Fanfic: Nem sempre o amor pode está certo. 1º Temporada e 2º Temporada | Tema: web novela
Ele riu, passou a perna pro lado de fora do banco e eu sentei entre suas pernas, pondo as minhas por cima de uma de suas coxas. Virei meu tronco de frente pro dele e o agarrei pelo pescoço o puxando e lhe dando um beijo bem envolvente. Ficamos ali por longos minutos, o beijo foi esquentando, ele descia beijando meu pescoço, apertando minha cintura enquanto eu arranhava de leve suas costas.
– vem comigo – ele se levantou e me puxou.
Saímos andando em direção à sede, ele foi correndo e me puxando pela mão, chegamos na casa e entramos. Fomos olhando pra ver se não encontrávamos ninguém pelo caminho, ele abriu uma porta lá e era um closet, um quarto pequeno só com armários e roupas. Ele me olhou com uma cara de safado e me puxou pra dentro do lugar. Encostei-me na parede e ele veio me beijar. Agarrou na minha cintura e me beijava com muito tesão, eu estava com uma mão na sua nuca, acariciando seu cabelo e outra passava em sua barriga. Levantei sua blusa que ele em seguida tirou e desci a mão até o cós do seu short, era de tactel, com botão e velcro. Puxei o botão com tudo, fazendo o velcro se abrir e bermuda escorregar pelas suas pernas, o deixando apenas de sunga. Ele beijou meu pescoço e ombros, depois desceu o top do meu biquíni que era tomara que caia e abocanhou meus seios, beijou minha barriga, se ajoelhando na minha frente. Afastou o biquíni, pôs a língua na minha bct fazendo movimentos circulares alternando com chupadas, depois enfiou dois dedos dentro de mim e me penetrou com eles. Eu acariciava seus cabelos enquanto gemia baixo, pra não escutarem lá fora. Ele voltou a me beijar e foi a minha vez, me ajoelhei, abaixei sua sunga e segurei seu pau com as mãos, o punhetando, passei a língua na cabeça em movimentos circulares, depois coloquei todo na boca e chupei, ora forte ora de leve, ele delirava, gemia abafado. Terminei o sexo oral e o beijei no pescoço, ele se abaixou e pegou uma camisinha da sua carteira.
– precavido? – perguntei sorrindo.
– ando com uma na carteira sempre, depois que te conheci.
Eu apenas sorri. Ele me entregou a camisinha, me abaixei o chupei e coloquei–a. Assim que me pus de pé ele me empurrou na parede, me beijou enquanto levantava minha perna esquerda, prendendo na sua cintura, afastou meu biquini e me penetrou. O ritmo inicial era lento, ele colocava e tirava devagar. Sua mão direito me acariciava a nuca e a esquerda apertava meu bumbum, com muita vontade. Aos poucos ele foi aumentando o ritmo da penetração, estava ficando mais gostoso, me empolguei e lacei os braços no seu pescoço, apoiando minhas costas na parede e colocando a outra perna em volta de sua cintura. Abraçamo-nos e ficamos assim por uns minutos nos beijando com o corpo colado no outro. Ele desprendeu minhas pernas de sua cintura e me virou de costa pra ele, empinei meu bumbum, ele pôs meu biquíni de lado e me penetrou novamente, me segurando pela cintura. Certa hora ele aproximou mais seu corpo do meu e permaneceu beijando meu pescoço e acariciando meus seios, barriga e bct. Quanto mais eu gemia maior era a velocidade dos seus movimentos. Ele desceu sua mão para minha bct e pôs os dedos no meu clitóris, me masturbando, fazendo–me gemer mais alto. Acredito que ele entendeu meus gemidos e assim que eu gozei, ele gozou também. Meu corpo cansado se jogou de encontro com a parede e eu buscava o ar que não me tinha. Ele tirou o preservativo, pôs a sunga e a cueca enquanto eu estava estatelada na parede. Assim que se vestiu ele me abraçou por trás e beijou meu pescoço, em seguida mordeu minha orelha e sussurrou.
– agüenta mais um?
Eu ri ainda sem ar.
– você agüenta? – perguntei.
– não tenho outra camisinha aqui, uma pena, mas se você quiser... – ele disse descendo a mão pela minha barriga, pondo dentro do meu biquíni e cantarolou baixo em meu ouvido: – “... o teu desejo é o meu melhor prazer e o meu destino é querer sempre mais...”♪ Eu gargalhei baixo e virei o rosto pra ele, que por sua vez mordeu meu lábio inferior me deixando excitada novamente. Continuei a canção baixinho e sorrindo: ”Agora vem pra perto vem, vem depressa vem sem fim, dentro de mim, que eu quero sentir, o teu corpo pesando sobre o meu, vem meu amor vem pra mim, me abraça devagar, me beija e me faz esquecer. ♪” Ele sorriu e mordeu de leve meu ombro, logo seus dedos me penetraram e iniciaram movimentos de vai e vêm. Gemi durante uns minutos enquanto ele beijava meu pescoço e ombros e seus dedos percorriam toda minha bct, entrando e saindo e me masturbando. Ele me virou de frente e encostou o corpo no meu, senti seu pau duro outra vez, por de baixo da sua roupa. Comecei a acariciá–lo de forma descontrolada, uma vez que ele havia me segurado pela nuca e me beijado de forma eloqüente enquanto me masturbava. Fui ficando cada vez mais excitada até que gozei em seus dedos, mordendo seus lábios de um jeito violento. Ele se assustou e os afastou de mim. Olhei e havia ficado a marca da mordida, apenas sorri pra ele.
– nossa, foi tão bom assim? – ele perguntou.
– você não imagina o quanto – eu sorri maliciosamente – e agora vai ficar melhor.
Abaixei-me sorrindo pra ele e abri sua bermuda, ele apenas deu um sorriso sacana. Pus seu pau pra fora e o punhetei por um tempo, ele murmurava algumas palavras de tesão que não dava pra eu entender. Passei a chupar a cabeça enquanto o masturbava, e depois chupá–lo todo movimentado–o com uma mão. Logo ele aumentou o tom do seu gemido e ele gozou, melecando todo o chão. Levantei-me e sorri, ele me pegou pela cintura e me beijou.
Enquanto ele se vestia, eu me afastei um pouco de onde estávamos e me sentei no chão, encostada na parede com as pernas esticadas, ele fez o mesmo na minha frente e ficamos com a sola dos pés colados, apenas nos olhando. Às vezes dávamos um sorriso pro outro, mas nenhuma palavra.
Fiquei pensando em com o contar pra ele depois desses 3 dias maravilhosos que havíamos tido.
– um beijo pelo o que você ta pensando – ele propôs.
