Fanfic: Nem sempre o amor pode está certo. 1º Temporada e 2º Temporada | Tema: web novela

Era uma quinta feira à noite quando desci do carro e parei no portão da casa do meu pai. Meus pais são separados, mas casaram–se novamente com outras pessoas, eu morava com minha mãe, mas ela precisou ser transferida de cidade e eu não quis ir, estava indo morar com meu pai. Ele era casado com a marta a 3 anos, não tiveram filhos, mas a Marta tinha 1 do casamento anterior, o Felipe. Eles moravam no mesmo condomínio em que nós morávamos quando eu era pequena, quando houve a separação eu e minha mãe nos mudamos e ela se casou, com o Rodolfo, que também tinha 1 filho do casamento anterior, o Diego. Assim que parei em frente ao portão da casa de meu pai, vários pensamentos vieram em minha cabeça, olhei para a casa ao lado.
– A casa do Bernardo... – balbuciei e respirei fundo.

Nessa hora meu irmãozinho postiço aparece.
– É sim, você conhece o Bernardo de onde?
– Ele ainda mora aí? – perguntei com dor e esperança.
– Mora sim, desde pequeno... Ah – ele se lembrou – às vezes esqueço que você morava aqui antes.
– É, éramos amigos – eu respondi sem graça.

Vir–me–ei pra me despedir de minha mãe e Rodolfo.
– Minha filha, você tem certeza de que não que ir morar conosco em São Paulo? – perguntou minha mãe com uma carinha triste.
– Não mãe, não quero perder o ano letivo e nem minha amigas.
– e o namorado, né?! – disse o Rodolfo com um sorriso no rosto.
– é, é – eu disse sem graça. Afasta–me um pouco do Pedro iria me fazer bem, mas não compensa perder o resto.

Eu e o Felipe saímos andando em direção a sala. Lá meu pai e a Marta me deram boas vindas e pediram pro Felipe me mostrar meu quarto. Subi na frente enquanto o Felipe vinha atrás de mim, me secando.

– Ow, dá pra parar de me olhar. – disse com cara de brava.
– to olhando não. To analisando bem o material – ele disse, me virei e mostrei língua pra ele, e imediatamente ele me olhou com uma cara de safado, que convenhamos me deixava doidinha – olha, esse é teu quarto, bem na frente do meu, aliás acho que era seu antigo quarto, né?!
– sim, sim – eu disse.

Fiquei olhando a decoração e era a mesma. Toda em branco e lilás. Era lindo, foi tudo muito bem conservado. Havia uma janela grande, toda de vidro, em todos os cômodos da casa, e no meu quarto a janela dava de frente pra janela do quarto do Bernardo. Lembro–me como se fosse ontem, nós dois pirralhos, escrevendo um pro outro, mensagens na janela dos nossos quartos.
– alô, alô! Terra chamando Mabi – me chamou o Felipe, estalando os dedos na minha frente.
– há? Ah, desculpa Fê eu tava distraída me lembrando da minha infância, agora se você me der licença, eu vou descansar – disse apontando para a porta.
– se quiser companhia sabe onde me encontrar – ele disse com um sorriso malicioso no rosto.
– ok – eu dei uma piscadinha pra ele.

Fui fechando a porta, mas com vontade de pular em cima dele. Ele sabia como me provocar, fazia igual ao Diego, mas aqui eu tinha que me controlar, afinal, se meu pai nos pega juntos, ele me manda pra são Paulo e mata o Felipe.

Deitei–me e dormir feito um anjo.

Acordei cedo no dia seguinte, fiz minha higiene, tomei café e fiquei o dia todo em casa, arrumando meu quarto e desarrumando minhas malas. À noite o Felipe foi lá dar um oi e me tentar, mas eu tava muito cansada e nem dei bola. Eu só queria dormir, porque no dia seguinte ainda tinha muita coisa pra arrumar. Meu celular começou a tocar e eu saí procurando feito doida no meio da bagunça.

