Fanfics Brasil - Capitulo 32 Nem sempre o amor pode está certo. 1º Temporada e 2º Temporada

Fanfic: Nem sempre o amor pode está certo. 1º Temporada e 2º Temporada | Tema: web novela


Capítulo: Capitulo 32

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– MABI NARRANDO –


 


Eu estava deitada na cama quando alguém bateu na porta, eu nem respondi, só ouvi a porta abrindo.


– Mabi, a gente pode conversar?


– eu queria ficar sozinha Lucas.


– hum...


– por favor.


– ta. Mas você ta bem?


– eu pareço bem Lucas? – eu disse ríspida.


– não – ele falou tímido.


– então não faz pergunta difícil.


– quando podemos conversar?


– pra mim não tem necessidade de conversa nenhuma.


– Mabi... – ele disse triste se aproximando de mim.


 


Eu não respondi, apenas fechei os olhos. Ele veio e me deu um beijo na testa.


– sai Lucas – falei seca.


 


Ele se afastou e saiu do quarto.


 


Passei o resto da semana triste, às vezes em que eu me encontrei com o ele no intervalo das aulas o ignorei, na cantina nos cumprimentávamos secamente, mas ele não tirava os olhos de mim. O Bê quando me viu na escola, me cumprimentou, mas só isso, o contato era mínimo.


 


Sábado eu não quis sair. Fiquei na cama estudando e de vez em quando olhava os meninos pela janela. Até que a Carol me ligou, eu já tinha contado pra ela o que eu havia escutado o Lucas falar, ou melhor, não falar. Ela era a única que sabia.


 


– Inicio da ligação –


 


– oi amiga.


– oi marreco, vai fazer alguma coisa?


– trabalho de matemática. Já fez?


– quero que ele se exploda junto com o professor maldito.


– só tu mesmo carolzinha – eu disse rindo.


– sério, sai da cama amor, vamos fazer algo.


– to com vontade não marreco.


– Mabi, olha, eu acho que o que você escutou o Lucas falando não é verdade, mas se você decidiu que não quer mais ele, vai ficar sofrendo até quando?


– não sei... Aquele negócio de que paixão dói é verdade.


– então, você é linda e solteira, vamos aproveitar?


– ta ta, mas pode ser semana que vem? To com sono hoje.


– taaaaaa chata, vou morgar aqui então. Beijos.


 


– Fim da ligação –


 


Fiquei terminando meu trabalho e depois fui ouvir música. Perto de meia noite o Fê entrou no meu quarto.


– você é linda até deprimida.


 


Eu ri.


– só você e a Carol pra me fazerem rir.


– posso? – ele disse apontando pra Cama.


– desde quando você precisa pedir?


 


Ele entrou e deitou ao meu lado. Eu o abracei e deitei no peito dele.


– se minha mãe entrar agora aqui, o que a gente diz? – ele perguntou rindo.


– que eu peguei o namorado da minha melhor amiga emprestado.


 


Ele riu.


– ta carente?


– hurum – eu disse olhando pra ele com carinha de coitada.


– não faz assim.


 


Então ele me abraçou mais forte e ficou cheirando meu pescoço.


– ei, quem ta carente aqui sou eu – eu reclamei – e você namora a Carol agora – resmunguei.


 


Ele riu e ficamos assim um bom tempo.


– quer conversar sobre o Lucas? – ele perguntou.


– não quero nem falar dele e nem com ele.


– porque você não conta pra ele aquilo que o Bê te contou?


– porque não quero explicar tudo o que aconteceu, se ele souber que dormi com o Bê, já era... E depois, pra que contar? Não tem necessidade, ele não gosta mais de mim mesmo... Só os farei brigarem mais ainda.


– foi o que o Bernardo fez.


– o que?


– ele fez vocês brigarem cada vez mais.


– deixe quieto Fê. Acho que eu e o Lucas não temos mais chance, o que podia rolar já rolou.


– então ta. Falo mais nada.


 


Ficamos deitados em silêncio, até eu tocar no assunto do seu namoro. Ele começou a rir, mas logo me contou como tudo aconteceu. Logo em seguida meu pai bateu na porta do quarto.


– Mabi... Opa – ele se assustou em ver o Fê deitado comigo – hã... Posso saber o que está acontecendo aqui? – meu pai perguntou desconfiado.


– to só usando o namorado da minha amiga emprestado – eu disse fazendo bico.