Fiquei muda por uns minutos, pensando em falar ou não. Estava tudo tão maravilhoso, mas eu me sentia culpada por enganá–lo. Eu poderia omitir ter ficado com o Bê, mas não poderia mentir quanto ao eu estar dividida.
– Lu, precisamos conversar – eu disse de cabeça baixa.
– o que foi minha flor?
– é algo chato, muito chato.
– hum... Fala, to ficando preocupado.
Eu me levantei e sentei ao seu lado, apoiei a cabeça em seu ombro e ele me abraçou de lado.
– é sobre o Bernardo...
Assim que eu disse o nome a sua feição mudou, ele ficou sério, com uma expressão de desdenho.
– ele me procurou, pediu pra voltar... – me calei.
Ele apenas me olhava, agora sem expressão nenhum no rosto.
– eu não aceitei, mas fiquei balançada. Então ele me deu um tempo pra pensar... – eu falava aos poucos, temendo alguma reação adversa dele.
– você gosta dele ainda?
Demorei pra responder.
– sim, mas não tanto quanto gosto de você.
– isso é bom ou ruim? – agora sua face ocupada uma expressão triste.
– pra mim é péssimo porque não sei o que fazer.
Ele não falou nada, engoliu a seco qualquer palavra que poderia sair de sua boca.
– me desculpa Lu. Sinto–me te enganando.
– então lhe darei o tempo que você quiser pra pensar no que fazer. Pelo menos eu não sou feito de besta – ele disse se pondo de pé na minha frente que ainda estava sentada.
– não Lu, por favor – eu segurei em sua mão – não to te fazendo de besta, mas é que... – não consegui terminar a frase.
– é que... – ele ficou esperando uma resposta – É que o que Mabi? – perguntou agora furioso – eu aqui apaixonado por você e você dividindo seu sentimento por mim com o Bernardo.
Ele saiu andando, me levantei e fui atrás dele.
– espera Lucas, entendo que você não queria mais ficar comigo, mas, por favor, fala comigo pelo menos, não me ignora não – falei enquanto umas lágrimas caiam.
Ele se aproximou de mim, enxugou minhas lágrimas, segurou meu rosto e me deu um simples e rápido beijo.
– quando seu sentimento for só meu, a gente volta a ficar juntos – disse olhando em meus olhos.
Ele se afastou e eu fiquei pensando no que falar, não queria perdê–lo. Tomei a decisão na hora e gritei.
– eu escolho você! Vou falar com ele, quero ficar contigo, só contigo... – eu disse em meio ao choro.
Ele parou, se virou e ficou me olhando.
– outra hora nós conversamos. Você está de cabeça quente. Se no meu lugar agora fosse o Bernardo e você o tivesse perdendo, também o escolheria.
Ele se virou e foi embora, eu continuei a chorar. Sentei-me em um sofá que havia na sala e fiquei por alguns minutos pensando. Logo o Pedro se aproximou.
– o que foi princesa? – ele disse enxugando minhas lágrimas.
Olhei com ódio pra ele.
– agora não Pedro, por favor. Me esquece.
– ei ei ei, calma, não precisa vir com 15 pedras nas mãos. To na paz.
– você nunca faz nada sem que tenha conseqüências favoráveis a você.
Levantei-me e sai. Fui indo rumo à barraca, passei pela dos meninos e estavam o Fê e o Rapha jogando baralho, se divertindo e o Lucas no chão, encostado em uma árvore com uma cara péssima.
– ei amor – o Fê gritou.
– oi Fê – eu disse parando impaciente.
– o que aconteceu?
Fiquei muda, o Bernardo vinha se aproximando, olhei pro Lucas e ele dobrou as pernas e abaixou a cabeça se escorando nos braços que estavam apoiados em seus joelhos. Minha respiração foi ficando ofegante, fiquei nervosa, com medo que o Lucas fizesse alguma coisa, por sorte ele não fez. O Bê pegou algo no isopor e se afastou pra comer. O Rapha me olhava e olhava pro Lucas já sabendo o que havia acontecido. Afastei-me e entrei na minha barraca. O Rapha veio atrás. A Karen estava lá dentro cochilando. Sentei-me e me pus a chorar, muito. Ela se sentou ao meu lado e ma abraçou. O Rapha pediu licença e entrou, sentando–se do lado oposto ao da Karen.
– você falou Mabi? – ele perguntou me abraçando.
– hurum – eu disse em meio ao choro.
– ow meu amor, eu disse pra você dizer quando voltar. Poderiam ter aproveitado mais juntos.
A Karen me soltou pra não ficar em contato com corpo do Rapha.
– o que foi amiga? – ela perguntou.
– contei pro Lucas sobre o Bê, mas só disse que estava dividida, não disse que já havíamos ficamos.
Eles ficaram falando várias coisas pra me consolar, o Rapha afastou as pernas e eu me encaixei em seu meio, ficando com o corpo colado no dele, uma vez que ele estava sem camisa. Ele me abraçou com seus braços fortes, cruzando–os em volta do meu pescoço e outro pela cintura e eu desabei a chorar. A Karen saiu e disse que nos deixaria sozinhos pra conversar melhor, ela confiava em mim. Ele ficou fazendo carinho em minha perna e falando coisas pra tentar me animar. Após um tempo ele me chamou pra andar e espairecer. Aceitei e saímos para andar, olhei pra perto do riacho e vi o Bernardo sentado sozinho em uma mesinha.
– vou falar com ele Rapha – eu disse olhando pro Bê.
– vai dizer o que?
– não quero mais, vou esperar a raiva do Lucas passar e vou ficar com ele, só com ele.
– você tem certeza? E se o Bernardo te agarrar de novo? Você vai resistir a ele? O sentimento não acabou, você só tomou a decisão de não querê–lo mais.
Eu respirei fundo.
– não faz pergunta difícil Rapha – dei um sorriso torto.
Ele riu de mim e pôs a mão no meu rosto.
– você ainda não decidiu com quem ficar.
– não tenho certeza com quem quero ficar, mas tenho certeza que não quero perder o Lucas.
– então vai lá com o Bernardo e diz pra ele.
– vou pedir pra ficar sozinha, umas 2 semanas sem eles e espero me decidir.
Fui lá e me sentei ao lado do Bê.
– oi – eu disse tensa.
– oi gatinha – ele deu um sorriso simpático.
– queria falar contigo.
Ele não respondeu, ficou me encarando e veio se aproximando de mim, pôs a mão na minha costa e viria me beijar. Eu me afastei.
– não Bê.
– o que foi? Não quer?
– não.
– por quê?
– quero um tempo.
– pra?
