Fanfic: Nem sempre o amor pode está certo. 1º Temporada e 2º Temporada | Tema: web novela
O Pablo olhou pra ela, que agora tentava se explicar. O André saiu sozinho, furioso, eu fui atrás. Entramos no elevador e ele não dizia nada, apenas respirava pesado, parecia querer me matar com os olhos. Entramos no carro e ele foi dirigindo.
– pode me deixar em casa – eu disse seca.
– não quer ir pra feijoada comigo? – ele disse ainda parecendo estar possesso.
– em casa estarei mais segura. Sua cara não está muito convidativa.
– me desculpa, estou com raiva. Daqui a pouco passa.
– de mim?
– é – ele respondeu olhando pela janela.
– me desculpa André, mas o teu irmão é um canalha e eu não suporto ser usada. Aquilo que ele fez não foi certo e você ainda fica com raiva de mim? – perguntei indignada – é pela Luana? – ele não respondeu e eu tomei como um sim – me leva pra casa, por favor.
– não é isso Mabi...
– me leva – disse impaciente.
– cara, não é por ela...
– já disse! – eu gritei – me leva – soletrei cada letra vagarosamente.
– calma... Eu levo – ele respondeu assustado.
Chegando a frente do prédio, eu se quer dei tempo pra ele falar, apenas desci do carro.
– obrigada por tudo! – falei seca.
Ele permaneceu ali, por 3 vezes chamou meu nome e eu fui direto pro elevador, sem olhar pra trás. Entrei e fui pro quarto, troquei de roupa, pus meu baby doll e fiquei deitada lá, olhando pro teto e pensando em como eu arranjo problemas. Acabei adormecendo. Acordei com minha mãe batendo na porta, olhei pela janela e já estava escuro, vi no meu celular que já eram 21:30.
– entra mãe – eu gritei.
A porta se abriu apenas um pouco e a pessoa que eu vi na minha frente não era minha mãe, e sim o André.
– licença – ele disse.
– o que você quer aqui? – fui ríspida.
– calma menina. Só vim te chamar pra sair. Vai passar a noite jogada nessa cama? Você não acha que já dormiu demais, não? – ele piscou.
– não acho não... Deixe-me sozinha, vou ver TV e dormir mais.
Ele olhou pra trás e entrou no quarto. Sentou na cama e me olhou.
– sua mãe disse que estava se arrumando pra sair e já estava atrasada, então me deixou vim te acordar – ele sorriu.
– aff... Mamãe é muito fácil – revirei os olhos – mas então, não vou sair. Porque você não sai com a Luana? – cerrei os olhos – ah! Porque ela é namoradinha do SEU IRMÃO – eu dei ênfase no final da frase.
– olha Mabi, eu não fiquei chateado com você pela Luana. Foi pelo Pablo.
– ai André, ele foi estúpido comigo e você o defende? – eu disse sem paciência alguma.
– não é isso... Só que você poderia ter saído de lá sem falar que eu e a Luana nos beijamos na festa, né?
– como se ele não soubesse... Hunf! – bufei bruscamente.
– mas ele não viu ou se viu fez que não viu... Então que deixasse assim. Não quero brigar com ele.
– ridículo André! Ridícula essa tua adoração pelo teu irmão... Mas tudo bem, se você acha que ele está certo, sai com ele e me deixa aqui.
Ele respirou fundo e fechou os olhos.
– você não vai entender – disse como quase um suspiro.
– explique – eu pedi, reparando que realmente tinha algo a ser explicado.
– meus pais não moram conosco já tem 5 anos. Eles moram em outra cidade e vivem ocupados, nunca estão em casa e nunca tinham tempo pra mim. Às vezes eu passava a semana sem vê–los e eles não estavam nem aí. Cansei de esperar que nas férias ficássemos juntos, cansei de esperar que no final de semana pudéssemos fazer algo legal, cansei de ser uma família de uma pessoa só, cansei de esperar que eles resolvessem algo pra mim, sempre eram empregados deles. Até meu boletim eu deixava com a secretaria do meu pai, pra ele poder assinar e certa vez a peguei imitando a assinatura dele, alegando que meu pai estava sem tempo pra assinar, mas garantiu que tinha visto – ele respirou e eu pude perceber a tristeza no seu rosto.