– pois é pai – o Felipe brincou – já que ela não tem capacidade de arrumar um pra ela – ele revirou os olhos.


 


Eu dei uns tapas nele e o empurrei da cama.


– uou Mabi para, né? – ele reclamou.


– bom, vou lanchar, vocês querem ir? – meu pai ofereceu.


– essa hora pai? – perguntei e ele assentiu com a cabeça – quero não.


 


O Felipe se levantou e saiu.


– vai ficar sozinha, bobona – ele deu língua.


 


Ele e meu pai saíram e fecharam a porta. Fiquei deitada na cama por um tempo, depois resolvi entrar no MSN. O Lucas estava online, mas nem falei com ele. O Fê também estava lá e não me respondia, resolvi ir ao quarto dele.


Bati na porta e ninguém respondeu então eu entrei. Não tinha ninguém, olhei o notebook dele em cima da cama e vi o MSN aberto com a janela do Lucas piscando, não resisti, fui lá e espiei. Li o que eles estavam conversando antes do Fê sair.


 


– Inicio da conversa –


 


Lcs (: diz:


Foda cara, ela nem quis falar comigo.


 


Felipinho, baby diz:


Por quê? Nem quis uma explicação?


 


Lcs (: diz:


Nem. Ignorou-me.


 


Felipinho, baby diz:


Mabi é geniosa mesmo.


Vou ver o que consigo com ela.


 


Lcs (: diz:


Ah nem... Sei lá, deixa pra lá.


 


Felipinho, baby diz:


Vai deixar ela pra lá mesmo? Duvido você esquecê–la.


E essa seca acaba quando? Não sei como tu consegue cara!


 


Lcs (: diz:


Hahaha não sou pervertido como vocês.


 


Felipinho, baby diz:


Ei aquela novata que fez par contigo na sala, o gostosa hein?!


 


Lcs (: diz:


Que novata o que Felipe, a mari entrou inicio do ano na sala. Ahahaha


 


Felipinho, baby diz:


Mas ela ficou gostosa agora.


 


Lcs (: diz:


Nem sei, nunca reparei.


 


Felipinho, baby diz:


Bichinha! Deixa de boiolagem, repare na moça.


 


Lcs (: diz:


Ta ta, vou reparar.


 


Felipinho, baby diz:


Eu entendo essa parada de se guardar pro grande amor da sua vida, mas porra, o Caio não te esperou pra perder a virgindade, porque você esperaria por ele?


 


Lcs (: diz:


Haha te fode Felipe.


 


Felipinho, baby diz:


Ei, já volto minha nega.


 


Lcs (: diz:


Blz.


 


– Fim da conversa –


 


Eu fiquei sentada na cama dele por uns segundos, pensando, fiquei triste por ter lido sobre essa Mari, nem a conhecia, mas já estava morrendo de ciúmes. Segunda eu veria na escola quem é essa. Olhei pra cabeceira dele e estava aberta, olhei lá dentro e estava cheia de camisinhas, provavelmente ele tinha saído com a Carol. Não era difícil de imaginar o motivo. Voltei pro meu quarto e fiquei esperando ele chegar. Assim que ouvi a porta do seu quarto abrindo corri lá e bati. Ele mandou entrar e eu entrei, me sentei na cama enquanto ele trocava de roupa e olhei o notebook.


– tava onde maninho?


– sai com a Carol.


– imaginei – eu sorri.


 


Ele retribuiu o sorriso e entrou no banheiro, eu li novamente a conversa como se fosse a primeira vez que lia.


– quem é Mari?


– essa aí do MSN? É da sala, uma guria lá.


– ela é...


– ela é muito gata sim – ele me interrompeu enquanto escovava os dentes.


– o Lucas é amigo dela?


– eita ciúmes! – ele gritou do banheiro.


– não é não – falei irritada – só curiosidade oras – dei de ombros.


– sei... A professora os colocou juntos em uma atividade de sala, aquele projeto de história, vocês fizeram?


– sim, mas eu fiz dupla com a Carol.


 


 Deitei na cama e fiquei de bico.


– qual foi Mabi? – ele perguntou intrigado enquanto se aproximava da cama.


– nada – eu disse emburrada.


– cara, eu não entendo. Você gosta dele, ele de ti, vocês não conversam, não se entendem, ai tu faz amizade com outros e ele fica com raiva, ele faz um trabalho com outra e você morre de ciúmes.


