Fanfics Brasil - Capitulo 21 Nem sempre o amor pode está certo. 1º Temporada e 2º Temporada

Fanfic: Nem sempre o amor pode está certo. 1º Temporada e 2º Temporada | Tema: web novela


Capítulo: Capitulo 21

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– CAROL NARRANDO – 

Beijei o Caio por impulso, na verdade por raiva do Felipe, tudo bem que eu queria, mas o beijo do Felipe na nojenta teve uma parcela de culpa. Assim que percebi que o Caio ficou surpreso, resolvi me afastar, mas ele não deixou. Envolveu-se no meu beijo de uma maneira que nem eu queria mais sair dali, mas achei que não era certo fazer aquilo, me afastei novamente.
– o que foi Carol? Ta tão ruim assim? – ele perguntou desconfiado.
– desculpa Caio, acho que isso foi besteira – eu disse em tom de desculpas.
– Ih marreca, vai puxar o freio de mão na ladeira? – ele tirou onda com a minha cara.



Dei uma risada e ele voltou a me beijar.
– Caio, e o Felipe e a Deb? – perguntei interrompendo o beijo.


– a Débora ta muito bem com aquele viadinho e o Felipe parece também estar ótimo com o nojentinha ali.
– é – eu concordei, afinal ele tinha razão, só me restava aproveitar.


Ele me beijou novamente e eu retribuí.
– qualquer coisa estávamos bêbados – ele disse entre os beijos.


Eu sorri e deixei tudo pra lá.

– MABI NARRANDO –

Depois que o Felipe viu que os dois continuaram o beijo, saiu bufando da pista, até largou a Pri sozinha lá perto de nós, mas logo ela saiu com rabinho entre as pernas. Eu quis ir atrás dele, mas não queria deixar o Dudu sozinho, então acabei ficando na pista mesmo. Um tempo depois avistei, de longe, o Felipe sentado em uma mesa com o Pedro, Cesar e Leo, estavam bebendo, havia uma garrafa quase vazia em cima da mesa, era whisky, provável que, puro, sem energético, apenas gelo. Naquela hora eu já sabia que aquilo não iria prestar, fiquei preocupada, mas decidi não ir lá com eles, não queria me estressar com o Pedro. Fiquei dançando com o Dudu, ele se aproximava de mim, mas parecia ter receio. 
– cadê o Lucas? Não vai ficar chateado por você está comigo não?
– ah não, estamos brigados – dei um sorriso torto.



Ele retribuiu ao sorriso e continuamos a dançar.

– FELIPE NARRANDO – 

Depois que vi a Carol beijando o Caio, minha raiva por ela tinha chego ao limite. Sai da pista com muita raiva. Sabia que ela só queria me provocar e parece que havia conseguido, fiquei morrendo de ciúmes. Sentei-me sozinho pra beber até que o PV apareceu com o Cesar e o Leo.
– e ai Felipe, ta bebendo sozinho aí? Cadê a mulherada? – o Leo perguntou me zoando.
– pois é, dando um tempo – eu disse enquanto bebia um liquido desconhecido em um copo que me entregaram no bar.
– podemos? – o Cezar pediu pra sentar.
– claro, sintam–se no rancho de vocês – disse fazendo graça com eles.



Eles riram e sentaram, ficaram batendo papo, falando de mulher.
– Felipe, tu não estavas de rolo com a Carolina? Aquela amiga gostosinha da tua irmã? – o Leo perguntou curioso.
– ah nada, só rola uns pegas de vez em quando – respondi.
– e cadê a carolzinha? – o PV enfim abriu a boca.
– rapaz, ta por aí, aqui mulher solteira é igual sorvete no inferno, some rápido.


Os meninos caíram na risada, o Leo se levantou e voltou depois com duas garrafas de chivas 12 anos, um isopor pequeno de mão, com gelo e copos.
Começamos a virar, em 30 minutos tinha ido a primeira garrafa.


 


– MABI NARRANDO – 

Eu dançava com o Dudu, mas com um olho no Felipe e outro no Lucas. O Dudu me pediu licença pra ir ao banheiro e eu fiquei sozinha na pista. Distrai-me e de repente quando volto a olhar pra pista, vejo o Lucas sentado em uma caixa de som e a Nat na frente dele aos beijos. Na hora meu coração acelerou. Eu comecei a me tremer todinha, minha vontade era voar em cima dos dois, não tive outro tipo de reação a não ser ir pra cima deles. Sai voada no meio do povo e ao chegar perto deles, puxei–a pelo braço com toda força, separando o beijo dos dois. Fiquei de frente pro Lucas e cruzei os braços, ele me olhava torto, parecia estar bêbado, mas consciente.
– droga Lucas!!! – eu disse alto, mas poucos ouviam devido a música alta – não estraga tudo, para com isso!
– você já estragou Mabi, você conseguiu isso sozinha.
– eu tentei consertar mais cedo, você que não quis, não ponha a culpa só em mim.


 


Ele se levantou e me levou pra perto da piscina, passei pelo Felipe e os meninos na mesa, tinham uma loira agora na mesa com eles, e ela o abraçava por trás, bem coladinha nele.
– eiii, quem é a oxigenada com o meu irmão? – eu perguntei estranhando.
– sei não ow, mas é gata – ele disse olhando a menina dos pés a cabeça.


Eu cruzei os braços e fiz cara feia.
– você me tirou da pista pra que eu ficasse te vendo paquerar? Achei que iríamos conversar civilizadamente.
– não to a fim de papo – ele disse.
– então vem beber água, você precisa se hidratar. Bebeu demais – eu o puxei pro bebedouro na varanda.
– não quero, quero bebida.
– deixa de graça Lucas, você já bebeu demais, a garrafa de ypioca tem menos álcool do que teu corpo todo. Você bebeu mais da metade.
– não bebi sozinho.
– quem mais tava bebendo cachaça?
– ah não sei, não vi, mas eu sinto... – ele disse dando de ombros.


Eu cai na risada e ele ficou com cara de tacho.


– então, me puxou aqui por quê? – perguntei cruzando os braços.
– oras, você atrapalhou meu beijo e ficou gritando comigo, achei que queria falar alguma coisa.
– Lucas, Lucas, você está me tirando do sério hoje – eu disse impaciente.


Nessa hora duas meninas passaram pela a gente e disseram oi pra ele, que as olhou da cabeça aos pés.
– vai lá, vai pegar as duas também e aproveita toda essa tua raiva por mim pra fazer todas besteiras possíveis – eu disse furiosa.
– elas são da minha sala, sua ciumenta.
– to nem aí de onde são, se quiser pegar vai logo. To nem mais ai pra você – menti.
– é? Posso ir mesmo?
– pode – eu disse balançando os ombros – nem ligo.


– ta bom, você acha mais bonita a do cabelo curtinho ou a loirinha? To em dúvidas – ele me provocou.


Olhei séria pra ele e sentei um tapa em seu braço. Ele ficou rindo da minha cara.
– quer guerra né Lucas? Depois não reclame, porque foi você quem pediu!


Ele continuou a ri e eu fui me afastando dele enquanto ele olhava pra mim. Sai andando furiosa, ele vinha atrás rindo. Avistei o Dudu encostado em uma caixa de som, quase sentado na lateral da pista. Ele estava conversando com um guri. Parei e fiquei olhando de longe pra ele, olhei pra trás e o Lucas vinha andando devagar me procurando. Aproximei-me e fui direto pra cima do Dudu, parei na frente dele, o olhei nervosa e ele deu um sorriso.
– o Lucas ta vindo ali – ele e sussurrou.
– posso?
– o que?


 


Aproximei-me do seu corpo e em um impulso me colei nossos lábios, pus uma mão no seu rosto. Ele me encarou, me segurou pela cintura e nos beijamos. O Lucas se aproximou de onde estávamos, quando ele viu aquilo, ficou parado olhando. Eu não sei por que, mas sentia olhares sobre a gente. Mesmo fazendo aquilo pra provocar o Lucas, eu não deixei de curtir nenhum segundo daquele beijo, que por sinal era bem gostoso. Ele tinha lábios muito macios e sua língua percorria toda minha boca, me dando uma agradável sensação de prazer. Após um tempo parei o beijo com um selinho e ele começou a mordiscar meus lábios. Eu abri meus olhos e ele também, ficamos nos encarando por uns segundos até que ele se levantou, tirou uma das mãos da minha cintura e pôs na minha nuca, me puxando pra outro beijo. Não hesitei e voltei a beijá–lo. Ele foi me beijando e andando pro meio da pista onde todos dançavam. Sentir o beijo terminar quando o Lucas me puxou pelo braço.
– sai Lucas – eu disse brava.


Ele não me soltou, simplesmente saiu me puxando pelo ante braço pela pista até sairmos rumo às mesinhas, passei pelo Felipe e ele nos chamou perguntando o que tinha acontecido, mas não respondemos. O Lucas me levou até perto das barracas, próximo de uma arvore. Ele me olhava sério, cruzou os braços e respirava pesado.


– ta vendo como dói? – eu disse triste.
– eu sei o quanto dói, e foi por isso que eu fiquei com a Nat, queria que você soubesse também.


Ficamos calados, apenas nos encarando. Nisso chega o Felipe e Pedro.
– o que foi? – o Felipe perguntou com a voz bem carregada.
– você ta muito bêbado Felipe. O que é isso? – eu me espantei.
– nada Mabi, me deixa. O que ta rolando aqui? Brigando de novo?
– nada demais Felipe, estávamos conversando, mas já estou subindo – o Lucas disse me olhando no olhos.
– leva o Felipe, Lucas, dá uma água pra ele – eu pedi.
– vai ficar ai sozinha? – ele perguntou olhando pro PV.
– vai lá que eu cuido dela luquinhas – o PV provocou.
– nem pense em encostar-se a ela – o Lucas o ameaçou com o dedo na cara.
– você não é o dono dela – o Pedro respondeu grosseiramente.
– muito menos você!


– já fui e te garanto que rapidinho voltarei a ser – ele disse com ar superior.
– eiiiii – eu gritei – parem os dois, não sou de nenhum de vocês e nem de ninguém. Deixem-me sozinha, por favor – eu disse chateada, minha cabeça doía e a minha noite havia acabado de vez.
– me deixa ficar Mabi – o Pedro pediu.
– não Pedro, quero ficar só, longe de vocês e dessas brigas tolas. Não quero mais nenhum de vocês aqui.
– nem o Bernardo? – ele disse sorrindo.


O Lucas virou de repente pro Pedro e depois pra mim.
– ele sabia? – perguntou.
– não Lucas, ele acha que sabe de alguma coisa – eu disse.


– sei do que? Que ela te trai com o Bernardo? Sabia sim amigo – o Pedro foi irônico – eu te avisei na sala uma vez que você seria o próximo corninho, lembra? 
– idiota! – o Lucas gritou antes de partir pra cima do PV.


Os dois começaram a se bater, o Felipe tentava separar, mas não dava conta. Eu corri e vi o Bernardo de longe, fui até ele e o chamei sem nem pensar que isso só poderia aumentar a confusão.
– Bê me ajuda, o Lu e o Pedro estão se pegando lá em baixo.