– Inicio da ligação –

– alô – atendi desmotivada.
– oi meu amorzinho – era o Pedro, todo meloso na linha.
– ah, oi, iae o que foi?
– Affff!! Nossa, amor, eu to aqui morrendo de saudades e você me trata assim.
– ah desculpa Pedro, to cansada, tenho muitas coisas pra arrumar da mudança ainda, depois a gente se fala, ok?!
– ok? Você passou 2 semanas viajando pra fora do País, volta e fica 2 dias sem se quer me ligar e agora ainda me corta? O que ta acontecendo Mabi? – sua voz estava irritada.
– ow Pedro, desculpa, eu não tinha como te ligar. Passei os dias aproveitando com a mamãe e o Rodolfo e desde que eu voltei não tive tempo mesmo. Eu juro, amanhã a gente se fala, ta?! Beijos.
– ok então, amanhã eu te ligo. – disse desligando pra nem dar tempo de eu discordar.

– Fim da ligação –

Depois que desliguei, fiquei pensando. O Pedro é foda cara! Não me dá sossego 1 minuto, já até sei o que ele quer quando ta meloso assim. Sexo. Mas ele vai se dar mal, porque duvido que papai deixe eu dormir na casa dele como a mamãe deixava. Troquei-me e fui dormir.

Já era terça feira da semana seguinte e eu ainda não havia saído de casa, passei o final de semana entre minha antiga casa e a “nova” trazendo minhas mudanças que não eram poucas. O meu pai não tinha tempo pra me levar, então a Marta me ajudava. Mas não dava pra trazer tudo no carro dela, então demoramos alguns dias e fizemos várias viagens. Por fim acabei deixando algumas roupas, sapatos, livros e outras coisas na casa antiga, porque eu não iria precisar com tanta urgência. O Pedro me ligava todo dia e eu sempre dava uma desculpa. Mas eu estava realmente cansada, só saia do quarto pra fazer minhas refeições, às vezes olhava pela janela do meu quarto e via o Felipe e uns meninos sentados na frente da garagem do Bernardo. Havia dois bancos de ferro na calçada e umas cadeiras plásticas, eles ligavam o som do carro e ficavam bebendo e conversando.

Nesse dia era em torno de 18:00 e eu estava deitada na cama, pensando nas minhas amigas. Sentia saudades. Não tive tempo de ligar nem pra Carol, minha Best e nem entrar na net, já que meu notebook estava na última caixa da qual eu abri. De repente a marta entra no meu quarto e me pede pra chamar o Felipe lá na rua, pois iríamos sair pra jantar. Não tive opção e fui. Cheguei perto deles e logo eles me olharam como quem via uma assombração, com cara de assustados.
– oi fê – disse bem sem graça, enquanto os outros 4 meninos me comiam com os olhos.
– oi Mabi, o que foi?
– é que a Marta mandou eu te chamar – eu estava bem nervosa, nem olhava direito pros meninos.
– ah ta, acho que vamos jantar fora. Mas antes deixa eu te apresentar os guris. Caio, Raphael, Lucas e... – fui cumprimentando cada um deles com dois beijos na bochecha, mas quando chegou no último, eu olhei sem acreditar.
– Bê... – eu disse bem baixinho.
– oi Mabi... – ele disse engolindo seco.
– Ah, esqueci que vocês já se conheciam – disse o Felipe sorrindo sem saber o que tava acontecendo – Bom, gente essa é minha irmãzinha postiça!

Enquanto ele falava e os meninos riam, eu estava parada em pé na frente do Bernardo sem conseguir falar uma palavra se quer, apenas nos olhávamos.
– Senta aqui Mabi – disse o Rapha, me oferecendo uma cadeira.
– não, obrigada. Raphael, né?! – eu disse em dúvida.
– pode me chamar de Rapha, como todos me chamam.
– ah, tudo bem. Mas é que vamos sair. Borá Fê? – eu disse me retirando – tchau gente.

– BERNARDO NARRANDO –

Fiquei pálido quando a vi ali. Não acreditava que ela tinha voltado. Nesse momento parecia que toda raiva que eu senti quando ela sumiu tinha retornado. Mas ao mesmo tempo meu coração sorria ao vê–la novamente. Estava linda como sempre, mas ainda mais gostosa.