– ué, ele pode fazer o que quiser da vida dele – dei de ombros.


– e você também, né?!


– haram – sorri cínica.


– sei... Então ele pode comer qualquer menina e você não se importa né?


– qualquer uma não, né?! Tem que selecionar pelo menos.


– tu ta falando isso só porque sabe que não vai acontecer.


– porque não aconteceria? – ergui uma sobrancelha.


– ele não conseguia nem contigo, imagine qualquer outra – ele riu.


 


Fiquei em silêncio um tempo.


– Fê, porque o Lucas não conseguia chegar aos finalmente comigo? Você sabe? – perguntei confusa.


– porque ele te respeitava – ele foi irônico.


– to falando sério Fê. Me diz aí.


– sei não Mabi. Será porque ele é um frouxo?


– para Fêêêê... – eu disse manhosa.


– adoro quando você chama assim.


 


Eu joguei um travesseiro nele.


– vou contar pra Carol – ele fez careta.


– mas então – ele fez uma pausa – sei não – sorriu e eu joguei outro travesseiro nele – ai... Ta, eu falo. Acho que era porque ele ficava nervoso, pensando que não ia dar conta do recado. Você é muito material pra construção dele.


 


Eu olhei feio pra ele.


– ta ta, parei. Só sei de uma coisa. Se você se oferecesse pra mim todo dia, eu não negaria nem se estivesse morto, te pegaria de jeito mesmo.


– você me pega de jeito Felipe – eu olhei de lado pra ele.


– ah...


– e eu nem preciso me oferecer pra você – eu o interrompi.


– você já se ofereceu pra mim sim.


– quando? Me diz!


– sempre.


– besta! Vou contar tudo pra Carol.


– e ai, muda o disco mais não?!


– não! Agora já sei como te ameaçar – sorri maliciosamente – Vou dormir, beijo.


 


Ele fingiu cara de medo e eu sai do quarto rindo. Entrei no meu e cai na cama.


 


Passou domingo, segunda, terça e eu continuei sem falar com o Lucas. Na academia o André continuava de graça comigo, mas eu nem tava dando confiança. Na escola estava tudo normal, até quarta. Estávamos saindo da sala, fomos pro pátio da escola na hora de ir embora e vimos várias pessoas reunidas lá na frente, puxei a Carol e logo as meninas e o Caio foram atrás de nós pra ver o tumulto. Era o Pedro, com um carro zerado lá na frente.


– Mabi, vem – ele me puxou pela mão.


– gostou? – ele me mostrou um Azera da Hyundai.


– é lindo Pedro, muito perfeito – eu olhava hipnotizada.


– é seu – ele me entregou as chaves.


– o que? – perguntei assustada.


– pega, é todo seu – ele disse sorrindo.


– não, eu não posso.


– claro que pode, comprei pra você Mabi.


– Pedro, deixa de graça, você não pode me dar um carro.


– to dando.


– pra que isso? – eu disse desconfiada.


– pra provar meu amor por você.


– ai ai – eu ri – quem te falou do azera?


– o Red me disse que você estava louca por esse carro há uns meses atrás, só fiquei esperando a melhor hora pra te fazer essa surpresa.


– para Pedro... – eu disse rindo. Por mais que fosse obvio, eu não poderia acreditar naquilo.


– o que foi Mabi? Vai dizer que não quer?


– claro que não. Você acha que eu sou o que? – perguntei indignada.


– calma amor, é só um presente.


– presente de que Pedro? Não temos mais nada há muito tempo.


 


 Todos nos olhavam perplexos. Reinava um silêncio brutal ali onde apenas nós dois eram os atores principais.


– Mabi, achei que a gente fosse voltar, era só uma questão de tempo.


– tempo Pedro? Que tempo? Não dá mais entre a gente. Acabou. Entende isso de uma vez por todas. Não tem semanas, meses, anos que me faça voltar com você – falei rispidamente.


 


Ele me segurou pelo braço com força.


– Mabi eu to te dando um carro, o carro dos teus sonhos e você vai fazer isso comigo? – ele falou com os dentes cerrados.


– você ta tentando me comprar? É isso? Que tipo de garota você pensa que eu sou?


– você estava comigo só porque eu tinha dinheiro, né? O Mané do Bernardo tinha razão.