Ele correu comigo pra lá e conseguiu segurar o Lucas e o Felipe pegou o Pedro.
– me larga – o Lucas gritava pro Bernardo.
– calma nervosinho, promete não ir mais pra cima do outro otário ali? – o Bê provocou o Lucas.
– otário é você Bernardo e eu não te prometo nada não. Sai também da minha frente.
– ei Lucas, o que eu fiz? To tentando te ajudar cara, se um professor te pega aqui você leva suspensão.


– me ajudar? Ferrando-me com a Mabi? Porque foi o que você conseguiu fazer Bernardo. Teu sonho foi realizado – o Lucas disse irônico.
– já que os dois estão dispensando, eu vou querer – o PV disse sorrindo.
– como tu consegue arrumar tanto macho assim, hein?! – o Fê disse baixinho no meu ouvido.


Eu revirei os olhos, estava muito puta, minha cabeça parecia estar a ponto de explodir.
– Pedro dá um tempo, não piora, ta? – eu disse impaciente.
– qual o problema Mabi? O Bernardo pode te pegar e eu não? Parece que o Lucas já aceitou ser corno mesmo...
– como assim “pode pegar”? – o Lucas perguntou assustado.


Eu e o Bernardo nos olhamos e fizemos a mesma cara, a de “fudeu”.


– ué Lucas, não ta sabendo que os dois andaram se pegando? Eu vi beijinhos e mais beijinhos aqui – o Pedro disse com um sorriso enorme nos lábios.
– isso é verdade Mabi? – o Lucas perguntou irritado.
– Lucas... – eu falei baixo e ele me interrompeu se virando pro Bernardo.
– Bernardo, é verdade? Vocês estavam juntos nas minhas costas? – o Lucas insistia.
– assumam logo. O cara já descobriu mesmo – o Pedro disse se divertindo.
– cala a boca idiota – eu gritei pro Pedro – Lucas, não estávamos juntos nas tuas costas, o Bê me beijou uma vez aqui e o Pedro viu, só isso.
– ah taa – o Lucas começou a gargalhar alto – eu vou fingir que acredito, uma única vez? Nunca! Eu conheço bem o Bernardo e você estando a fim dele... Ahh como fui idiota.


O Lucas estava furioso, umas lágrimas começaram a cair de seu rosto enquanto outras caiam do meu. Ele foi se afastando olhando pra gente.
– Lu... – eu fui andando pra perto dele.
– para Mabi, não to acreditando que você fez isso comigo. Eu achei que estava ficando sério entre nós dois. Não to conseguindo assimilar essa historia toda. Eu tentei de tudo pra ficar bem contigo esses últimos dias e você ainda ficava com ele...


 


Eu me aproximei mais ainda dele, meu coração doía, estava apertado, dessa vez eu sentia que iria perder o Lucas. Parei a sua frente e o olhei nos olhos.
– por favor Lu, vamos conversar só nós dois?
– Mabi... – ele se calou por uns segundos – depois dessa, não dá, fica com o Pedro, com o Bernardo, com quem você quiser, mas pra mim não dá mais. 
– não Lucas, você vai deixar pra lá? Esquecer tudo?
– nunca disse isso pra uma garota, nem namorada, mas... – hesitou – mas, eu te amo e vai ser difícil de me esquecer disso.


Na hora a dor no peito aumentou, as lágrimas caiam mais rápidas e em maior volume, as dele também. 
– eu... Eu... Ér... Eu também acho que te amo – eu disse olhando pra baixo.
– você não me ama Mabi, se amasse não maltrataria meu coração dessa forma.


– ok Lucas, quer me esquecer, me esqueça, mas nunca duvide dos meus sentimentos.



Afastei-me dele e sai andando, o Felipe já havia sumido dali. Eu limpei as lágrimas, mas assim que virei de costa pra eles, continuei aos prantos, até ouvir um barulho, olhei pra trás e o Lucas havia acertado o Bernardo na cara. Ele estava no chão com o nariz sangrando. Voltei correndo pra separar, mas havia sido somente um soco e o Bê não revidou, ficou sentado, pois sabia que merecia aquilo. O Pedro que só olhava, resolveu provocar ainda mais.
– e ai Lucas, é bom essa sensação de ser o otário da história? – disse com um sorriso cínico no rosto.
– me responde você Pedro – o Lucas respondeu indo em direção ao PV – porque comecei a ficar com a Mabi quando vocês ainda namoravam, otário! – ele deu dois tapinhas no ombro do Pedro e saiu rumo a tenda.


O Pedro ficou com cara de tacho e me olhou furioso.


– isso é verdade Mabi?
– quem fala o que quer, ouve o que não quer – dei de ombros e sai andando, sozinha.


Cheguei a minha barraca e me joguei no colchão, cai no choro. Minutos depois, o Rapha apareceu.
– amorzinho, o Bernardo me contou o que aconteceu. Como você ta?
– péssima Rapha, péssima, não queria perder o Lucas.
– ai Mabi, preciso te dizer isso: “eu te avisei pra não contar aqui.”
– eu sei Rapha, deveria ter te ouvido.
– deita aqui – ele sentou e eu deitei no colo dele e me pus a chorar, chorei tanto que dormir e em seguida dele também.


Umas 2 horas depois a Karen entra e nos chama.
– Mabi, Rapha.


Levantei-me assustada e o Rapha também.


– Karen não é nada do que você ta pensando, eu só... – eu tentava me explicar rápido, com medo de ela pensar besteira.
– deixa de coisa, claro que não to pensando besteira, mas venham rápido vocês dois – ela disse se levantando e correndo.

Fomos atrás. Chegamos à casa da sede e me deparei com uma cena um tanto hilária. A Carol sentada no sofá, o Felipe deitado no colo dela com os braços agarrados em volta de sua coxa, morto de bêbado, chorando, pedindo, aliás, implorando perdão pra ela.
Eu só não ri mais, porque não tinha clima, mas o Caio, o Rapha, o Pedro e os amigos e os meninos do 1º ano estavam rachando de rir.


– por favor, Carol, não me deixa, não me deixa pra ficar com o Caio, não faz isso – o Fê dizia em meio ao chororo.
– deixa de ser ridículo Felipe, me larga vai – ela berrava furiosa enquanto todos riam.
– me promete que não vai me trocar?
– ta, prometo – ela dizia sem paciência nenhuma.
– nem vai mais ficar com o viadinho do Rodrigo? 


Todos riram, até o próprio Rodrigo.
– ta Felipe, prometo o que você quiser, mas me deixa levantar. Mabi me ajuda amiga.
– mas eu te amo Carolina, te amo de verdade e sei que você me ama.
– que amo o que Felipe, nunca vou amar um idiota feito você, seu retardado!!
– então fala...
– falar o que? 
– que eu sou o homem dos teus sonhos.


Ela gargalhou.


– você não é o homem dos meus sonhos, deixa de ser burro Felipe.
– claro que não sou, você não sonharia tão alto assim... 
– besta, bobo, imbecil – ela disse dando tapas nele – e vocês me ajudem.


Ela tentava se levantar, mas ele não deixava, se agarrava na perna dela, que caia sentada novamente.
– não vai amor, fica comigo... ♪ pra sempre vou te amar ♪ – ele tentava cantar pedaços de músicas, mas sem ritmo algum.
– Felipe, deixa de ser pentelho, vem comigo – eu disse me aproximando.
– irmãããããã – ele gritou – e ai, resolveu com quem tu vai ficar? É o Lucas ou o Bernardo?
– com nenhum Fê, vem, fica calado – eu disse soltando os braços dele da perna da Carol.
– Dudu – ele berrou – minha irmã ta solteira, cai matando pirralho!


Todo mundo riu, menos eu, claro, estava muito puta.


A Carol se levantou e o Rapha veio me ajudar a pegar o Felipe. O Caio se aproximou e o Felipe logo gritou.
– seu filho da mãeee, como tu fica com a minha mulher assim na cara de pau?!
– ow Felipe, foi mau cara, mas tu tava pegando outra, achei que não ligasse – o Caio disse se desculpando.
– ela sempre foi à mulher da minha vida. Você sabia disso seu otário, agora pra eu te perdoar você vai ter que me deixar ficar com a Débora.
– a Deb? Pow Felipe, não basta o viadinho com ela...
– to te zoando abestado – o Felipe o interrompeu e pulou em cima dele.



Os dois caíram no chão e ficaram rindo. Na hora de levantar o Felipe foi e deu um soco no olho do Caio.
– eita porra Felipe, para ai – ele disse assustado.


Eu e o Rapha logo o separamos, a Carol ficou no meio.
– pronto, estamos amigos de novo – o Felipe abraçou o Caio de um lado e o Rapha de outro e saíram andando sorrindo.


– eu hein, vai entender... – eu disse pra Carol.
– idiota esse Felipe – ela disse furiosa.
– ahh Carol, vai dizer que ta triste? O Felipe ta se declarando ai pra ti – a Karen zoou.
– depois de fazer tudo aquilo comigo o dia todo? Ele vai ficar sozinho – ela fechou a cara e desceu pras barracas emburradas.
– ela que ta certa... – eu disse triste.
– ow amiga, o Bê me contou o que aconteceu, espera o Lucas se acalmar...
– não vou esperar nada Kaka, não tem mais eu e o Lucas, simplesmente acabou.


Voltei a chorar e ela me abraçou. Chegamos às barracas e todos foram dormir menos eu e o Rapha que ficamos conversando, quer dizer, ele falava e eu chorava. O Felipe dormiu com a Carol na barraca dela e pentelhou a noite toda, ela estava estressada. A Deb dormiu com a Karen na minha barraca e eu acabei adormecendo com o Rapha, depois de muito chorar. Acordamos de manhã cedo, nenhum de nós tínhamos vontade mais de estar ali. Então subimos à sede, conversamos com os professores e voltamos de carro. No do Fê foi o Rapha dirigindo, eu na frente ao seu lado, atrás foi a Carol, o Felipe ainda desmaiado e o Lucas de cara fechada. No carro do Caio foi ele, Karen, Deb e Bernardo. Chegamos à cidade, distribuímos o povo em suas casas e o Rapha me ajudou a levar o Felipe pro quarto dele. Tiramos sua roupa, o deixando apenas de cueca e demos um banho gelado, na hora ele despertou assustado pelo fato de estar dentro do box com o Rapha.


– raphael, o que você fez comigo? Já queria tirar minha cueca, né?! 


Eu e o Rapha rimos.
– seu bobo, to aqui – eu disse acenando pra ele.
– ah bom, então vem cá, vem se não ele me encoxa por trás, aí eu parto pra agressão – ele me puxou pela mão e caímos no chão do banheiro. 


Ele e o Rapha riram de mim. Sai do banheiro e fui pro meu quarto. Tomei um bom banho, me troquei e fui me despedi do Rapha que foi pra casa. Deitei na cama, mas não consegui dormir, não parei pra pensar um minuto se quer no Lucas e as lágrimas voltaram a cair.

Segunda de manhã acordei sem a mínima vontade de ir pra aula, o Felipe ainda estava de ressaca, então enrolamos a Marta pra ficarmos em casa. Não fiz nada o dia todo, a não ser pensar nele.