– preciso me decidir, não dá pra ficar com vocês dois ao mesmo tempo, isso ta me enlouquecendo.
– então fica só comigo – ele disse sorrindo.
Não respondi, me levantei e ao me virar vi o Lucas parado um pouco atrás do Rapha me olhando. Ele balançou a cabeça de forma negativa e saiu. Fechei os olhos e suspirei, olhei pro Bernardo e sussurrei.
– quando eu me decidi, te procuro.
Fui andando em direção ao Rapha com os olhos cheios d’água. Ele me abraçou e me beijou na testa, saímos andando abraçados, ele me consolando. Ficamos passeando e ele acabou me animando um pouco mais com suas idéias.
– invade a barraca dele de madrugada e estupra o coitado – ele disse rindo.
– ué, ainda agora você disse pra eu dá um tempo dos dois, agora ta ai me colocando fogo.
– to brincando. Melhor coisa é um tempo sozinha, só assim você sabe que está apaixonado por alguém.
Continuamos a conversar e foi escurecendo, voltamos pra perto do pessoal. Cheguei a barraca dos meninos e de longe avistei o Dudu, acenei e ele retribuiu. Abri o isopor e peguei um toddynho, uma maça, uma banana, um salgadinho e um pacote de biscoito de leite que estava dentro da bolsa de comida.
– vai alimentar alguma comunidade Mabi? – o Caio disse saindo da barraca dele todo descabelado.
Eu ri forçado. E me sentei no chão pra comer. O Rapha se deitou na barraca e ficou só com a cabeça pra fora.
– cadê o Fê? – perguntei ao Caio.
– saiu com o Cesar. Ele e o Lucas.
O olhei estranho.
– pra que?
– parece que um carro de umas meninas quebrou na estrada e eles foram socorrê–las – ele piscou pra mim.
Olhei pro Rapha com uma cara de decepção. Ele apenas sussurrou.
– calma!
Continuamos ali, ai a Carol e a Karen se aproximaram.
– amiga, vamos dá uma volta lá na sede?
– ta, vamos, preciso só por uma roupa né?! – com toda a confusão eu ainda estava apenas de biquíni – tchau Rapha, obrigada – o beijei no rosto e levantei.
Fui à minha barraca e pus apenas uma saia jeans curtinha. Quando estávamos subindo à sede, cruzamos com o Caio.
– isso que você chama de roupa? – ele me perguntou.
– lesinho – dei língua pra ele.
– era melhor ter ficado de biquíni mesmo – ele sorriu – Carol, esse teu vestidinho também ta show hein?! – ele mordeu os lábios.
Ela revirou os olhos e continuamos a andar, ele gritou novamente, dessa vez pelo nome da Karen. Viramos-nos e o olhamos.
– gostosa! – depois mandou beijinho pra gente.
Nós rimos e continuamos a andar.
– esse Caio é uma piada – a Carol disse.
– ele é esperto, isso sim! Dá em cima de todas e boa parte cai na dele – a
Karen disse séria.
– você caiu, né?! – a Carol a zombou.
Eu ri e ela deu um tapinha leve em mim e na Carol.
– eu já fui apaixonada por ele, mas depois que ficamos a primeira vez e ele depois ficou com a Deb, não rolou mais, acabou meus sentimentos.
– esses meninos são terríveis... – eu disse sorrindo.
– galinha nada ele, né?! Acho que o pior dos meninos – ela disse.
– o Felipe é mais – a Carol discordou.
– todos são, mas o Fê e o Caio são os mais descarados – eu completei.
Chegamos à piscina e sentamos em cadeiras de sol que havia lá. A piscina estava uma zona, várias pessoas nadando e outras brincando de bola apesar de já ser noite. De repente chegou um carro, as meninas não viram, pois ainda estava observando a bagunça da piscina, eu olhei distraída pro carro e vi o Cesar dirigindo, uma guria ao lado dele, atrás vinha o Fê com uma menina no colo, outra no meio e o Lucas ao lado com uma no colo também. Cutuquei a Karen desesperada e indiquei com o olhar. Ela ficou boquiaberta.
– quem é a biscate no colo dele?
– calma Mabi. Eles só foram buscá–las porque o carro quebrou. Ta vendo que ta bem apertado dentro do carro – a Karen tentava me consolar.
– o que foi gente? – a Carol perguntou.
Mostrei pra ela. Os meninos saíram e elas em seguida, pegaram suas bolsas e desceram carregando para elas.
– vaca! Vagabunda! Piranha! – eu falava com os dentes cerrados.
Era a Mel e a Nat com outras meninas. Precisa nem falar quem estava no colo do Lucas né?
– que filhos da puta! Nós tivemos que carregar as nossas bolsas e se não fossem o Rodrigo e os meninos, nem barraca teríamos montada agora.
O Lucas vinha na frente em um papo animado com a Natasha, a Mel, Fê, Cesar e outras duas meninas vinham um pouco mais atrás. O Cesar indicava com a cabeça os locais do rancho.
– ele vai se vingar de mim – eu disse com os olhos cheios d água.
– que se vingar o que Mabi? Ele disse que te esperaria decidir, não disse? – a Karen falou.
– alô? Não to entendendooo... – a Carol falou cantando.
– a Karen te conta Cá – eu disse me levantando.
Desci o rancho sozinha em direção à minha barraca. Perto da barraca do Dudu o Lucas e o Fê ajudavam as quatro meninas a arrumarem as coisas. Olhei de relance e o meu olhar se encontrou com o do Lucas, balancei a cabeça de forma negativa e ele respirou fundo e depois desviou os olhos. Entrei na barraca e fiquei deitada, sozinha, pensando no que fazer. Depois de um tempo desci até as mesinhas que havia lá, fiquei olhando o pessoal no riacho e acabei de me distraindo. Logo senti alguém se aproximando de mim, não me virei pra olhar, ele cantou próximo ao meu ouvido: ”... se o amor tocou, eu e você, de um jeito assim tão diferente, porque você não fica comigo e deixa o meu amor te levar... ♪” Não precisei nem me virar, pelo cheiro do corpo e pela voz eu já sabia que era o Bê, ele sentou–se ao meu lado.
– oi – disse séria, porém toda arrepiada.
– oi – ele sorriu – ainda com aquela história de querer distância de mim?
– sim – eu disse sem olhá–lo na cara.
– ta fazendo o mesmo com o Lucas?
– sim.
– então é sério mesmo... Pra não ta ficando com ele.
– contei sobre nós.
Ele se virou pra mim bruscamente e me olhou com os olhos arregalados. Eu abaixei a cabeça.
– Mabi... Por quê? Tipo... – ele estava gaguejando – ér... Como? Digo, porque fazer isso? Sei lá... Sério?