– e onde o Pablo estava?
– aqui. Ele mora aqui desde os 18 anos. Arrumou um emprego e veio morar aqui, acho que ele sabia fingir melhor que não se importava com a ausência dos meus pais. Aos meus 14 anos vim morar com ele, ele já era maior de idade e digamos que acabou me criando até meus 18 anos. Não sustentava porque meus pais mandavam mesada pra nós, já que eu não podia trabalhar, mas com 17 anos comecei a dar aulas e fomos deixando cada vez mais de usar o dinheiro deles.
– eles pararam de mandar?
– não, fica no banco, em uma poupança. Usamos em casos de emergências ou coisas úteis quando não temos grana.
– entendi... Tudo, inclusive essa tua adoração pelo teu irmão.
– adoração não, você fala como se eu o achasse um Deus, enquanto na verdade eu apenas o admiro. Eu amo meu irmão, morar sozinho e ser responsável por um moleque aos 18 anos não foi fácil pra ele. Ele que me ensinava as matérias da escola quando eu tinha dúvidas, ele que assinava meu boletim, ele que comprava o que eu comia e me deixava nas festas da escola. Só víamos nossos pais no natal e ano novo, quando eles mandavam passagens pra viajarmos pra algum País. Mesmo assim a relação nunca foi tão intima quanto a minha com o Pablo.
– então me desculpa por ter falado dele – fiz uma cara de quem não queria ter pedido aquelas desculpas.
– não precisa Mabi – ele revirou os olhos – eu sei que ele errou muito contigo. Só não precisa provocá–lo falando de mim. Não quero brigar com a única pessoa da minha família, ta?
– tudo bem. Vou me arrumar, ta? Vamos onde?
– Vynil blue. Um barzinho bacana aqui.
– o Thiago vai? – perguntei desconfiada.
– vai sim – ele riu – ta com medo de ficar sozinha comigo? – ele ergueu uma sobrancelha.
– não... – eu disse toda atrapalhada – é que o achei muito legal – sorri falsamente.
– sei... Não se preocupe pequena, não vou fazer nada que você não queira – ele me beijou na testa e saiu.
– sempre sem vergonha – eu disse incrédula pelo o que ele havia falado.
Ele sorriu e fechou a porta atrás de si. Tomei banho, sequei o cabelo e fiz minha maquiagem pra noite. Olhos escuros e boca nude. Vesti uma calça skinny escura, bem básica, da qual eu nem gostava de usar, pus um tomara que caia verde escuro colado no busto e soltinho até o cós da calça, amarrei uma faixa larga, dourada, logo abaixo do busto e calcei um peep toe preto. Peguei minha bolsa, celular e jaqueta. Ele me esperava na sala, olhava alguns porta retratos. Como era de se esperar, vestia calça jeans escura, all star, uma camiseta lisa e por cima outra blusa, de botão, manga curta e xadrez. Igual ao Lucas. Pra variar, né?!
– pronto – eu disse me pondo em pé ao seu lado.
Ele me olhou da cabeça aos pés e voltou olhar para frente.
– nada mal... – sussurrou.
– para de brincar com minha auto-estima – revirei os olhos.
– apesar de adorar ver você vermelha de vergonha quando eu te elogio, você sabe o quanto é bonita. Não preciso ficar falando...
Eu não respondi apenas me virei e fui indo em direção à porta.
– vem não? – perguntei.
– sabe de uma coisa, você era mais bonita quando era pequena – ele sorriu – agora até que está mais ou menos.