 


Na terça a primeira pessoa que eu vi quando cheguei a escola foi o Lucas. Meu coração disparou, tive esperanças que ele falaria comigo, mas me ignorou. Nem um sorriso, nem um olhar, nem um gesto, nada. Fui pra sala cabisbaixa, me sentei ao lado da Karen que passou a aula toda fazendo carinho na minha cabeça. Quando o intervalo tocou fomos para a cantina. No lugar de sempre estava o Fê, o Caio, o Rapha e o Lucas, sentado ao lado da Natasha. Aquilo era nojento demais pra mim, mas tentei fingir que estava bem. 
– cara, a Débora ainda não largou do viadinho? – o Caio perguntou os olhando de longe.
– eles estão namorando – a Carol disse.
– sério cá? – eu perguntei surpresa.
– namorando? Que porra é essa? – o Caio perguntou, aliás, gritou enquanto nos olhava assustado.


– é Caio, namorando, quando as pessoas que se gostam ficam juntas, sabe? – Karen foi irônica.
– eu sei o que é sua lesada, mas não sabia que a Deb era de coisa seria e tal – ele disse desconfiado.
– perdeu playboy, perdeu – o Felipe deu um tapa na cabeça dele.
– é, pelo visto a Deb foi a única que se deu bem nesse acampamento, porque nós... Fomos “com” e voltamos “sem” – eu disse olhando disfarçadamente pro Lucas.
– culpa desses imbecis ai – a Carol cruzou os braços e fitou o Caio, Rapha e Fê.
– eu não fiz nada – o Fê levantou as mãos na altura da cabeça – sou inocente.
– seu besta, me fez passar maior vergonha – Carol disse.
– eu? – o Fê disse sem acreditar.
– ihhh não lembra mais – o Rapha disse rindo.


– lembro do que? – o Fê parecia confuso.
– você se declarou pra Carol, inúmeras vezes, disse que era a mulher da tua vida, que a amava, bateu até no Caio – o Rapha dizia gargalhando.
– mentira que eu fiz isso, sério? Não me lembro de nada pow.
– não acredito Felipe – a Carol deu um tapa em seu braço – você faz toda aquela bizarra declaração de amor e não lembra? Eu mereço isso...
– sério, fiz mesmo? – ele continuou perguntando sem entender nada.
– afff falow gente – a Carol disse saindo.
– vai onde Carol? – eu perguntei.
– Rodrigo – ela disse com um grande sorriso nos lábios e saiu – pelo menos ele não me esquece no dia seguinte.


– credo, ela ainda ta com esse Mané? – Fê resmungou.
– agora me diz logo Felipe, você não lembra mesmo? – eu o pressionei.
– claro que não Mabi. Eu tava bebaço, mas fiz isso mesmo?
– fez! – o Caio disse fazendo todos caírem na risada novamente.
– e quem fez isso no teu olho? – ele se referiu ao roxo no olho do Caio – andando pegando mulher de outro, né? – o Felipe perguntou zoando.


Nós o olhamos e os meninos riram.
– foi você quem fez isso idiota – o Caio respondeu.


O Felipe só fez rir, estava incrédulo.
– o que mais aconteceu? – ele perguntou.
– ai o Rapha te levou pra barraca e vocês dormiram de conchinha – o Caio disse segurando o riso.
– e eu achando que o viado era o Lucas – o Fê disse pro Rapha.



Ninguém agüentou e caiu na gargalhada, até o Lucas.
– Felipe deixa de ser burro, se ele te encoxou, era você que estava na frente... – eu disse rindo.


– ei! Puta que pariu Raphael, tu não me comeu não né? – ele disse se levantando desesperado.


Todo mundo ria que não conseguia falar.
– borá, quero saber agora, quem me comeu? – ele perguntava olhando sério pra gente – diz!! Borá – ele gritou – digam logo, quem foi me comeu, eu me lembro de alguém na barraca comigo – ele disse alto.


Olhamos em volta e vários alunos nos olhavam e riam.
– ow viadão, para de gritar aí, ninguém te comeu não, você dormiu com a Carol – o Caio respondeu.
– doido pra ser comido esse aí – alguém cochichou alto passando por nós.


O Felipe deu o dedo e se sentou emburrado.
– eu comi alguém pelo menos? – ele perguntou baixinho dessa vez.
– Felipe velho, tu não se agüentava em pé, quanto mais ficar em uma posição com uma guria – o Rapha respondeu.
– ou guri... Ninguém sabe agora – o Caio disse.


Nós rimos até o Fê ficar puto novamente. Quando o silêncio se restabeleceu o Rapha se aproximou da Karen.
– Kaka, a gente pode ter uma conversa?
– não Raphael. Mabi vou ao ginásio com o Gabo, ele ta treinando, quer vir? – a Karen chamou.
– não Kaka, obrigada – respondi.


Ela saiu andando e o Rapha voltou a sentar no mesmo lugar.
– tocooooooooooooooooooooo – o Fê e o Caio gritaram em coro.
– Mané toco, só queria pedir desculpas pra ela – o Rapha disse irritado.
– que legal, os três encalhados – o Bê chegou zoando os meninos.


Nisso a Nat terminou o papo com o Lucas e deu um selinho nele, saindo em seguida. Todos nós olhamos, o Lucas se levantou sem graça e veio pra perto de nós.


– falow aí gente – eu disse me virando pra sair.
– espera aí Mabi, fica – o Fê pediu.
– dá não Fê, isso é demais pra mim. Beijos meninos lindos do meu coração – eu disse enquanto andava de costa.


Assim que me virei esbarrei no Dudu que passava por perto e ele estava com um sorvete na mão. O sorvete ficou entre nossos corpos e sujou ambas as fardas.
– ai Dudu, desculpa – eu disse atrapalhada.
– ta tudo bem Mabi, eu que tenho que pedir desculpas – ele disse afoito.


Ficamos ali tentando nos desculparmos um com o outro e depois fomos ao banheiro pra lavar as blusas. O intervalo havia acabado e nós estávamos no banheiro masculino. Ele estava sem blusa e eu de sutiã colorido, lavávamos nossas fardas na pia.
– se entrarem aqui irão pensar outra coisa da gente – ele disse rindo.


– concordo – eu ri também.
– desculpa.
– aí Dudu, não precisa, já disse.
– por sábado, não deveria ter te dado outro beijo. Você e o Lucas não estão nem se olhando, né?
– sem problemas. Não estamos mais juntos – balancei os ombros – mas não foi por você, foi pelo Bernardo.
– ah sim, aquela história, né? Achei que fosse pelo meu beijo.
– não, não – dei um sorriso pra ele.


Ficamos em silêncio, esfregando a blusa com sabonete liquido do banheiro, às vezes ele me encarava e eu o olhava de relance. De repente ele se aproximou e me roubou um selinho demorado que em seguida ia virando um beijo de língua, mas eu não retribui, me afastei.
– ai meu deus, foi mal Mabi, desculpa de novo – ele falou afoito.
– não Dudu, tudo bem. Eu só não to com clima, me desculpa, de verdade – eu tentava me explicar.



Ficamos um tentando se desculpar com o outro e quando as blusas estavam limpas, saímos.


– amigos? – ele estendeu a mão pra mim no corredor.
– claro – sorri e o cumprimentei – só preciso de um tempo pra mim, vai passar.
– então me avisa quando estiver pronta pra outra, que eu compro dois sorvetes pra derrubar em você e passar mais tempo no banheiro limpando – ele piscou e se afastou.


Fui pra sala e fiquei boiando toda a aula. O sinal pra ir pra casa bateu, eu não consegui prestar atenção em nada da aula, mais uma vez. Eu acabaria reprovando o bimestre se ficasse assim, mas nada me tirava o Lu da cabeça.

Na quarta a escola foi do mesmo jeito, sem prestar atenção na aula e ainda tive que agüentar o Lucas de conversinha com a Natasha. À noite sai com as meninas e a Marta pra comprar o vestido do tal baile no clube, que eu nem estava mais a fim de ir, nem tinha par, ia com o Fê. Rodamos todas as lojas do shopping pra procurar um que agradasse a todas e a si mesma. Acabei comprando um tomara que caia estilo bandage, com o comprimento um pouco acima do meio das coxas, era bege com uma renda dourada fosca por cima, realmente era lindo. As meninas compraram balonê de alcinha a Karen, de alcinha e soltinho a Deb e um frente única curtinho a Carol. A Marta preferiu um mais elaborado, vermelho, na altura do joelho, com uma manguinha curta.


Deixamos as meninas nas suas casas e fomos pra nossa.
– o que você tem Mabi? Está tão cabisbaixa desde que voltou do acampamento da escola – a Marta perguntou.
– nada Marta... – eu disse distraída.
– não é nada não, me conta amor.


Eu a olhei e tentei resumir o máximo possível, não queria levar lição de moral.
– eu e o Lucas terminamos – fiz uma careta triste.
– ah, mas logo vocês voltam. Tenho certeza, vocês se gostam.
– é – dei um falso sorriso e voltei a encarar a janela.


 


No dia seguinte na escola vi o Felipe de papo com a Pri, eles estavam encostados na porta da minha sala, com certeza pra Carol vê. Ele devia está fazendo isso por ciúmes do Rodrigo. Os ouvi combinando de sair essa noite, não acreditei. Ao chegar em casa, apenas lavei as mãos e me sentei pra comer, sozinha como sempre. Uns minutos depois ele desceu tomado banho, só de short.
– porca – ele me zoou.
– sou uma mesma, porque com essa fome é assim que eu vou comer, como uma porca.


Ele riu e foi se servir.
– Fê, você vai sair com a Priscila? – perguntei de boca cheia.
– vou, hoje, por quê?
– e a Carol?
– o que tem?
– achei que vocês fossem ficar juntos – dei de ombros.
– claro que não...


– oxi porque isso? Sei lá, você disse que a amava.
– eu estava bêbado Mabi, não me torra, ta? Não quero saber de Carolina.
– seu grosso – me levantei da mesa e fui pro meu quarto.

Passei a tarde fazendo lição. À noite o Fê se arrumou pra sair com a nojenta da Pri. Fiquei parada na porta do seu quarto o olhando se vestir.
– o que você viu nela?
– bunda, peito, coxas grossas... – ele respondeu sério – e ela beija bem.
– é serio isso? Ela é uma idiota.
– que eu vou sair com ela? É sim.
– não besta, que você vai sair com ela por isso. Ta querendo um lance sério entre?
– claro que não né Mabi – ele me olhou de lado debochando.
– sei... Nunca vi você arrumado e saindo sozinho com alguém, sem ser balada.
– quer que eu te leve? – ele perguntou cínico.


– chato!


– ta com ciúmes do maninho? – ele disse rindo.
– não né. Até porque eu tenho o maninho na hora que eu quiser – dei um sorriso sacana.
– não tem não – ele disse sério.


Cerrei meus olhos e fiz cara feia pra ele que riu de mim. Fechei a porta do quarto na chave, o puxei pela gola da camisa e o empurrei na cama. Ele se deitou e pôs os dois braços atrás da cabeça. Sentei-me em cima dele e me aproximei do seu rosto.
– você duvida de propósito, né?!
– haram – ele riu.
– você é muito sem vergonha.
– sou o seu preferido – ele disse com um sorriso malicioso.