– sim Bê, mas eu não disse que ficamos e nem que transamos. Apenas que eu estava divida entre vocês.
Ele me olhava incrédulo.
– mas e aí?
– ele ficou puto, claro. Brigamos... Não sei por que eu fui contar agora, só iria falar na segunda feira em casa – as lágrimas começaram a rolar.
– você vai ficar com ele... – ele disse com o olhar perdido.
– isso é uma pergunta ou afirmação?
– é uma certeza.
– sinceramente Bê? Gosto dos dois, mas ele mexe mais comigo. Com você ainda tenho aquele velho medo – eu disse em tom de desculpas.
– me responde uma coisa.
– hum – eu virei o rosto no mesmo momento que ele e nossos olhares se encontraram.
– a noite de amor com o lulu influenciou em alguma coisa? – ele foi irônico.
– também, mas não foi só a minha noite de amor.
– o que então?
– a sua noite com a tal Mirela também influenciou.
Ele desviou o olhar e ficou um tempo calado. Levantei-me pra sair e ele me segurou pelo braço.
– que isso Mabi? Vai me dispensar por isso?
Eu não respondi, apenas fiquei olhando em seus olhos.
– você pode transar com o Lucas e eu tenho que ficar sozinho é?
– eu gosto do Lucas, não dei pra qualquer um... E você? Gosta da tal Mirela? Se eu escolher você vamos viver novamente em um triângulo amoroso?
– não né?! Foi ao acaso. Procurei-te ontem à noite e, olha que surpresa – ele fez uma cara de cínico – vi você e o Lucas entrando na sua barraca e até a hora que a Mirela saiu da minha barraca, o Lucas não tinha voltado pro nosso acampamento – ele disse furioso.
– bela desculpa, não me achou, depois me viu com o Lucas, ai foi lá, pegou a Mirela e creu, né?!
– ok, foi um erro – ele abaixou a cabeça.
Nessa hora eu me senti culpada por estar brigando com ele por uma coisa que eu não tinha o direito de reclamar. Não tínhamos nada e eu ainda estava dormindo com outro. O que eu queria? Que ele ficasse esperando na fila? Ora Mabi! Deixa de ser egoísta.
– tudo bem Bernardo, mas eu realmente preciso ficar longe de vocês dois – disse em tom de desculpas.
Sai andando e encontrei as meninas nas barracas, elas tentaram me animar, mas sem hesito. A Carol me puxou pra ir comer lá com os meninos, eles estavam fazendo sanduíches de pão, queijo, presunto e salada. Fomos nós quatro.
– queremos – a Carol disse quando chegamos.
– sirvam–se – o Felipe disse com desprezo.
– ahhh alguém faz aí pra mim – eu disse manhosa.
– ow meninas preguiçosas – o Rapha disse – eu faço pra vocês.
– ebaaa – gritamos.
Todas nos sentamos no chão e pegamos os sanduíches. Percebi que a Carol olhava feio pro Lucas.
– Carol para! – eu sussurrei a ela.
– amiga ele não vai ficar com aquela vadia hoje e se ficar vai ter troco – ela disse baixinho também – não vai?
Eu olhei de lado pra ela. O Rapha deu refrigerante pras meninas e um toddynho pra mim.
– obrigadinha Raphinha – eu dei um largo sorriso – só você mesmo.
– vocês estão bem íntimos né?! Ele até já sabe o que você prefere – o Lucas disse o fuzilando com os olhos.
– não vem com ciuminho não Lucas, eu e a Mabi somos muito amigos, só – o Rapha respondeu.
– também somos – ele sorriu ironicamente – muito amigos, né?
Não respondemos e ele continuou.
– o Bernardo também é muito amigo dela...
– chega Lucas! – o Fê gritou o interrompendo – já deu pra perceber que vocês brigaram, mas não fica pondo em jogo nossas amizades. Você sabe que todos somos amigos, independente se ficamos com elas ou não.
Ele se calou e sentou–se no chão, escorado na árvore e comeu calado. O clima ficou um pouco pesado e o Caio resolveu quebrar pegando bebida no isopor e outras no porta–malas do carro dele.
– nossssssaaaa!!! – eu e a Carol falamos de olhos arregalados – muita bebida gente... – eu disse.
O Caio foi tirando garrafas de absolut, Martini, ypioca de guaraná e tequila.
– uuuuuu tequila... – eu gemi.
– ow delicinhaaaaa de voz – o Caio imitou minha voz.
– nossa, até eu vou encher a cara hoje – a Karen disse sorrindo.
– dá uma garrafa dessa ypioca aí Caio – o Lucas pediu.
– vai com calma ai Lucas – o Rapha o advertiu.
– sei me cuidar Raphael – o Lucas retrucou com voz ríspida.
– é sério Lucas, cuidado com a bebida – o Bê disse em um tom preocupado.
Todos nos viramos e olhamos pros dois, eles estariam tendo um contato não agressivo? O primeiro desta noite.
– cuida das tuas coisas que eu cuido das minhas, falow Bernardo? – ele disse dando um gole no gargalo da garrafa – ah, esqueci que você quer o que é meu – disse com sarcasmo.
– e ai, o que temos pra hoje? Última noite – o Caio quebrou o clima tenso.
– quero beber todas, dançar muito e beijar na boca mais ainda – a Carol disse rindo.
– também quero chapar o côco – o Rapha disse.
– nem to a fim de beber muito. Quero beijar na boca de todas as meninas da turma – o Caio disse rindo, o Felipe estendeu a mão e eles se cumprimentaram.
– pode crer! Vamos pegar juntos – o Felipe completou enquanto misturava vodka com Martini.
Eu e as meninas reviramos os olhos. Quando olhei e vi o que ele estava fazendo me assustei.
– ei Fê, deixe de graça, vamos parar, nem inventa de misturar isso. Vocês dois ai – eu apontei pra ele e pro Lucas – se caírem de bêbados vão acordar na barraca daqueles meninos que vocês dizem que são gays, do 2º ano.
Eu e as meninas rimos, eles fizeram careta, menos o Caio, o Rapha e o Bê que gargalharam.
– se importa se eu pegar a Mirela, Bernardo? – o Caio perguntou.
– não tenho nada com ela não – ele deu de ombros.
– vocês são nojentos! Um pegando a baba do outro – eu disse fazendo cara de nojo.
– vocês também dividem homens e não acham nojento – o Bê falou revirando os olhos.
Os meninos jogaram pedaço de pão em mim pra me zoar.
– parou aí pow! – eu disse rindo.
A Deb terminou de comer e se levantou.
– já vai Deb? – a Karen perguntou.