– que? – eu gritei – Ah não, eu não to ouvindo isso – eu ri debochando dele – Dinheiro minha família tem, eu não preciso do seu. E se você pensou que fosse me comprar com esse carro, está enganado, some da minha vida – eu disse gritando e joguei as chaves em cima dele.


– me dá um motivo pra não voltar comigo então.


– eu não gosto mais de você. Simples assim! – eu disse rindo.


– você quer ficar sozinha pra sair com o Bernardo e Lucas? Ainda ta enganado os dois? – ele perguntou rindo.


 


Eu dei um tapa nele, ele não havia largado meu braço e apertou mais forte, eu deu um grito abafado.


– para Pedro! Me larga.


 


Nisso o Felipe e o Lucas aproximaram–se sem entender nada.


– o que foi dessa vez? – o Felipe perguntou se metendo na frente do Pedro.


 


Na hora o Pedro me largou e sorriu cínico pro Felipe, não sei por que ele tinha um medo indiscutível do Felipe, na verdade eu acreditava que era medo de que ele falasse algo pro meu pai. O Lucas se aproximou da gente e parou ao meu lado.


– ta tudo bem Mabi? – ele sussurrou.


– e lá vem esse viadinho de novo. Ainda ta de namoro com ele? Eu falei brincando aquela parada dele e do Bernardo.


– não enche PV, se manda – o Lucas disse – não foi suficiente a surra que eu e o Bernardo já te demos não?


– você deveria arrumar um homem de verdade e não esse trouxa aí.


 


Não preciso nem fizer que o Lucas foi pra cima dele, né? Eles caíram no chão e ficaram brigando, eu fiquei aflita pelo Lucas, mas achei foi pouco pro Pedro. O Felipe tentavam separá–los, mas não dava conta. Fiz sinal pro Caio que foi chamar o Rapha. Mesmo assim eles não conseguiam apartar a briga, só quando alguns amigos do PV se aproximaram e cada um segurou um pra cada lado.


– se você encostar mais uma vez a mão em mim eu te mato Lucas – o PV gritou.


 


Puxei o Lucas pela mão e fomos pro carro do Felipe. Entrei no banco de trás com ele e no caminho pra casa fomos brigando.


– você ta doido Lucas?


– o que Mabi?


– não cansa de se meter em confusão com o Pedro não?


– se for pra te defender eu me meto quantas vezes forem preciso.


 


Na hora eu corei. Fiquei feliz em ouvir aquilo, mas não podia dar o braço a torcer.


– você acha que é quem? O super homem? O homem de ferro? He–man? O homem aranha? – eu disse séria.


– ele ta mais pra Peter pan – o Fê respondeu rindo.


– me erra Felipe – o Lucas disse dando um empurrão nele – você pode ficar ai gritando comigo que eu não to nem aí. Não tenho medo dele não – ele disse pra mim e deu de ombros.


– ai ai... O que eu faço contigo hein? – eu disse cerrando os dentes.


 


Nisso o Felipe deu maior gargalhada. Ficamos olhando pra ele sem entender nada.


– o que foi Fê? – perguntei revirando os olhos porque sabia que vinha besteira.


– eu lembro quando vocês andavam no banco de trás agarradinho, no maior dos beijos.


 


Eu corei e o Lucas ficou sem graça.


– agora estão só nos tapas ai, isso com certeza é amor!


– Felipe! – nós dois gritamos.


 


Ele se calou e ficamos em silêncio.


– desculpa, eu só não gosto de te ver machucado – eu disse sem graça pro Lucas.


– não é o que parece – ele disse virando a cara pro outro lado.


– não entendi – eu falei confusa.


– deixa pra lá.


– essa até eu entendi Mabi – o Fê disse nos olhando pelo retrovisor.


 


Eu nem dei confiança, me calei e ficamos todos em silêncio novamente.


– desculpa também – ele pediu.


– tudo bem.


– só não gosto de ver aquele idiota te tratar daquele jeito.


– ignorar é a melhor opção.


– às vezes não dá.


 


Olhei pra ele e o corte da boca dele estava escorrendo sangue.


– você ta sangrando – eu disse limpando o canto da boca dele.


– normal – ele sorriu.


– vamos lá pra casa, eu faço um curativo. Teus pais te castigam de novo se te verem assim.


– é, tem razão – ele deu de ombros.