Eu ri por não acreditar naquilo. O puxei pela mão e saímos. No carro fomos conversando sobre besteiras. Chegamos ao tal barzinho. Era lindo e pra variar, super luxuoso. A frente era preta, prata e tinha na lateral os DJs que tocariam naquela noite. O André pagou e entramos.
– meus colegas de escola estão aqui. To apreensivo.
– relaxa... Alguma amizade mal resolvida ou ex indesejada aqui?
– não – ele riu – amigos mesmo, poucos.
– então ta tranqüilo – sorri a fim de tranqüilizá–lo.
Quando chegamos à mesa todos nos olharam. Tinham oito pessoas, três meninas e cinco meninos incluindo o Thiago. Ele foi o primeiro a se levantar e me cumprimentar com um abraço.
– e ai gente – o André cumprimentou a todos.
Eu me sentei ao lado do Thiago e apenas sorri a fim de ser simpática.
– vai apresentar a namorada não André? – um deles perguntou.
– ah, desculpa, essa é a Mabi e ela não é minha namorada, apenas uma amiga de BH.
– sei... Amiga, ta bom! – ouvimos isso quase em coro.
Todos começaram a conversar, logo o André pediu bebida pra gente e bastante batata frita pra todos petiscarem. Eu estava me sentindo bem, falava com todos, alguns com maior freqüência. A noite estava bem divertida, até o Pablo ligar pro André e perguntá–lo onde estava.
– to em um barzinho com os amigos de escola – ele dizia olhando pra minha cara – ta beleza. Na Vynil mesmo. Falow.
– por mim tudo bem – dei de ombros – mas não saia do meu lado e eu não me responsabilizo por nada se ele se aproximar de mim – eu disse brava.
– ta, vou tentar não deixá–los próximos – ele sorriu.
Após um tempo ele chegou com a Luana, sentaram-se à mesa e entraram no papo. O Pablo olhava pra mim e sorria, eu apenas virava o rosto pra não entrar na provocação dele. Já a Luana não parava de encarar o André. O chamei pra ir ao banheiro comigo e ao nos levantarmos segurei em sua mão. Fomos até o banheiro de mão dada e ao chegar à porta o André me deu um puxão forte pela mão e aproximou o rosto do meu.
– isso tudo é de raiva da Luana ou tem outro motivo? – disse ao meu ouvido.
– isso o que André? – perguntei cínica.
– hã... Você ta querendo provocá–la? Só por acaso...
– você ta acompanhado, ela tem que se tocar. E também, maior vagabunda, está com o namorado do lado – eu disse brava.
– e desde quando você se importa com ela? – ele ergueu uma sobrancelha.
– preciso fazer xixi – eu disse já que não tinha resposta.
Ele sorriu como quem tivesse razão e eu sorri falsamente.
– só mais uma coisa, estamos acompanhados, mas somos apenas amigos, não é?
– sim, claro – dei de ombros.
– não que eu não quisesse outra coisa – ele disse maliciosamente.
– você só queria se divertir comigo André. Uma hora depois, se não fosse ao mesmo instante, estaria pensando naquela vaga... Naquela lá – eu hesitei em falar.
– bom, eu tentei lhe beijar e você não quis. Então acho que já levei corte demais, não acha? Deixarei você para o Lucas – ele sorriu.
Não respondi, apenas dei outro sorriso falso e entrei no banheiro.
Demorei um pouco por conta da superlotação que havia em torno do espelho. Sai e vi o André sentado em um sofá que ficava encostado na parede, próximos ao banheiro. Aproximei-me e já pude ver que ele estava aos beijos com a Luana. Não acreditei no que eu vi, fiquei uns segundos ali observando a cena e resolvi voltar pra mesa. Havia desistido de ajudá–lo, a partir de agora, ele que se ferre com a Luana e o Pablo.
– cadê o André? – o Pablo perguntou quando me sentei.
– banheiro – respondi secamente.
O Pablo olhou pra trás e me olhou de volta, cerrou os olhos e ficou me encarando.
– a Luana foi ao banheiro também e... – ele não terminou a frase, acredito que esperava que eu completasse a frase.