– vou me trocar pra encontrar o Paulinho – ela disse saindo.
– eca! Fiquei com náuseas agora. Isso sim que é nojento Mabi, isso sim.
– ciúmes não é nojento Caio – pisquei pra ele.
Ele revirou os olhos e eu ri. Observei o Felipe e o Lucas estavam bebendo a toda as bebidas, apenas com gelo. O Caio bebericava também.
Nessa hora a Mel mais as três piranhas se aproximaram de nós.
– meninos, também queremos comer – a Nat disse com aquela voz de pata fanha que ela tinha.
– tem capim ali no campinho – eu disse apontando pro campo de futebol.
Todos riram menos elas, claro.
– há há há muito engraçado Mabi – a Mel disse.
– pra você é BEATRIZ! Ou melhor, não pronuncia meu nome nessa tua boca suja não, ta?
– ow ow parou – o Felipe interrompeu.
– vazem vadias – a Carol sacudiu a mão pra elas saírem.
– gente, dá licença ta – o Rapha disse pra elas – sem confusão, falou?! – tentou ser o mais simpático possível.
Elas deram o dedo do meio e saíram batendo os pés.
– não se tocam – Karen disse bufando.
– gostosinha aquela loira, hein?! Qual o nome dela? – o Fê perguntou pra gente, já que as quatro eram da nossa sala.
A Carol fechou a cara logo. Ela e a Pri eram inimigas mortais. O Caio se adiantou em falar.
– Jaque, a do cabelo cacheado e Pri a loira, mas elas são nojentas, não vale a pena cara – ele disse com voz de desprezo – são fúteis e burras.
– sem problema, ela só precisa gemer – o Felipe disse e obviamente os meninos riram, esses idiotas riem por qualquer coisa mesmo.
– FE–LI–PE – a Carol disse alto e pausadamente – se você pegar aquela patricinha nojenta você nunca mais nem olhe na minha cara!
– ué CAROLINA – ele disse como ela – porque não posso? Que eu saiba sou solteiro – disse em um tom de repulsa.
– ela não presta – Carol disse mais calma.
– eu também não, combinou, ta vendo?! – ele foi irônico.
– Ta avisado, entendeu? – ela disse se levantando.
– entender, eu entendi, mas se eu fosse você nem perderia seu tempo.
– É pegar a Pri e você morre pra mim!!!! – ela gritou.
– Quem você pensa que é pra mandar em mim assim, Carolina? Não tenho nada com você, me erra, me esquece, some garota! Eu fico e como quem eu quiser – ele disse gritando também.
– FELIPE!!!! – o Rapha gritou – cala a boca seu otário!
A Carol se virou, abaixou a cabeça e saiu em direção nossa barraca furiosa.
– Carol, espera! – eu grite e corri atrás dela.
– essa menina me ama, só pode – o Felipe disse sorrindo torto.
– droga Felipe! – eu berrei – ela não ta brincando e se você realmente ficar com a Pri aguada ou vocês – eu disse apontando pros outros quatro – quiserem ficar com qualquer uma dessas quatro piranhas, nem me dirijam mais a palavra! – eu me virei e sai.
Uma parte do caminho, eu me virei e voltei.
– isso inclui vocês dois também – apontei pro Bê e pro Lucas e sai novamente – e não to nem aí se estão chateados comigo – sai berrando.
A Karen ficou parada olhando e se levantou também.
– digo o mesmo! – e saiu atrás de mim.
Os meninos só olhavam atônitos, nenhum entendia nada. Entrei na barraca e a Carol estava lá sentada, na verdade encolhida em um canto.
– o que foi amiga? – eu perguntei enquanto a Karen nos olhava com cara de tristeza.
– filha da puta! Desgraçado! Idiota! – ela gritava enquanto socava o travesseiro ao seu lado.
– calma carollll – a Karen disse – quem merece isso é o Felipe, vai lá e faz isso com ele – ela zombou.
– preciso beber, dançar, beijar na boca e dá muitooooo hoje pra esquecer esse canalha – ela dizia ainda com raiva.
Nós duas rimos.
– Carol sua sem vergonha, guarda esse piriquitinho aí – a Karen disse rindo, porém horrorizada ainda.
– fica com o Rodrigo então – dei de ombros – mas não sair se esfregando em todo mundo não amiga, fica feio é pra você – eu disse acariciando o cabelo dela.
– ok, ok, vocês tem razão, vou beber um pouco pra me acalmar, mas antes preciso fazer uma coisa – ela disse se levantando.
Saiu da barraca e andou em direção aos meninos, corremos atrás dela que se pôs de pé na frente do Felipe e o encarou.
– o que foi amor? – ele falou com sarcasmo – veio fazer as pazes? – ele sorriu.
– você é um idiota, otário, abestalhado, ridículo, desgraçado... – ela gritava enquanto socava o peito dele.
Ele tentava segurá–la pelos punhos, mas convenhamos que não estava fazendo nenhuma força pra impedi–la, no fundo sabia que merecia. Ninguém quis se meter, ficamos apenas os olhando. Ela continuou a bater, mas sem falar nada, ele então a segurou pelos punhos, uma vez que ela havia cansado de surrá–lo e a beijou, um beijo de língua que durou alguns segundos, todos olhávamos sem reação, aquilo tudo era bizarro. Ela o empurrou e em seguida caiu no choro, encostando–se no peito dele, que em um impulso a abraçou.
Eu me aproximei olhando feio pro Felipe. Puxei–a devagar e a abracei, em seguida a entreguei para Karen que levou para barraca.
– tem o que na cabeça Fê? Você nunca foi assim, nunca falou com ela assim.
– oxi, era zoação, não entendi o porquê da cena, do choro.
– só você né Felipe?! – o Rapha disse.
– o que gente? – ele olhava e todos o repreendia com o olhar.
– até quem não ta aqui sacou que ela ta apaixonada por ti. Vacilou, viu?! – o Lucas disse.
– sério? Não... – ele balançou a cabeça negativamente – a Carol tem fama de nunca se ligar em ninguém.
– a toda regra, uma exceção, né? – eu disse – vou me trocar e levá–la pra tenda, quem sabe melhore.
Sai andando, entrei na barraca e a Karen havia controlado a Carol, elas escolhiam roupas. Optamos por vestidos. A Karen estava de verde, eu de azul e a Carol de rosa, em tons claros, o meu era de manguinha em cima do ombro, com decote em V e curto, claro, colado ao corpo, o da Carol era tomara que caia, colado e curto e a da Karen tinha uma alça apenas. Nem vimos a Deb vir se arrumar, ela não largava o Paulinho, espero que ela esteja feliz. Calçamos rasteirinha, porque salto no barro nem rola né? Fomos pegar bebida com os meninos.