 


Chegamos à minha casa, eu o levei pro meu quarto, peguei a maletinha de 1º socorros e comecei a limpar os ferimentos. Ele tinha um corte na boca, no supercílio e um roxo próximo ao nariz.


– as outras cicatrizes nem sararam e você já tem novos cortes.


 


Ele sorriu. O sorriso mais lindo que ele poderia dar.


– para – eu pedi.


– o que? – ele perguntou confuso.


– não sorri.


– ok – ele ficou sério.


– to com vontade de bater em vocês dois, sabia? – fiz cara de brava.


– não fiz nada – ele fez cara de santo.


– imagina – revirei os olhos.


 


O Felipe entrou no quarto com minha bolsa e meu celular na mão que eu havia deixado na sala. Ele me estendeu o celular. Olhei, tinha mensagem do Pedro.


“Diz pro frouxo do teu namoradinho que ele quebrou meu nariz, avisa pra esse viado que eu ainda pego ele.” Eles riram.


– do que vocês estão rindo hein?! Não vi graça nenhuma – eu disse brava.


– da próxima eu quebro a cara dele por completo – o Lucas respondeu rindo ainda.


– que próxima Lucas? – eu perguntei brava.


– hã... Ok, não tem próxima – ele fingiu estar sério.


– vocês são todos inconseqüentes, já pensou se alguém se machuca mais sério? Se vocês são expulsos da escola? Ou são presos? – eu disse com um tom mais alto.


– eu sou menor ainda, o Pedro se lasca.


– ok, eu desisto – eu disse me levantando e erguendo as mãos.


– ei calma, to brincando, fica Mabi, termina – ele segurou na minha mão.


 


Eu fiquei um pouco constrangida, feliz na verdade, mas ainda estava brava com ele. O Felipe nos olhou e percebeu que estava sobrando ali.


– vou almoçar cambada, não se matem se amem – o Fê disse rindo.


 


Soltei minha mão da dele e me sentei ao seu lado na cama e fui por band–aid nos cortes, enquanto abria o pacotinho, reparei a farda dele estava só sangue.


– tira essa camisa, vou por pra lavar, está suja de sangue.


 


Ele tirou a blusa e eu fiquei olhando. Não sei por que eu me lembrei do acampamento. Ok, eu sei por que eu lembrei, mas fingir que não sabia.


– toma – ele me entregou.


– ta, já levo pra Clotilde – continuei olhando pro corpo dele.


– não me olha, não gosto – ele disse envergonhado.


 


Acabei reparando umas marcas vermelhas e roxas no corpo dele, e alguns ralados.


– não acredito – eu fiz uma careta.


– o que? – ele perguntou assustado.


– você ta todo machucado Lucas.


– ah sim... – ele disse como se não fosse nada demais.


 


Peguei um band–aid e abri pra por nos ferimentos do rosto.


– e essas marcas roxas não vão sair agora – falei.


– ah, vai sarar... – ele disse e sorriu.


– Não sorri – eu disse colocando band–aid no rosto dele.


– por quê? Atrapalha?


– se você soubesse como seu sorriso tem atrapalhado minha vida – eu disse distraída.


– pois o seu sorriso só deixa a minha vida mais alegre – ele disse sorrindo.


 


Eu corei e abaixei a cabeça pra pegar outro band–aid na caixinha de curativos, ele levantou meu rosto e ficou me olhando. Eu apenas o fitei, não tive reação nenhuma. Ele se aproximou de mim, eu tinha quase certeza que ele viria me beijar, quando a porta do quarto se abriu, era a Clotilde.


– crianças você não vêm almoçar não?


 


Afastamos-nos rapidamente.


– já vamos Clotilde – respondi assustada – ah, lava isso pra mim amor? – eu entreguei a blusa pra ele.


– ta, não demorem, vai esfriar – ela disse fechando a porta atrás de si.


– adoro comida fria – o Lucas sussurrou e nós rimos.


 


Eu me levantei e o chamei no banheiro.


– deixa eu pelo menos passar uma água nesses ralados, estão com areia.


 


Fui lavando com a mão o seu corpo e ele ia reclamando de dor. Terminei e pus remédio nos arranhões e gelol nos roxos.


– to pronto pra outra – ele disse sorrindo.


– só se for pra outra mulher, porque nem me invente outra briga.


– não tem outra mulher – ele disse sério.


– não? – perguntei confusa quando pensei na tal Mari.