 


Sai de cima dele e sentei na cama. Ele veio por trás de mim e começou a morder minha cintura. Eu senti cócegas, cai deitada na cama e comecei a rir, ele ficou me beliscando e se deitou por cima de mim.
– minha irmã preferida.
– você só tem a mim – revirei os olhos.
– e não preciso de nenhuma outra.
– safado! – eu disse séria.
... cachorro, sem vergonha, eu dou duro o dia inteiro... ♪


Eu ri.
– to atrasado, deixa eu ir Mabi – ele disse se levantando da cama.



Eu continuei deitada não acreditando que ele ia me deixar lá pra sair com essazinha. E se a Carol descobrisse que ele saiu de novo com a Pri, ela nunca mais iria olhar na cara dele e eu queria que eles se acertassem.


– vai não Fê, fica comigo essa noite – eu disse manhosa.
– amanhã Mabi, deixa pra amanhã – ele disse penteando o cabelo.
– quero hoje.
– mais tarde.
– agora – insisti.


Ele riu.
– qual é o problema? 
– nenhum Fê, só quero dormir contigo hoje.
– desembucha Mabi, to atrasado.
– ah Felipe, você nunca saiu sozinho com uma garota e nem mais de uma vez consecutiva. E depois, você sabe que nós não suportamos a Pri, ela é uma vaca mimada, nojenta, fútil... Ai você vai e sai 2 vezes com ela, isso ta me parecendo sério. E a Carol? Você não tem consideração por ela não? Você fez maior declaração pra ela, achei que fosse dar em algo. Ia ser muito bom meu melhor amigo com minha melhor amiga, contaria meus problemas de uma só vez.


 


Ele riu.
– é sério Fê.
– mas você não me teria mais na sua cama.
– e daí?
– isso – ele gritou – desdenha, menospreza, me joga no lixo e faz pouco caso desse corpo vai.


Eu cai na gargalhada. 
– pela felicidade da minha amiga eu abriria mão de você.
– sei, sei, mas não tenho nada com a Carol.
– e aquele eu te amo de domingo? – provoquei.
– afff eu não disse aquilo, vocês estão inventando. E eu já vou.


Fiquei o olhando emburrada com o menosprezo dele com a Carol enquanto sóbrio. Ele estava passando perfume distraído.
– não quero te perder pra mulher nenhuma. Já perdi o Di – fiz bico.


– ow minha linda, você não vai me perder pra ninguém, é só uma guria, nada sério. Daqui a pouco eu volto, ta?


Fiz cara de nojo e ele riu. Levantou-se e eu me sentei na cama, tirei minha camisola, fiquei só de top tomara que caia e calcinha, era de tirinha nas laterais. Deitei-me novamente e ele ficou me olhando.
– faz isso comigo não Mabi... – ele disse suando frio.
– vem cá vem – eu fiz manha.
– Mabi... Para com isso vai.


Fiquei calada somente olhando pra ele, claro que eu iria blefar, mas não podia deixá-lo sair com aquela menina.
– porque você faz isso comigo hein?! – ele disse coçando a nuca de nervoso.


Eu não respondi. O celular dele tocou, ele atendeu e era a Pri, dizendo que estava esperando por ele.
– já vou maninha.
– afff – bufei me virando na cama.


 


Deitei-me de barriga pra baixo e agarrei o travesseiro dele. Ele se deitou por trás de mim e sussurrou no meu ouvido.
– você ta blefando né? Na hora você vai fugir.
– ta duvidando de mim? – eu perguntei com um sorriso no rosto.
– to.


Virei-me de frente pra ele e o beijei no pescoço. 
– ok ok não duvido mais – ele se arrepiou todo.
– então vai lá com a vaca, mas nem invente de implicar comigo e com a Carol quando quisermos sair sozinhas com os meninos do 1º ano.
– sair sozinhas com eles? Mas nunca – ele riu – nem conosco por perto.


Pegou carteira e chaves e foi saindo do quarto. Parou na porta e ficou me olhando.
– você é perigosa. Não sei como o Lucas agüentou – disse rindo e saiu.


 


Eu fiquei na cama deitada pensando no Lucas. Depois de um tempo me veio o Bê na cabeça. Acabei pegando no sono. Lá pelas 4 da manhã o Felipe chegou em casa, meio bêbado, se jogou em cima da cama e acabou me acordando.
– ai Felipe, sai.


Ele não respondia. Percebi que estava bêbado.
– você ta bêbado de novo? Não acredito Fê, vou te matar! Aliás, como você veio parar aqui? Felipe – eu o sacudia – me responde.
– dá licença. Oi.


Era uma guria, provavelmente alguém que tinha o ajudado, porque não foi com ela que ele havia saído. Ela era baixinha, morena, cabelos cacheados, bonitinha, mas não parecia ser novinha.
– oi – dei um sorriso forçado.


– sou a Raquel, prima da Priscila, a deixei em casa e vim deixá–lo, acho que o Felipe bebeu demais, ai tive que trazê–lo. 
– ah oi Raquel. Sou a Mabi, irmã dele – estendi a mão a ela que me cumprimentou.
– você poderia me chamar um taxi? Queria ir pra casa – ela pediu sem graça.
– ah que isso, eu te levo. Deixe–me trocar de roupa.


Sai e a chamei pro meu quarto. Peguei um vestidinho e fui ao banheiro trocar de roupa. Vesti-me e fomos pro carro. Ela parecia ser tímida, ficou uma parte do tempo calada.
– você não são irmãos de verdade não né? – ela perguntou.
– não – sorri sem graça.
– hum... Vocês não são namorados não né?
– não – a olhei espantada e ri.
– Carol é a namorada dele?
– não – fiz a mesma cara.


Agora ela que riu.


– o que foi? – eu perguntei.
– hum... É que fomos pra um barzinho, ele não foi comigo, foi com a Priscila, minha prima. Aí bebemos um pouco e eles saíram. A Pri me disse que iam pro motel, mas parece que lá ele bebeu um pouco mais e acabou ficando do jeito que está. A Pri me ligou e eu tive que ir buscá–los.
– ah, me desculpa por ele. Nós sempre bebemos quando saímos, mas ele nunca foi de ficar assim, não sei o que aconteceu. Mas o que a Carol tem com isso?
– não sei bem, parece que durante os beijos lá, ele chamou por ela, dizendo que o amava. Só sei que a minha prima está muito puta com ele.

Na hora fiquei roxa de vergonha. Na verdade eu queria matar o Felipe, mas fiquei muito feliz por outro lado, ele amava mesmo a tonga da Carol.


– ah sério? – eu ri muito – ele gosta da Carol.
– hum... Ele chamou de ela de gostosa – ela sorriu tímida – a Pri me disse isso aos prantos – ela riu.
– a Carol é peguete dele. A Priscila sabia, saiu com ele porque quis.
– ah nem sei da história, acabamos de nos conhecer.
– e foi desastroso já né?
– pois então – ela riu tímida.
– esse Felipe me mata de vergonha – eu revirei os olhos.


Nós duas rimos. Chegamos ao endereço que ela havia me dado e ela desceu do carro, agradeceu e entrou. Fui pra casa bufando atrás do Felipe. Entrei no quarto dele e ele continuava desmaiado. Comecei a balançar seu corpo e ele não acordava, até que se moveu. 
– Felipe acorda agora – eu falei brava.
– hum... – ele resmungou.
– você ta ficando doido é? 
– ah Mabi, me deixa.
– Pra que beber desse jeito?
– ela era muito chata, bem que o Caio me avisou.
– ai Felipe, então porque saiu com a menina? Quantas vezes eu te disse que a Priscila era uma patricinha mimada?
– ela é gata pow. Mas me deixa dormir.
– nada disso, você vai tomar um banho antes. Borá.
– só se você for comigo – ele sorriu maliciosamente.
– nem pensar, vamos logo.


Comecei a desabotoar sua camisa e depois a calça. Tirei sua roupa lhe deixando apenas de cueca. O puxei pelo braço e liguei o chuveiro. Ele começou a pular e reclamar pela água gelada.


– não reclame. Fiquei embaixo desse chuveiro – eu disse brava.
– adoro quando você está nervosinha assim.
– para! 
– vem aqui – ele me puxou pelo braço.
– não Felipe, para! To muito chateada com você.


Ele me puxou pra debaixo do chuveiro e eu fiquei toda molhada.
– grrrrrrr Felipe! – eu gritei com ele enquanto ele ria.


Tirei meu vestido e fiquei só de calcinha e top.
– opa – ele sorriu.


Nem dei bola, joguei shampoo na cabeça dele e comecei a esfregar seu cabelo. 
– você ta com cheiro de bebida, se a Marta vê isso, deus me livre. 
– você gosta de mim de qualquer jeito – ele deu um sorriso sacana.
– começa não Fê.


 


Eu o coloquei na água novamente e tirei o shampoo. Ele me puxou pra perto dele, me agarrou pela cintura e beijou meu pescoço. Eu confesso que não queria resistir, mas tive que empurrá–lo. Ele continuou a beijar meu pescoço, orelha, veio pro meu rosto e me beijou na boca enquanto apertava meu corpo.
– Fê para, não quero.


Ele parou e me olhou assustado.
– por quê?
– porque não quero. To a fim de ficar sozinha por um tempo e também estou chateada com você.
– é por isso mesmo ou é por causa do Lucas?
– não é pelo Lucas.
– pelo Bernardo então? – ele disse desconfiado.


Eu o olhei assustada.
– eu estava na hora da briga de domingo, lembra?
– mas você estava quase desmaiado...


– eu também ouvi você falando com ele no celular enquanto o Lucas te esperava no quarto uns dias atrás, soube que tava rolando alguma coisa entre vocês. E depois Mabi, até o Lucas já havia percebido os olhares do Bernardo pra cima de ti, só não se deu conta que você está retribuindo a esses olhares, ou melhor, ficando com ele.
– é, fiz merda, mas já passou. Bora, sai logo desse banho e vai dormir. Boa noite.


Sai do quarto dele brava, tanto que esqueci minha camisola lá no chão.
Fui pro meu quarto, troquei de roupa e fui dormir.


 


Na quarta eu estava atrasada pra escola por causa do Felipe, que não conseguiu acordar no horário porque estava de ressaca. Vesti-me e fiquei esperando por ele, faltava 30 minutos pra aula começar e ele ainda estava de cueca pela sala. Fiquei brava e disse que iria andando pra escola. Sai batendo a porta da sala e o Fê ficou na sala me olhando. Quando eu estava andando na calçada do condomínio, escutei uma buzina de carro. Olhei e era o Bê.
– entra ai.


Nem hesitei, entrei logo.
– bom dia minha linda.
– bom dia Bê – dei um sorriso fraco.
– qual o motivo desse bico? Quer dizer, além daquela confusão do final de semana.
– Ah, o bico de hoje é do Felipe – eu disse ainda brava.


– saiu com a Pri ontem, chegou às 4 da manhã em casa, bêbado, trazido pela prima da Pri e ainda tive que deixar a menina em casa e dar banho nele.