– está lotado lá – respondi sorrindo.
Ele se levantou e foi procurá–la. O Thiago me olhou e parecia me perguntar com os olhos se eles estavam juntos, eu apenas assenti com a cabeça. Um dos amigos do André se sentou no lugar dele ao meu lado e começou a conversar comigo, perguntando minhas preferências musicais, filme, comida e etc. Uns poucos minutos depois o André chegou com dois copos com um líquido vermelho. Parou atrás de mim e pôs o copo na mesa, se aproximando do meu ouvido.
– nem pra avisar do Pablo, né?
Nem respondi, peguei o copo e dei um gole, era Martini. Pus o copo na mesa e voltei a conversar com o Luigi, o amigo do André. Ele por sua vez, ficou parado nos olhando e novamente se aproximou do meu ouvido.
– foi por pouco sabia.
Como não dei bola para ele, acabou que se sentou em outro lugar.
Eu e o Luigi passamos a noite toda conversando. Ele era muito legal e bem engraçado, mais ainda juntando o Thiago na conversa. Ri horrores deles dois enquanto o André estava lá dividindo os olhares entre eu e a Luana, mas os olhares pra mim eram diferentes, estava chateado comigo. Lá pelas 2 h da madrugada algum dos meninos sugeriu que fossemos pra casa dele. Todos toparam, menos o André, que fez maior drama pra não ir. Entramos no carro e ele permaneceu em silêncio por uns 10 minutos.
– o que foi André? – perguntei com delicadeza.
– nada Mabi – ele foi seco.
– claro que não foi nada. Diz logo – pedi um pouco mais rude.
Ele ficou calado por uns minutos enquanto eu o fitava seriamente.
– você ficou chateada comigo porque eu estava com a Luana? – ele perguntou.
– fiquei...
– por quê?
– porque depois de tudo que ela te fez e continua fazendo com você e com seu irmão, não tem porque eu gostar dela. E apesar dos poucos dias, eu gosto de você. Acho que já o considero um amigo, então não gosto de vê–lo sendo enganado e sofrendo assim porque quem não te merece.
Ele se calou novamente, só voltando a falar minutos depois.
– por isso não me avisou que estava voltando pra mesa?
– é – fui seca.
– desculpa, mas o sentimento é mais forte que eu – ele disse sem tirar os olhos do volante.
– você me disse que não gostava dela, que tinha pena... – eu o olhei de lado.
– mas é.
– e agora você acabou de falar em sentimentos. E ai, qual é?
– ah... – ele não conseguiu responder.
– você ainda gosta dela André. Então se decida. Se você a quer, fale com ela, veja o que ela quer também e depois converse com seu irmão. Não dá é pra vocês ficarem nesse triangulo amoroso. Alguém vai se dar mal e eu to sentindo que é você. Vai ficar sem mulher e brigado com o irmão. E olha que de triangulo amoroso eu entendo.
Ele riu e me deu um beijo na testa. Mudou de trajeto e disse que iria pra casa de seu amigo. Chegamos lá depois de todos e assim que entramos, ficaram bagunçando conosco, insinuando coisas. Pra variar a Luana se emburrou e ficou com a cara de cu de sempre. Sentei ao lado do André e do Thiago no sofá e ficamos ouvindo os amigos contarem histórias bizarras da adolescência deles. A Luana quando não estava nos encarando, estava se pegando com o Pablo, que em minha opinião era pra fazer ciúmes no André. Antes de irmos pra casa, fui ao banheiro e na saída deste me esbarrei na Luana. Olhamos-nos feio por uns segundos.
– como você consegue hein? – ela me perguntou com cara de nojo.
– não sei do que você está falando.
– como você consegue ficar com o André mesmo sabendo que ele está pensando em mim – ele falou com ar de superioridade.
– simples, eu o faço não pensar em você – eu sorri.
Ela deu uma gargalhada.
– como se isso fosse possível.