– não, só tem você – ele sorriu.


 


Involuntariamente eu sorri e corei.


– sinto falta disso – ele disse.


– do que?


– de estar com você. Me sinto melhor ao seu lado.


– eu também – eu disse envergonhada.


– acho que vou brigar mais vezes só pra você cuidar de mim.


 


Eu olhei feio pra ele que riu.


– sua blusa ta suja ow – ele apontou pra sangue nela.


 


Eu tirei a blusa e fiquei de sutiã. Ele me olhou assustado.


– desculpa Lucas... – eu disse sem jeito – vou por uma blusa – fui em direção ao quarto pra pegar outra.


– não – ele me segurou pelo braço – não precisa. Eu já vi, não tem porque ficar com vergonha – ele deu de ombros.


 


Eu apenas sorri sem graça, muito sem graça, era como ele estava me deixando. Ficamos 10 segundos sem silêncio que mais se pareceram 10 horas, então resolvi quebrar o clima tenso.


– você trocou o alargador?


– pois é, troquei.


– ficou legal, quando você vai alargar mais?


– ah não sei, não pretendo agora. Eu tava querendo por um por um piercing no lábio, mas agora nem dá.


– por quê?


– porque o PV fez o favor de arrebentá–lo. Quando sarar eu faço – ele riu.


– eu acho massa. Você deixa eu tocar? – eu zoei.


– claro.


– hã... Diz-me uma coisa – ele assentiu com a cabeça – quem é Mari?


 


Ele me olhou assustado, mas respondeu imediatamente.


– ah... Mari eu só conheço uma lá da escola, estuda na minha sala. Por quê? – ele perguntou intrigado.


– nada não.


– agora diz.


 


Hesitei um pouco.


– é que o Fê ontem tava falando que ela é muito gostosa e pá. Ai eu queria saber, porque ele acha toda mulher gostosa, né?! E queria ter certeza que ele não vai dar em cima dela e trair a Carol – eu menti.


– pior que é – ele riu.


– pior que é o que? Muito gostosa? – eu disse me mordendo de ciúmes.


– não, que ele acha toda mulher gostosa.


– e você?


– ah não, eu sou mais seletivo.


– to perguntando da tal Mari, o que você acha dela? – disse irritada.


– ah, legal.


– legal não é bonita, muito menos gostosa – fiquei mais irritada ainda.


– sei lá Mabi, eu nunca prestei atenção nela – ele respondeu em uma tranqüilidade que me irritava mais ainda – Não lembro nem se ela é loira ou morena.


– sei... E você não reparou nela por que... – deixei a frase no ar.


– isso é uma pergunta?


– não, era pra completar a frase. Dãh! Você é muito lesado Lu.


– adoro isso.


– isso o que? – eu disse impaciente.


– você me chamando de Lu – ele sorriu.


– é fofo, combina com você – eu disse emburrada.


– fofo é? – ele riu – putz! Eu podia ser gato, lindo, gostoso, sedução, delicia, mas sou FOFO? To mal!!


 


Eu ri alto, não conseguia mais parar.


– mas você é tudo isso e fofo – eu disse apertando as bochechas dele.


– Ai ai ai – ele gritou de dor.


– ow Lu desculpa, esqueci.


 


Eu havia me esqueci dos machucados, fiquei aflita e comecei a passar a mão no rosto dele.


– nem doeu – ele disse rindo.


– seu besta! – eu disse dando um cutucão nele.


– ai agora doeu.


– desculpa.


– de novo – ele revirou os olhos.


– o que?


– você não se cansa de pedir desculpa não?


– não – eu sorri – hein, ao que você estava se referindo no carro quando disse que estava acustumado a se machucar, algo assim...


– ah, é que você já me machucou tantas vezes – ele deu de ombros.


– hã... – eu fiquei sem saber o que falar, por que era verdade.


– mas tudo bem, você já me deu sensações melhores. Bem melhores – ele riu.


 


Eu fiquei super vermelha, ninguém precisou me dizer, eu sentir meu rosto ardendo. Ele percebeu e ficou sem graça.


– então, o que você acha da tal Mari? – perguntei de novo do nada.


– sei lá, deve ser bonita – ele deu de ombros.


– deve ou é? – ergui uma sobrancelha.


– porque você ta tão incomodada com ela? – ele me perguntou curioso.


– ah nada.