Ele caiu na gargalhada. 
– Felipe é boiola mesmo. Como sai com a guria e bebe demais? – ele disse ainda rindo.
– convenhamos que a Pri é uma péssima companhia pra se sair – eu continuei séria.
– bico lindo – ele disse me dando um selinho.


Eu abaixei a cabeça e ele ficou me olhando.
– o que foi Mabi? 
– o Fê sabia.
– do que?
– da gente. Foi você contou? – disse olhando nos olhos dele.
– claro que não – ele disse preocupado.
– ele disse que nos ouviu no celular naquela tarde. Mas mesmo assim não daria pra ele saber. Não é?
– não sei... Mas ele viu a briga Mabi, ouviu o PV falando pro Lucas de nós dois.


– não Bê, ele estava bêbado, não se lembra nem de nada que disse pra Carol, como ia se lembrar dessa briga? E ele falou que até o Lucas já havia percebido os olhares que você me dá, só não se tocou ainda tínhamos algo.
– e o que você falou?
– neguei né?! 
– me diz o que tem demais. O Lucas já sabe, que diferença faz? Está preocupada à toa.
– não queria que isso se espalhasse.
– O Rapha sabe, a Karen, o Felipe, a Carol, o PV...
– ta Bernardo, chega! Todos já sabem – eu o interrompi, irritada.
– e qual o problema? Nunca escondi que eu sempre te quis de volta.
– problema que acho isso chato. 
– Ah claro... Não quer ferir os sentimentos do Lucas. Obvio, não pensei nisso – ele disse sarcástico.
– não é isso. Só não quero mais confusão com meu nome – eu menti.


– acho que a verdade é que você tem pretensões de voltar com ele. Só pode... – ele disse triste – me desculpa ser sincero contigo Mabi, mas não sei se o Lucas vai voltar não. Por quanto tempo você vai ficar chorando por ele? 


Eu fiquei calada por um tempo.
– vou dar tempo ao tempo Bernardo. Quero esquecer essa história toda.
– e eu? – ele perguntou.
– o que tem você? – perguntei distraída.
– você não pretende me assumir mesmo né? – ele disse sério.


Eu fiquei calada.
– como sempre não tem resposta – ele afirmou cabisbaixo.


Dirigiu mais um pouco e logo parou o carro em uma rua pouco antes da escola, era uma ruazinha estreita, de paralelepípedos, só tinha casas antigas. 
– o que foi? – eu perguntei aflita quando ele parou o carro.
– Mabi, escuta, eu não to brincando quando falo que gosto de você. Nesses anos em que passamos separados, não teve um dia se quer que eu tenha me arrependido de não ter te procurado naquela tarde pra te explicar sobre a Mel, talvez estivéssemos ficado juntos por mais tempo, ou até hoje. Acredita que eu não pedi pra te dividir com o Lucas só pra me divertir, nem pra zoar com a cara de nenhum dos dois. Você sabe o quanto é ruim vê–lo com a Natasha, então me imagina te vendo com ele o tempo todo. Eu inocentemente pensei, não sei por que, que se ficássemos juntos algumas vezes, você poderia querer ter algo sério comigo de novo, ou até se apaixonar...


 


Na minha cabeça o discurso dele foi interrompido pelos meus pensamentos. Naquela hora eu comecei a perceber que ele realmente gostava de mim, que se importava comigo. Ele não queria só me pegar, tinha sentimentos verdadeiros assim como o Lucas. Estavam de igual pra igual, quer dizer, acredito que o Lucas não goste mais de mim, ou se gostar vai me esquecer rapidinho com a Natasha. Não sei explicar o que eu estava sentindo naquela hora, mas por esse momento eu não pensei no Lucas, pela primeira vez eu pensei somente no Bernardo. Virei-me de frente e voltei a ouvir o que ele falava, mas já tinha me perdido na sua explicação. Ele continuava se explicando.
– cala a boca Bernardo – eu falei.


Ele me olhou assustado. Virou-se de frente e pôs a mão nas chaves pra ligar o carro. Eu pus minha mão em cima da dele, ele parou o movimento e me olhou.


– e me beija logo – eu pedi.


Ele deu um sorriso e veio na minha direção, pôs uma mão na minha nuca e me beijou com muito carinho. Coloquei minha mão no seu rosto e acariciei seu pescoço e nuca, logo ele foi aumentando o ritmo do beijo e foi ficando cada vez mais gostoso. Seu corpo foi se aproximando do meu e ficamos cada vez mais juntos, ele abaixou o apoio do banco e meu corpo foi acompanhando até ficar deitado. Ele saiu do banco dele e se deitou por cima de mim, continuando a me beijar enquanto suas mãos percorriam em meu corpo. Minhas unhas arranhavam suavemente suas costas, fazendo–o emitir gemidos. Ficamos naquele amasso por uns 15 minutos ou mais.
– Mabi para! – ele disse de repente enquanto ainda me beijava.
– o que eu fiz Bê?
– ta me deixando louco. Não vou me segurar desse jeito.


 


Ele continuou a me beijar, eu já percebi que ele estava excitadinho, mas não dava pra rolar. Ele desceu o beijo para o meu pescoço, me deixando toda arrepiada, pôs a mão por dentro da minha blusa e apertou meus seios, voltando a me beijar na boca.
– nem inventa Bê, estamos atrasados pra aula, o primeiro tempo já começou a vários minutos.
– aula? Que aula? – ele disse rindo, sem tirar os lábios dos meus – não estou nem lembrando que a gente estuda.
– Bernardo, não começa, vai... Falta um bimestre pras aulas acabarem, não vou faltar agora, já já vem as provas.


Ele parou o beijo e ficou me olhando.
– vamos só no terceiro tempo? Vamos? Por favor.
– ah Bê!
– poxa Mabi, deixa de ser cdf só hoje, vai.
– e pra onde iríamos?
– minha casa?


– você é meu vizinho dãh e se me vêem lá, hein?! Estamos lascados os dois, você morre duas vezes. Pelo teu pai e pelo o meu.
– hum... Verdade. Você se incomodaria se eu te levasse pra um motel?


Eu fiquei pensativa. Uma coisa ele tinha razão, não teria o Lucas de volta. Eu estava apaixonada pelo Bernardo, mas amava o Lucas. E como sempre faço, faria mais uma besteira na minha vida. Quem sabe voltar com o Bê pra esquecer o Lucas e ser feliz de novo? Sentia-me errada fazendo aquilo, mas quando que eu fui certinha na vida? Nunca né. Resolvi me jogar de cabeça.
– hum... – fingi estar pensando.


Ele levantou um pouco minha blusa e começou a mordiscar minha barriga. Eu me arrepiei toda.
– quero está na escola até o intervalo – eu disse sorrindo.


Ele olhou no relógio.
– não acredito que eu vou te ter por três horas só pra mim – ele disse rindo.
– não só por três horas... – eu disse o olhando nos olhos.


– do que você está falando? – ele perguntou animado.
– acho que a gente pode tentar alguma coisa – eu sorri.
– tipo um namoro? – ele perguntou parecendo uma criança que ganhará um doce naquele momento.
– é... Mas vamos com calma. Primeiro a gente fica, depois vemos em como assumir.


Ele começou a rir e me dar vários selinhos.
– seu besta! Vamos logo.
– não precisa nem pedir.



Ele se sentou no banco do motorista, ligou o carro e fomos. Paramos na frente de um motel bonito e ele me olhou.
– pode ser esse?
– tanto faz Bê, não conheço nenhum mesmo.
– nem eu.



Nós rimos. Ele dirigiu rumo à portaria, desceu, pegou a chave do quarto e entramos. Desci na garagem e subi as escadas. Assim que entrei no quarto fiquei parada olhando. As paredes eram vermelhas e brancas, a iluminação era a meia luz, tinha uma cama redonda com lençóis brancos, uma TV grande, frigobar, a temperatura era um pouco fria, ou seria meu medo que me deixava com aquela sensação? Bom, fui adentrando o ambiente e vi o banheiro, abri a porta dando de cara com uma banheira de hidromassagem, meus olhinhos brilharam. O Bê foi lá comigo e me abraçou por trás.
– a gente podia namorar ali dentro né? – disse no meu ouvido.
– namorar é? – eu ri.
– ah Mabi, você entendeu, não corta o clima.
– mas vou poder relaxar também? 
– só se for comigo. Porque enquanto estivermos aqui eu não vou desgrudar de você nenhum minuto se quer.



Ele começou a beijar meu pescoço e acariciar minha cintura. Fechei os olhos e fui me entregando ao momento. Logo suas mãos invadiram por debaixo de minha blusa indo diretamente para meus seios, ele os acariciou enquanto ainda beijava meu pescoço. Aos poucos foi tirando minha blusa e desabotoou meu sutiã, jogando–os no chão do banheiro. Virei o rosto pra trás e nós beijamos na boca ao mesmo tempo em que ele passava as mãos pela minha barriga e seios. Pus as mãos pra trás e fui suspendendo a sua blusa, ele a puxou e tirou, também colocando–a no chão. Suas mãos voltaram para o meu corpo e desceram até o botão da minha calça jeans, ele o desabotoou, abriu o zíper e pôs a mão por dentro da minha calçinha. Eu dei um gemido abafado e senti ele sorrindo no beijo.
– você gosta né? – ele perguntou.
– você não? – eu perguntei sorrindo.
– só com você.
– sei – eu disse desconfiada.


 


Ele foi aumentando levemente o ritmo da masturbação, deixando cada vez mais gostoso, quanto mais ele movimentava os dedos, mais eu me contorcia. Com seu outro braço ele passou em volta da minha cintura e me puxou pra ele, me fazendo sentir que ele já estava bem animadinho. Assim que tirou a mão de dentro da minha calça, me virei de frente pra ele e voltamos a nos beijar. Passei os braços pelo pescoço dele e ele agarrou em minha cintura, descendo as mãos para minha calça e tirando logo em seguida. Terminei de tirar a calça com os pés e fui andando pra frente o empurrando, minha intenção era derrubá-lo na cama, mas ele pôs as mãos em meu bumbum, apertou com vontade puxando meu quadril para ele. Coloquei minhas pernas em volta da cintura dele e ele me segurou no seu colo. Continuamos o beijo até ele me deitar na cama, jogando seu corpo por cima do meu e já beijando meu pescoço. Desceu pro colo, seios, barriga e chegando a minhas pernas. Mordiscou minhas coxas me deixando mais excitada ainda.
– ta gostoso? – ele perguntou enquanto me beijava na virilha.
– hurum – eu apenas gemia.
– quer mais?
– hurum.
– o que você quer?


– ah Bê continua vai – eu disse rindo de nervoso.



Ele passou a língua pela minha coxa indo em direção a virilha e parou.
– pede – ele disse me olhando.
– o que?
– o que você quer que eu faça – ele sorria com cara de safado.
– ain não Bê, não faz isso comigo não.
– pede, só faço se pedir.
– e se eu não pedir?
– não faço.



Ele se levantou e deitou ao meu lado, me deu um selinho e me abraço.
– me acorda às 10:00, por favor.