– ta bem Carol? – perguntei.
– sim amiga.
– certeza? – a Karen insistiu.
– to gente, não vou deixar aquele imbecil do Felipe estragar minha última noite. Quero aproveitar bastante, com minhas amigas e os gatinhos – ela abriu os braços e nos abraçamos
Fomos até os guris, estavam o Lucas e o Felipe bebendo e olhando o movimento na tenda, eles já estavam arrumados, de bermuda, sandália de dedo e camiseta, a do Fê era regata e do Lucas era clara com uma xadrez por cima, desabotoada e com boné claro. O Bê tinha sumido, o Rapha estava na barraca se vestindo, o Caio era o único que estava lá fora. O avistamos de longe, ele vestia bermuda, boné e sandália, provavelmente, não tinham terminado de se vestir.
– Karen me desculpa, mas o que é aquilo? – a Carol disse olhando para o Caio.
– ta gato mesmo hein?! – eu disse.
– ele sempre foi, vocês que não repararam – ela disse dando de ombros.
– se importa se eu quiser... – a Carol insinuou.
– não, claro que não. Você também se quiser Mabi... Lucas ta precisando de um troco por ficar de papinho com essa piranha da Nat – a Karen disse.
– ah não Kaka, ele já está sem falar comigo por causa da história do Bernardo, se eu ficar com outro, ai que ele não fala mais comigo – eu disse triste.
– blá blá blá – a Carol disse revirando os olhos – ta amiga, ta! Você sabe que toda vez que o Lucas te via com o Bernardo ele ficava com a Nat e aposto que dessa vez não vai ser diferente, APOSTO!
Eu não respondi, mas a Carol tinha razão. Deixei pra lá e nos aproximamos do acampamento deles.
– delícia – o Caio pra variar nos cantou.
– eu que o diga hein caiozito! – disse a Carol.
– ta gostosinho, hein amigo?! – eu disse dando uns tapinhas em sua barriga.
A Karen foi a única que não se atreveu a brincar.
– vai mesmo pegar geral Caio? – eu perguntei.
– com certeza, aí na segunda feira, na escola finjo que estava bêbado e não lembro – ele piscou – vocês querem ser as primeiras não? – disse em tom de brincadeira.
Nós rimos desconfiadas.
– eu não, depois você não vai nem se lembrar do meu beijo – a Carol disse dando de ombro.
– mas vocês eu faço questão de lembrar – ele deu um largo sorriso.
A Pri e a Nat se aproximaram do Fê e do Lucas que estavam a certa distância de nós e ficaram de papo, vi o Lucas ajeitando o cabelo da Nat, pondo atrás da orelha e ela sorriu, meu sangue ferveu!!!! Cutuquei a Carol e a Karen pra elas olharem, ficaram igualmente irritadas.
– vamos dançar? – o Caio chamou.
– eu topo – a Carol disse se aproximando do Caio – quem sabe lá não role aqueles beijos – ela disse sedutora – afinal, isso não vai abalar nossa amizade, né meninas?
Eu particularmente nem prestava atenção em nada, não tirava os olhos do Lucas. O Rapha estava saindo da barraca, arrumado e cheiroso. Olhei–o e sorri, depois cutuquei a Karen que fez que nem o viu.
– oi meninas, o que ta pegando agora? – ele perguntou sorrindo.
– não é o que, é quem – a Karen disse levantando as sobrancelhas.
– hum, então quem ta pegando quem?
– o Caio e a Carol – ela disse.
Ele se assustou.
– hã? – disse franzindo a testa – ta doido Caio?
– sai fora Rapha, ela me quer – o Caio se gabou – corta o clima não.
– se o Felipe ver, não quero nem ta por perto – o Rapha o advertiu.
– ele não é meu dono não Rapha, não o ouviu dizendo que não tem nada comigo? Então... – Carol disse em tom de amargura.
O Rapha deu de ombros e fomos pra tenda onde o povo dançava. O Rapha e o Caio carregaram o isopor com as bebidas. Chegamos onde tocava música, já tinha gente lá, eu e a Karen fomos dar uma volta, cumprimentamos algumas meninas da sala, ficamos conversando com outras pessoas e uns 40 minutos depois resolvemos voltar pra perto dos meninos. Ao passar pelos meninos do time da escola, vi o Bernardo lá, de papo com os caras e com umas Marias chuteiras, pra variar, torci o nariz e continuamos a andar.
– Mabi, vamos ver se a gente acha o gabo e o Dudu? – ela sugeriu.
– vamos, nem falamos direito com eles hoje.
– mas também, hoje só deu confusão.
– nem me fale Kaka. Só ta faltando você brigar com o Rapha.
– não tem como eu brigar com ele, se quer quero falar com esse leso. Ele pensa que eu não sei que já comeu bem umas 20 meninas nesses 3 dias.
– ah amiga, pensa nisso não... – eu disse desconfiada.
– nem venha Mabi, eu sei que você sabe. Vocês estão muito amigos, tenho certeza que ele já lhe contou. Mas tudo bem, não pedirei quebra de sigilo sua não, não faço questão de confirmar o que eu já sei – ela disse emburrada.
– ow coisa fofa! Vem aqui minha ruiva gostosa – eu a puxei e andamos abraçadas de lado.
Encontramos o Dudu, Gabriel e Rodrigo, um pouco distante de onde estávamos, bebendo cerveja e conversando, provavelmente sobre as meninas que passavam.
– oi gente, estavam com saudades? – a Karen disse brincando.
– morrendo – eles disseram quase em coro.
– sei sei – eu disse sorrindo desconfiada.
– vocês sumiram hoje, o que houve, hein?! – o Gabo perguntou.
– ah... É que várias coisas aconteceram... – eu disse olhando de lado pra Karen.
– entendo. Problemas? – o Dudu perguntou.
– muitos – a Karen disse rindo – mas e vocês, o que fizeram o dia todo?
– achamos uma trilha que dá em um lago, muito bonito – o Rodrigo respondeu.
– nem nos chamaram, poxa – eu falei fazendo bico.
– vocês estavam com os amigos de vocês, achamos melhor não nos aproximarmos.
– ah, tudo bem – eu me conformei – então Karen, vou lá com a Carol pegar bebida, vai ficar aqui?
– eu quero bebida também, vou contigo. Gente daqui a pouco a gente volta, ta? – ela disse se virando pros meninos.
– ei, espera, vai sair assim? – o Gabriel a puxou pela mão e lhe deu um rápido beijo em seguida.
Ela retribuiu e depois saiu andando comigo, toda envergonhada.
