – disse olhando a roupa.

– a intenção é essa sua besta, veste logo – a Carol disse brigando comigo.

Pus o shortinho jeans e o top, era tomara que caia rosinha claro, colado e tinha um plisado no busto, em mim ficou curto, mais ou menos na altura do umbigo e o short colado, além de curto. Calcei um chinelo e prendi o cabelo em um rabo de cavalo alto. A Carol pôs um vestido soltinho, curto, azul, muito lindo. Saímos e fomos à barraca dos meninos comer. Chegamos sem nem falar com eles, estávamos rindo e conversando, eles estavam de bermuda e blusa, chinelo e o Lucas de boné, pra variar. Estavam conversando e arrumando as coisas por lá, vi de longe o Caio de papo com uma guria, ainda bem que a Deb não estava conosco. Pegamos refri, biscoito e salgadinhos e saímos.
– ei – o Fê gritou.

Virei-me pra olhar e ele me chamou com o dedo, fui lá.
– oi Fê.
– ta bonita – ele me elogiou.
– obrigada maninho – eu disse dando um giro.
– mas não acha muito curto esse short não?
– é da Carol – eu sorri.
– mais imoral impossível e precisa mostrar a barriga também?
– ah Fê, vai ficar implicando? Vou passear, tchau – dei um beijo no rosto dele e me virei.
– ei, mesmo assim você ta linda... – eu sorri pra ele – e bem feliz, né?
– sim, qual o problema?

– nada – ele me puxou e me deu um beijo no rosto – só não quero que você fiquei chateada comigo.
– tudo bem, daqui a pouco todos esquecem essa confusão – eu sorri e me virei.
– ahhh – ele me puxou pelo braço de novo, me abraçou e falou no meu ouvido – se o Lucas não estivesse aqui, eu ia dormir na tua barraca todos os dias, você está uma delicia com essa roupinha.

Eu ri alto e os meninos nos olharam.
– doida – ele sussurrou.
– se empolga não Fê, nem rola aqui e to bem feliz ficando com o Lucas.

Ele me abraçou mais forte, passou um braço na minha cintura e pôs a outra mão dentro do bolso do meu short, apertando meu bumbum.
– não precisava deixar de ficar com ele não, só precisa dormir comigo – ele sussurrou no meu ouvido e depois mordeu minha orelha. Eu me arrepiei todinha e dei uma risada sem graça.
– você não presta! – eu disse com um sorriso na cara.
– nem você.

Mandei um beijinho pra ele e me afastei.
– ei – ele chamou de novo – diz pra Carol que ela também ta muito gostosa hoje. Se vocês quiserem passar na minha barraca mais tarde... Eu mando o Lucas vazar – ele disse baixinho.
– safado! – eu sussurrei – eu troco o Lucas pela Carol.
– feito! – ele disse rindo.

Voltei lá com as meninas.
– o que ele queria? – a Karen perguntou.
– me encher por causa da roupa.
– ah ta.

– o que ele queria de verdade? – a Carol sussurrou perto do meu ouvido.
– dormir comigo, dizer que você ta gostosa e pedi pra eu te mandar pra barraca dele mais tarde.

Ela riu.
– coitado! Hoje vou pra barraca do Rodrigo – ela piscou pra mim.

Eu apenas ri. Subimos comendo e fomos lá pra tal tenda. Começamos a dançar, logo a Deb chegou com o Paulinho, de mãos dadas. Ficamos os 5 dançando. Ele toda hora trazia bebida pra gente, umas batidas de frutas bem gostosas. Depois apareceu os outros três, Dudu, Gabriel e Rodrigo. Fizemos uma rodinha e ficamos dançando. Após quase uma hora com eles, o Felipe chegou com o Lucas, se aproximaram da gente e me deram uns copos de 500 ml, eu entreguei um pra cada um, o Felipe passou colocando energético e depois montilla. Ninguém hesitou, rapidinho não tinha mais nada nos copos. Um tempo depois chegou o Rapha de mãos dadas com uma loira, pediu um copo do Felipe e serviu bebida pros dois. Olhei pra Karen e ela estava com os olhos arregalados, parecia não acreditar. A puxei pela mão e saímos da pista.
– Kaka...
– eu sabia que isso iria acontecer, mas a ficha não tinha caído, sabe? – ela me disse com um ar de tristeza.
– amor, eu sei que eles aprontaram, que vocês estão chateadas, mas ou vocês fazem as pazes com eles ou então terão que agüentar isso...

– ah Mabi, não vou dar o braço a torce, se ele quer guerra, ele vai ter.

Ela saiu furiosa pra pista e eu fui atrás dela correndo. Ela chegou no Felipe e esticou o copo, ele ficou olhando pra ela sem saber o que fazer, eu cheguei em seguida e assenti com a cabeça.
– ali no isopor – ele apontou pro isopor.

Nós olhamos e o Caio estava com uma mulata no maior amasso lá do lado. Olhamos pra trás e a Deb estava beijando o Paulinho.
– menos mal, ela não está vendo – a Karen disse.
– ou fez que não viu – eu comentei.

Fomos lá e abrimos o isopor, tinha um pouco de gelo e várias garrafas de tequila, montilla, uma vodka desconhecida, scarloff, absolut, Martini, red label, vinho e outras várias bebidas, além de energéticos e refris.

– gente quanta bebida... – a Karen disse boquiaberta.
– eles exageraram, hein?!
– então.

Eu coloquei gelo nos copos e enchi de absolut com refrigerante. Voltamos pra onde estávamos dançando e havia começado a tocar funk, a Carol era doida pelo mr. Catra e era justamente as músicas dele que estava tocando, ela estava dançando feito uma doida junto com Rodrigo, o Felipe estava bebendo com o Lucas e conversando com um casal da sala dele. Percebi que às vezes ele olhava, mas tentava disfarçar. Eu e a Karen nos afastamos um pouco pra dançarmos sozinha e logo o Dudu e o Gabriel chegaram. A Karen ofereceu bebida pra eles, que aceitaram. Ficamos dançando e bebendo ali, vez ou outra a Karen beijava o Gabriel e pra variar o Rapha olhava. Uma das vezes eu fui pegar Martini e ao voltar todos estavam se beijando e o Dudu me esperando sentado, parei ao dele e ele me olhou.

– todo mundo se pegando – disse rindo.
– menos nós – eu sorri.
– é, mas to aqui pra lhe fazer companhia.

Eu o olhei rápido, acho que pareci assustada.
– digo, se você não for ficar com o Lucas, e quiser companhia, eu não vou ficar com ninguém, to de boa aqui.

Eu agradeci, sorri e ficamos dançando pagode. Depois voltamos pra pegar mais bebida, ele foi comigo, abri o isopor e olhei pra ele.
– escolhe.

Ele riu com um ar de surpresa.

– nossa! Acho que vou querer energético com red label.

Eu pus pra ele e pro Gabo, pra mim e pra Karen pus absolut com energético.
– você não ta misturando bebida não né? – ele me olhou feio.
– to nem aí – eu sorri.