Eu olhei pra ele e ri.
– ahhh Bê, deixa de graça.



Ele nem se mexeu. Cheguei ao ouvido dele e sussurrei, era o jeito né, o que eu ia fazer.
– me chupa!



Ele abriu um sorrisão e me beijou.
– onde? – ele perguntou.



Eu o olhei torto.
– não abusa!



Ele tornou a beijar meu corpo todo até chegar a minha bct. Tirou minha calcinha e passou a língua por toda ela. Fechei os olhos e fiquei aproveitando aquele sexo oral gostoso, ao mesmo tempo em que gemia baixinho também soltava uns suspiros abafados. Ele terminou e subiu me beijando toda. Eu sorri pra ele.
– satisfeita sra? – ele disse rindo.
– não.
– não? O que ta faltando?
– você ficar satisfeito – falei de um jeito malicioso.



O empurrei e deitei pro cima dele, beijei sua boca, pescoço e orelha, desci até a calça jeans e desabotoei, abri o zíper e puxei a calça. Ele estava de cueca box branca. Parei e fiquei olhando e pensando: “Sinceramente? Como ele é gostoso.” Ri sozinha e ele fez uma cara de dúvida.
– delicia – sussurrei no ouvido dele.



Sentei-me em cima dele e o beijei na boca enquanto rebolava meu bumbum em cima do seu pau. Ele agarrou no meu bumbum e apertava com força.
– gostosa – ele disse enquanto me beijava.


 


Pus minha mão por cima da cueca, acariciando seu pau, depois coloquei a mão por dentro da cueca dele e fiquei fazendo movimentos de vai e vêm em seu pau. Ele se apressou e desceu um pouco a cueca. Sai de cima dele e a tirei, continuei a masturbá–lo e depois fui com a boca lá. Segurei seu pau com a mão e olhei pra ele enquanto passei a língua na cabeça.
– quer mesmo?
– com certeza – ele disse com um brilho no olhar – não me faz pedir – ele riu.
– não... Tenho medo da tua resposta – eu ri.



Pus–o todo na minha boca e fui sentindo o gosto de baixo pra cima. Chupei o tronco e a cabeça com um pouco mais de força, ele gemia alto, pedindo pra não parar, fiquei revezando entre sexo oral e masturbação, pedi pra ele me avisar quando estivesse quase lá. De repente ele me disse que iria gozar. Parei o que estava fazendo e o beijei por uns instantes, peguei a camisinha em cima da cômoda e abri. Ele me olhou com cara de dó.
– continua aqui, vai.
– agora não – eu sorri.


 


Peguei a camisinha e eu mesma pus nele, depois sentei em cima, apoiando minhas mãos no seu peito. Eu me mexia enquanto ele me olhava com tesão. Fui aumentando o ritmo e ele começou a gemer mais forte. Inclinei-me e o beijei. Continuamos assim por uns minutos, depois ele me deitou na cama e veio pra cima de mim, introduziu seu pau e fez movimentos de vai e vêm, eu gemia em seu ouvido e ele foi colocando cada vez mais forte, enquanto chupava meu pescoço. 
– não geme assim que eu não vou agüentar, viu?! Nem venha me culpar depois.
– ahh não tenho culpa de ser irresistível – eu zombei.
– você vai ver o que é bom. Aguarde-me.



Continuamos na mesma posição, eu gemia mais alto pra provocá–lo, coloquei meus braços em volta de seu pescoço e falava coisas sacanas no seu ouvido. Ele só ria baixinho. De repente o empurrei de cima de mim e me virei de bruços, ele ficou me olhando e eu olhei pra trás, diretamente pros seus olhos.
– vai ficar parado? – disse sorrindo.


 


Ele deu uma suspirada junto com uma risadinha como se não tivesse acreditando naquilo.
– ta brincando comigo, né? 



Não falei nada, ele logo se deitou por cima de mim e pôs seu pau em minha bct. Prosseguiu com os movimentos e eu fui empinando meu bumbum, aquilo era muito gostoso. 
– amor, eu vou...



Ele nem concluiu a frase e eu logo o interrompi.
– agora não. Ainda temos muito o que aproveitar.
– daqui a pouco aproveitamos mais. Mas agora não dá mais... – ele disse entre gemidos.



É claro que eu estava muito a fim de chegar logo ao orgasmo, mas estava fazendo aquilo apenas para provocá–lo. Descontar o que ele faz comigo, da última vez. Resolvi judiar mais um pouco.
Levantei meu quadril ficando quase de 4 pra ele. 
– ain... – só ouvi ele suspirando.
– não para – eu disse meio que rindo.


 


Quando ele percebeu o que eu queria, resolveu me provocar também. Empurrou meu corpo um pouco pra baixo e veio beijando minha nuca e costas. Eu fiquei toda arrepiada e confesso que excitada também. Então ele pôs a mãos no meu clitóris e me masturbou. Não agüentei obvio, comecei a gemer bem alto e me contorcer. Quando ele sentiu que eu estava tendo um orgasmo, gozou também, junto comigo. Cai deitada na cama e ele ao meu lado. Ficamos deitados nos olhando, ele passava a mão pelo meu rosto e eu apenas sorria.
– quando você aprendeu a ser danada assim, hein? Você era uma santa – ele apertou meu nariz.
– ih nem te conto – eu ri.



Levantei-me e fui tomar banho. Fiquei um pouco em baixo do chuveiro e depois voltei pra cama. Ficamos deitados conversando e fazendo carinho um no outro. Ele olhou no relógio e faltava 1 hora pra voltarmos.
– vamos pra banheira? – ele pediu.


 


Na hora eu levantei e corri pra lá. Ele veio atrás. Entramos na água e ficamos “namorando” como ele queria. O beijo foi ficando quente, ele começou a passar as mãos em meu corpo, desceu até minha bct e pôs dois dedos dentro. Eu dei um gemido alto e ele sorriu. Beijou meu pescoço e continuou a me masturbar, alternando os movimentos dos dedos, ora dentro de mim ora pelo meu clitóris. Não agüentei muito tempo e gozei. Ele me olhava com um sorriso no rosto. 
– o que foi? – eu perguntei.
– não tem coisa que melhor do que dar prazer a quem a gente ama – ele disse sorrindo.



Nessa hora meus olhos encheram de lágrimas. Sentei por cima dele, segurei seu rosto com as mãos e o beijei, dessa vez foi um beijo apaixonado. Não sabia muito bem explicar o que estava acontecendo dentro de mim, mas uma coisa eu tinha certeza: eu gostava do Bernardo, também, é também, porque eu ainda gostava do Lucas. Apesar de feliz, eu não sabia o que fazer. Ele interrompeu meus pensamentos.


– amor, vamos pra cama?
– de novo Bê? Já? – eu perguntei assustada.
– não danadinha – ele riu – só quero ficar deitado ao teu lado. Preciso aproveitar os últimos minutos contigo, porque logo vou ter que te aturar nos braços do Lucas – ele disse com nojo.
– você sabe que não tem mais o Lucas.
– por enquanto – ele revirou os olhos – por enquanto, tenho certeza.
– ciumento!
– com toda certeza. Ele ficará de novo na maior melação contigo. Você bem que gosta né? – ele disse um pouco bravo.



E ele tinha razão, na verdade eu adorava, me sentia muito bem nos braços do Lucas e agora também nos braço dele. 
– Mabi... Ow – ele me chamou atenção.
– oi.
– vamos sair? – ele disse me estendendo a toalha fora da banheira.


 


Levantei-me e comecei a me enxugar. Ele estava enrolado em uma toalha e me olhava.
– o que foi?
– você é perfeita demais – ele disse com um sorriso nos lábios.



Apenas sorri e o encarei. Ele se aproximou e me beijou na boca, bem carinhoso, depois beijou meu pescoço.
– e você ainda quer que eu me agüente tendo um mulherão desses na cama.



Eu sorri e corei.
– vem – ele me puxou pra cama.



Deitamos-nos e ficamos nos beijando, até o celular dele tocar. Ele me olhou e eu fiz sinal pra ele atender.

– Inicio da ligação –

– fala sua quenga – era o Caio.
– o que tu quer vagabunda?? Atrapalhou meu sono.
– sono é? Sei... Liguei na tua casa e ninguém atendeu. Cadê tu?
– dormindo, mas já que você me acordou, vou pra escola né.
– então não demora porque o Rapha ta morrendo de saudades dos teus olhos azuis.
Ele riu e eu não entendi por que.
– falow.


 


– Fim da ligação –


 


– os meninos já deram falta. Não te ligaram não?
– nem sei, meu celular ta no carro – eu disse.
– vamos então?
– hurum – eu sorri.

Levantamos–nos e colocamos a roupa, ou melhor, a farda e fomos embora.
Quando estávamos perto da escola, ele parou o carro e me beijou.
– o último de hoje.

Eu apenas sorri. Ele continuou, estacionou na escola e eu desci primeiro. Fui direto pra sala, não tinha ninguém, fiquei lá até a Carol chegar.
– amiga, onde você tava?
– ah, me atrasei. O Felipe veio?
– também não, por quê?
– nem te conto Carol.



Ela se sentou ao meu lado e eu lhe contei sobre a noite com a Pri e o que a tal Raquel disse. Senti que a Carol ficou ódio do Felipe e da Pri, até ri dela.


– e você veio andando mesmo?
– hurum – eu menti.
– chegou com o cabelo molhado? – ela me olhou com uma cara engraçada.



Fiz careta pra ela.
– me conta logo com quem tu tava. Era o Felipe né?
– não Carol.
– o Dudu ta aí, o Lucas sem chance nenhuma, o único que não estava ai... Era... O Bernardo – ela disse gaguejando e arregalou os olhos pra mim – sua safadaaaaaaaaaaaaa.
– ain Carol para.
– estava na casa dele?
– motel – eu disse envergonhada.
– sua sua suaaa... Não acredito. Conta tudo! Não me disse que estava ficando com ele.
– ah Carol, eu gosto do Bernardo, estou apaixonada por ele, então não custa tentar com ele, né? Não dá pra ficar sofrendo pelo Lucas pra sempre. Ele não vai me perdoar.


– é, você tem razão... Será que vai dá certo?
– não sei. Mas se for como hoje, foi muito bom – eu sorri.
– que sem vergonhice!
– ah ta marreco, você nem faz isso né? – olhei pra ela de canto de olho.
– faço, mas eu sou assumida, você é romântica, apaixonada hahaha, mas e ai? Vai ficar com ele até quando?
– até eu me decidi namorar–lo, só não me pergunte quando esse dia vai chegar – fiz cara de dó.



Nisso a Deb entrou na sala e mudamos de assunto. Ela começou a contar do namoro com o Paulinho, ficamos ouvindo e sonhando com os nossos príncipes encantados. Estávamos no último tempo quando recebi uma mensagem no celular: “Você já percebeu que quando eu te vejo, eu perco o chão, que o simples fato de te ouvir me faz perder toda razão.” Era do Bernardo. Eu sorri grande, passei o celular pra mostrar pra Carol, o professor chamou nossa atenção. Ficamos quietas e chegou outra mensagem, olhei e também era dele ”Quando você chega, minha mão transpira, minha mente pira, eu já não sei o que fazer.” o professor me olhou feio e mandou eu desligar o aparelho. Fingi que desliguei e ao guardá–lo na mochila, vibrou com outra mensagem, ”Já vi que esse lance tá ficando chato, pois até meus atos não consigo mais conter.” A Carol viu, pegou o celular da minha mão e ficou me zombando.
– ele ta apaixonadinho hummmm – ela sussurrava.