– claro que é querida – respondi com ironia – é só eu ser melhor que você, o que convenhamos, é muito fácil.
Ela me olhou com os olhos cheios de fúria.
– ah e outra coisa. Ele sabe que uma menina direita – fiz cara de dó – como eu, ele não encontra em qualquer lugar, já vagabundas tem em qualquer balada – eu disse triunfante e sai andando rapidamente antes que a discussão começasse.
Sentei ao lado do André rindo.
– o que foi? – ele perguntou.
– nada, vamos?
– ta... Mas o que houve? – ele continuava com cara de confuso.
– borá logo – o puxei pela mão.
Levantamos-nos do sofá e nos despedimos de todos. Saímos de mãos dadas para meu deleito e raiva da Luana. Ao entrarmos no carro, ela apareceu e bateu no vidro. Ele me olhou e abaixou para falar com ela.
– você pode vir aqui? – ela pediu.
Ele me olhou de novo e eu assenti com a cabeça. Depois desceu do carro e ficaram uns bons minutos lá discutindo. Até que ele entrou irritadiço no carro, o ligou e saiu dirigindo apressado.
– não vou nem perguntar o que foi. Quando você quiser me contar, estou aqui pra ouvir, ta? – eu disse.
Ele se virou pra mim e deu um sorriso, bem falso por sinal.
– você se importa se eu passar em outro lugar antes de te deixar?
Olhei no celular e o relógio marcavam 4:30 da manhã.
– bom, tudo bem.
Ele dirigiu para uma praia, mais próxima do que a outra em que havíamos ido antes. Estacionou e desceu. Fui atrás dele.
– eu não vou tomar banho hoje – eu disse.
– eu sei – ele riu – eu também não vou. Só preciso ficar aqui um pouco, ta?
– ta.
Ficamos lá sentados na areia, calados, por uns 20 minutos.
– sou um idiota... – ele começou a falar.
– você não é. Ela que é.
– também – ele sorriu.
– então, o que resolveram? – perguntei curiosa.
– nada.
– como nada? Você disse que queria ficar com ela?
– disse... E ela disse que não iria largar meu irmão. Se eu a quisesse, teria que ser desse jeito – ele falava e ria.
– vagabunda! – eu murmurei.
– concordo – ele disse sorrindo pra mim – melhor tentar esquecê–la.
– no inicio dói, mas depois você acostuma.
Ele deitou a cabeça no meu colo e eu fiquei fazendo cafuné nele até o sol aparecer. Voltamos pro carro e ele veio me deixar em casa.
– então tchau – eu disse.
– é, tchau.
Abri a porta e ao descer do carro ele me chamou.
– oi – respondi.
– entra aqui.
Entrei de volta no carro e fechei a porta por conta do ar que estava ligado.
– diz – pedi.
– obrigada, você foi muito legal comigo esses dias.
– ah... Não tem que agradecer – eu sorri.
– hã... Acho que é nosso último dia juntos, né?
– é. Quer dizer, moramos na mesma cidade, vai que a gente se esbarra por lá, né?! – eu disse sorrindo.
– para de sorri pra mim – ele disse sorrindo também.
Peguei o celular dele que estava em cima de um porta treco no carro e pus meu número de celular.
– me liga quando chegar, podemos nos encontrar, sair com a galera, eu te apresento meus amigos – eu disse.
– olha que eu ligo mesmo.
– pode ligar, atenderei com prazer. Agora vou indo. Beijos – eu disse abrindo a porta de novo.
– ei – ele disse segurando no meu braço.
– hã?
– vai se resolver com o Lucas quando chegar lá?
– ah... Acredito que sim, vou chamá–lo pra conversar. Também não sei se ele ainda vai me querer né?
– será besta se não quiser – ele disse sorrindo.
Eu abaixei a cabeça e sorri, não queria que ele percebesse que eu havia corado.
– se ele não quiser, eu quero – ele disse com um sorriso malicioso nos lábios.
Cerrei os olhos e o fitei, fingindo estar brava.