– ela é minha parceira naquele projeto de história.


– hum... Você a escolheu e nunca reparou nela?


– eu não a escolhi Mabi – ele revirou os olhos – a professora nos pôs juntos porque eu cheguei atrasado, não tinha par, o Rapha ta com Felipe. Você não queria que eu fizesse par com o Bernardo, né?


– ia ser engraçado – eu dei de ombros – mas sim, a tal Mari...


– vocês definitivamente são estranhos – o Felipe nos interrompeu.


– por quê? – perguntamos juntos.


– podia conversar no quarto né? Tem que ser no banheiro? Ta calor aí...


 


Nós rimos e descemos pra almoçar, antes do Lucas pegou uma blusa do Fê emprestada. Na mesa continuamos a conversar, mas outras coisas porque a Clotilde estava por perto. Terminamos e subimos, fui escovar os dentes e ele ficou me olhando.


– você tem treino de boxe hoje? – ele perguntou.


– tenho, por quê? É às 14 horas.


– posso ir?


 


Eu nem disfarcei minha felicidade, dei um sorriso de orelha a orelha.


– claro.


– vou em casa tomar um banho então, já são 13:30, meus pais já devem ter saído.


– ta, também vou me arrumar.


– então vou lá.


 


Ele saiu, quando estava perto da porta do quarto eu o chamei.


– oi? – ele se virou e voltou.


– desculpa me intrometer assim...


– não sei o que é, mas não precisa pedir desculpa não.


– ah desculpa.


 


Ele riu e eu fiquei sem graça.


– então, você e a Mari tem algo? – eu perguntei desconfiada, estava sem jeito de perguntar aquilo.


– não. Por quê?


– ah ta. Mas ela deve ser muito bonita mesmo, o Fê tem bom gosto – eu disse me sentando na cama.


– não mais que você – ele disse sentando–se ao meu lado.


 


Eu sorri.


– agora eu que vou ter que pedir desculpa.


– pelo o que?


– por isso – rapidamente ele se virou e me beijou.


 



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Autor(a): raquel_gomes

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 60



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  • sharonvondy60 Postado em 13/11/2013 - 07:05:01

    A web Ja acabou Mahri '-' . acho que ela vai respostar em Cilada, Vc vai voltar a acompanhar ?

  • sharonvondy60 Postado em 13/11/2013 - 07:02:03

    Awn Ameiii o FiNal muito Lindo me emocionei ate por tudo ter acabado bem T..T Saudades agora "-"

  • mahri Postado em 12/11/2013 - 14:42:25

    Ela começou a postar cilada,mas perdeu os capítulos aí começou essa web,só que ela ta demorando mt pra acabar

  • sharonvondy60 Postado em 12/11/2013 - 14:29:43

    Cilada . essa Web ta aqui No site ? Menina Vc Sumiu, Vc ta bem pelo menos ? #volta logo.

  • mahri Postado em 10/11/2013 - 02:09:59

    Ei tava lendo a web cilada,só que não consegui ver o final pq deletaram, tem como vc me dizer se a Bah e o Rick ficao juntos?

  • sharonvondy60 Postado em 08/11/2013 - 05:01:44

    Hum, Ta CompLicada a historia Hein : /

  • mahri Postado em 07/11/2013 - 23:48:15

    Nosso Amor e Ódio Eterno... Vício

  • sharonvondy60 Postado em 07/11/2013 - 12:48:11

    Mahri : Kkkk... eu to lendo pela 2 Vez. Realmente a primeira Vez deles Foi Awnn Perfeita ? verdade o liu e um best Mesmo. Quem diria que o mateus ficaria com a beth ? eu gostei . pensei que a paula ficasse com um dos irmaos da larissa . e Eu pensava que o lucio era drogado, mas ja desconfiava que ele lutava por ai mesmo tbb . Ahhh

  • mahri Postado em 06/11/2013 - 00:45:46

    Sharonvondy60: não eu não tenho webs. Eu já li pela 3 vez terminei hj,eu amo o cap da 1 vez deles;não tem como não se apaixona pela web e não amar o Lúcio,fiquei com pena do Alex em relação ao filho,mas ele mereceu. Adoro o Liu um super amigo ele eu tbm adorava as cantadas baratas do Martins kkkkkk

  • sharonvondy60 Postado em 05/11/2013 - 15:05:08

    mahri : Voce tem Webs ?


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