Eu ri. 
– para Carol.



O professor chamou nossa atenção novamente, ficamos quietas. Uns minutos depois chegou mais uma mensagem ”Se tento te esquecer, só faço te querer. Tá no meu pensamento sentimento que não muda. Tô louco pra te ver, só quero amar você.” Eu ri sozinha e o professor mandou–me ficar quieta, se não sairia da sala. Mandei uma mensagem pro Bê “adoro Jorge e Mateus (: linda a música”, ele respondeu “eu também te adoro amor ¬¬ e lindo sou eu :P”, quando li, eu gargalhei e o professor me olhou feio.
– beatriz eu avisei.
– desculpa professor, não faço mais.
– saia da sala, por favor.
– ow professor.


 


Ele ficou parado me olhando, esperando que eu saísse. Juntei meu material e sai da sala. Passei pelo corredor até a cantina e sentei em uma das mesas em que costumávamos ficar. Vi a Nat e a Pri conversando no canto da cantina, ambas tomavam sorvete e estavam sentadas em uma cadeira com os pés apoiados na parede, de costas pra minha mesa. Levantei-me pra falar com a Pri, pra zoar com ela, obvio que não ia perder a oportunidade.
– ele me disse que não tem volta, me resta investi – a Nat disse.
– investi em algo que você não quer, né Nat? – a Pri disse.
– ah, ele é uma graça. Desisti do Rapha, então quem não tem cão, caça com gato.



Elas riram. Eu não acreditava que elas falavam do Lucas. Era obvio que a Nat só queria usá–lo, ela não gostava dele. Parei bem atrás das duas, cruzei os braços e fiquei só escutando, elas não me viram.
– e se ele quiser namorar? – a Pri perguntou.
– eu vou namorar oras, uma hora quem sabe me apaixono – a Nat deu de ombros.
– e se ele te largar pela vaca da Mabi?
– não vai, não vai mesmo. Não se preocupe amiga, que eu e o Bê já cuidamos disso.
– já cuidaram de que Natasha? – eu falei alto.


 


Elas se assustaram e me olharam apavoradas.
– o que você ta fazendo aí sua vaca? Fica ouvindo a conversa alheia é? – ela perguntou.
– senti cheiro de estrume e vim ver o que era, aí achei vocês – eu disse com um sorriso cínico nos lábios.
– sua mal amada – a Pri disse vindo pra cima de mim.
– Ué, quem é mal amada e mal comida aqui é você, que foi largada em um motel ontem.


Ela veio pra cima de mim e me empurrou. Fiquei na minha porque brigar na escola eu seria expulsa.
– mas sim, o que você já cuidou, do que está falando? O que tem o Bê nessa historia? Borá! Desembucha logo.
– não é nada. Não tem nada pra te explicar, vaza daqui – a Nat gritou.
– ok! Eu descubro sozinha.

Virei–me e sai dali. Fui ao balcão da cantina e pedi um guaraná de açaí. O cara fez e me entregou, pedi outro copo e dividi o líquido em metade para cada copo. Fui até elas novamente, que se encontravam na mesma posição. Cheguei por trás e derrubei na cabeça e colo de cada uma, um copo inteiro do guaraná. Elas ficaram cobertas do liquido roxo, desde o cabelo até o tênis.
– sua vacaaaa – a Nat berrou.
– desculpa amores... – eu disse rindo.


 


Peguei minhas coisas em cima da mesa e sai, elas ficaram ali me xingando. Sentei-me em um banquinho no pátio e mandei uma mensagem pro Bê:
“Vem aqui no pátio, preciso falar contigo” Alguns minutos depois ele chegou e sentou ao meu lado.
– qual desculpa usou? – eu perguntei.
– dor de barriga – ele disse rindo – e você?
– fui expulsa de sala – eu disse olhando pro chão.
– o que? Expulsa porque CDF? – ele perguntou assustado.
– por causa das tuas mensagens.
– tcs tcs sabe nem esconder, sua amadora.


Eu ri.
– mas então, o que queria? – ele perguntou.
– eu ouvi a Nat conversando com a Pri agorinha, que você e ela tinham dado um jeito de eu e o Lucas não ficarmos juntos. Quero saber que história é essa.


Na hora ele ficou calado me olhando.
– então Bernardo? – eu insisti.


– não sei Mabi, perguntou a ela? O que ela disse?
– que era nada, por isso quero saber o que significa.
– ah, sei lá, vai ver que é porque eu e você vamos ficar juntos e ela e o Lucas vão ficar, por isso vocês não voltariam, não sei.
– hum... Sei, então ta – eu disse mesmo sem acreditar.


O sinal da saída tocou e nos levantamos pra ir lá pra fora. Ficamos encostados no carro dele esperando o pessoal sair. 
– posso te beijar? – ele pediu.
– aqui? Melhor não Bê.
– afff por quê?
– até sábado eu estava com o Lucas, 2 dias depois já estou contigo, pega mal.
– e qual o problema? O tempo passa e os gostos mudam – ele sorriu.
– engraçadinho. 
– eu não acredito que ainda vamos ter que ficar escondidos – ele disse agora sério – se namorarmos também será assim?
– não, é só dá um tempinho, te acalma.


 


Ele ficou na minha frente, bem perto de mim, me encarando.
– o que foi? – eu perguntei olhando pros lados pra disfarçar.


Apoiou os braços no carro, me prendendo no meio e me beijou. No inicio fiquei tensa, mas ao longo do beijo fui relaxando e pus as mãos em seus ombros. Todos que passavam olhavam pra gente. 
– rum rum – era a Carol pigarreando.
– os pombinhos aí estão na escola, comportem–se – disse a Karen.


Nós paramos e rimos. O Bê saiu da minha frente e se posicionou ao meu lado. Estavam todos, Karen, Deb, Carol, Rapha, Caio e até o Lucas. Fiquei super sem graça em ver o Lucas ali. A feição dele era das piores, nem dirigiu a palavra a mim.
– ah oi Mabi! – o Caio me cumprimentou – o Bernardo estava quase pra te engoli aí, nem vi que era você.


Os meninos riram, eu fiquei logo vermelha. A Deb veio e me deu dois beijinhos, depois nas meninas e disse que já ia.
– vou namorar – ela saiu se gabando.
– porque essa irritante ainda anda conosco hein? Ela deveria entrar pra gang dos pirralhos do 1º ano, já que ela ta de casinho com um deles – o Caio disse cheio de ciúmes.


– mas é muito ciúmes pra uma pessoa só – a Carol zombou dele.
– oi amor – o Rapha me cumprimentou com um beijo na testa e depois ficou ao meu lado.
– ta de carro Rapha? – perguntei.
– to, por quê?
– me leva?
– claro. 



Dei um sorriso e peguei minha mochila que estava em cima do carro.
– falow ai minhas gostosas – o Rapha disse cumprimentando o Bernardo e o Lucas – vai comigo Caiozito?
– vou nada, vou com o lulu – o Caio respondeu – precisamos discutir a relação, né amor?
– então vamos Mabi – o Rapha segurou na minha mão e me puxou – borá Carol.
– já é, tchau gente, até mais tarde – a Carol se despediu de todos.


Saímos andando os três, o Rapha no meio e eu e a Carol de mãos dadas com ele, uma em cada mão.
– ei Mabi – o Bê me chamou.


 


Parei e olhei pra trás, continuei de mãos dadas com o Rapha. O Bê se aproximou de mim.
– posso passar na tua casa hoje à tarde?
– ta, pode – eu dei um sorrisinho.
– beleza então, se eu estiver de carro vou lá – ele me zoou e depois sorriu.


Eu apenas sorri e me virei pra continuar a andar. Ele me segurou na outra mão e me puxou pra perto do corpo dele, me beijando devagar e rapidamente. Em seguida me afastei com um sorriso torto nos lábios ao ver o Lucas lá trás, virar de costas pra mim. Entramos no carro, sentei na frente ao lado do Rapha, após um tempo dirigindo em silêncio, alguém o quebra.
– o que foi aquilo Mabi? – o Rapha perguntou sério.
– um beijo – eu disse distraída.
– no Bernardo? – ele dizia surpreso – se eu não tivesse visto, não acreditaria se alguém me contasse.
– concordo Rapha – a Carol disse.


– você tem noção que o beijou na frente do Lucas né? – ele continuou sem acreditar.
– como se fizesse diferença – eu dei de ombros.
– Mabi, o Lucas só está se fazendo de ofendido, no fundo ele te ama e está muito magoado. Também não é a toa que ele está assim, né?! – ele me olhou torto.
– eu sei que errei, ele não querer me perdoar é uma opção dele, obvio, mas precisa ficar com a Nat? Ela não gosta dele, eu a ouvi dizer isso hoje.
– e beijar o Bernardo ajuda em que?
– ah Rapha, o Lucas não vai me perdoar, eu não posso ficar a vida toda sofrendo por ele, então o Bê gosta de mim, bastante, eu também to a fim dele, vamos tentar... Preciso dar esse último voto de confiança nele, já que ele tanto pede isso.
– vocês estão namorando? – a Carol perguntou.
– não Cá, talvez mais pra frente se der certo – sorri.
– isso de ficar com ele não é por carência? – o Rapha insistiu.
– claro que não! Eu e ele já ficávamos quando eu estava com o Lucas, aliás, foi por isso que terminamos, então como eu posso não gostar do Bernardo?
– é, realmente... Bom, espero que você esteja fazendo a coisa certa, ta?! To aqui pra isso, você pode contar comigo – ele disse sorrindo.
– comigo também – a Carol concordou.
– obrigada meus amores, não sei o que eu faria sem vocês – dei um beijinho em cada um.


 


O Rapha nos deixou em casa, fomos direto pro meu quarto. Tomei banho e me troquei, depois a Carol e descemos pra almoçar. O Fê estava a mesa, nem eu e Carol falamos com ele. Terminamos e em seguida subimos. Joguei-me na cama e disse a Carol que iria dormir, ela concordou e ficou no meu notebook. 
Acordei com a Carol me chamando.
– amiga, amiga.
– oi Carol – eu disse me espreguiçando.
– o Bê no celular.


Ela me entregou o aparelho e eu continuei deitada.

– Inicio da ligação –

– alô – eu falei sonolenta.
– ta linda com esse vestidinho.


Me levantei, sentando na cama, olhei pela janela e ele estava lá parado, me dando tchau.


 


– você tem que parar com essa mania de me espiar pela janela – eu disse acenando para ele.
– agora que eu posso ficar perto de você, prometo espiar só quando você trocar de roupa.
– bobo! – eu ri – Mas diga o porquê de me acordar – eu disse com voz brava.
– combinamos algo, lembra?
– ahhhhhh – bati com a mão na testa – havia me esquecido Bê, desculpa.
– então tome banho e se vista, já passo aí pra gente ir tomar sorvete, ta?
– ta. Beijos

– Fim da ligação –


Levantei–me e fui pro banheiro, a Carol permaneceu no meu notebook, estava no MSN com o Rodrigo, nem piscava. Sai do banho só de toalha e o Felipe estava deitado na minha cama.