– sei... Sei muito bem quem você quer.
– bom, se não tivesse o Lucas seria você... – ele mordeu o seu lábio inferior.
– “se não tivesse o Lucas” – o imitei e ri.
– ta rindo de que?
– lá vem você... Por acaso você sofre de bipolaridade e não me falou nada? – perguntei rindo.
– ah... Que isso Mabi! Deixa de frescura.
– frescura porque André?
– vai dizer que você não ficaria comigo. Não acredito nisso.
– ah, não sei.
– diz, ficaria comigo? – ele ergueu uma sobrancelha ao perguntar.
– olha André, eu não tenho interesse algum em você, só acho você bonito – fiz uma pausa – muito bonito – sorri sem graça – e o teu jeito também... O jeito de se vestir. Sei lá...
O olhei e ele estava rindo.
– Ih, o que foi? – perguntei.
– nada, só fiquei feliz de saber que você ficaria comigo – ele sorriu.
– eu não disse isso.
– não, imagina! Você aí se deliciando enquanto falava de quem? Do Lucas? Ah não! Era de mim – sorriu mais uma vez.
– ah... Por favor, né? – eu disse irritada.
Assim que abri a porta do carro ele rapidamente me puxou pelo braço e mordeu meu lábio inferior lentamente. Assim que largou, se pôs a me encarar, estávamos a 5 cm de distância.
– o Lucas não sabe o que está perdendo... Ou ele sabe?
– para de falar do Lucas, por favor – eu sussurrei.
– haram, não precisa nem pedir.
Ele aproximou sua boca da minha e depois foi passando–a de leve, bem próxima da minha pele, mas sem a tocar. Deslizou pelo meu queixo, bochechas pescoço. Eu já estava toda arrepiada. Permaneci inerte no banco, não sei o que acontecia, mas alguma coisa não deixava mover–me dali. Talvez o desejo por ele.
– André, eu não posso fazer isso – eu sussurrei.
– porque não? – ele disse próximo ao meu ouvido.
– porque a única pessoa que eu quero é o Lucas – eu disse de olhos fechados.
– você não pode ou não quer? – ele perguntou.
– não posso – respondi rápido sem pensar.
– então, não poder, não significa que você não quer – ele sorriu e sussurrou em meu ouvido.
Mais uma vez eu fiquei toda arrepiada.
– ow André e aquele lance de amigos e tal? Esqueceu foi? – eu disse me afastando dele.
– somos amigos sim, mas não quer dizer que não podemos fazer mais nada.
– sem vergonha – eu disse cerrando os olhos – ta de graçinha comigo só porque levou um fora da Luana, né? Me erra André – eu disse brava.
Pus uma perna pra fora do carro e me virei pra ele.
– boa noite ou bom dia, que seja! – eu disse grossa.
Ele encostou-se ao banco do carro e ficou sorrindo. Não agüentei a provocação, parecia que ele fazia de propósito. Virei-me e o fitei.
– qual a graça? – perguntei irritada.
– você quer.
– não – respondi.
– quer sim...
– claro quero não André. Eu já disse que não.
– e porque está tão irritada?
– justamente porque eu não quero e você fica com graça.
– ta, tudo bem – ele disse sorrindo.
– ok!
Desci do carro e fiquei parada na calçada, de braços cruzados e olhando pro carro. Ele abriu o vidro e me chamou.
– o que foi agora?
– se não quisesse não teria ficado arrepiada daquele jeito – ele disse com um sorriso safado no rosto.
– idiota! – gritei e lhe dei as costas.
Entrei no prédio e peguei o elevador. Fui resmungando o caminho todo.
– idiota! Idiota! Idiota! Garoto que se acha! Ele pensa que só porque a outra deu um fora nele, ele vai me usar?! Que se foda, ele e a tal Luana!