– ui que fofo – eu zombei com ela.
– ahh Mabi, para!
– me responde uma coisa? – eu perguntei curiosa e ela acenou com a cabeça – você não vai mesmo perdoar o Rapha?
– ah Mabi, sei não, talvez quando voltarmos eu o chame pra conversar, mas não adianta, eu não posso dá o que ele quer.
– você está falando de sexo?
– sim, não quero perder minha virgindade com um “ficante” – ela fez aspas com as mãos – quero esperar mais uns anos e que seja com um namorado firme. Acha que sou besta por querer isso?
– claro que não Karen, de onde você tirou isso? Você que está certa! Eu que me precipitei em perder com o Bernardo muito cedo e logo em seguida engatei um namoro longo... Enfim.
Ela apenas sorriu pra mim.
– posso outra? – eu continuei a perguntar e ela assentiu – com o Caio não rola mais nada não? Percebi que você olha pra ele... – insinuei.
– ah, não. Ele é passado – ela deu de ombros.
– sei sei – eu fingi que acreditei – rola nem uns pegas ali? – a provoquei.
– ah quem sabe... – ela disse com a voz balançada.
Chegamos lá com o pessoal e pra variar o Felipe estava de papinho com a Jaque e a Pri, e o Lucas de papo com a Nat. Certeza que era pra me provocar. Passei por eles e esbarrei de propósito na Natasha.
– não olha por onde anda não idiota – ela berrou.
– ah desculpa, mas não enxergo pessoas insignificantes – sorri cínica pra ela, virei pro Lucas e o fuzilei com os olhos.
Seu rosto não teve reação nenhuma, então resolvi sair dali.
– ele ta pedindo guerra, ele ta pedindo – a Carol disse no meu ouvido.
– também acho, e ta merecendo – respondi – só não sei o que fazer.
Ela me olhou estranho.
– ta falando de quem? – me perguntou.
– do Lucas e você?
– do Felipe.
Caímos na gargalhada.
– somos duas bestas. Vou lá dançar amiga – ela disse saindo.
Eu me afastei e fiquei encarando o Lucas, ele estava de frente pra mim enquanto a Nat estava de costa. Eu o olhava feio e balançava a cabeça negativamente. Ele simplesmente abaixava a dele e depois voltava a me encarar. Resolvi tomar uma atitude.
– preciso falar com você – já cheguei o puxando pela mão.
Afastamos-nos um pouco da tenda.
– o que foi Mabi? – ele perguntou parecendo surpreso.
– o que você ta fazendo Lucas? – perguntei doce.
– não to fazendo nada – ele dizia como se não entendesse do que eu estava falando.
– ta sim. É pra me provocar?
– o que Mabi?
– não se faz de desentendido Lucas – eu disse levemente irritada – to falando da Nat, é pra me provocar, é?
– claro que não Mabi.
– não acredito... Vocês voltaram a ser amiguinhos assim do nada? Que estranho – fui sarcástica.
– ué, só estamos conversando, nada demais, ela ta perguntando sobre os dias anteriores aqui.
– acorda Lucas, ela não ta nem ai pra você, ela quer o Rapha. Fica te usando pra fazer ciúmes nele e ele não ta nem aí – eu disse impaciente.
– e daí? Não posso me divertir não? – ele deu de ombros.
– se divertir? Então você vai ficar com ela? – perguntei nervosa.
– e se eu quiser?
Ele respondia tudo de forma fria e calculista. Na verdade aposto que a bebida já tinha influenciado em alguma coisa.
– beleza Lucas... Mas porque a Nat? Porque não qualquer outra menina daqui? Têm tantas.
– tem diferença? – ele ergueu a sobrancelha.
– claro que sim, ficando com ela você só vai me deixar mais chateada.
– você pensou em como eu ficaria chateado? Não né?! – ele disse nervoso – simplesmente aceitou um tempo pra decidir com quem ficar.
– é por isso? É pra me fazer raiva? Pra isso que você vai ficar com a Natasha? Não faz isso Lu, deixa pra lá, vamos ficar juntos hoje e deixar essa briga tola pra lá – eu pedi choramingando.
– não acho tola Mabi. E se eu ficar com ela não vai ser só pra te fazer raiva. Você sabe que eu já fiquei outras vezes.
– e acha que alguma coisa mudou de última vez pra cá? Vai ficar mesmo com a Nat, enquanto ela estando a fim do Rapha?
– oras, eu fiquei com você enquanto você estava a fim do Bernardo. Qual o problema? – ele usou de todo sarcasmo possível.
Nessa hora tudo que acontecia ao meu redor parou. Eu não escutava as pessoas, nem a múica, nem o vento, a única coisa que ecoava em minha cabeça era essa frase. Que por sinal me doeu muito, muito mesmo.
Eu o olhei com cara de quem não acreditasse que ouviu aquilo. Eu fiquei realmente chocada, ele percebeu que havia doído em mim.
– desculpa Mabi... É que... – ele ficou todo errado, tentando consertar.
– não Lucas, deixa – eu dizia boquiaberta ainda – só posso te dizer que não fiz nada de propósito como você está fazendo...
Virei–me e sai andando. Ele veio atrás de mim, mas não respondi a nenhuma de suas chamadas. Então logo depois ele voltou a ficar perto do Felipe, a Nat, pra variar, estava conversando com o Rapha. Cheguei lá na pista, peguei uma bebida com o Caio e me aproximei do Rapha, ele se virou pra mim e deixou a Nat falando sozinha.
– ow Rapha – ela reclamou – eu to conversando com ele garota, sai – ela disse pra mim.
– Natasha, vou te pedir uma coisa, com toda educação e bom senso que eu tenho, até pedir por favor eu vou, mas você podia me fazer isso pelo menos hoje? – falei calminha.
– o que? – ela disse cruzando os braços.
– vai tomar no cu garota ridícula! – eu gritei, mentira, berrei mesmo.
Ela me olhou horrorizada e o Rapha caiu na gargalhada.
– não sei qual o teu problema, porque tu só gosta dos homens de outra, hein?
Nem o Rapha e nem o Lucas te querem – continuei a falar, mas em um tom mais baixo.
– quem disse que eles não me querem? – ela provocou.
– Rapha? – eu perguntei.
Ele ficou calado nos olhando.
– hum? – ela ergueu a sobrancelha esperando a resposta.
– olha Nat, sério, não rola nada entre a gente, até por que...
– não é você mesmo que eu quero – ela o interrompeu – mas pode ter certeza que o teu namoradinho me quer. Espera pra ver Mabi, minha noite com ele vai ser maravilhosa – ela falou saindo.