– o que quer aqui Felipe? – perguntei.
– saber como foi a escola.
– normal – dei de ombros.
– e porque não estão falando comigo?
– depois da cena ridícula de ontem? Prefiro não falar...
– o que eu fiz?
– Felipe, ficar fingindo estar bêbado pra falar que gosta da Carol e depois fingir estar bêbado pra se livrar da Pri, não é legal.


Nessa hora a Carol virou pra trás e olhou pra ele.
– deveria ter sido homem pra falar aquelas merdas na minha cara e não ter se enchido de bebida e ter dito na frente de todo mundo. Foi ridículo. Você é imaturo! – ela berrou.
– calma gente... Eu não fingi nada, eu realmente estava bêbado. As coisas que eu falei pra você eram brincadeira Carol, coisa do momento. Só fingi não me lembrar de nada porque sei lá, você não me deu bola nenhuma... – ele disse triste.
– e vou continuar a não dar. Vai sair com a mocréia da Pri, vai!


– você pode dá licença Felipe? – pedi pra ele.
– não! – ele sorriu.
– Felipe preciso me trocar, por favor.


Ele balançou os ombros.
– se troque.
– não na sua frente! Sai. Depois vocês continuam a DR.
– não tenho nada pra falar com ele amiga, por mim pode sair.
– ah Carol, não dá uma de difícil não. Vamos conversar sim! E eu não vou sair daqui, você é minha irmã, não tem nada que eu já não tenha visto.
– arrrrrrrrgggg! – eu gritei – Carol tira ele daqui, por favor.
– não falo mais com esse tipo de gente Mabi, me desculpe – ela continuou no notebook.
– não acredito – eu bufei.


Peguei uma calcinha, um sutiã, uma saia jeans, uma regata e voltei ao banheiro, me troquei lá, penteei o cabelo, fiz uma maquiagem, passei perfume e sai de lá já pronta.
– se matem aí! 


Sai e tranquei a porta por fora, eles ficaram gritando e batendo na porta.
Sentei na sala e fiquei vendo TV, logo o interfone tocou, era o Bê.


Fui em direção ao carro dele, ele me esperava parado em pé a frente da porta.
– oi – ele disse sorrindo.
– oi Bê.


Parei em sua frente e ele me puxou pela cintura, colando nossos corpos e me deu um selinho demorado.
– você ta linda – ele disse passando a mão pelo meu rosto.
– obrigada. Mas vamos tomar sorvete?
– por mim nós iríamos pro mesmo lugar de ontem – ele disse cínico.
– deixa de ser safado Bernardo – dei um tapa em seu braço – vamos pra sorveteria.
– nem sou safado, só queria passar o dia agarrado em ti, te enchendo de beijinhos.
– pra isso não precisa de um motel – revirei os olhos.


Entramos no carro e fomos pra praça da luz.


– a gente pode ficar lá em casa? – ele perguntou.
– pode, mas a tia ta em casa? Fico com vergonha dela.
– desde quando você tem vergonha da minha mãe? – ele riu.
– desde quando eu to namorando o filho dela dentro do quarto dele – eu disse olhando pela janela.
– namorando é? – ele perguntou todo feliz.


Eu apenas sorri.
– isso é sério? Estamos namorando? – ele insistiu.
– sei lá Bê, talvez – dei de ombros.
– isso quer dizer que você vai ao baile acompanhado comigo?
– não, vou com meu pai e a família, mas nos encontramos lá.
– ué, por quê? O Caio e o Rapha combinaram comigo lá em casa, o Felipe também vai pra lá, vamos juntos, só o Lucas que acho que não vem, o Caio me disse que ele vai levar a Natasha – ele disse me olhando de lado.
– tudo bem, nos encontramos lá com vocês, eu vou com meu pai, a Carol e a Deb vão comigo – eu disse séria.


Não quis transparecer, mas me incomodou saber que o Lucas levaria a Nat, porém seria inevitável, ela já havia dito que iria conseguir namorá–lo, então só me restava esquecê–lo e ser feliz com o Bernardo. Chegamos à sorveteria, sentamos um de frente pro outro e pedimos sorvete, eu tomei 3.
– nunca mais a gente vem aqui, tu vai me falir Mabi – o Bê disse rindo.
– ahh – eu ri – quem mandou oferecer – dei de ombros.
– esqueci o quanto você gosta de sorvete – ele revirou os olhos – mas eu não ganho nada em troca não?
– tenho dinheiro não – eu disse distraída.


Ele se levantou e sentou ao meu lado, me abraçou pela cintura e ficou beijando meu pescoço.
– Bê, estamos em público – eu disse desviando os beijos que já haviam me deixado arrepiada.
– to só beijando minha namorada, nada demais.
– então beija direitinho, para de me provocar.
– se eu te provocar o que acontece? – ele sorriu malicioso.
– acontece que eu vou pra casa chateada.
– ta, parei, que saco velho! – ele disse sem paciência nenhuma.

Puxei minha cadeira pra mais perto da dele, cruzei as pernas e me encostei no seu ombro, ele me abraçou pondo o braço em meu pescoço e veio me beijar. Era um beijo calmo e gostoso, virei meu corpo um pouco mais de frente pro dele e pus a mão em seu pescoço. Continuamos o beijo, estava muito bom, tudo indo bem, às vezes parava o beijo e me dava selinhos, depois continuava a me beijar, lá pelo 3º beijo ele pegou sua outra mão que estava em minha cintura, escorregar para minha coxa, aumentando o ritmo do beijo e começou a apertar minha coxa de forma bruta. O beijo foi ficando quente e ele foi subindo a mão pela minha coxa e conseqüentemente minha saia também. Abri os olhos e as pessoas em volta estão nos olhando e cochichando.


– para Bernardo – eu pedi em meio aos beijos.
– não to fazendo nada Mabi.


Ele desceu os beijos para meu pescoço novamente e eu me afastei, peguei sua mão e tirei de cima da minha perna.
– estamos em uma sorveteria, tem várias pessoas em volta, isso não é lugar pra esse tipo de coisa Bernardo – eu disse chateada.


Levantei-me e fui andando em direção ao carro, ele foi pagar e depois veio atrás.
– me leva pra casa, por favor.
– ah Mabi, não tem nada demais, somos namorados, só estávamos nos beijando.
– não Bê, aquilo não era um simples beijo. Abre a porta – pedi grosseiramente.


Ele destravou o carro, eu entrei e sentei de cara fechada.
– vai ficar de bico comigo? – ele perguntou antes de ligar o carro.
– não – eu desfiz a cara e tentei sorri forçado – só não gostei.
– do que Mabi? Estávamos nos beijando.
– não Bernardo, aquilo não era um simples beijo, você estava alisando minhas pernas, beijando meu pescoço, não se reparou mais várias pessoas próximas da mesa ficaram olhando.
– ta desculpa, mas é que fica difícil de me controlar.
– aprenda então, ou toda vez vai ser assim?
– se você continuar usando essas roupas – ele disse me olhando de cima a baixo.
– sempre usei roupas assim, nunca tive problemas.


– nunca teve porque o Lucas é um frouxo, não tenho culpa se ele não fazia nada.
– ele me respeita.
– ele não tem hormônios masculinos.
– ele não é desesperado por sexo como você – eu gritei – ele tava comigo porque gostava realmente de mim – falei sem nem me dar conta do que havia dito.


Ele freou o carro bruscamente.
– você ta insinuando que eu não gosto de você? Que estou contigo só porque você é bonita?


Eu fiquei calada, apenas o olhava de lado.
– sério mesmo Mabi? – ele continuou.
– Bê, eu acredito que você gosta de mim, mas não dá pra ir pra cama contigo toda vez em que nos beijarmos. Eu também preciso de carinho, amor, atenção, pra isso eu quero um namorado e não alguém pra me divertir.
– tudo bem, me desculpe, vou me controlar.


Ele me deu um beijo no rosto e voltou a dirigir.
– ok, obrigada – eu disse de cabeça baixa.
– mas tenta não me provocar em público, por favor.
– eu não fiz isso.


Ele me olhou e depois olhou pras minhas pernas cruzadas.
– ta Bernardo, vou tentar usar roupas comportadas com você – eu disse chateada.


 



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Autor(a): raquel_gomes

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– FELIPE NARRANDO – – não acredito que a Mabi fez isso – eu falei enquanto tentava abrir a porta. – relaxa! – a Carol disse distraída no notebook – já ela volta. – o que você está fazendo? – perguntei olhando por cima de seus ombros. Ela teclava com o Rodrigo no MSN – eca! Voc&ec ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 60



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  • sharonvondy60 Postado em 13/11/2013 - 07:05:01

    A web Ja acabou Mahri '-' . acho que ela vai respostar em Cilada, Vc vai voltar a acompanhar ?

  • sharonvondy60 Postado em 13/11/2013 - 07:02:03

    Awn Ameiii o FiNal muito Lindo me emocionei ate por tudo ter acabado bem T..T Saudades agora "-"

  • mahri Postado em 12/11/2013 - 14:42:25

    Ela começou a postar cilada,mas perdeu os capítulos aí começou essa web,só que ela ta demorando mt pra acabar

  • sharonvondy60 Postado em 12/11/2013 - 14:29:43

    Cilada . essa Web ta aqui No site ? Menina Vc Sumiu, Vc ta bem pelo menos ? #volta logo.

  • mahri Postado em 10/11/2013 - 02:09:59

    Ei tava lendo a web cilada,só que não consegui ver o final pq deletaram, tem como vc me dizer se a Bah e o Rick ficao juntos?

  • sharonvondy60 Postado em 08/11/2013 - 05:01:44

    Hum, Ta CompLicada a historia Hein : /

  • mahri Postado em 07/11/2013 - 23:48:15

    Nosso Amor e Ódio Eterno... Vício

  • sharonvondy60 Postado em 07/11/2013 - 12:48:11

    Mahri : Kkkk... eu to lendo pela 2 Vez. Realmente a primeira Vez deles Foi Awnn Perfeita ? verdade o liu e um best Mesmo. Quem diria que o mateus ficaria com a beth ? eu gostei . pensei que a paula ficasse com um dos irmaos da larissa . e Eu pensava que o lucio era drogado, mas ja desconfiava que ele lutava por ai mesmo tbb . Ahhh

  • mahri Postado em 06/11/2013 - 00:45:46

    Sharonvondy60: não eu não tenho webs. Eu já li pela 3 vez terminei hj,eu amo o cap da 1 vez deles;não tem como não se apaixona pela web e não amar o Lúcio,fiquei com pena do Alex em relação ao filho,mas ele mereceu. Adoro o Liu um super amigo ele eu tbm adorava as cantadas baratas do Martins kkkkkk

  • sharonvondy60 Postado em 05/11/2013 - 15:05:08

    mahri : Voce tem Webs ?


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