Entrei em casa e fui direto pro meu quarto. Arrumei as coisas e depois fui pro aeroporto. Almocei por lá mesmo com minha mãe e o Rodolfo enquanto o vôo não chegava. Anunciaram o vôo, eu me despedi dos dois. Minha mãe chorou e teve todo aquele blá blá blá de despedidas. Fui pra sala de embarque e fiquei lá pensando no que me esperava quando eu voltasse. De repente alguém chega por trás de mim e tampa meus olhos.
– não acredito... – eu disse já imaginando quem era.
Assim que me virei, confirmei minhas suspeitas. Era o André.
– você não vai se livrar de mim tão cedo – ele sorriu.
– você não só iria mais tarde?
– eu ia hoje à noite, mas de manhã quando cheguei ao apto a Luana estava lá quebrando o pau com o Pablo. Depois ele foi dormir e ela veio atrás de mim, tivemos uma discussão e eu resolvi vim embora. Consegui trocar a passagem na última hora.
– brigaram por quê?
– ela deu crise de ciúmes por sua causa, ficou jogando na cara dele que ele te beijou e sei lá o que mais, deu maior rolo lá. Nem quis ver o final da história, sai logo.
– eu estava perguntando entre você e ela, porque brigaram? – perguntei desconfiada.
– hã... O de sempre. Ela quer ter a mim e ao Pablo ao mesmo tempo, mas a partir de agora não vai conseguir – ele respondeu desconfortável.
Preferi não prolongar mais o papo e apenas dei um sorriso forçado. Permanecemos sentados lá até nós chamarem. Ao entramos no avião ele se sentou ao meu lado.
– se alguém reclamar do assento, você fingi estar passando mal e eu sou teu namorado, ta? Não posso sair do teu lado – ele disse na maior cara de pau.
Autor(a): raquel_gomes
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 60
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sharonvondy60 Postado em 13/11/2013 - 07:05:01
A web Ja acabou Mahri '-' . acho que ela vai respostar em Cilada, Vc vai voltar a acompanhar ?
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sharonvondy60 Postado em 13/11/2013 - 07:02:03
Awn Ameiii o FiNal muito Lindo me emocionei ate por tudo ter acabado bem T..T Saudades agora "-"
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mahri Postado em 12/11/2013 - 14:42:25
Ela começou a postar cilada,mas perdeu os capítulos aí começou essa web,só que ela ta demorando mt pra acabar
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sharonvondy60 Postado em 12/11/2013 - 14:29:43
Cilada . essa Web ta aqui No site ? Menina Vc Sumiu, Vc ta bem pelo menos ? #volta logo.
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mahri Postado em 10/11/2013 - 02:09:59
Ei tava lendo a web cilada,só que não consegui ver o final pq deletaram, tem como vc me dizer se a Bah e o Rick ficao juntos?
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sharonvondy60 Postado em 08/11/2013 - 05:01:44
Hum, Ta CompLicada a historia Hein : /
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mahri Postado em 07/11/2013 - 23:48:15
Nosso Amor e Ódio Eterno... Vício
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sharonvondy60 Postado em 07/11/2013 - 12:48:11
Mahri : Kkkk... eu to lendo pela 2 Vez. Realmente a primeira Vez deles Foi Awnn Perfeita ? verdade o liu e um best Mesmo. Quem diria que o mateus ficaria com a beth ? eu gostei . pensei que a paula ficasse com um dos irmaos da larissa . e Eu pensava que o lucio era drogado, mas ja desconfiava que ele lutava por ai mesmo tbb . Ahhh
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mahri Postado em 06/11/2013 - 00:45:46
Sharonvondy60: não eu não tenho webs. Eu já li pela 3 vez terminei hj,eu amo o cap da 1 vez deles;não tem como não se apaixona pela web e não amar o Lúcio,fiquei com pena do Alex em relação ao filho,mas ele mereceu. Adoro o Liu um super amigo ele eu tbm adorava as cantadas baratas do Martins kkkkkk
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sharonvondy60 Postado em 05/11/2013 - 15:05:08
mahri : Voce tem Webs ?