Meu sangue estava pra entrar em ebulição, o Rapha só me segurava pra eu não ir pra cima dela e me complicar com os inspetores e professores, que pareciam estar curtindo mais do que os próprios alunos os quatro dias de folga.
– calma gatinha, ela ta blefando – ele me disse com um largo sorriso.
Sorri torto e olhei pro Lucas.
– ele me disse que talvez fique com ela por raiva de mim – eu disse cabisbaixa.
– relaxa, ele não é doido de te trocar por ela. Vem, vamos nos divertir?
Assenti com a cabeça e ele me puxou pela mão pro meio da pista. Ficamos dançando eu, ele, Carol, Karen e Caio. Em seguida o Felipe se aproximou com as duas nojentas.
– porra, Felipe é foda. Eu falo uma coisa e ele faz outra – o Caio disse se referindo as duas meninas – não quero ficar perto dessas aí não – ele disse com desprezo.
Assim que o Felipe chegou ao nosso circulo, a Carol puxou o Caio pela mão, se afastando de nós, mas não o suficiente para perdê–los de vista e continuaram a dançar. Aproximei-me do Felipe e o encarei.
– Fê, para vai – pedi.
– o que Mabi? – se fez de desentendido.
– poxa Fê, eu aqui muito puta porque to brigada com o Lucas, o Rapha e a Karen também nem se olham e você podendo fazer as pazes com a Carol, mas não, fica aí fazendo birra com essazinha.
Ele balançou os ombros como se dissesse que não estava nem aí.
– ela vai acabar a noite na barraca do Rodrigo mesmo, pra mim tanto faz. Não acredito que ela goste de mim, se gostasse não teria ficado com ele os outros dias.
– você também ficou com várias.
– e quem disse que eu gosto da Carol? – ele foi seco.
– gosta não? – ergui uma sobrancelha.
– nem... To fora desses negócios de se prender a sentimentos. Quero é pegar essa gostosa – ele disse se referindo à Pri.
– ok, ok – eu disse me afastando, no fundo sabia que ele gostava dela sim.
Ele começou a dançar junto com ela, estavam agarrados. Logo o Gabriel e o Dudu passaram por nós e o Gabo chamou a Karen. Percebi que a cara do Rapha não era tão boa.
– Rapha vai se divertir vai, aproveita a noite, me deixa aqui – eu disse em seu ouvido.
– claro que não Mabi.
– deixe de coisa, eu to bem, vai paquerar umas gatinhas por ai – eu disse forçando um sorriso.
– tudo bem. Mas se cuida, me procura qualquer coisa – me beijou na testa e saiu.
O Dudu se aproximou tímido.
– oi – ele disse pondo as mãos nos bolsos da bermuda, como sempre.
– oi Dudu – dei um sorriso sincero, talvez o primeiro daquela noite – quer dá uma volta? – o chamei.
– ah, vamos – ele deu de ombros.
Saímos do centro da pista e ficamos andando entre as pessoas nas extremidades da pista. Logo avistei o Bernardo perto da piscina com uma menina. Aff que ódio, não deixa de ser galinha, mas resolvi ignorar, respirei fundo e continuei simpática com o Dudu.
– quer dançar? – ele me convidou.
– claro.
Voltamos pra pista e o Felipe estava beijando a Pri. Eu não acreditei na cena, minha vontade era de jogá–la na piscina, até porque galinha não sabe nadar, ou sabe? Enfim, eu mataria os dois. A Carol estava olhando muito puta, a cara dela era pior que a minha. Fui em direção ao Felipe e esbarrei nele que se despregou da menina e me olhou feio. De repente a expressão de sua face ficou diferente, ele parecia chocado. Falei com ele, mas não respondia. Olhei pra trás de mim e vi o porquê da cara de espanto: a Carol e o Caio se beijavam. No início o Caio pareceu um pouco surpreso, não devia estar esperando por isso, mas retribuiu, porém alguns segundos depois ela que recuou e nos olhou disfarçadamente. O Felipe os fuzilava com os olhos.
Autor(a): raquel_gomes
Este autor(a) escreve mais 2 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
– CAROL NARRANDO – Beijei o Caio por impulso, na verdade por raiva do Felipe, tudo bem que eu queria, mas o beijo do Felipe na nojenta teve uma parcela de culpa. Assim que percebi que o Caio ficou surpreso, resolvi me afastar, mas ele não deixou. Envolveu-se no meu beijo de uma maneira que nem eu queria mais sair dali, mas achei que não era c ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 60
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sharonvondy60 Postado em 13/11/2013 - 07:05:01
A web Ja acabou Mahri '-' . acho que ela vai respostar em Cilada, Vc vai voltar a acompanhar ?
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sharonvondy60 Postado em 13/11/2013 - 07:02:03
Awn Ameiii o FiNal muito Lindo me emocionei ate por tudo ter acabado bem T..T Saudades agora "-"
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mahri Postado em 12/11/2013 - 14:42:25
Ela começou a postar cilada,mas perdeu os capítulos aí começou essa web,só que ela ta demorando mt pra acabar
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sharonvondy60 Postado em 12/11/2013 - 14:29:43
Cilada . essa Web ta aqui No site ? Menina Vc Sumiu, Vc ta bem pelo menos ? #volta logo.
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mahri Postado em 10/11/2013 - 02:09:59
Ei tava lendo a web cilada,só que não consegui ver o final pq deletaram, tem como vc me dizer se a Bah e o Rick ficao juntos?
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sharonvondy60 Postado em 08/11/2013 - 05:01:44
Hum, Ta CompLicada a historia Hein : /
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mahri Postado em 07/11/2013 - 23:48:15
Nosso Amor e Ódio Eterno... Vício
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sharonvondy60 Postado em 07/11/2013 - 12:48:11
Mahri : Kkkk... eu to lendo pela 2 Vez. Realmente a primeira Vez deles Foi Awnn Perfeita ? verdade o liu e um best Mesmo. Quem diria que o mateus ficaria com a beth ? eu gostei . pensei que a paula ficasse com um dos irmaos da larissa . e Eu pensava que o lucio era drogado, mas ja desconfiava que ele lutava por ai mesmo tbb . Ahhh
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mahri Postado em 06/11/2013 - 00:45:46
Sharonvondy60: não eu não tenho webs. Eu já li pela 3 vez terminei hj,eu amo o cap da 1 vez deles;não tem como não se apaixona pela web e não amar o Lúcio,fiquei com pena do Alex em relação ao filho,mas ele mereceu. Adoro o Liu um super amigo ele eu tbm adorava as cantadas baratas do Martins kkkkkk
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sharonvondy60 Postado em 05/11/2013 - 15:05:08
mahri : Voce tem Webs ?